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Criptococose, Notas de aula de Biomedicina

aula sobre criptococose

Tipologia: Notas de aula

Antes de 2010

Compartilhado em 11/06/2009

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11/06/2009
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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
A criptococose é uma micose habitualmente subaguda
ou crônica, conhecida, sobretudo, por sua localização
meníngea, após aquisição da infecção por via
respiratória.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
É uma doença sistêmica que acomete órgãos profundos É uma doença sistêmica que acomete órgãos profundos
e a pele, com principal tropismo pelo sistema e a pele, com principal tropismo pelo sistema
nervoso central. nervoso central.
Antigamente muita rara, aumentou em freqüência na Antigamente muita rara, aumentou em freqüência na
década de 80, com o aumento da população de década de 80, com o aumento da população de
imunossuprimidos.imunossuprimidos.
SINONÍMIASINONÍMIA
Torulose Torulose
Blastomicose européia.Blastomicose européia.
Gênero Gênero CriptococcusCriptococcus
Criptococcus neoformans Criptococcus neoformans var. var. neoformansneoformans
Criptococcus neoformans Criptococcus neoformans var. gattivar. gatti
Únicas passíveis de causar quadros de Únicas passíveis de causar quadros de
criptococose.criptococose.
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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A criptococose é uma micose habitualmente subaguda ou crônica, conhecida, sobretudo, por sua localização meníngea, após aquisição da infecção por via respiratória.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

É uma doença sistêmica que acomete órgãos profundosÉ uma doença sistêmica que acomete órgãos profundos e a pele, com principal tropismo pelo sistemae a pele, com principal tropismo pelo sistema nervoso central.nervoso central.

Antigamente muita rara, aumentou em freqüência naAntigamente muita rara, aumentou em freqüência na década de 80, com o aumento da população dedécada de 80, com o aumento da população de imunossuprimidos.imunossuprimidos.

SINONÍMIASINONÍMIA

ToruloseTorulose

Blastomicose européia.Blastomicose européia.

GêneroGênero CriptococcusCriptococcus

Criptococcus neoformansCriptococcus neoformans var.var. neoformansneoformans Criptococcus neoformansCriptococcus neoformans var. gattivar. gatti

Únicas passíveis de causar quadros deÚnicas passíveis de causar quadros de criptococose.criptococose.

Agente etiológicoAgente etiológico

Um fungo, oUm fungo, o Cryptococcus neoformansCryptococcus neoformans, nas, nas variedadesvariedades neoformansneoformans (sorotipo A e D) e(sorotipo A e D) e gattigatti (sorotipo B e C).(sorotipo B e C).

OO C. neoformansC. neoformans var.var. neoformansneoformans sorotipo A ésorotipo A é responsável por mais de 90% das infecções nosresponsável por mais de 90% das infecções nos pacientes com AIDS no Brasil.pacientes com AIDS no Brasil. A variedadeA variedade gattigatti acomete principalmente indivíduosacomete principalmente indivíduos sem imunossupressão aparente, sendo maissem imunossupressão aparente, sendo mais freqüente em países tropicais e subtropicais.freqüente em países tropicais e subtropicais.

Agente etiológicoAgente etiológico

Cruzamentos das espécies de sorotiposCruzamentos das espécies de sorotipos

A x DA x D Filobasidiella neoformansFilobasidiella neoformans var.var. neoformansneoformans..

B x CB x C (^) Filobasidiella neoformansFilobasidiella neoformans var.var. bacillisporabacillispora

Agente etiológicoAgente etiológico ReservatórioReservatório

É um fungo saprófita que vive no solo, frutas

secas, cereais e nas árvores e é isolado nos

excrementos de aves, principalmente pombos.

AnexosAnexos AnexosAnexos

PulmonarPulmonar

Somente nos indivíduos com algumaSomente nos indivíduos com alguma

predisposição é que os sintomas se fazempredisposição é que os sintomas se fazem

presente.presente.

Dessa forma devem ser observados certos sinaisDessa forma devem ser observados certos sinais

como um estado de gripe , tosse ecomo um estado de gripe , tosse e

expectoração mucosa.expectoração mucosa.

NeurocriptococoseNeurocriptococose

O tropismo doO tropismo do C. neorformansC. neorformans pelo SNC não é bempelo SNC não é bem explicado. Sabeexplicado. Sabe--se, entretanto, que a composiçãose, entretanto, que a composição química do líquor serve para esse fungo como umquímica do líquor serve para esse fungo como um excelente meio de cultura.excelente meio de cultura.

O início do quadro clínico é geralmente insidioso,O início do quadro clínico é geralmente insidioso, podendo durar semanas ou meses, com períodos depodendo durar semanas ou meses, com períodos de exacerbação da sintomatologia alternados por outrosexacerbação da sintomatologia alternados por outros de remissão completa.de remissão completa.

NeurocriptococoseNeurocriptococose Sintomas da NeurocriptococoseSintomas da Neurocriptococose

  • • Cefaléia bem localizada;Cefaléia bem localizada;
  • • Náuseas;Náuseas;
  • • Vertigens;Vertigens;
  • • Febre moderada.Febre moderada.

DisseminadaDisseminada

Apesar de o SNC ser o foco principal deApesar de o SNC ser o foco principal de

disseminação da doença, esta também podedisseminação da doença, esta também pode

disseminardisseminar--se a partir de um foco pulmonar.se a partir de um foco pulmonar.

Quaisquer órgãos podem ser comprometidos,Quaisquer órgãos podem ser comprometidos,

tais como: fígado, rins, baço, gângliostais como: fígado, rins, baço, gânglios

linfáticos e supralinfáticos e supra--renais.renais.

Cutânea primáriaCutânea primária

O comprometimento cutâneo primário resulta daO comprometimento cutâneo primário resulta da inoculação traumática da levedura.inoculação traumática da levedura.

As lesões cutâneas primárias apresentamAs lesões cutâneas primárias apresentam--se, geralmente,se, geralmente, com características bastante pleomórficas, comocom características bastante pleomórficas, como pápulas, pústulas, nódulos subcutâneos.pápulas, pústulas, nódulos subcutâneos.

ComplicaçõesComplicações

O fungo pode viver como saprófita na árvoreO fungo pode viver como saprófita na árvore brônquica, podendo expressarbrônquica, podendo expressar--se clinicamente nase clinicamente na vigência de imunodeficiência.vigência de imunodeficiência.

A meningite causada peloA meningite causada pelo CryptococcusCryptococcus, se não, se não tratada a tempo, pode levar à morte.tratada a tempo, pode levar à morte.

Diagnóstico clínicoDiagnóstico clínico

As manifestações clínicas da criptococose são bastantesAs manifestações clínicas da criptococose são bastantes polimórficas, portanto, fazpolimórficas, portanto, faz--se necessária umase necessária uma investigação diagnóstica abrangente.investigação diagnóstica abrangente.

Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial

Baseado em três fundamentos.Baseado em três fundamentos.

  • • a demonstração do fungo no material clínico;a demonstração do fungo no material clínico;
  • • o isolamento em cultura e a identificaçãoo isolamento em cultura e a identificação

final;final;

  • • a pesquisa de antígenos circulantes.a pesquisa de antígenos circulantes.

Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial

Técnicas utilizadasTécnicas utilizadas

  • • LâminaLâmina--lamínula com nigrosina;lamínula com nigrosina;
  • • Esfregaços;Esfregaços;
  • • Cortes histopatológicos;Cortes histopatológicos;

Materiais adequadosMateriais adequados

  • • Líquor;Líquor;
  • • Escarro;Escarro;
  • • Lavado brônquicoLavado brônquico--alveolar;alveolar;
  • • BiópsiaBiópsia

Como a grande maioria do material que chega aoComo a grande maioria do material que chega ao laboratório de micologia para pesquisa delaboratório de micologia para pesquisa de C.C. neoformansneoformans é de fluído, a técnica mais utilizada é aé de fluído, a técnica mais utilizada é a lâminalâmina--lamínula com nigrosina.lamínula com nigrosina.

Diagnóstico laboratorialDiagnóstico laboratorial

Lesão provocada porLesão provocada por CryptococcusCryptococcus neoformansneoformans varvar.. gattiigattii

AnexoAnexo Diagnostico diferenciadoDiagnostico diferenciado

  • • Toxoplasmose;Toxoplasmose;
  • • Tuberculose;Tuberculose;
  • • Meningoencefalites;Meningoencefalites;
  • • Sífilis;Sífilis;
  • • Sarcoidose;Sarcoidose;
  • • Histoplasmose;Histoplasmose;
  • • Linfomas.Linfomas.

EpidemiologiaEpidemiologia

Doença cosmopolita, de ocorrência esporádica.Doença cosmopolita, de ocorrência esporádica. Geralmente acomete adultos e é duas vezes maisGeralmente acomete adultos e é duas vezes mais freqüente no gênero masculino.freqüente no gênero masculino.

A suscetibilidade aumenta com o uso prolongado deA suscetibilidade aumenta com o uso prolongado de corticosteróide, na vigência de AIDS, Hodgkin ecorticosteróide, na vigência de AIDS, Hodgkin e Sarcoidose.Sarcoidose.

Objetivos da vigilância epidemiológicaObjetivos da vigilância epidemiológica

Diagnosticar e tratar adequadamente todos os casos,Diagnosticar e tratar adequadamente todos os casos, devendodevendo--se estar atento para o fato de que ase estar atento para o fato de que a criptococose, geralmente, está associada àcriptococose, geralmente, está associada à imunossupressão servindo de evento sentinela, paraimunossupressão servindo de evento sentinela, para a busca de sua associação com fatoresa busca de sua associação com fatores imunossupressores.imunossupressores.

NotificaçãoNotificação

Não é doença de notificação compulsória. ANão é doença de notificação compulsória. A

investigação deve ser feita no sentido de seinvestigação deve ser feita no sentido de se

buscar sua associação à imunodeficiência ebuscar sua associação à imunodeficiência e

para implantar as medidas de controlepara implantar as medidas de controle

disponíveis.disponíveis.

Medidas de controleMedidas de controle

Até o momento não existem medidasAté o momento não existem medidas

preventivas específicas, a não ser atividadespreventivas específicas, a não ser atividades

educativas com relação ao risco de infecção.educativas com relação ao risco de infecção.

Tratamento

  • Anfotericina B, na dose de 0,3mg/Kg, IV, durante 6 semanas;
  • Fluconazol, na dose de 200 a 400mg/dia, VO, por aproximadamente 6 semanas

BibliografiaBibliografia

  • • http://www.pdamed.com.br/http://www.pdamed.com.br/
  • • http://www.canalciencia.ibict.brhttp://www.canalciencia.ibict.br
  • • TRABULSI, Luiz , ALTERTHUM, Flavio.TRABULSI, Luiz , ALTERTHUM, Flavio. MicrobiologiaMicrobiologia.. 4ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.4ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.