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livro sobre criação de búfalos
Tipologia: Esquemas
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Coleç60 CRIAR
Empresa Brasileira rh Puqu/sa Agropecu'r/a Centro de Pesquisa Agrof1oresfal da Amaz6nla Orienta' Ministério da Agricultura e do Abastecimento
Serviço de Produção de Informação Brasília - DF
Colec;lIo CRIAR
o Brasil já dispõe de um volume substan- cial de conhecimentos, gerados a partir da pes- quisa agrícola. A inserção desses conhecimen- tos junto a segmentos mais amplos da socieda- de tem exigido considerável esforço, no senti- do de assegurar a qualidade técnica das infor- mações e, ao mesmo tempo, tornar disponíveis textos que possam ser utilizados por todas as pessoas interessadas nos temas referentes à agropecuária, à agroindústria e ao meio ambi- ente, independentemente de os leitores serem ou não especialistas nesses assuntos.
A exemplo da Coleção Plantar, que tem alcançado grande sucesso editorial, atendendo às necessidades de informação de produtores, técnicos, sitiantes, chacareiro s, donas de casa e demais in teressados em práticas agrícolas que lhe reduzam desperdícios, pemitindo-Ihes
ColeliClo CRIAR
maior sucesso em suas atividades rurais, a Embrapa lançou a Coleção Criar. Trata-se de tornar acessível, em lingua- gem simples, ao público já citado e também a estudantes e técnicos, conceitos que dão fun- damento às recomendações originadas na pes- quisa científica ou mesmo apresentar técnicas e processos que podem ser empregados em negócios agrícolas ou agroindustriais. A Embrapa, por meio de seus centros de pesquisa, do se u Serviço de Produção de Infor- mação - SPl e de colaboradores de tantas ou- tras importantes in stituições de pesquisa, espe- ra , sinceramente, estar contribuindo para a melhoria do entendimento de questões tão importantes para o desenvolvimento sustentá- vel de nosso Paí s.
Lucio 8runale Gerente Geral
CoIeç60 CRIAR
Produ ção de carne em pastagem cul- ti vada ................... .............................. 43 Pr odu ção de ca rn e em siste ma in te- grado ............ .. .. .. ................................ 46 Prod u ção de ca rn e em sistema inten- sivo rota ci onado ............................... .. 47 Prod u ção de ca rn e em co nf inamento .. 49 Produ ção de ca rn e em sistema inte- grado co m outros animais domés- ticos.......... .. ... .. .......... ........... .............. 50 Manejo sanitário .. .. ................... ..... .. .... .... 52 Ma ne jo das fêmeas gestantes .......... .... 53 Ma ne jo dos beze rros.. .... ............ ......... 56 Alimentação e nutrição................... .. ....... 65 Utilização de pastagens ................... ... 65 Supl eme nt ação a lim entar ... .......... ....... 69 Mi ne ra li zação ..... .. ........ ...... .. .. .. ....... ... 72 In.talaçõe. zootécnica. (carne/ leite) ....... 75 Centro de mane jo ................ .. ........... .. 76 Cerca. ........... ............ .......................... 77 Coc ho co be rt o para mine rais ............ .. 96 Açude ............... .. ........................... ... .. 10 1
Coleção CRIAR
nacional vem crescendo a taxas superiores a 10% ao ano, contando, hoje, com mais de dois milhões e meio de cabeças.
Na década passada, a população bubalina mundial era estimada em cerca de cento e trinta milhões de cabeças, encontran- do-se os maiores rebanhos na índia e no Paquis- tão.
Uma criação alternativa como a de bú- falos representa um acréscimo significativo na produção de carne e leite, em função da capa- cidade produtiva desses animais, que podem atingir de 400 a 500 kg, aos dois anos de idade, em pastagens nativas ou cultivadas, e cuja pro- dução de leite pode alcançar a média de 5 e/fêmea/dia, em regime de pasto, sem qual- quer suplementação.
O leite de búfala, por outro lado, é de melhor qualidade que o de outras espécies e é su perior, também, em rendimento na tran s-
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formação em subproduto s. Além disso, os bú- falos têm excelente desempenho em trabalhos de tração, sendo de grande valia para o peque- no produtor, como ocorre em vários paíse s, principalmente os da Ásia. Não raro, os búfa- los são vistos tracionando canoas ou pequenas embarcações em áreas alagadas ou pantano- sas, ou arrastando pesadas toras de madeira em áreas de floresta. Aos aspectos produtivos, soma-se a docilidade desses animais que po- dem ser manejados até por crianças, depen- dendo da tarefa a ser desen volvida.
Este trabalho pretende familiarizar o público com essa espécie animal, fornecendo- lhe informações básicas sobre suas raça s, so- bre o manejo adequado para a produção de carne e leite, e sob re sua importância na eco- nomia rural do país, onde, em algumas re- giões, já desempenha importante papel para minimizar a fome.
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definidas, desenvolveram-se por meio de se-
leção natural durante um longo período de
tempo. Foram encontrados, nos montes Siwalik, norte da índia, restos fósseis de dois
tipos distintos de búfalos do Plioceno, um relacionado com o búfalo indiano e outro com o Tamarao e o Anoa. Essa forma fóssil de búfalo parece ser o elo definitivo entre o tipo indiano e seus afins do Extremo Oriente e
ancestrais extintos.
No Brasil , a introdução do búfalo ocor- reu na ilha de Marajó, e foi realizada pelo cri- ador paraense Vicente Chermont de Miranda,
que adquiriu búfalos da raça Mediterrâneo, do Conde italiano Rospigliosi Camilo, de Roma, em fevereiro de 1895. Nos anos seguintes,
muitas outras importações foram realizadas por criadores de Marajó, do Baixo Amazonas, do
Nordeste, do Sul e de Minas.
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Os búfalos são mamíferos pertencentes
à grande família dos bovídeos, reunidos por Linneu, em 1758, em sua obra intitulada Systema Naturae, em um único gênero deno- minado 805, dando-lhe denominações especí- ficas, muitas delas ainda em uso. Com a evo lu - ção da zoologia, estudos posteriores determi- naram di ve rsa s modificações na sistemática e novos gêneros foram criados para alguns ani- mais. Os estudiosos, e nt ão, demonstraram a existência de diferenças de ordem anatômica e filogenética para a criação de out ros gêneros, em substituição ao 805. Surgiu, assim, a moderna classificação zoológica do s mamíferos:
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de vários países da Europa e América. O s búfa- lo s provenientes da Itália também pertencem a esta subespéc ie. É denominado mundialmente de búfalo de rio (river bullalo).
- Bubalus bubalis, variedade fulvus - é menor que a anterior e de coloração pardacenta ou
avermelhada, nati vo da s regiões altas do nor- deste da índia, especialmente do Assam, vi- vendo geralmente em estado se lvagem ou se mi- doméstico.
- Bubalus bubalis, variedade kerebau - é en- co ntrado no Ceilão , Indochina , Ilha s da Indon és ia e Filipina s. É o Carabao, que na re- gião amazônica recebe a denominação de Rosilho. É também chamado de "búfalo do pântano" (s wamp buffalo ).
O cariótipo, ou se ja, o número de cromossomos característico de um se r vivo, nos
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búfalos de pâ nt ano, representados no Bra s il pela raça Carabao, apresenta um conjunto de 48
Bra s il , as raças Murrah, Jafarabadi e Mediterrâ-
RaCjas
No s ul da Ásia, existem dezoito raças
de búfalos de rio, reunidas em cinco grandes grupos, apresentadas na Tabela 1. Pode-se
mencion ar, também , como bú fa lo de rio o Preto ou It a li a no (" Italian buffalo ") que , no Br as il , corresponde à raça Mediterrâneo. Na
Tailândia, China, Filipina s, em al guns outros
pa íses da parte leste da Ás ia e no Bras il é
também encontrado o búfalo de pântano , den om inado Carabao ou Rosilho.
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- Jafarabadi - originária da Fl oresta do gir, pe- níns ul a Kathiavar, oeste da índia. Caracteriza- se pela forma da cabeça e pelos chifres pesa- dos e caídos. Considerada de aptidão mista, carne e leite, é o mais pesado dos bubalinos. A pelagem é preta e bem definida. Apresen-
ta duas variedades bem distintas, a Gir e a Palita na.
- Mediterrâneo - também co nh ecida como búfalo preto ou it a li ano, descende de animais importados, em diversas épocas, da It á lia para a Ilh a de Marajó. É um intermediário entre o Murrah e o Jafarabadi, de aptidão mista, leite e carne. A pelagem também é preta. - Carabao - ou búfalo Rosilho , aproxi ma-se na apa rênci a aos bubalinos da Indochina, China e Filipinas. A pelagem é rosilh a, de cor castan ha,
com dois semicirculos na região do pescoço, denominados " co leiras", com pêlos mais cla-
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ros. Presta- se para a produção de carne e para o trabalho.
Às raças acima, acrescenta- se o tipo Baio, búfalo de pelagem ba ia ou pardacenta, provavelmente pertencente à subespécie Fulvu5, contando, hoje, com pequeno número de ani- mais (ta lvez não atinja 200 cabeças em todo o país).
A produção de leite de búfalas é, sem dúvida, uma atividade de imen sa importân- cia em vários países do mundo. No Brasil , os búfalos são criados principalmente para a produção de carne, mas já começam a ser aproveitados, e com g ran de su cesso , também na produção de leite.