Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Cooperação Internacional: Dinâmicas de Conflito e Harmonia, Provas de Relações Internacionais

Este documento discute a dinâmica entre cooperação e conflito em relações internacionais, a partir da formação do estado moderno até a atualidade. A autoria analisa a importância de instituições e regimes internacionais na manutenção da ordem, utilizando o dilema do prisioneiro como metáfora. Adicionalmente, são apresentados os teóricos keohane e nye e sua visão neoliberal de interdependência complexa.

Tipologia: Provas

2021

Compartilhado em 14/02/2022

nicole-selles-vallim
nicole-selles-vallim 🇧🇷

1 documento

1 / 2

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
Nicole Selles Vallim | 20202530009 | Enara Munoz | TRI1
COOPERAÇÃO OU CONFLITO: QUE DINÂMICA IMPERA E NAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS?
Desde a formação do Estado Moderno existe a vontade de estabelecer uma ordem
entre os Estados baseada na paz, visto que de fato um cenário de guerra se mostra
desvantajoso para todas as partes. Apesar da dedicação de teóricos e de tratados que
buscavam a estabilidade do sistema internacional através de acordos de paz, o conflito e as
guerras construíram as histórias das nações. Foi a partir de 1945, com a criação da
Organização das Nações Unidas (ONU), que as ideias pacifistas ganharam forma mais
concreta. Apesar do conturbado contexto internacional que se passava o mundo naquele
momento, a cooperação e a solidariedade eram pautas centrais no debate internacional.
Portanto, a partir da criação de estruturas como a ONU que se preocupavam em
encorajar a cooperação multilateral percebe-se a propagação dos chamados regimes
internacionais, ou seja, instituições com princípios e regras que orientam os Estados
possibilitando a manutenção da ordem. Tadeu Morato Maciel em seu artigo “As teorias de
relações internacionais pensando a cooperação”, relaciona diretamente os regimes com o
conhecido dilema do prisioneiro, para ele
“(...) o significado dos regimes só é entendido por aqueles que estão se relacionando.
Tal dinâmica nos faz lembrar o dilema do prisioneiro, pois a tentativa de criar meios
de contato e negociação entre os prisioneirossendo importante que o negociador
possua neutralidade, força, eficácia, etc. gerará a gradativa confiança entre as
partes, possibilitando uma solução mais agradável para todos. Essas “pontes” de
negociação entre os prisioneiros seriam as instituições, que podem ser as
organizações e os regimes internacionais. Processos dotados de uma lógica de
consenso baseado na confiança geram mais segurança e previsibilidade nas
negociações internacionais, que passam a ser mais organizadas.”
Robert Keohane e Joseph Nye utilizam bastante dos regimes para embasar sua visão
neoliberal do sistema internacional. Esses teóricos desenvolveram o modelo de
interdependência complexa que destacou o surgimento de atores transnacionais vis-à-vis o
Estado, ou seja, refuta a premissa realista de que os Estados são os únicos atores na política
internacional. Além disso, buscava o foco no surgimento de regimes e instituições
internacionais que compensavam o uso da força defendido pelos realistas. Na
pf2

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Cooperação Internacional: Dinâmicas de Conflito e Harmonia e outras Provas em PDF para Relações Internacionais, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO

Nicole Selles Vallim | 20202530009 | Enara Munoz | TRI COOPERAÇÃO OU CONFLITO: QUE DINÂMICA IMPERA E NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS? Desde a formação do Estado Moderno existe a vontade de estabelecer uma ordem entre os Estados baseada na paz, visto que de fato um cenário de guerra se mostra desvantajoso para todas as partes. Apesar da dedicação de teóricos e de tratados que buscavam a estabilidade do sistema internacional através de acordos de paz, o conflito e as guerras construíram as histórias das nações. Foi só a partir de 1945, com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), que as ideias pacifistas ganharam forma mais concreta. Apesar do conturbado contexto internacional que se passava o mundo naquele momento, a cooperação e a solidariedade eram pautas centrais no debate internacional. Portanto, a partir da criação de estruturas como a ONU que se preocupavam em encorajar a cooperação multilateral percebe-se a propagação dos chamados regimes internacionais, ou seja, instituições com princípios e regras que orientam os Estados possibilitando a manutenção da ordem. Tadeu Morato Maciel em seu artigo “As teorias de relações internacionais pensando a cooperação”, relaciona diretamente os regimes com o conhecido dilema do prisioneiro, para ele “(...) o significado dos regimes só é entendido por aqueles que estão se relacionando. Tal dinâmica nos faz lembrar o dilema do prisioneiro, pois a tentativa de criar meios de contato e negociação entre os prisioneiros – sendo importante que o negociador possua neutralidade, força, eficácia, etc. – gerará a gradativa confiança entre as partes, possibilitando uma solução mais agradável para todos. Essas “pontes” de negociação entre os prisioneiros seriam as instituições, que podem ser as organizações e os regimes internacionais. Processos dotados de uma lógica de consenso baseado na confiança geram mais segurança e previsibilidade nas negociações internacionais, que passam a ser mais organizadas.” Robert Keohane e Joseph Nye utilizam bastante dos regimes para embasar sua visão neoliberal do sistema internacional. Esses teóricos desenvolveram o modelo de interdependência complexa que destacou o surgimento de atores transnacionais vis-à-vis o Estado, ou seja, refuta a premissa realista de que os Estados são os únicos atores na política internacional. Além disso, buscava o foco no surgimento de regimes e instituições internacionais que compensavam o uso da força defendido pelos realistas. Na

interdependência, as politicas e ações de um ator têm profundo impacto nas politicas e ações de outros atores, é uma relação caracterizada pela cooperação, dependência e interação em varias áreas diferentes. Nesse sistema, os Estados cooperam porque é do seu próprio interesse comum e o resultado direto dessa cooperação é a prosperidade e a estabilidade no sistema internacional. É importante ressaltar que no entendimento da interdependência complexa as chamadas “hight politics” e “low politics” não podem ser mais parâmetro para dividir a política internacional. As questões econômicas, sociais e ambientais são altas prioridades na agenda internacional, embora as politicas como segurança nacional e poder militar ainda permaneçam relevantes. Hoje em dia é possível perceber a cooperação entre as nações democráticas quando o assunto é a Covid-19. Nos últimos dois anos existiram uma movimentação mundial para conseguir controlar a propagação da doença que foi responsável pela morte de muitas pessoas. Houve uma ampla mobilização tanto do setor privado quanto público em criar politicas e incentivar o desenvolvimento cientifica para frear o vírus. Apesar de alguns obstáculos a cooperação mundial se mostrou necessária no cenário mundial atual.