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controle de pragas soja, Notas de estudo de Agronomia

controle de pragas soja

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 14/06/2016

alyne-resende-gomes-4
alyne-resende-gomes-4 🇧🇷

4.3

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Sumário
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 1
2. DESENVOLVIMENTO................................................................................................................2
2.1. Manejo Integrado de Pragas (MIP).........................................................................................3
2.2. Pragas Subterrâneas..............................................................................................3
2.2.1. Cascudinho-da-soja........................................................................................3
2.2.3. Coró-da-soja.....................................................................................................4
2.2.4. Cupim-subterrâneo.........................................................................................5
2.2.5. Lagarta-elasmo.................................................................................................5
2.2.6. Lagarta-rosca....................................................................................................6
2.2.7. Percevejo-castanho........................................................................................7
2.2.8. Percevejo-castanho........................................................................................8
2.2.9. Piolho-de-cobra, centopeia...........................................................................9
2.2.10. Torrãozinho...................................................................................................9
2.3. Pragas Aéreas........................................................................................................10
2.3.1. Ácaro-branco, ácaro-do-bronzeamento...................................................................10
2.3.2. Ácaro-rajado.............................................................................................................11
2.3.3. Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho.....................................................12
2.3.4. Cascudinho-verde, metálico.......................................................................13
2.3.5. Formiga-cortadeira, quenquém..................................................................13
2.3.6. Formiga-cortadeira, saúva-limão Atta......................................................15
2.3.7. Gafanhoto, tucura..........................................................................................15
2.3.8. Grilo-pardo......................................................................................................16
2.3.9. Lagarta-cabeça-de-fósforo..........................................................................17
3. CONCLUSÃO............................................................................................................................20
4. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................21
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Sumário

    1. INTRODUÇÃO
    1. DESENVOLVIMENTO
  • 2.1. Manejo Integrado de Pragas (MIP)
    • 2.2. Pragas Subterrâneas
      • 2.2.1. Cascudinho-da-soja
      • 2.2.3. Coró-da-soja
      • 2.2.4. Cupim-subterrâneo
      • 2.2.5. Lagarta-elasmo
      • 2.2.6. Lagarta-rosca
      • 2.2.7. Percevejo-castanho
      • 2.2.8. Percevejo-castanho
      • 2.2.9. Piolho-de-cobra, centopeia.
      • 2.2.10. Torrãozinho
    • 2.3. Pragas Aéreas
      • 2.3.1. Ácaro-branco, ácaro-do-bronzeamento...................................................................
      • 2.3.2. Ácaro-rajado.............................................................................................................
      • 2.3.3. Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho
      • 2.3.4. Cascudinho-verde, metálico
      • 2.3.5. Formiga-cortadeira, quenquém.
      • 2.3.6. Formiga-cortadeira, saúva-limão Atta
      • 2.3.7. Gafanhoto, tucura
      • 2.3.8. Grilo-pardo
      • 2.3.9. Lagarta-cabeça-de-fósforo
    1. CONCLUSÃO
    1. BIBLIOGRAFIA
1. INTRODUÇÃO

A soja é uma cultura que tem sido atacada por várias pragas, que pode ocorrer durante todo o seu ciclo. Mais de 300 espécies de insetos já foram relatados alimentando-se nas lavouras ou nos grãos armazenados. Porém, as principais pragas da soja são menos de dez, as demais são consideradas de valor secundário para a cultura. As condições ambientais, a época do ano e a presença de inimigos naturais são fatores determinantes para a ocorrência de uma espécie em maior população que outra. O controle de pragas da cultura visa evitar o incremento da população e que se alcance o chamado nível de dano econômico, que é o ponto em que o ataque da praga começa a causar prejuízos econômicos ao produtor. O controle deve ser feito utilizando-se os princípios de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

cerca de 15% a 20%, entretanto, algumas doenças podem ocasionar perdas de quase 100%. 2.1. Manejo Integrado de Pragas (MIP) O MIP é a união de métodos de controle, visando que a população de uma praga não atinja um índice de dano, que irá trazer um prejuízo econômico maior do que sua medida de controle. Métodos de controle legislativos, culturais, biológicos e químicos devem ser usados de forma conjunta, em que o agricultor deve tentar conduzir sua lavoura dentro de parâmetros ambientais aceitáveis, com um resultado financeiro positivo. O uso de qualquer uma das técnicas de manejo integrado deve ser indicado somente por um agrônomo devidamente credenciado e após o correto diagnóstico da praga que acomete a cultura, uma vez que sem essa correta diagnose, a medida de manejo adotada pode ser ineficiente e causar maiores prejuízos ao produtor. Vale salientar que no caso do uso de produtos de origem química ou biológica, estes devem estar devidamente registrados, para a tilização na cultura, no Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento.

2.2. Pragas Subterrâneas

2.2.1. Cascudinho-da-soja

(Coleoptera: Chrysomelidae) Besouro com 5 mm de comprimento, formato oval e coloração cinza- escura, marrom ou preta, sempre com manchas mais escuras ou claras. Os adultos têm pouca habilidade para voar e quando perturbados se fingem de mortos e permanecem imóveis ou se jogam ao chão. As larvas são amareladas e vivem no solo. Alimentam-se de matéria orgânica e raízes de plantas de diversas espécies. Não causam danos significativos nessa fase. Os adultos atacam várias culturas, entre elas a soja. O ataque geralmente ocorre poucos dias após a emergência das plantas. Nesse período, os insetos concentram-se no caule e causam o tombamento e a morte das plântulas. Se essa fase coincidir com uma estiagem, o ataque pode ser mais danoso. Também podem infestar plantas mais desenvolvidas. Nesse caso, os alvos são os pecíolos e as hastes mais finas, que murcham e secam.

2.2.3. Coró-da-soja

(Coleoptera: Melolonthidae) Besouros de coloração castanha, com até 2 cm de comprimento e sem chifres. Possuem hábitos noturnos e realizam as revoadas para acasalamento a partir de outubro. Após o acasalamento, os ovos são postos no solo em até 15 cm de profundidade. Em média, são necessários 10 dias para a eclosão, sendo que variações na temperatura e umidade do solo podem adiantar ou retardar esse processo. As larvas são chamadas de corós. Elas possuem corpo recurvado e esbranquiçado, cabeça castanha ou marrom e três pares de pernas torácicas. Podem chegar a 4 cm de comprimento. O seu hábitat de desenvolvimento é o solo, onde podem ser encontradas a até 40 cm de profundidade. Essa é a fase mais longa do ciclo biológico e dura mais de 250 dias. Só ocorre uma geração por ano. Esses besouros são comuns em lavouras de soja e em diversas outras culturas. Os adultos são responsáveis pela reprodução e dispersão da espécie. As fêmeas consomem folhas, mas não causam danos significativos. Os prejuízos são causados pelas larvas, que se alimentam de raízes e podem causar a morte das plantas, especialmente as recém-germinadas. Os ataques ocorrem em reboleiras e são identificados pela observação de plantas amareladas e pouco desenvolvidas.

2.2.5. Lagarta-elasmo

Elasmopalpus lignosellus (Lepidoptera: Pyralidae) Mariposa de hábitos noturnos com cerca de 2 cm de envergadura e coloração geral cinza. As fêmeas apresentam cor mais escura e homogênea do que os machos, cujas asas são claras com bordas escuras. Quando estão em repouso, permanecem com as asas rentes ao corpo e podem ser confundidos com restos vegetais. As fêmeas ovipositam no solo próximo das plantas hospedeiras e têm preferência por solos arenosos e secos. Os ovos inicialmente são claros e, com o aproximar da eclosão, tornam-se vermelho-escuros. As lagartas são amareladas ou esverdeadas com listras e anéis vermelhos no corpo. Quando completamente desenvolvidas medem de 1 a 2 cm de comprimento. São elas que causam os danos à cultura. Alimentam-se do caule e das folhas das plântulas, causando murcha, seca e tombamento. Nas plantas maiores, abrem galerias no interior do caule e constroem um abrigo conectado a essa galeria ou próximo dela, onde a pupa será formada. O resultado do ataque é o enfraquecimento, tombamento e até a morte da planta. Possuem alta mobilidade, o que explica a possibilidade de uma única lagarta atacar várias plantas e causar grandes falhas nas linhas de plantio, comprometendo seriamente o estande da cultura. O ataque é mais danoso na fase inicial da cultura, pois as plantas jovens são facilmente devoradas e possuem menor capacidade de recuperação.

2.2.6. Lagarta-rosca

Agrotis ípsilon (Lepidoptera: Noctuidae ) Os adultos são mariposas que podem atingir até 5 cm de envergadura e têm coloração que varia do pardo ao marrom. Sua cabeça, tórax e asas anteriores apresentam pontuações e manchas escuras de vários formatos. Suas asas anteriores são mais claras, podendo ser translúcidas e apresentar manchas. Os ovos são depositados em colmos, hastes, folhas ou no solo, próximo das plantas hospedeiras. Eles são esbranquiçados e podem ser encontrados isolados ou em grupos. As lagartas medem até 5 cm de comprimento, são robustas, lisas e de coloração variável, com predominância do cinza-escuro e marrom com pontuações pretas. Possuem hábitos noturnos e durante o dia ficam abrigadas no solo, sob a vegetação morta, em buracos ou sob torrões, normalmente próximos das plantas das quais se alimentam. Sua principal característica é se enrolar quando perturbadas. A fase larval dura aproximadamente 30 dias. A pupa é encontrada no solo dentro de casulos de terra construídos pelas lagartas. O inseto permanece nesse estágio por aproximadamente 15 dias, quando então eclode o adulto, reiniciando o ciclo. Os prejuízos causados

O comportamento, a aparência e a biologia desse inseto são muito semelhantes aos do outro percevejo-castanho, Atarsocoris brachiariae. Ambos vivem no solo, alimentam-se da seiva de raízes de diversas plantas cultivadas, realizam as revoadas durante as chuvas e exalam forte odor quando expostos na superfície. A diferenciação entre as espécies baseia-se em algumas características dos tarsos, do orifício ostiolar e do ápice do clípeo. Os danos nas lavouras também são observados em reboleiras e as plantas atacadas apresentam desenvolvimento inferior ao restante da cultura e alguns sintomas de deficiência nutricional e hídrica. Esses problemas ocorrem em razão da sucção da seiva e da injeção de substâncias tóxicas. As plantas enfraquecidas podem morrer. 2.2.9. Piolho-de-cobra, centopeia. Julus hesperus (Diplopoda: Julida ) Esses artrópodes podem passar de 10 cm de comprimento e possuem o corpo formado por vários segmentos, com dois pares de pernas em cada um. Apresentam hábitos noturnos e durante o dia abrigam-se sob palhada, pedras, torrões, troncos ou em túneis abertos no solo. Quando ameaçados, enrolam-se em uma espiral. Eles se alimentam de material vegetal vivo ou em decomposição e são mais comuns em solos pouco revolvidos e com boa cobertura vegetal, como ocorre no plantio direto. A reprodução é sexuada e seus ovos são postos no solo. Geralmente ocorre apenas uma geração por ano, mas em temperaturas altas pode ocorrer mais. Essa praga causa danos no início da cultura, pois se alimenta de sementes, cotilédones e plântulas. Os piolhos geralmente se concentram nas linhas de plantio, onde penetram o solo mais facilmente e obtêm o alimento.

Em altas infestações, pode haver grandes falhas de germinação e necessidade de replantio. As maiores perdas ocorrem quando o ataque coincide com condições de estresse, como seca, profundidade excessiva de semeadura e solos frios com excesso de umidade.

2.2.10. Torrãozinho

Aracanthus mourei (Coleoptera: Curculionidae ) Besouro com poucos milímetros de comprimento, formato oval e coloração cinza-escura ou marrom. Os adultos têm o hábito de se jogar no solo e fingir de mortos quando perturbados. Eles possuem protuberâncias na região dorsal às quais aderem detritos do solo e os deixam parecidos com torrões de terra. Apresentam maior atividade durante a noite e em dias com menor luminosidade. Seu ciclo de vida é anual e passam a maior parte dele na fase larval, alimentando-se de raízes e matéria orgânica no solo. O ataque geralmente ocorre na fase inicial da cultura e se inicia pelas bordas das lavouras. Os sinais típicos do ataque são folhas com as margens recortadas ou com perfurações. Além das folhas, os besouros também podem se alimentar de cotilédones, hastes, gemas de crescimento e brotações.

2.3.2. Ácaro-rajado.............................................................................................................

Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae ) O ácaro rajado é relativamente grande e possui até 0,5 mm de comprimento. As fêmeas apresentam duas manchas escuras no dorso (Fig. 09.1), que facilitam a identificação da espécie. As colônias são encontradas na face inferior das folhas juntamente com as teias produzidas por esses ácaros. Para se alimentar, eles raspam a superfície foliar e sugam a seiva que extravasa. Dessa forma, na face superior das folhas, no lugar oposto onde ocorre o ataque, surgem manchas cloróticas. Com o passar do tempo, essas manchas ficam bronzeadas, unem-se, secam e causam a queda das folhas. Em decorrência da perda de área foliar, as plantas não se desenvolvem bem e produzem menos. O clima com poucas chuvas e altas temperaturas favorece o desenvolvimento dessa praga. No período frio e na entressafra, os ácaros podem mudar de coloração e buscar refúgio na vegetação rasteira ou em fendas nos troncos das árvores.

2.3.3. Larva-alfinete, vaquinha, brasileirinho

Diabrotica speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae ) Os adultos são besouros com menos de 1 cm de comprimento. Possuem coloração verde brilhante e três manchas amarelas ovais em cada élitro. A cabeça é castanha ou marrom e o abdome e o protórax são verdes. Os ovos são postos no solo, próximo das áreas de plantio. São postos preferencialmente em terras escuras e ricas em matéria orgânica e eclodem após 5 a 20 dias. As larvas são brancas, com exceção das extremidades e das patas, que são escuras. Medem aproximadamente 1 cm de comprimento, quando bem desenvolvidas. As pupas são encontradas no solo em casulos de terra construídos pelas larvas. Os danos às plantas são causados pelas larvas e pelos adultos. As larvas, conhecidas como larvas-alfinete, danificam as raízes das plantas, o que reduz a sustentação e a absorção de água e nutrientes. Os adultos atacam folhas, brotações, botões florais, flores e vagens, e causam perfurações e cortes nas margens.

2.3.5. Formiga-cortadeira, quenquém.

Acromyrmex spp. (Hymenoptera: Formicidae ) As formigas desse gênero são muito parecidas, inclusive nos danos que causam, com as do gênero Atta, conhecidas como saúvas. Entretanto, algumas características as diferem. As quenquéns possuem 4 ou mais pares de espinhos no tórax e várias protuberâncias no abdome. Também, seu ninho é menor e menos profundo do que os sauveiros. A entrada do formigueiro pode ser apenas um orifício no solo sem grandes sinais ao seu re - dor, um montículo de terra solta com ou sem detritos vegetais ou ainda vários montículos, sinalizando a presença de uma ou várias colônias próximas umas das outras. As colônias são formadas por vários grupos: machos e fêmeas alados, responsáveis pela formação de novos for - migueiros; a rainha, responsável pela reprodução; e as operárias, de diversos tamanhos e adaptadas para várias funções, como os soldados, que atuam na proteção do ninho. A formação de novos formigueiros ocorre no início da estação chuvosa, pois é nesse período que os espécimes alados deixam os formigueiros e realizam as revoadas de acasalamento. Em seguida, as fêmeas perdem as asas e penetram no solo, onde darão início a uma nova colônia. Causam prejuízos em diversas culturas. Cortam as folhas e outras partes das plantas e as carregam por trilhas para dentro dos formigueiros. Esse material é utilizado como substrato para o fungo que cultivam em seus ninhos. Plantas jovens são mais prejudicadas, pois são facilmente cortadas por inteiro. Já a planta adulta, apesar dos cortes, pode se recuperar e apresentar

produção. São encontradas em várias regiões do Brasil. Algumas espécies e subespécies são: Acromyrmex niger, A. landolti balzani, A. landolti landolti, A. disciger, A. subterraneus, A. crassispinus, A. rugosus rugosus e A. laticeps.

2.3.6. Formiga-cortadeira, saúva-limão Atta

sexdens rubropilosa (Hymenoptera: Formicidae) A espécie Atta sexdens é a saúva mais comum no Brasil e suas subespécies estão distribuídas por diversos estados. No caso, a Atta sexdens rubropilosa é encontrada em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Caracteriza-se por possuir três pares de espinhos em seu dorso, coloração marrom-avermelhada sem brilho e pelos na cabeça e no abdome. Outra característica que facilita sua identificação em campo é o cheiro de limão exalado quando a sua cabeça é esmagada. O seu ninho, superficialmente, é um monte de terra solta irregular com vários montículos e aberturas no centro. Eventualmente também são encontrados detritos vegetais nas proximidades desses sauveiros. Dentro de cada formigueiro, existem diferentes grupos de insetos, cada um com sua responsabilidade: a rainha, as operárias, com suas subdivisões, e os insetos alados, responsáveis pela formação de novas colônias. Os danos são caracterizados pelo corte das folhas, hastes e outras partes da planta, as quais são utilizadas como substrato para o desenvolvimento do fungo que cultivam em seus ninhos. Os prejuízos são maiores quando as plantas ainda são novas, com poucas folhas, pois podem não suportar a desfolha. Já as plantas adultas podem se recuperar do ataque, embora tenham sua produção afetada.

Os grilos são insetos mastigadores e atacam diversas plantas, como hortaliças, frutíferas, graníferas e silvestres. São noturnos e durante o dia ficam abrigados sob restos vegetais, pedras e troncos ou em galerias, de até 30 cm de profundidade, que constroem no solo. Na abertura dessas galerias, o grilo deixa montículos de terra que facilitam seu monitoramento em campo. O ciclo de vida é anual, porém em determinadas condições pode ocorrer mais de uma geração por ano. As fêmeas realizam a postura dos ovos no final da estação seca e início da chuvosa, o que geralmente coincide com o plantio de lavouras. Têm maior importância na fase inicial das culturas, pois as ninfas e os adultos podem cortar várias plântulas e carregar para as galerias. O ataque também pode ocorrer em sementes, raízes, folhas e espigas. Períodos com baixa umidade e temperatura alta durante a noite favorecem o ataque dos grilos. Além do A. muticus, o Gryllus assimilis, conhecido como grilo-preto, também é comum em lavouras. Ambos possuem comportamento semelhante; a diferenciação é feita, entre outras características, pela coloração.

2.3.9. Lagarta-cabeça-de-fósforo

Urbanus proteus (Lepidoptera: Hesperiidae) Os insetos adultos são borboletas que podem chegar a 5 cm de envergadura. Elas têm coloração cinza-escura ou marrom, com manchas claras e translúcidas semelhantes a pequenos quadrados nas asas anteriores.

No final de cada asa posterior, existe um prolongamento semelhante a uma cauda. Os ovos são depositados em pequenos grupos na face inferior das folhas. Após alguns dias, eclodem as lagartas, que têm aparência peculiar decorrente de sua grande cabeça de coloração avermelhada. O seu corpo pode ser esverdeado, amarelado ou esbranquiçado, dependendo da idade. Elas apresentam ainda três linhas longitudinais no dorso, sendo a central mais escura do que nas laterais. O ciclo biológico desse inseto dura cerca de 30 dias, sendo 15 dias apenas na fase larval. As lagartas causam dois tipos de danos: a redução da área foliar em razão da sua alimentação e o enrolamento e a união de folhas para formar o seu abrigo, o que também prejudica o desenvolvimento e a produção da cultura. 2.3.10. Lagarta-da-soja, lagarta-verde Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Noctuidae) Os insetos adultos dessa espécie são mariposas com cerca de 5 cm de envergadura e coloração parda, cinza ou marrom. Quando estão em repouso, suas asas permanecem abertas e fica visível uma linha transversal que as corta de ponta a ponta. Embora essa listra possa ser menos evidente em alguns espécimes, ela é uma característica que facilita a identificação dessa espécie. São insetos de hábitos noturnos e abrigam-se em áreas sombreadas durante o dia, geralmente entre as folhas ou abaixo delas. As fêmeas põem seus ovos no final da tarde e durante a noite. Os locais preferidos para a postura são a face inferior das folhas, ramos, hastes e caule.