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Hoje, em um mercado globalizado e cada vez mais exigente, as empresas têm necessidade de estarem bem informadas, inclusive para prever situações futuras. A contabilidade, através de seus demonstrativos, pode fornecer muitas dessas informações, porém é na análise dessas informações que o administrador vislumbra o poder gerencial que a contabilidade pode oferecer ao processo de tomada de decisões. Existe a obrigação legal de se manter a contabilidade fiscal, no entanto, o processo decisório deve l
Tipologia: Notas de estudo
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RESUMO Hoje, em um mercado globalizado e cada vez mais exi- gente, as empresas têm necessidade de estarem bem informadas, inclusive para prever situações futuras. A con- tabilidade, através de seus demonstrativos, pode fornecer muitas dessas informações, porém é na análise dessas informações que o administrador vislumbra o poder geren- cial que a contabilidade pode oferecer ao processo de tomada de decisões. Existe a obrigação legal de se manter a contabilidade fiscal, no entanto, o processo decisório deve levar em consideração muitas outras questões que influenciam a empresa e o seu patrimônio.
Ao longo dos tempos o contador deixou de lado a essência de sua ciência, prestar informa- ções úteis para tomada de decisões, para sim- ples e puramente atender abordagens fiscais e le- gais da contabilidade. Para adequar-se às neces- sidades do mercado globalizado, o contador tem retomado as suas origens e procurado prestar in- formações contábeis úteis para o gerenciamento empresarial, haja vista que a informação contábil através dos demonstrativos contábeis é o retrato de fatos passados e presentes, entendida ape- nas por contadores. Porém, para atender a neces- sidade deste mercado, a informação contábil deve ser ágil e eficiente para o futuro.
“Neste particular, considere-se que o modelo decisório do administrador leva em conta cursos de ação futuros; informes sobre situações passa- das ou presentes somente serão insumos de valor para o modelo decisório à medida que o passado e o presente sejam estimadores válidos daquilo que
poderá acontecer no futuro, em situações compa- ráveis às já ocorridas” (IUDÍCIBUS, 1999, p.22).
A competitividade das empresas neste novo cenário, entre outros aspectos, deu muita ênfa- se à qualidade dos produtos e serviços ofereci- dos, além do atendimento de seus clientes com maior qualidade, e todos esses fatores influen- ciam diretamente os custos e a satisfação do cliente proporcionalmente à receita da empre- sa, afetando o posicionamento e o direciona- mento administrativo da entidade, e é aqui que entra a Contabilidade Gerencial (RAUPP, 2000).
Sempre deu-se muita ênfase ao gerencia- mento dos custos dentro da empresa, já que no mercado de compras os custos tendem a aumentar e no mercado de vendas, para man- ter seu produto competitivo, as empresas ten- tam fixar seus preços sempre no mesmo ou me- nor valor. O ideal é fazer um equilíbrio entre os custos e as receitas e, portanto, o gerenciamento dos custos passa a ser um processo essencial dentro deste contexto.
A Contabilidade Gerencial supre as necessi- dades da administração no que concerne ao uso das informações contábeis para o planeja- mento e ações da entidade quanto à produção, investimentos, desenvolvimento tecnológico, es- tratégias de mercado e outros que provoquem uma visão de futuro no intuito de alinhavar todas as atividades e processos com a política e as metas da organização.
Adcontar, Belém, v.4, n.2, p.75-80, out. 2003Adcontar, Belém, v.4, n.2, p.73-76, nov. 2003
Tatiani Kimiko da Costa MigiyamaTatiani Kimiko da Costa MigiyamaTatiani Kimiko da Costa MigiyamaTatiani Kimiko da Costa MigiyamaTatiani Kimiko da Costa Migiyama*
SISTEMASISTEMASISTEMASISTEMASISTEMA DEDEDEDEDE INFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃO CONTÁBILCONTÁBILCONTÁBILCONTÁBILCONTÁBIL TatianiTatianiTatianiTatianiTatiani KimikoKimikoKimikoKimikoKimiko dadadadada CostaCostaCostaCostaCosta MigiyamaMigiyamaMigiyamaMigiyamaMigiyama
A Contabilidade Financeira nos remete ao mundo dos custos; a Contabilidade Gerencial ao mundo dos ganhos! Ou seja, a empresa tem como metas ganhar mais dinheiro, satisfazer seus clientes e garantir o emprego de seus fun- cionários agora e no futuro, portanto, tomar de- cisões com base na contabilidade gerencial é mais correto. “Ninguém é obrigado a tomar de- cisões com base na contabilidade fiscal” (FULL- MANN, 1996, p.26). Existe uma legislação que obriga a manter uma contabilidade fiscal, mas as decisões devem ter por base não só a con- tabilidade fiscal, mas outros aspectos que influ- enciam na empresa, como mercado, fornece- dores, clientes, política, economia, etc.
Porém, como foi dito anteriormente, os cus- tos passam a ser parte essencial neste proces- so e gerenciar os custos é função da contabili- dade gerencial. Os sistemas de informação con- tábil gerencial e financeiro são distintos, mas de- vem estar integrados para suprir suas necessi- dades de informações, já que um presta e co- lhe informações do outro.
Padoveze (1994) entende que não existe Contabilidade Gerencial como técnica contábil, mas como ação, com objetivo de prestar infor- mações contábeis para administradores. Por- tanto, como ferramenta administrativa que pos- sibilita “[...[ traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial signifi- ca gerenciamento de informação contábil” (PA- DOVEZE, 1994, p.26).
Ora, neste ponto fica claro que a Contabilidade Gerencial utiliza-se de técnicas contábeis diversas, e outras disciplinas financeiras e econômicas, para dar um enfoque gerencial para a tomada de deci- sões em vários níveis dentro da entidade.
O ponto fundamental é que a contabilidade gerencial atende exclusivamente a usuários in- ternos; assim, segundo Padoveze (1994), para que ela seja utilizada no processo administrati-
vo, ela deve ser útil e desejada. Para tanto, esta informação deverá ter uma relação custox be- nefício adequado para a empresa, jamais po- dendo custar mais do que vale. Isto se deve ao fato de que dentro de um processo de gestão administrativa, a informação contábil, para ter va- lidade, deverá atender três pressupostos bási- cos da informação contábil:
1.1.1.1.1. Necessidade da informação: o administrador só dará importância às informações que se- jam necessárias para a tomada de decisões.
2.2.2.2.2. Planejamento: estas informações devem ser relevantes para o planejamento da empresa.
3.3.3.3.3. Controle: as ações que geraram estas infor- mações devem poder ser controladas.
A contabilidade gerencial não existe se não por meio de uma ação, que me parece transfor- mação de conceitos, dados e relatórios contá- beis em atuação prática. O administrador não entende os relatórios contábeis, e se não enten- de conseqüentemente não dá importância e muito menos usará as informações no proces- so administrativo. Neste aspecto, chamo a aten- ção que a contabilidade não é feita para atender contadores, e sim administradores, entre outros usuários. Portanto, ela deve se fazer entender (daí a Contabilidade Gerencial).
Entendemos que é papel do contador geren- cial fazer com que o administrador valorize os de- monstrativos contábeis, a partir da visualização da importância e necessidade dos relatórios con- tábeis gerenciais para a tomada de decisões.
A grande diferença é esta – atender as ne- cessidades de usuários internos e, a partir des- ta, podem surgir outros correlacionados. Estes usuários são de diversos níveis e interesses, o que determina que o enfoque da informação contábil será diverso na medida em que há di- versidade de usuários.
Adcontar, Belém, v.4, n.2, p.73-76, nov. 2003
FULLMANM, Claudiney. A vez da contabilidade geren- cial. QualimetriaQualimetriaQualimetriaQualimetriaQualimetria, n.58, v. 8, p.25-27, jun. 1996. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial.Contabilidade Gerencial.Contabilidade Gerencial.Contabilidade Gerencial.Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial:Contabilidade Gerencial:Contabilidade Gerencial:Contabilidade Gerencial:Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. São Paulo: Atlas, 1994.
SISTEMASISTEMASISTEMASISTEMASISTEMA DEDEDEDEDE INFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃO CONTÁBILCONTÁBILCONTÁBILCONTÁBILCONTÁBIL TatianiTatianiTatianiTatianiTatiani KimikoKimikoKimikoKimikoKimiko dadadadada CostaCostaCostaCostaCosta MigiyamaMigiyamaMigiyamaMigiyamaMigiyama
ma novo e certo, capaz de substituir os proce- dimentos da contabilidade financeira, mas in- corporá-la às práticas contábeis para que seja a contabilidade tratada pelos administradores como matéria e peça fundamental para o bom desempenho das atividades da organização.
“Recomendamos que as organi- zações, dentro de um processo inovador e estratégico, adotem um sistema de informações con- tábeis integrado ao sistema de gestão de qualidade empresari- al, buscando reunir e consolidar todas as informações relevantes
e necessárias para gerir a organi- zação, e considerar o controle como uma forma de se estuda- rem novas possibilidades ou de se analisarem novos caminhos que possibilitem redução de cus- tos, agilidade de operação, ma- ximização dos lucros e manuten- ção da qualidade do produto e do serviço prestado pela empresa. A implementação desse procedi- mento garantirá uma Contabilida- de Gerencial eficiente, com resul- tados eficazes para a organiza- ção” (RAUPP, 2000, p.35).
Adcontar, Belém, v.4, n.2, p.73-76, nov. 2003
RAUPP, Elena Hahn. A contabilidade gerencial num contexto de mudanças: formulações estratégicas mediante inovações tecnológicas e organizacionais. Revista Brasileira de ContabilidadeRevista Brasileira de ContabilidadeRevista Brasileira de ContabilidadeRevista Brasileira de ContabilidadeRevista Brasileira de Contabilidade, n. 123, v.29, p. 25-35, maio/jun. 2000.
QUADRO I
COMPARAÇÃO ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E A CONTABILIDADE FINANCEIRA FATOR CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL Usuários dos relatórios Externos e internos Internos Facilitar a análise financeira Objetivo especial de facilitar o planejamento, Objetivo dos Relatórios para as necessidades dosusuários externos controle, avaliação de desempenho e tomadade decisão internamente Orçamentos, Balanço Patrimonial, Demonstração contabilidade por responsabilidade, relatórios de dos Resultados, Demonstração desempenho, relatórios de custo, Forma dos relatórios das Origens e Aplicações relatórios especiais não rotineiros para de Recursos e Demonstrações das facilitar a tomada de decisão. Mutações do Patrimônio Líquido. Freqüência dos relatórios Anual, trimestral e ocasionalmentemensal.^ Quando necessário pela administração. Custos ou valores utilizados Primariamente históricos (passados) Históricos e esperados (previstos) Bases de mensuração usadas Moeda corrente Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeira para quantificar os dados - moeda forte, medidas físicas, índices e etc.) Restrições nas informações Princípios contábeis geralmente Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela fornecidas aceitos administração. Arcabouço teórico e técnico
Ciência Contábil Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional Característica da informação Deve ser objetiva (sem viés),verificável, relevante e a tempo.^ Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetivapossuindo menos verificabilidade e menos precisão. Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato Pespectiva dos relatórios Orientação histórica (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para controle posterior do fato).