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Desenvolvimento Embriológico e Células Tronco: Uma Nova Era em Terapias Regenerativas, Trabalhos de Ginecologia

Este documento aborda o desenvolvimento embrionário, descrevendo as etapas da fecundação até a formação de células-tronco. Além disso, discute a importância e o uso terapêutico das células tronco do cordão umbilical, incluindo as células-tronco multipotentes e adultas. O texto também aborda a importância da idade materna, fatores infertiles e a fertilização in vitro.

Tipologia: Trabalhos

2018

Compartilhado em 04/03/2022

CarlosAntonioCFilho
CarlosAntonioCFilho 🇧🇷

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FACULDADE DE MEDICINA
TUTORIA 1ª ETAPA
UNIDADE II
SITUAÇÃO PROBLEMA 3: ATÉ QUE ENFIM!
Carlos Antônio C Filho
Caroline Freitas Rezende
Danilo Aguiar Silva
Diego de Oliveira Andrade
Fernanda Maria Alves da Silva
João Vitor Tosta Rodrigues de Mello
Maira Lara da Cruz Marques
Marcus Vinícius Mendes de Santana
Uilton Martins de Queiróz
Wanessa Cândida Queiroz Belfort
Tutora: Maraiza S Gomes
Mineiros – GO
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FACULDADE DE MEDICINA

TUTORIA 1ª ETAPA

UNIDADE II

SITUAÇÃO PROBLEMA 3: ATÉ QUE ENFIM!

Carlos Antônio C Filho Caroline Freitas Rezende Danilo Aguiar Silva Diego de Oliveira Andrade Fernanda Maria Alves da Silva João Vitor Tosta Rodrigues de Mello Maira Lara da Cruz Marques Marcus Vinícius Mendes de Santana Uilton Martins de Queiróz Wanessa Cândida Queiroz Belfort Tutora: Maraiza S Gomes Mineiros – GO 2018

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO.......................................................................................
    1. OBJETIVOS...........................................................................................
  • 2.1 Objetivo Geral........................................................................................
    • 2.2 Objetivo Específicos.............................................................................
    1. DESENVOLVIMENTO...........................................................................
    1. CONCLUSÃO......................................................................................
    1. REFERÊNCIAS...................................................................................

levar a cabo seu projeto de paternidade e maternidade em algum momento de suas vidas e calcula-se que esse índice atinja aproximadamente 20% dos casais em idade reprodutiva. (KLONOFF et al, 2001). A Reprodução Humana Assistida surgiu como meio de sanar a dificuldade de reprodução de algumas pessoas com infertilidade e/ou esterilidade, fruto da evolução científica e tecnológica, nas áreas médicas e biológicas. As técnicas de Reprodução Humana Assistida possibilitaram a geração da vida humana fora do contexto natural em que sempre ela esteve. Diante disso, configurou-se a saúde sexual na questão reprodutiva. Infertilidade é concebida como a falta de concepção após, pelo menos, um ano de relações sexuais regulares sem proteção anticoncepcional (WHO, 1992). Dados epidemiológicos revelam que 85% dos casais concebem no seu primeiro ano de vida sexual sem uso de método anticonceptivo e 5% concebem algum tempo depois de um ano (FEBRASGO,1997; PIZARRO, 1991). Atualmente há um interesse crescente em torno do desenvolvimento humano desde o período que precede o nascimento conhecido como desenvolvimento embrionário. Este é um processo contínuo que tem seu início quando um ovócito é fertilizado por um espermatozoide. Algumas fases se combinam e transformam o ovócito fertilizado em um organismo multicelular, são elas: a divisão, a migração e a morte celular junto à diferenciação, ao crescimento e ao rearranjo celular. Apesar da maioria das mudanças ocorrerem nos períodos embrionários e fetais, acontecem também muitas mudanças significativas e igualmente importantes no período posterior ao nascimento, na sequência das fases de infância, adolescência e início da fase adulta (FEBRASGO,1997; PIZARRO, 1991). A célula-tronco (CT) é definida como a célula com capacidade de gerar diversos outros tipos celulares. As principais fontes das células-tronco hematopoiéticas são a medula óssea, o sangue periférico, após mobilização dos precursores hematopoiéticos através do uso de citocinas e, mais recentemente, o sangue de cordão umbilical humano. O sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) é rico em progenitores hematopoiéticos e tem sido usado para o tratamento de doenças hematológicas malignas ou não- malignas. O cordão umbilical é uma fonte ilimitada de células-tronco uma vez

que esse cordão umbilical e a placenta são colocados no lixo após o parto (NIECE e BRIDDELL, 2001). O sucesso do uso das células do sangue de cordão umbilical em transplantes culminou com a necessidade de armazenamento dessas células. Sendo assim, o primeiro banco de sangue de cordão umbilical e placentário (BSCUP) público foi estabelecido em 1993 pelo doutor Pablo Rubinstein no New York Blood Center, Estados Unidos. Esse procedimento encorajou o estabelecimento de outros BSCUP em diversas partes do mundo e o número de transplantes, utilizando células do sangue de cordão, aumentou surpreendentemente nos últimos anos (NIECE e BRIDDELL, 2001).

3 DESENVOLVIMENTO

O processo de fecundação se dá através do encontro do óvulo com o espermatozoide. Este processo inicia-se quando os espermatozoides através da relação sexual são lançados no interior do corpo da mulher. Estes espermatozoides são atraídos por substâncias químicas liberadas pelo óvulo, sendo que o sêmen também contém substâncias, e estimulam a contração da musculatura uterina, que juntamente aos movimentos dos flagelos os encaminham para a tuba uterina. Durante este caminho há a perda de vários espermatozoides devido à acidez do canal vaginal. Após este processo, os espermatozoides que chegaram as tubas uterinas encontrarão com o óvulo, onde ocorrerá o processo de fecundação caso o espermatozoide consiga romper várias membranas, entre elas a zona pelúcida. Assim que esse rompimento é feito, o espermatozoide libera o seu pró núcleo para dentro do óvulo, onde está o pró núcleo do óvulo, após esta liberação temos o processo de Cariogamia, que se caracteriza pela fusão do pró núcleo do espermatozoide com o pró núcleo do óvulo. Após esta fusão daremos início aos processos de clivagem ou segmentação do zigoto, que darão origem aos blastômeros que também se dividirão formando a Mórula, que por sua vez dará origem ao blastocisto, que ficará flutuando no interior do útero por aproximados dois dias e então se fixará na parede do útero, ocorrendo o processo de nidação, que se bem sucedido dará origem a gestação do embrião. A importância do planejamento familiar Antes de iniciar a abordagem do tema, é indispensável distinguir três expressões, frequentemente confundidas, opõe-se entre si: (1) Controle de natalidade caracteriza-se pela intervenção autoritária e totalitária do Estado nas decisões reprodutivas da população, atendendo interesses econômicos e seguindo metas demográficas. (2) Planejamento familiar , tal qual o controle de natalidade, teve enfoque econômico-demográfico. Sua proposta, no entanto, caracteriza-se

por apresentar de forma mais branda (formalmente) a intervenção estatal nas decisões reprodutivas da população. (3) Direitos reprodutivos estão associados à noção de cidadania e atrelados à premissa da indivisibilidade do direito básico à saúde, e devem ser exercidos exclusivamente pelos indivíduos, cabendo ao Estado a oferta dos meios para tanto. “Art. 2º Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. Parágrafo único - É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo de controle demográfico. (BRASIL, 1996)” Planejamento Familiar é um contíguo de ações que assistem as pessoas que anseiam ter filhos e quem opta delongar o aumento da família por meio do Sistema Único de Saúde, garantido pela Constituição Federal e pela Lei n° 9.263, de 1996 (Capítulo I). Essa lei regulamenta o exercício do direito reprodutivo visando o atendimento integral à saúde, e proíbe a utilização dessas ações para qualquer tipo de controle político demográfico. A seguridade dessa lei permite as pessoas decidirem pelos intervalos e número de gestações conforme seu desejo, com impacto direto em sua saúde e bem-estar, bem como sobre o resultado de cada gestação, uma vez que permite seu espaçamento adequado, e pode atrasar a gravidez em mulheres jovens, reduzindo os riscos de problemas de saúde e de mortalidade materna e infantil. Para tal, o Serviço Único de Saúde (SUS) deve garantir um programa de atenção integral à saúde em todos os seus níveis e que inclua, como atividades básicas, entre outras: I. a assistência à concepção e contracepção; II. o atendimento pré-natal; III. a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; IV. o controle das doenças sexualmente transmissíveis;

II. risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. § 1º É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes. § 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores. § 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma do § 1º, expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente. § 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e ooforectomia. § 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges. § 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei. O capítulo II se refere aos crimes e as penalidades nos casos da realização da esterilização cirúrgica em desacordo com o estabelecido no art. 10 desta Lei. I. durante os períodos de parto ou aborto, salvo o disposto no inciso II do art. 10 desta Lei. II. com manifestação da vontade do esterilizado expressa durante a ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente;

III. através de histerectomia e ooforectomia; IV. em pessoa absolutamente incapaz, sem autorização judicial; V. através de cesária indicada para fim exclusivo de esterilização. As principais causas de infertilidade masculina e feminina A Infertilidade pode ser denominada como a incapacidade de um casal sexualmente ativo, sem a utilização de métodos contraceptivos, de estabelecer uma gravidez dentro de um ano, período em que 90% dos casais o fazem. A infertilidade é um fenômeno universal no qual atinge aproximadamente 8 a 15% dos casais, independente dos fatores socioeconômicos ou culturais. Embora o fator masculino represente 50% das causas de infertilidade, a importância da avaliação e do tratamento do homem infértil tem sido questionada (PASQUALLOTO, 2007). A esterilidade e a infertilidade estão associadas à dificuldade ou impossibilidade de engravidar. Um quadro de esterilidade se define quando não se consegue a gravidez após um período de tentativas regulares. Sendo a infertilidade definida como a incapacidade de levar a gravidez até o fim (MIRANDA, 2005). Segundo MIRANDA (2005), a infertilidade é em geral associada ao termo conjugal, dessa forma, a infertilidade é um problema do casal que possuem dificuldades para engravidar e conceber, independentemente de as causas estarem ligadas a mulher ou ao homem. Estatísticas mostram que aproximadamente um em cada seis casais (mais de 15%) não consegue ter filhos. Em relação aos aspectos psíquicos, a infertilidade é um problema que afeta o casal por conta da interrupção ou adiamento de um desejo de ambos. Perante a dificuldade trazida pela infertilidade, vive-se um mal-estar que aflige cada sujeito e que atravessa a relação do casal, além de poder abalar as relações familiares e sociais. A infertilidade tem representação diferente para homens e mulheres. Tendo-se em consideração mitos e crenças socialmente partilhados. Acredita-se que há uma relação entre fertilidade e virilidade no caso dos homens e entre fecundidade e feminilidade no caso das mulheres. O

Atualmente, é sabido que diversos fatores levam à infertilidade masculina, no entanto, na maioria dos casos não se consegue obter um diagnóstico definitivo, indicando causa idiopática. Segundo Royal (2004), 47% não aponta causa aparente, 13% são decorrência da varicocele, 7% infecções, 8% imuno/congênita, endócrina ou sexual e 26% anormalidades do sêmen (FARINATI et al, 2006). Nos homens os fatores pré-testiculares, que causam à infertilidade, estão correlacionadas a defeitos genéticos como microdeleções no cromossomo Y nas áreas codificadoras, responsáveis pela azoospermia (AZF), no lugar em que se localizam os genes responsáveis pela infertilidade ou falhas nos receptores de androgênios, promovendo a hipospádia (má formação do meato urinário), criptorquidia (descida incorreta dos testículos) ou infertilidade além das modificações genéticas cromossômicas numéricas. Alterações testiculares como varicocele, são definidas como dilatações e tortuosidades das veias do complexo pampiniforme, alterando a temperatura, oxigenação, nutrição e liberação de radicais livres nas células testiculares, comprometendo a espermatogênese. Por fim, as alterações pós-testiculares correspondem a presença de antígenos antiespermatozóides, comprometendo a motilidade e aderência do espermatozoide ao óvulo, processos inflamatórios e fatores obstrutivos. Apesar desses fatores há outros que participam para com a infertilidade masculina, tais como: vasectomia, distúrbios de penetração ou ejaculação precoce, disfunções de ereção, câncer testicular, abuso de álcool, sedentarismo, tabaco e outras drogas e produtos químicos (LIMA e LOURENÇO, 2016). Algumas causas genéticas têm influência sobre o eixo hipotálamo- hipofisário-gonadal (HHG), sendo que as mutações nos genes é que controlam o HHG e resultam em hipogonadismo hipo ou hipergonadotrófico. Outro defeito genético é o que acontece no receptor de androgênios (AR) e faz com que o mesmo perca a função de identificar o ligante ou a falha em seu potencial de ativação. Como consequência, as variações no AR podem provocar insensibilidade parcial ou total aos androgênios, criptorquidia, hipospádia ou infertilidade. Mutações genéticas cromossômicas numéricas, que nem a síndrome de Klinefelter, provocam azoospermia-oligozoospermia grave. O

braço comprido do cromossomo Y (Yq) tem um acúmulo de genes, responsáveis pela espermatogênese, distribuídos em três regiões distintas, denominado fator de azoospermia (AZF), que são classificadas como AZFa, AZFb e AZFc. As deleções que acontecem na região AZFa cuja deleção está relacionada com a falta das células de linhagem espermatogênica já a zona AZFb é a expressão que ambas as regiões AZFa e AZFb estão relacionadas aos testículos. Se tiver deleções na zona AZFb esta também é um acontecimento grave, sendo que, quase sempre acontece deleção total ou parcial de AZFc. A área AZFc tem as deleções mais simples e ambos estão relacionados a fenótipos de fertilidade à azoospermia, sugerindo outros fatores ambientais, genéticos e físicos, como a varicocele (MIRANDA, 2005). A fabricação do sêmen é dependente de estímulos hormonais hipofisários (FSH e LH) e testiculares (testosterona), que devem atuar em conjunto, dessa forma, alterações no ciclo hormonal podem causar falhas e até à falta de produção espermática. Dentre os fatores de infertilidade testiculares está o imunológico, por conta da presença de antígenos de superfície nos espermatozoides, preparados para desenvolver anticorpos anti- espermatozóides, porém, isso só acontece se houver uma lesão na barreira hematotesticular, que pode desencadear a produção de anticorpos, capazes de interferir na motilidade, na produção e até na aderência do espermatozoide no óvulo (FARINATI et al, 2006). A criptorquidia é quando o testículo não está presente na bolsa escrotal, devido a falha na descida. Nesse caso os testículos desenvolvem caráter digenético próprio, podendo gerar algum grau de infertilidade, caso a correção cirúrgica desta anomalia não seja realizada no tempo certo, pois o testículo é deixado em uma temperatura acima da ideal, o que poderá ocasionar piora na fertilidade. A obstrução pode ser de origem ductal ou epididimário, sendo assim, o ductal secundário a agenesia de ductos deferentes e a obstrução epididimária são secundárias aos processos inflamatórios e estes, por sua vez, são resultados de infecções por doenças sexualmente transmissíveis, tais como: uretrites, prostatites e orquiepididimites. As últimas em geral, são causadas por Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma sp, além dos agentes gram-negativos: Escherichia coli, Pseudomonas

perde sua capacidade de implantação e o crescimento embrionário no útero materno. Todos os casos foram analisados pela variância de Kruskal-Wallis15, com o objetivo de comparar os três grupos em relação a um número médio de oócitos e de embriões transferidos na fertilização in vitro. A alguns exames como ultrassom, espermograma e ovulograma são fundamentais para execução da fertilização in vitro. A endometriose é uma doença que deve ser avaliada através de exames como ultrassom pélvica ou transvaginal ou até mesmo pela ressonância magnética porque o tecido endométrio formar-se aderências e pode estar espalhado em várias regiões do corpo como peritônio pélvico, intestino grosso e delgado, vaginas e tubas uterinas, dentre outras regiões, sendo as zonas mais frequentes os ovários causando a infertilidade Feminina. Infertilidade essa que ocorre devido a aderência do peritônio da tuba uterina por processos inflamatórios crônicos a outros órgãos pélvicos. Assim ocorre uma barreira mecânica entre ovulo e espermatozoide não ocorrendo a fecundação propriamente dita. Aderência pélvica é uma consequência de um ato cirúrgico ou procedimentos ginecológicos, ocorrendo desta forma uma formação cicatricial de tecido fibroso. Dificultando a chegada nutrientes e acaba realizando uma aderência com outros tecidos ou órgão da cavidade pélvica. Esse fato acontece rotineiramente dá através do ovário e das trompas ovarianas causando a infertilidade feminina devido o colabamento podendo ser identificado através de ultrassonografia pélvica. O mioma é identificado em ultrassonografia, tomografia e caracterizado por ser um tumor pélvico benigno mesenquimatoso monoclonal, com origem nas células musculares lisas do miométrio mais frequente na mulher em idade reprodutiva. A hipóteses mais relevantes das causas do desenvolvimento de miomas, são desconhecidas, porem tem se registados avanços na compreensão de fatores hormonais, genéticos e de crescimento dos tumores.

O alto índice de hormônio estrogênio e progesterona resulta no aumento mitótico e da probabilidade de mutações somáticas, já as alterações genéticas ou epigenéticas estão relacionados com fibromas uterinos, exibindo alterações cromossômicas. O efeito do estrogênio e da progesterona sobre o miométrio e miomas uterinos pode ser mediado por fatores de crescimento produzidos localmente pelo músculo liso e fibroblastos. Os miomas têm sua classificação quanto a localização relativamente às camadas musculares uterinas:  Subserosos: Desenvolvem-se abaixo da camada miometrial dando ao útero uma aparência nodular.  Intramurais: Predominante na parede serosa do útero e expandem-se para o interior, aumentando o tamanho do útero.  Submucosos: Estão abaixo do revestimento endométrial do útero.  Pediculados: Crescem como subserosos e destacam-se parcialmente do útero, ficando a ele ligado apenas por uma pequena porção de tecido chamada de pedículo. Os pólipos endometriais são evidenciados em ultrassonografia e caracterizado por lesões benignas, permanecem um enigma, com possibilidade de transformação para maligna. São raros na fase pré-puberal, apesar de seu crescimento ocorrer em qualquer período da vida em muitos dos casos a percepção é obtido, através dos sintomas com sangramento uterino anormal ou infertilidade em mulheres no período reprodutivo, já no período pós-menopausa a maioria são assintomáticos, podendo estar associados a sangramento anormal embora seu papel nesse sangramento não esteja bem definido. Mulheres em sua fase reprodutivo, com infertilidade decorrente de pólipos endometriais sintomáticos ou não. Apresentam melhora da sua fertilidade após polipectomia. Sinéquias são anormalidade uterina adquirida, caracterizadas por aderências intrauterinas geralmente resultantes de endometrites, curetagens, cirurgia intrauterina para remoção de mioma ou correção de defeito estrutural

todos esses fatores são atribuídos a deficiência de hormonais como estrogênio e progesterona ou nas mutações genéticas nos receptores de progesterona e dos estrogénios. A fertilização é o processo pelo qual a os gametas masculinos e femininos se fundem. Ocorre na região da tuba uterina, mais especificamente na região da ampola, sendo esta porção mais larga da tuba e mais próxima do ovário. Os espermatozoides podem permanecer viáveis no sistema genital feminino por vários dias. Espermatozoides recém ejaculados na vagina apenas 1% penetra no colo uterino, onde podem sobreviver por mais ou menos 72 horas, o movimento dos espermatozoides no colo uterino em direção as tubas uterinas ocorre principalmente pelas contrações musculares do útero e das tubas uterinas, estimuladas pela presença de prostaglandinas presentes no liquido seminal, como também pela presença de muco cervical de baixa viscosidade produzindo por ação do estrogênio e pela progesterona, sendo muito pouca a contribuição da movimentação dos próprios espermatozoides. A viagem desde o colo uterino até o oviduto pode ocorrer rapidamente em até 30 minutos ou demorar até 6 dias. Após alcançarem o istmo da tuba uterina, os espermatozoides se tornam menos moveis e param a sua migração. Porém, quando ocorre a ovocitação, eles se tornam moveis novamente, talvez isso ocorra em função dos quimiotáticos produzidos e liberados pelas células dos cúmulos oophorus, que envolvem o ovócito, e se distribuem pela ampola, onde normalmente a fecundação ocorre. Os espermatozoides não são capazes de fertilizar o ovócito imediatamente após a chegada na ampola uterina, e precisam sofre o processo de capacitação e reação acromática, para assim adquirirem essa capacidade. A capacitação é um processo bioquímico, reversível que envolve interações epiteliais entre os espermatozoides e uma ativação sequencial de enzimas hidrolíticas. Durante esse processo que tem duração de aproximadamente 1 a 10 horas, as glicoproteínas e proteínas plasmáticas são removidas da superfície do acrossomo. Após a capacitação, os espermatozoides não exibem mudança morfológica, mas mostram-se mais ativos e capazes de penetrar na corona radiada e zona pelúcida que envolvem o ovócito secundário.

Nos acrossomos estão presentes várias enzimas, semelhantes as encontradas nos lisossomos da célula típica, entre elas a hialuronidase e de enzimas proteolíticas que podem digerir as proteínas. A hialuronidase despolimeriza os polímeros de ácido hialurônicos no cimento intercelular que mantem unidas as células da granulosa do ovário. As enzimas proteolíticas digerem as proteínas nos elementos estruturais das células teciduais que ainda aderem ao ovulo. Essas enzimas desempenham papel importante ao permitir que o espermatozoide penetre no ovulo através da coroa radiada e da zona pelúcida durante o processo de fecundação. Em geral, os espermatozoides são capacitados no útero e nas tubas uterinas, por substâncias contidas nas secreções destas partes do trato genital feminino. Quando os espermatozoides capacitados entram em contato com a coroa radiada, que envolvem o ovócito secundário. Essas mudanças conhecidas como reações acrossômicas, estão associadas à liberação de enzimas armazenadas no acrossomo. Acredita-se que a hialuronidase, entre essas enzimas, seja especialmente importante para abrir caminho entre as células da granulosa, de modo que o espermatozoide possa atingir o óvulo. Assim, o espermatozoide alcança a zona pelúcida do ovulo, a membrana anterior do espermatozoide liga-se especificamente, a proteínas receptoras existentes na zona pelúcida. A seguir, todo acrossomo dissolve-se rapidamente, e são liberadas todas as enzimas acrossômicas. Dentro de poucos minutos, essas enzimas abrem uma via de passagem para a cabeça do espermatozoide, através da zona pelúcida, para o interior do ovulo. Dentro de 30 minutos, as membranas celulares da cabeça do espermatozoide e do ovócito fundem-se formando uma só célula. Ao mesmo tempo, os materiais genéticos do espermatozoide e do ovócito combinam-se para formar um genoma celular totalmente novo, contendo o mesmo número de cromossomas e de genes maternos e paternos. A zona pelúcida e membrana plasmática do ovócito se alteram de modo a impedir a entrada de outros espermatozoides. O ovócito então completa a segunda divisão meiótica liberando o segundo corpo polar. Os pró-núcleos masculinos e femininos aproximam-se um do outro, perdem suas membranas nucleares e se fundem formando uma nova célula diploide, o zigoto.