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Dilontino Amido Nacotho Geraldo Gustavo Xavier Hermenegildo Norberto Guarda Zacarias Leo
Compilação de seminários da cadeira de Manutenção de Equipamentos Laboratoriais
Licenciatura em ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratórios
Universidade Pedagógica Nampula 2013
Dilontino Amido Nacotho Geraldo Gustavo Xavier Hermenegildo Norberto Guarda Zacarias Leo
Compilação de seminários da cadeira de Manutenção de Equipamentos Laboratoriais
Licenciatura em ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratórios
Docente da cadeira: dr. Fernando João Tanleque Alberto
Universidade Pedagógica Nampula 2013
- Introdução geral..........................................................................................................................
- CAPITULO I: SEGURANÇA DOS MATERIAIS.....................................................................
- Introdução...................................................................................................................................
- 1.1. Classificação dos materiais..................................................................................................
- 1.2. Descontaminação.................................................................................................................
- 1.2.1. Tipos de descontaminação................................................................................................
- 1.2.2. Método de Descontaminação............................................................................................
- 1.3. Limpeza...............................................................................................................................
- 1.3.1. Tipos de limpeza...............................................................................................................
- 1.3.2. Método de limpeza..........................................................................................................
- 1.4. Esterilização.......................................................................................................................
- 1.4.1. Tipos de esterilização......................................................................................................
- 1.4.2. Métodos de esterilização.................................................................................................
- 1.4.3. Indicadores de esterilidade..............................................................................................
- 1.5. Desinfecção........................................................................................................................
- 1.5.1. Classificação da desinfecção..........................................................................................
- 1.5.2. Métodos de Desinfeção...................................................................................................
- 1.6. Classificação dos materiais segundo à sua função.............................................................
- 1.7. Classificação de materiais segundo a sua constituição......................................................
- 1.8. Características de alguns materiais laboratoriais...............................................................
- Resumo do capítulo..................................................................................................................
- Referência bibliográfica............................................................................................................
- LABORATÓRIO...................................................................................................................... CAPITULO II: DESCRIÇÃO DE ALGUNS APARELHOS USADOS NO
- Introdução.................................................................................................................................
- 2.1. Balanças.............................................................................................................................
- 2.1.1. Historial..........................................................................................................................
- 2.1.2. Classificação da Balança................................................................................................
- 2.1.3. Descrição de algumas balanças.......................................................................................
- 2.1.4. Cuidados gerais a ter durante a pesagem........................................................................
- 2.2. Centrífugas ou Centrifugadores.........................................................................................
- 2.2.1. Princípio de funcionamento............................................................................................
- 2.2.2. Tipos de Centrífuga.........................................................................................................
- 2.2.3. Precauções Especiais e Preocupações Com o Meio Ambiente.......................................
- 2.2.4. Bombas Centrífugas........................................................................................................
- 2.2.5. Partes Componentes........................................................................................................
- 2.2.6. Tipos e Descrição de Centrifugas de Laboratório...........................................................
- 2.3. Autoclaves..........................................................................................................................
- 2.3.1 Tipos de Autoclaves.........................................................................................................
- 2.3.2. Aplicação de Autoclaves.................................................................................................
- 2.4. Estufas................................................................................................................................
- 2.4.2. Classificação de estufas..................................................................................................
- 2.4.3. Tipos de Estufas..............................................................................................................
- 2.4.4. Descrição de algumas estufas.........................................................................................
- 2.5. Microscópio.......................................................................................................................
- 2.5.1. A História do Microscópio..............................................................................................
- 2.5.2. Constituição do microscópio..........................................................................................
- 2.5.3. Tipos de microscópios....................................................................................................
- 2.5.3.1. Microscópio óptico......................................................................................................
- 2.5.3.2. Funcionamento do microscópio óptico........................................................................
- 2.5.3.3. Métodos fundamentais de observação de microscopia óptica.....................................
- 2.5.3.4. Técnicas especiais usadas no microscópio óptico.......................................................
- 2.5.3.5. Microscópio electrónico..............................................................................................
- 2.5.4. Manutenção do microscópio...........................................................................................
- 2.5.5. Importância do microscópio...........................................................................................
- 2.6. Extintor de Incêndio...........................................................................................................
- 2.6.1. Historial do extintor de incêndio....................................................................................
- 2.6.2. Componentes de Extintor................................................................................................
- 2.6.3. Funcionamento................................................................................................................
- 2.6.4. Tipos de extintores..........................................................................................................
- 2.6.4.1. Tipo de Agente Extintor...............................................................................................
- 2.6.5. Classes de incêndios.......................................................................................................
- 2.6.6. Manutenção.....................................................................................................................
- 2.6.7. Importância.....................................................................................................................
- 2.7. LUPA.................................................................................................................................
- 2.7.1. Historial da lupa..............................................................................................................
- 2.7.2. Constituição da lupa........................................................................................................
- 2.7.3. Funcionamento................................................................................................................
- 2.7.4. Tipos de lupa...................................................................................................................
- 2.7.5. Manutenção da Lupa.......................................................................................................
- 2.7.6. Importância da Lupa.......................................................................................................
- 2.8. PHMETRO...........................................................................................................................
- 2.8.1. Historial do phmetro.......................................................................................................
- 2.8.2.Tipos de phmetro.............................................................................................................
- 2.8.3. Calibração do pHmetro...................................................................................................
- 2.8.4. Função do phmetro.........................................................................................................
- 2.9. ESPECTROFOTÓMETRO...............................................................................................
- 2.9.1. História do espectrofotómetro........................................................................................
- 2.9.2. Constituição do espectrofotómetro.................................................................................
- 2.9.3. Manutenção do espectrofotómetro..................................................................................
- 2.9.4. Importância.....................................................................................................................
- 2.10. TELESCÓPIO..................................................................................................................
- 2.10.1. História do Telescópio..................................................................................................
- 2.10.2. Tipos de Telescópios.....................................................................................................
- 2.11. REFRIGERADOR...........................................................................................................
- 2.11.1. História do refrigerador.................................................................................................
- 2.11.2. Princípio de funcionamento..........................................................................................
- 2.11.3. Manutenção e uso do refrigerador...............................................................................
- 2.11.4. Tipos de refrigerador.....................................................................................................
- 2.11.5. importância e os perigos do refrigerador......................................................................
- Resumo do capitulo..................................................................................................................
- Referência bibliográfica............................................................................................................
- QUANTITATIVAS................................................................................................................... CAPITULO III: CALIBRAÇÃO E SUAS APLICAÇÕES EM ANÁLISES
- Introdução.................................................................................................................................
- 3.1. PARTE TEÓRICA.............................................................................................................
- 3.1.1. Calibração.......................................................................................................................
- 3.1.2. Periodicidade de Calibração dos instrumentos...............................................................
- 3.1.3. Tipos de calibração.........................................................................................................
- 3.1.3.1. Calibração directa........................................................................................................
- 3.1.3.2. Calibração indirecta.....................................................................................................
- 3.1.4. Procedimento Geral de Calibração.................................................................................
- 3.1.5. Requisitos técnicos da calibração...................................................................................
- 3.1.6. Aspecto técnico e comercial de Calibração....................................................................
- 3.1.7. Parâmetros de calibração................................................................................................
- 3.1.8. Importância da calibração em análises quantitativas......................................................
- 3.2. PARTE PRÁTICA.............................................................................................................
- 3.2.1. Calibração da aparelhagem graduada.............................................................................
- 3.2.2. Procedimentos de vazamento........................................................................................
- 3.2.3. Procedimentos de Calibração........................................................................................
- Resumo do capítulo................................................................................................................
- Referência bibliográfica..........................................................................................................
- Capitulo IV: TÉCNICA E PRINCIPIOS DE MANUTENCAO BÁSICA.............................
- Introdução...............................................................................................................................
- 4.1. CENTRIFUGAÇÃO........................................................................................................
- 4.1.1. Técnicas de centrifugação.............................................................................................
- 4.1.2. Técnica de instrução rápida..........................................................................................
- 4.1.3. Manutenção de centrífugas...........................................................................................
- 4.2. FOTOMETRIA................................................................................................................
- 4.2.1. Componentes básicos do fotómetro..............................................................................
- 4.2.2. Procedimento Operacional Padrão (POP): Fotómetro de Chama Analyser 910..........
- 4.2.3. Passos para execução de uma análise com o Fotómetro de Chama Analyser 910.......
- 4.2.4. Leis da fotometria.........................................................................................................
- 4.2.5. Selecção da área espectral.............................................................................................
- 4.2.5.1. Norma para escolha da região espectral.....................................................................
- 4.3. PESAGEM.......................................................................................................................
- 4.3.1. Tecnica de pesagem......................................................................................................
- 4.3.1.1. Regras para o bom uso da balança.............................................................................
- 4.3.1.2. Procedimento de pesagem para balança analítica......................................................
- 4.3.2. Erros de pesagem..........................................................................................................
- 4.4. PIPETAGEM....................................................................................................................
- 4.4.1. Uso de pipetas e dispositivos auxiliares de pipetagem.................................................
- 4.4.2.PIPETAS........................................................................................................................
- 4.5. DESTILAÇÃO.................................................................................................................
- 4.5.1. Destilação simples a pressão normal............................................................................
- 4.5.2. Técnicas de destilação...................................................................................................
- 4.5.3. Técnicas de montagem de destiladores.........................................................................
- 4.5.4. Perfuração de rolhas......................................................................................................
- Resumo da unidade.................................................................................................................
- Referencia bibliográfica..........................................................................................................
CAPITULO I: SEGURANÇA DOS MATERIAIS
Introdução Tratando-se de uma actividade de apoio à produção laboratorial e com o princípio de manter um padrão de qualidade nos serviços laboratoriais, a segurança dos materiais é indispensável, pois, envolve preocupações com a segurança dos usuários e a proteção no meio ambiente, entretanto a segurança dos materiais de laboratório abrange diversas práticas que asseguram a confiabilidade dos resultados e do uso seguro dos equipamentos. É imprescindível que os equipamentos estejam em boas condições para que os clientes do laboratório possam ser atendidos dentro de prazos de entrega curtos.
O trabalho tem como tema Segurança de Materiais: descontaminação, Limpeza, Esterilização e Desinfecção. Este tem como principal propósito de Conhecer os passos básicos para uma boa segurança de materiais laboratoriais. Para a efetivação deste propósito são elaborados os específicos a saber: Descrever os passos básicos que visam uma melhor segurança de materiais laboratoriais; Identificar as substâncias utilizadas nos processos que visam a melhor Segurança de materiais e Citar alguns passos eficazes que visam na diminuição de riscos em procedimentos de manutenção dos equipamentos laboratoriais.
Para a elaboração deste usou-se a técnica de consulta bibliográfica, que irão constar na bibliografia final do trabalho.
O mesmo encontra-se estruturado de forma a facilitar a compreensão do leitor, de seguinte maneira: Introdução, Desenvolvimento do conteúdo sobre Segurança dos Materiais, conclusão e bibliografia.
1.1. Classificação dos materiais segundo SPAULDING quanto a segurança no acto de manuseio:
Artigos críticos : todos aqueles que penetram através da pele e mucosa atingindo os tecidos e sistema vascular. Estes artigos devem ser esterilizados.
Artigos semi-criticos : todos aqueles que entram em contacto com mucosa íntegra do paciente. Estes materiais requerem a desinfecção (destruição de microrganismos na forma vegetativa com excepção dos esporos).
Artigos não críticos : todos aqueles que entram em contacto com a pele íntegra do paciente. A maioria desses materiais requer apenas a limpeza (remoção mecânica da sujidade e consequentemente redução da população microbiana).
1.2. Descontaminação A descontaminação consiste de uma série de passos para tornar inócua a manipulação de um instrumento ou dispositivo laboratorial ao reduzir sua contaminação com microrganismos ou outras substâncias nocivas.
Para SPAULDING (1968:517-531), “a descontaminação é a eliminação total ou parcial da carga microbiana de artigos e superfícies, tornando aptos para manuseio seguro”.
Em geral, este procedimento é realizado pelo pessoal técnico ou de limpeza, a descontaminação protege esses profissionais de infeção inadvertida.
1.2.1. Tipos de descontaminação Descontaminação física é aquela que é realizada através da retirada das partículas físicas em forma de sólidos ou poeiras, com uso de uma escova ou vassoura de cerdas macias, a fim de reduzir a quantidade de material envolvido.
Descontaminação química é realizada através de reacções químicas com o uso de soluções pré- estabelecidas, denominadas A, B, C, D e E realizando com isso a neutralização ou ainda a troca de propriedades perigosas por outras inócuas.
1.2.2. Método de Descontaminação Imediatamente depois de uso, colocam-se os instrumentos e de mais acessórios, como luvas, em um grande balde de plástico limpo com solução de cloro a 0,5% durante 10 minutos. A
Rinsagem 5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85L de água.
A Rinsagem é realizada após a neutralização.
Tabela 2: Para os produtos incluindo nas nove classes de risco
Solução Fórmula A 5% de carbonato de sódio+5% de fosfato trisódico (misturar1,8 kg de fosfato trisódico comercial para 37,85L de água. B 10% de hipoclorito de cálcio (misturar 3,64kg para cada 37,85L de água. C 5% de solução de fosfato de trisódico para cada 37,85L de água. D Solução diluída de HCl (misturar 0,47%L de HCl concentrado em 37,85L de água. E Solução concentrada da água e detergentes. Misturar até formar uma pasta e aplicar com uma brocha ou pincel após enxaguar com água em abundância.
Tabela 3: Para o material incluindo nas nove classes de risco
Solução Material A Ácidos inorgânicos e resíduos metálicos B Metais pesados (Hg, Pb, Cd, etc) B Pesticidas, organoclorados e dioxinas B Cianetos, amoníaco e outros resíduos inorgânicos não ácidos. A Solventes e compostos orgânicos A Bifenílicos e policlorados C Resíduos oleosos e graxos não específicos D Bases inorgânicas, resíduos alcalinos e cáusticos. E Materiais radioactivos A+B Materiais etológicos
1.3. Limpeza
A limpeza é um passo crucial para tornar os instrumentos inócuos e descontaminados. A limpeza manual enérgica com água corrente e sabão liquida ou detergente elimina o material residual.
A limpeza tem como objetivo remover sujidade e / ou matéria orgânica de determinado material ou ambiente, (ALFA, et al;1996:100).
A limpeza pode ser: seca ou húmida que e realizada com auxilio de um composto tensioativo. Materiais com ranhuras e orifícios de difícil acesso devem ser higienizados com auxílio de um detergente enzimático.
1.3.1. Tipos de limpeza Manual - é realizada manualmente por meio de acção física, sendo utilizado água, sabões, detergentes, panos entre outros.
Automática - é aquela que realizada por máquinas automatizadas especificas para este fim. A remoção da sujidade ou matéria orgânica ocorre pela acção combinada da energia mecânica (vibração sonora), técnica (temperatura entre 50 a 55ºC) e química (detergentes).
A utilização de máquinas automatizadas para limpeza de artigos não dispensa a revisão manual dos mesmos pois o critério visual pode detectar possíveis falhas na limpeza de equipamentos.
Objectivos da limpeza
- Remover sujidade;
- Remover ou reduzir a quantidade de microrganismos
- Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização;
- Preservar o material.
Limpeza de materiais de vidro
Os materiais de vidro no laboratório devem se lavar imediatamente após o uso. Se uma lavagem completa não for possível, coloque-a a de molho em água. Caso isso não seja feito, a remoção dos resíduos poderá se tornar impossível.
A maioria dos materiais de vidro novo, por exemplo: tubo de ensaio levemente alcalino durante a reacção, para experiência química de precisão, estes devem ser colocados de molho
O processo de esterilização é fundamental para a reutilização inócuo dos instrumentos usados em qualquer laboratório de ensaios ou análises.
1.4.1. Tipos de esterilização Esterilização pelo calor húmido : é aquela que pode ser alcançada utilizando equipamentos que trabalham balanceando o tempo, temperatura e pressão atmosférica, CPEA autoclave que utiliza os níveis de procedimentos de uma panela de pressão.
Para a utilização da esterilização de calor húmido devem ser levados em consideração alguns pontos importantes como:
Temperatura : uma temperatura de 121ºC oferece uma boa margem de segurança se for mantida durante um espaço de tempo apropriado.
Humidade : é um ponto importante a ser considerado, visto que quando mais o vapor for aquecido, será necessário um aumento da temperatura e o tempo de exposição para a esterilização.
Pressão atmosférica : a pressão é útil para elevar a temperatura do vapor acima dos 100ºC o que não seria possível em aquecimento de água em ambientes abertos.
Tempo : o tempo necessário para que o vapor tenha a oportunidade de penetrar e aquecer o material a ser esterilizado. Mesmo quando as temperaturas de esterilização são atingidas os agentes virais ou microbianos não são mortos de uma só vez.
Esterilização por calor seco : o calor seco é utilizado para esterilizar, principalmente material de vidro, material sólido termo-estáveis e outros materiais utilizados no laboratório de biotecnologia. É um dos métodos de esterilização mais utilizado e de muito fácil aplicação. O material utilizado é apenas uma estufa de alta temperatura (160ºC - 200ºC).
1.4.2. Métodos de esterilização Esterilização a vapor saturado de alta pressão
A Esterilização a vapor saturado de alta pressão com o uso de autoclaves é recomentada para a esterilização. Neste processo os instrumentos devem ser expostos durante 20 minutos. As temperaturas de entre 121 e 132, a uma pressão de 106 KPa. Deve-se seguir as instruções do fabricante, visto que as pressões adequadas podem variar ligeiramente dependendo da marca da autoclave. Os pacotes pequenos com instrumento emparelhado, devem ser expostos durante 30min.O material usado como envoltório deve ser poroso o suficiente para permitir que o vapor atravesse.
Os instrumentos estéreis envoltos têm um período máximo de armazenamento de até 7 dias, caso sejam conservados secos intactos. Uma vez abertos, os instrumentos devem ser colocados em um recipiente estéril.
Esterilização Química: a esterilização química requere a manipulação especial com luvas e, assim, os instrumentos esterilizados devem ser enxaguados com a água estéril antes do uso, já estes produtos químicos deixam resíduos nos instrumentos.
A esterilização química pela imersão em glutaraldeido a2- 4% por 8 a10 horas ou em formaldeído a 8% por 24 horas e uma opção a esterificação a vapor.
Há várias substâncias químicas que se prestam à esterilização quando aplicada por períodos de 6 a 10 horas. São recomendadas somente para aqueles materiais que não podem ser esterilizados por calor ou óxido de etileno.
Esterilização por óxido de etileno: a efectividade do processo depende da concentração do gás, da temperatura, da humidade e do tempo de exposição. É quase que exclusivamente utlizado, este método, para a esterilização de equipamento que não pode ser autoclavado.
As desvantagens para a sua aplicação são: o tempo necessário para efectivar o processo, o custo operacional e os possíveis riscos aos profissionais envolvidos.
Esterilização por calor seco: este método é reservado somente aos materiais sensíveis ao calor húmido. Tem como vantagens na capacidade de penetração do calor e na não corrosão dos metais e dos instrumentos cortantes, sendo, porém método que exige tempo de exposição para alcançar seus obectivos.
Esterilização por radiação ionizante: método extremamente caro de esterilização, tendo sido usado para tecidos destinados a transplante, drogas, etc. Para outros artigos perde para o óxido de etileno, justamente devido ao seu custo.
1.5.1. Classificação da desinfecção Baixo nível : destrói microrganismos na forma vegetativa, alguns vírus e fungos.
Médio nível ou nível intermediário é aquela que destrói microrganismos na forma vegetativa, com excepção dos microrganismos esporolados.
Alto nível : aquele que destrói microrganismos na forma vegetativa e alguns esporolados.
1.5.2. Métodos de Desinfeção Desinfeção por álcool
São utilizados o álcool etílico e isopropílico. São bactericidas rápidos, eliminando também os bacilos da tuberculose, os fungos e os vírus, não atingindo, porém, contra os esporos bacterianos.
Suas propriedades são atribuídas ao facto de causar desnaturação das proteínas quando na presença de água.
Observa-se também a acção bacteriostática pela inibição da produção essencial para a divisão celular rápida. São usados como desinfectantes de alto nível para alguns materiais semicríticos e para os não críticos.
Os álcoois não devem ser usados em constituídos de certos tipos de plásticos, podendo danificá-los. Evaporam rapidamente, dificultando exposição prologada, a não ser por imersão de material a ser desinfetado.
Desinfecção por cloratos: geralmente usa-se os hipocloritos de sódio ou cálcio devido a sua actividade antimicrobiana, com baixo custo e ação rápida, acredita-se que estes produtos agem por inibição de algumas reacções enzimáticas – chave dentro das células por desnaturação e por inactivação do ácido nucléico. São activos contra bacilo da tuberculose, vírus e fungos. São geralmente usados para desinfeção de materiais não críticos.
Desinfecção por formaldeído é usada como desinfetante ou esterilizante em formas gasosas ou líquida. É encontrado como formalina, sendo esta sua diluição aquosa a 37%. A formalina é bactericida potente, fungicida, atingindo também contra vírus, bacilo da tuberculose e esporos bacterianos.
Desinfecção por peróxido de hidrogénio é um composto é bactericida, esporicida, fungicida elimina também os vírus. É usado como desinfetante em concentração de 3% para superfícies não orgânicas.
Desinfecção por glutaraldeídos: por exemplo o dialdeído saturado é largamente aceite como desinfetante de alto nível e quimioesterilizador.
Sua solução aquosa necessita de pH alcalino para eliminar esporos bacterianos. É mais usado como desinfetante de alto nível para equipamento médico, como endoscópios, transdutores, equipamento de anestesia e de terapia respiratório e de hemodiáse.
Desinfecção por fenóis são usados para desinfeção do ambiente e superfície de laboratório.
Em altas concentrações os fenóis agem como veneno protoplasmático, penetrando e rompendo a parede celular por precipitação de proteínas.
Em baixas concentrações, causa morte celular por inativação dos sistemas enzimáticos essenciais à manutenção da integridade da parede celular.
Desinfecção por compostos de amónia são bons agentes de limpeza, porém são inactivados por materiais orgânicos, não sendo mais usados como desinfetantes ou antissépticos. Cada um dos diferentes compostos quaternários de amónia tem sua acção, atribuída à inativação de enzimas. São recomendados para a sanitarização do meio laboratorial, como chão, moveis e paredes.
Desinfeção por radiação Ultra Violeta: radiação UV (240 a 280 nm) pode inactivar microrganismos, estando em processo de investigação quando à sua aplicabilidade.
Desinfecção por Pasteurização: este visa destruir os microrganismos patogénicos, sem, no entanto, eliminar os esporos bacterianos. Porém este método é menos eficiente que a desinfecção por agentes químicos.
1.6. Classificação dos materiais segundo à sua função Segundo COREA, NUNES & ALMEIDA (2003:14-17) os materiais laboratoriais classificam- se em 10 tipos a saber:
1. Material de vidro utilizado para efectuar reacções , como por exemplo, tubo de ensaio, gobelé (copo de precipitação), matrazes (erlenmeyer), e balões (de uma ou mais tubulares).