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Guias e Dicas
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Compatibilidade de equipamentos, Notas de aula de Engenharia de Minas

Disponibilidade mecânica, fisica

Tipologia: Notas de aula

2023

Compartilhado em 12/03/2023

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CAMPUS CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS
GABRIEL DE ALMEIDA PEREIRA
SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO,
CARREGAMENTO E TRANSPORTE DE MINAS A CÉU ABERTO
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES
2021
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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CAMPUS CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS

GABRIEL DE ALMEIDA PEREIRA

SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO,

CARREGAMENTO E TRANSPORTE DE MINAS A CÉU ABERTO

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES

GABRIEL DE ALMEIDA PEREIRA

SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO,

CARREGAMENTO E TRANSPORTE DE MINAS A CÉU ABERTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenadoria do Curso de Engenharia de Minas do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Cachoeiro de Itapemirim, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Minas.

Orientador: Prof. Me. Gleicon Roberto de Sousa Maior

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES

GABRIEL DE ALMEIDA PEREIRA

SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO,

CARREGAMENTO E TRANSPORTE DE MINAS A CÉU ABERTO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenadoria do Curso de Engenharia de Minas do Instituto Federal do Espírito Santo como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Minas.

Aprovado em 05 de abril de 2021

COMISSÃO EXAMINADORA

Prof. M.Sc. Gleicon Roberto de Sousa Maior Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Cachoeiro Orientador

Prof. Dr. Lyndemberg Campelo Correia Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Cachoeiro

ARTUR MENDONCA Assinado de forma digital porARTUR MENDONCA MOTA:12375197720Dados: 2021.04.07 09:33:54 -03'00' Eng.o^ Artur Mendonça Mota Examinador externo

MOTA:

AGRADECIMENTOS

A Deus pela vida que me foi dada e por tudo que me proporciona.

Aos meus pais Geraldo e Mara pelo amor, incentivo, paciência e apoio durante

toda vida e em especial durante o período da graduação. Assim como meus

irmãos Filipe e Thiago pelos conselhos, ajudas e incentivos.

A minha namorada Brenda, pelo companheirismo e carinho.

Aos mestres do Jumentsu, Fael e Marquinho por toda sabedoria, ensinamentos

e conselhos que me passaram antes e durante essa jornada.

A toda minha família pela união, inspiração e por sempre torcerem por mim.

Ao meu professor e orientador Me. Gleicon Maior, pelo incentivo e ensinamentos

durante a graduação, assim como todos os professores do curso de Engenharia

de Minas.

A equipe AMME, pelo apoio e colaboração com a realização deste trabalho.

A todos amigos da graduação tanto do IFES quanto da UFES por me ajudarem

sempre que precisei e por fazerem parte dessa trajetória.

A todos que contribuíram de alguma forma para a conclusão deste trabalho.

RESUMO

Na mineração diversos processos devem ser analisados para poder chegar na

viabilidade técnica e econômica do empreendimento. No presente trabalho o

foco se deu no dimensionamento dos equipamentos de perfuração,

carregamento e transporte, que são empregados nas operações unitárias

visando o atendimento da produção desejada de uma empresa de pequeno porte

no município de Cachoeiro de Itapemirim. O dimensionamento dos

equipamentos de carregamento e transporte na mineração é de suma

importância na viabilidade econômica, visto que a aquisição, operação e

manutenção dessas máquinas representam a maior parte dos custos totais de

uma mina. No estudo de caso aqui apresentado foi utilizado parâmetros e

conceitos disponíveis na literatura e que podem ser empregados no

dimensionamento de frota em qualquer mineração a céu aberto, devendo

somente alterar os valores que sofrem variação de uma mina para outra como o

volume de produção desejada, indicadores de produção e características

presentes na mina. Ao fim do trabalho foi possível chegar a uma frota que irá

atender à demanda do volume de produção, sendo necessário a aquisição de

equipamentos adicionais.

Palavras-chave: dimensionamento de equipamento, mineração a céu aberto,

indicadores de produção, carregamento e transporte.

ABSTRACT

In the present work, the focus is at the dimensioning of drilling, loading and

transport equipment, which are used in unit operations in order to meet the

desired production of a small company in the municipality of Cachoeiro de

Itapemirim. The dimensioning of loading and transport equipment in mining is of

paramount importance in terms of economic viability, since the acquisition,

operation and maintenance of these machines represent the majority of the total

costs of a mine. In the case study presented here, parameters and concepts

available in the literature were used, which can be used in the dimensioning of

the fleet in any open pit mining, and should only change the values that vary from

one mine to another as the volume of production desired, production indicators

and characteristics present in the mine. At the end of the work it was possible to

reach a fleet that will meet the demand for the volume of production, requiring the

acquisition of additional equipment.

Keywords: equipment sizing, open pit mining, production indicators, loading and

transportation.

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE ABREVIATURAS

GCC – Carbonato de Cálcio Moído

DNPM - Departamento Nacional de Pesquisa Mineral

DTH - Down-The-Hole

  • Figura 1 - Uso do calcário em uma casa.
  • Figura 2 - Método de lavra por bancadas
  • Figura 3 - Etapas de lavra a céu aberto
  • Figura 4 - Evolução dos métodos e da velocidade de perfuração das rochas
  • Figura 5 - Colaborador operando o martelete..................................................
  • Figura 6 - Componentes básicos do Top Hammer
  • Figura 7 - Perfuratriz DTH Leopard DI650i
  • Figura 8 - Perfuratriz rotativa Sandvik DR416i
  • Figura 9 - Perfuratriz de pequeno porte
  • Figura 10 - Compressor Atlas Copco XATS
  • Figura 11 - Carregamento sendo feito pela lateral do caminhão
  • Figura 12 - Carregadeira sobre pneu, Volvo....................................................
  • Figura 13 - Carregadeira sobre esteira, Caterpillar 973k
  • Figura 14 – Escavadeira sobre esteira e com rompedor hidráulico adaptado
  • Figura 15 - Escavadeira caterpillar M320D2....................................................
  • Figura 16 - Caminhões rodoviários basculantes..............................................
  • Figura 17 - Caminhão fora de estrada BelAZ
  • diferentes veículos na mineração a céu aberto Figura 18 - Relação entre a escala de produção e distância de transporte de
  • caminhões. Figura 19 - Compatibilidade do número de passes de escavadeiras e
  • Figura 20 - Representação de uma caçamba rasa e coroada
  • Figura 21 - Fator de enchimento para alguns materiais
  • 1 INTRODUÇÃO
  • 1.1 Justificativa..........................................................................................
  • 2 OBJETIVOS
  • 2.1 Objetivos Gerais
  • 2.2 Objetivos específicos
  • 3 REFERENCIAL TEÓRICO
  • 3.1 Calcário...................................................................................................
  • 3.2 Usos e Funções
  • 3.2.1 Uso do carbonato na indústria de cimento
  • 3.2.2 Uso do carbonato de cálcio natural na indústria de papel
  • 3.2.3 Uso do carbonato de cálcio natural na indústria de plásticos
  • 3.2.4 Uso do carbonato de cálcio na indústria de tintas
  • 3.2.5 Uso dos carbonatos de cálcio e magnésio na indústria de vidros
  • 3.2.6 Uso do carbonato de cálcio na indústria cerâmica
  • 3.2.7 Uso do calcário na agricultura
  • 3.2.8 Uso do carbonato de cálcio na alimentação de animais
  • 3.2.9 Uso do carbonato de cálcio na indústria metalúrgica
  • 3.2.10 Uso do carbonato de cálcio no tratamento da água
  • 3.3 Seleção do método de lavra
  • 3.4 Mineração a céu aberto
  • 3.4.1 Pedreira............................................................................................
  • 3.5 Escavação e desmonte
  • 3.6 Equipamentos utilizados na mineração
  • 3.6.1 Equipamentos de perfuração
  • 3.6.1.1 Perfuração por percussão
  • 3.5.1.1.1 Perfuratriz rotopercussiva
  • 3.5.1.1.2 Perfuratrizes rotativas
  • 3.5.2 Equipamentos de carregamento
  • 3.5.2.1 Carregadeiras................................................................................
  • 3.5.2.2 Escavadeiras
  • 3.5.3 Equipamentos de transporte
  • 3.6 Seleção e dimensionamento de equipamentos
  • 3.6.1 Dimensionamento e produtividade dos equipamentos
  • 3.6.1.1 Parâmetros de produtividade dos equipamentos
  • 3.6.1.1.1 Volume da Caçamba (𝑉𝑐)
  • 3.6.1.1.2 Fator de enchimento da caçamba (Fill Factor)
  • 3.6.1.1.3 Empolamento (e)
  • 3.6.1.1.4 Carga de Tombamento (Tipping-Load)
  • 3.6.1.1.5 Carga Útil (Pay-Load).................................................................
  • 3.6.1.1.6 Fator de Operação Conjugada
  • 3.6.1.1.7 Fator de Disponibilidade do Equipamento
  • 3.6.1.1.8 Fator de Utilização do equipamento
  • 3.6.1.1.9 Rendimento
  • 3.6.1.1.10 Eficiência de operação
  • 3.6.1.1.11 Operação conjugada
  • 3.6.1.1.12 Capacidade efetiva do equipamento (𝐶𝑒)
  • 3.6.1.1.13 Ciclo, Tempo de Ciclo, Tempos e Movimentos Elementares
  • 3.6.1.1.14 Produção de um equipamento
  • 3.6.1.1.15 Produção horária de um equipamento (𝑃ℎ)..............................
  • 3.6.1.1.16 Volume produzido por unidade de perfuração (p)
  • 3.6.1.1.17 Número de furos necessários (𝑁𝑓)...........................................
  • 3.6.1.1.18 Produção horária necessária da perfuratriz (𝑃ℎ𝑛)
  • 3.6.1.1.19 Número de Perfuratrizes Necessárias (NPn)
  • 3.6.1.1.20 Número de Passes (Np)
  • 3.6.1.1.21 Número de equipamentos necessários (Ne)
  • 4 METODOLOGIA
  • 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
  • 5.1 Descrição do caso
  • 5.2 A Mina.....................................................................................................
  • 5.3 Dimensionamento dos Equipamentos
  • 5.3.1 Indicadores de produção
  • 5.3.2 Dimensionamento do Equipamento de Perfuração
  • 5.3.3 Dimensionamento do Equipamento de Carregamento e Transporte
  • (𝐶𝑒𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎, 𝐶𝑒𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎, 𝐶𝑒𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜) 5.3.3.1 Capacidade Efetiva dos Equipamentos
  • 5.3.3.2 Número de Passes (𝑁𝑝𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎, 𝑁𝑝𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎)
  • 𝑃ℎcaminhãocg, ℎcaminhãoes) 5.3.3.3 Produção horária do Equipamento (𝑃ℎcarregadeira, 𝑃ℎescavadeira,
  • 𝑁𝑒𝑒𝑠𝑐𝑎𝑣𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎, 𝑁𝑒𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜) 5.3.3.4 Número de equipamentos necessários (𝑁𝑒𝑐𝑎𝑟𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎,
  • 5.3.3.5 Equipamentos ideais
  • 6 CONCLUSÃO
  • 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

peças e combustível, vida útil dos equipamentos, os fatores mecânicos, a

depreciação, dentre outros (RACIA, 2016).

Na maioria das minas a céu aberto, principalmente as de pequeno e médio porte

não existe um planejamento adequado em relação a produção demandada e o

tamanho de equipamentos de perfuração, carregamento e transporte, sendo

poucas as minas que conseguem harmonizar essa relação. Um erro no

dimensionamento dos equipamentos pode levar a empresa a super ou

subestimar os equipamentos necessários, o que pode gerar em ambos os casos

aumento de custos e na situação de subdimensionamento diminuição de

produtividade (SANTOS, 2017).

1.1 Justificativa

Como apresentado anteriormente, os custos de carregamento e transporte

representam mais da metade do custo total de lavra e por isso deve-se alinhar o

dimensionamento dos equipamentos de carregamento, transporte e perfuração

com a produção desejada, visando maximizar os lucros e diminuir as eventuais

perdas em decorrência dessa etapa. Por isso esse estudo é de suma importância

dentro da mineração.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

Realizar a seleção e dimensionamento dos equipamentos de perfuração,

carregamento e transporte que visa a extração de calcário de uma mina em

expansão, mas que pode ser utilizado como base para dimensionamento de

equipamentos com foco em outras extrações minerais que utilizam carregadeira

e escavadeira como sistema de carregamento.

2.2 Objetivos específicos

  • Aplicar os cálculos de dimensionamento de frota em um estudo de caso.
  • Avaliar a capacidade e características dos equipamentos atuais.
  • Discorrer sobre as operações unitárias de lavra a céu aberto.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Este referencial teórico busca levantar considerações para seleção,

dimensionamento e compatibilização de equipamentos de carregamento e de

transporte fundamentado na literatura disponível sobre os assuntos pertinentes.

3.1 CALCÁRIO

A calcita (CaCO 3 ) é o principal constituinte mineralógico dos calcários e mármores

com elevada pureza. O calcário encontrado extensivamente em todos os

continentes é extraído de pedreiras ou depósitos que variam em idade, desde o

Pré-Cambriano até o Holoceno (SAMPAIO e ALMEIDA, 2005).

Ainda segundo SAMPAIO e ALMEIDA (2005) o calcário e dolomito são uma das

rochas com mais variedades de uso, que são utilizadas na obtenção de blocos

para a indústria da construção, material para agregados, cimento, cal e até

rochas ornamentais. As rochas carbonatadas e seus produtos são também

usados como fluxantes, fundentes, matéria-prima para as indústrias de vidro,

refratários, carga, agentes para remover enxofre, fósforo e outros na indústria

siderúrgica, abrasivos, corretivos de solos, ingredientes em processos químicos,

dentre outros.

carbonato de cálcio na indústria papeleira cresce, sistematicamente, desde o seu

ingresso no mercado, como substituto do caulim e de óxido de titânio.

3.2.3 Uso do carbonato de cálcio natural na indústria de plásticos

Neste setor ocorre igual consumo ao do papel, cerca de 1,3 milhões de t/ano de

carbonato de cálcio moído (GCC) na produção de resinas e PVC. O GCC com

granulometria fina e os polímeros são adicionados à composição dos plásticos

para melhorar suas propriedades físicas e as características de processabilidade

(SAMPAIO e ALMEIDA, 2005).

3.2.4 Uso do carbonato de cálcio na indústria de tintas

Segundo SAMPAIO e ALMEIDA (2005) os carbonatos de cálcio são muito

utilizados em tintas para automóveis, como também para outros setores de

tintas. O carbonato de cálcio usado como agente de pintura atua como:

  • espaçador e redutor da quantidade de TiO 2 necessário à pintura;
  • provedor das propriedades mecânicas dos vidros.

3.2.5 Uso dos carbonatos de cálcio e magnésio na indústria de vidros

A dolomita e/ou aragonita ocupam o terceiro lugar como insumo básico na

fabricação do vidro, depois da areia de quartzo e da barrilha (Na 2 CO 3 ). Esses

produtos podem ser usados como fonte de cal na composição, soda-cal-sílica,

dependendo do tipo de vidro a ser fabricado. A cal tem sua função atuando como

material fundente sobre a areia de quartzo, aumentando a resistência e

insolubilidade, reduzindo a fragilidade do vidro (SAMPAIO e ALMEIDA, 2005)

3.2.6 Uso do carbonato de cálcio na indústria cerâmica

A aplicação do calcário, calcítico ou dolomítico, na composição das massas

cerâmicas fornece ao produto final uma redução nas expansões térmica e por

umidade. Segundo Lira et al. (1997 apud SAMPAIO e ALMEIDA, 2005), a adição

do carbonato de cálcio reduz a expansão, por umidade, do produto final, quando

a massa cerâmica contém caulim e quartzo.

3.2.7 Uso do calcário na agricultura

O calcário moído e seus produtos, cal virgem e hidratada, escória, dentre outros,

são aplicados no solo para corrigir a acidez e promover o crescimento sadio das

plantas.

Segundo SAMPAIO e ALMEIDA (2005) a maior parte do calcário usado para fins

agrícolas no Brasil fundamenta-se na aplicação direta do produto no solo. O

calcário, principalmente o dolomítico, proporciona dois nutrientes importantes

para os solos, cálcio e magnésio, como também elementos traços contidos na

rocha calcária.

3.2.8 Uso do carbonato de cálcio na alimentação de animais

O calcário calcítico puro e moído é muito utilizado como fonte de cálcio no

suplemento alimentar de animais e aves. Outras fontes de cálcio incluem

conchas calcárias e mármores britados, porém em ambos os casos, não há uma

demanda tão significativa a exemplo do que acontece com o calcário (SAMPAIO

e ALMEIDA, 2005).

3.2.9 Uso do carbonato de cálcio na indústria metalúrgica

Segundo SAMPAIO e ALMEIDA (2005) o calcário calcítico utilizado na siderurgia

tem a dupla função, fundente e fluxante. E ajuda a diminuir a temperatura de

fusão da carga e também escorificar as impurezas.

3.2.10 Uso do carbonato de cálcio no tratamento da água

Por dureza entende-se a característica conferida à água pela presença de sais

de metais alcalinos e alcalinos terrosos (cloro, cálcio, magnésio, sódio, potássio

e outros) e alguns metais, porém em menores concentrações. A cal hidratada

Ca(OH) 2 é um dos reagentes mais usados para remoção dos íons cálcio e

magnésio da água, sendo assim um bom agente de tratamento (SAMPAIO e

ALMEIDA, 2005)