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Um estudo que investiga a relação entre a circunferência da cintura (cc) e o índice de massa corporal (imc) em adolescentes e suas respectivas associações com fatores de risco cardiovasculares, como pressão arterial, colesterol total e triglicérides. O estudo sugere que as moças com valores aumentados de imc e cc apresentam maior razão de chances de ter níveis indesejáveis de pressão arterial e colesterol total.
Tipologia: Notas de estudo
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ARTIGO ORIGINAL
Resumo – Embora diversos autores afirmem que a medida da circunferência da cintura (CC) é um indicador de fatores de risco cardiovascular mais confiável se comparado ao índice de massa corporal (IMC) e outros indicadores de adiposidade, estes resultados ainda não são conclusivos para população exclusivamente pediátrica. O Objetivo do presente estudo foi relacionar a CC e IMC com os fatores de risco para doenças cardiovasculares em adolescentes. A amostra foi composta por 108 rapazes e 133 moças (12 a 16 anos). A CC e o IMC foram mensurados seguindo procedimentos antropométricos usuais. Os fatores de risco para doenças cardiovasculares analisados foram a pressão arterial, colesterol total, LDL-c, HDL-c e triglicérides. Para as análises estatísticas, utilizaram-se estatística descriti- va, testes de qui-quadrado e regressão logística, com p<0,05. Os resultados sugerem que as moças com valores aumentados de IMC, apresentaram maior razão de chances de ter níveis indesejáveis de pressão arterial (OR:4,29; IC95%:1,66-14,58). Em relação à CC, as moças com valores aumentados apresentaram maior razão de chances de apresentar pressão arterial elevada (OR:4,12;IC95%:1,27-13,35) e colesterol total indesejável (OR:3,6;IC95%:1,1-11,76). Apesar das poucas relações encontradas, principalmente para os rapazes, estes indicadores antropométricos podem ser úteis para a identificação e triagem de indivíduos com valores aumentados, possibilitando uma intervenção no sentido de incorporação de hábitos ali- mentares e de atividade física saudáveis, principalmente, em indivíduos jovens. Palavras-chave: Dislipidemias; Hipertensão arterial, Circunferência da cintura; IMC.
Abstract – Although waist circumference (WC) has been suggested to be a more reliable cardiovascular risk factor than body mass index (BMI) and other indicators of adiposity, these results are not conclusive for an exclusively pediatric population. The objective of this study was to associate WC and BMI with cardiovascular risk factors in adolescents. The sample consisted of 108 boys and 133 girls (aged 12 to 16 years). WC and BMI were measured using standard anthropometric procedures. The cardiovascular risk factors analyzed were blood pressure, total cholesterol, LDL-c, HDL-c and triglycerides. Descriptive statistics, chi-square tests and logistic regression were used for statistical analysis (p<0.05). Girls with increased BMI presented a higher odds ratio of undesirable blood pressure levels (OR: 4.29; 95%CI: 1.66-14.58). The odds ratio of elevated blood pressure (OR: 4.12; 95%CI: 1.27-13.35) and undesirable total cholesterol (OR: 3.6; 95%CI:1.1-11.76) was higher in girls with increased WC. Despite the few associations observed, especially in boys, these anthropometric indicators might be useful for the identification and selection of individuals presenting elevated values, permitting intervention in terms of the in- corporation of healthy dietary habits and physical activity, especially among young individuals. Key words: Dyslipidemia; Hypertension; Waist circumference; BMI.
1 Universidade Federal do Paraná. Centro de Pesquisa em Exercício e Esporte. Curitiba, PR. Brassil
Recebido em 23/09/ Reapresentado: 15/12/ Aprovado: 13/02/
1 1 1 1 1 1 1 Rodrigo Bozza Antonio Stabelini Neto Anderson Zampier Ulbrich Ítalo Quenni Araújo de Vasconcelos Luis Paulo Gomes Mascarenhas Lílian Messias Sampaio Brito Wagner de Campos
Nos dias atuais, têm-se observado que mudan- ças no estilo de vida, como alterações nos hábitos alimentares e a inatividade física, contribuem para uma epidemia crescente de doenças crônicas dege- nerativas^1. Entre elas, destaca-se a obesidade, que está associada diretamente com certos fatores de risco para doenças cardiovasculares como: hiper- tensão, baixos índices de HDL-c, altos níveis de co- lesterol total, LDL-c e triglicérides circulantes2,3. Infelizmente, esse acréscimo na gordura cor- poral não é exclusividade da população adulta, pois dados recentes demonstram um aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade também entre crianças e adolescentes^4. Isto se torna preocupante, uma vez que manifestações na idade adulta resul- tam da interação entre uma variedade de fatores de risco que podem ter origem na idade pediátrica 5. Contudo, independentemente da quantidade de gordura corporal total, a distribuição da gordura no corpo pode ser um indicador mais preciso para a identificação dos fatores de risco cardiovasculares, tanto para adultos quanto para crianças 4,6^. Para indivíduos adultos, isto se confirma nos achados de Janssen et al.^6 , os quais observaram que sujeitos com valores de circunferência da cintura acima de 102 cm e 88 cm para homens e mulheres, respec- tivamente, mas com o IMC normal, apresentaram risco de doenças cardiovasculares semelhante ao risco de pessoas com sobrepeso e obesidade. Neste sentido, embora diversos autores afirmem que a medida da circunferência da cintura é um indicador de fatores de risco cardiovascular mais confiável comparado ao IMC e a outros indicadores de adiposidade mais complexos 6-8^ , estes resultados ainda não são conclusivos para população exclusi- vamente pediátrica. Por este motivo, o presente es- tudo teve como objetivo relacionar as classificações de circunferência da cintura e IMC propostos pela literatura com níveis de pressão arterial, colesterol total, lipoproteínas e triglicérides circulantes em adolescentes.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Sujeitos A amostra não probabilística foi composta por 241 adolescentes, sendo 133 moças (55,18%) e 108 rapazes (44,81%), com idades entre 12 e 16 anos, matriculados na rede de ensino pública da cidade de São Mateus do Sul, PR. Esta amostra representa, aproximadamente, 9,71% do total de alunos desta
faixa etária matriculados no ano letivo de 2006 (total = 2.481 alunos). Os sujeitos do estudo foram recrutados nos dois colégios do município que tem maior repre- sentatividade da região urbana e rural, com 1. alunos, o que corresponde a 64,89% do total de alunos matriculados na rede pública de ensino do município. Foram convidados todos os alunos na faixa etária de 12 a 16 anos. Os sujeitos que concordaram em participar do estudo receberam um “termo de consentimento” que foi preenchido pelos pais ou respectivos res- ponsáveis, autorizando o uso dos seus dados.
Instrumentos e procedimentos A circunferência da cintura (CC) foi mensurada no ponto médio entre o último arco costal e a crista ilíaca, utilizando-se uma fita antropométrica flexível, com escala de 0,1 centímetros^9. A CC foi mensurada em duplicata e uma terceira medida foi realizada quando houve diferenças acima de 0,1 cm entre as medidas. A média das duas mensurações foi utilizada nas análises. Os sujeitos foram classifica- dos conforme a proposta de Freedman et al.^10 : risco aumentado ≥ percentil 90th. Na presente amostra, este percentil representou 77,2 cm para os rapazes e 71,44 cm para as moças. A Massa corporal e estatura também foram mensuradas em duplicatas, sendo a média das duas medidas utilizada para calcular o IMC. Caso as medidas divergissem mais que 0,1 kg e 0,1 cm para a massa corporal e estatura, respectivamente, uma terceira medida era realizada. Para determi- nar a estatura total dos indivíduos foi utilizado um estadiômetro portátil, no qual o avaliado foi medido descalço, postado em posição anatômica sobre a base do estadiômetro, encostando a parte posterior do corpo e a cabeça posicionada no Plano de Frankfurt, estando em apnéia inspiratória no momento da medida 9. A massa corporal foi aferida com uma balança digital portátil, com resolução de 100g. O avaliado estava descalço, vestindo somente roupas leves, posicionado em pé e de costas para a escala da ba- lança em posição anatômica, com a massa corporal igualmente distribuída entre ambos os pés^9. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado através da divisão da massa corporal pelo quadrado da estatura 9. A determinação do estado nutricio- nal foi realizada através da utilização das tabelas de referência propostas por Conde e Monteiro^11. Foram considerados com valores aumentados os indivíduos com sobrepeso e obesos.
indesejáveis para os fatores de risco de doenças car- diovasculares, conforme os valores de referência pro- postos pela literatura para população pediátrica. Embora a prevalência de sujeitos com níveis indesejáveis de HDL-c (Rapazes = 60,2%; Moças = 49,2%) tenha apresentado valores discrepantes entre os sexos, esta diferença não foi significativa em linguagem estatística. Da mesma forma, para o IMC, PA, CT, LDL-c e triglicérides, não houve diferenças significativas nas proporções entre moças e rapazes. A razão de chances dos indivíduos com valores aumentados de CC e IMC em apresentar níveis indesejáveis de PA, CT, LDL-c, HDL e triglicérides circulantes é demonstrado na tabela 3, mediante estimativas de Odds Ratio (OR) e seus respectivos intervalos de confiança (IC). Quanto ao índice de massa corporal, nota-se que, as moças com valores aumentados apresentam quase mais de 4 vezes mais razão de chances de apresentar níveis indesejáveis de pressão arterial. Para a circunferência da cintura, as moças com medidas aumentadas apresentaram em torno de 4 vezes maior razão de chances de apresentar a pressão arterial e o colesterol total elevados.
DISCUSSÃO
Embora diversos pesquisadores tenham direcionado seus estudos na elaboração de referenciais para me-
didas de composição corporal como IMC e circun- ferência da cintura a partir de avaliação de amostras representativas da população pediátrica4,11,16, poucos estudos encontrados na literatura nacional ava- liaram a relação da medida da circunferência da cintura e do IMC com fatores de risco para doenças cardiovasculares em crianças e adolescentes. Ao analisar os resultados das prevalências apresen- tadas na tabela 2, observa-se que, em relação ao IMC a maioria dos sujeitos apresentou valores considerados normais para a idade e sexo, conforme as referências nacionais propostas por Conde e Monteiro^11. Estes achados estão de acordo com estudos de prevalência re- alizados com amostras de adolescentes brasileiros5,17. E quando se considera os fatores de risco hemodi- nâmicos e bioquímicos para doenças cardiovascula- res avaliados nesta pesquisa, nota-se que a prevalência de sujeitos com valores indesejáveis para pressão arterial (rapazes 24,1% e moças 25,6%) foi um pouco superior a encontrada por Guedes et al.^5 , embora este tenha avaliado separadamente as pressões sistólica e diastólica (PAD =10,2% e 8,1%; PAS= 8,8% e 9,7%, para rapazes e moças, respectivamente). Em relação às prevalências encontradas por Gerber e Zielinsky^17 (5% para PAS e 3,2% para PAD), a diferença encontrada foi mais evidente, pois estes autores consideraram somente valores acima do percentil 95th, enquanto que em nosso estudo consideramos valores acima do percentil 90th.
Tabela 2. Prevalência de valores indesejáveis para IMC, pressão arterial e perfil lipídico nos adolescentes de ambos os sexos.
Indesejáveis Masculino Feminino χ^2 p IMC 17,6% 12,1% 1,428 0, PA 24,1% 25,6% 0,071 0, CT 35,2% 33,3% 0,091 0, HDL-c 60,2%†^ 49,2%†^ 2,865 0, LDL-c 22,2% 19,2% 0,323 0, Triglicérides 22,2% 22,7% 0,009 0,
IMC – índice de massa corporal; PA – pressão arterial; CT – colesterol total; *Diferença significativa (p<0,05); †^ sujeitos com valores de HDL-c ≤ 45 mg/dL.
Tabela 3. Estimativas da razão de chances através do OR e IC entre o IMC e circunferência da cintura com os fatores de risco hemodinâmicos e bioquímicos.
IMC CC Rapazes Moças Rapazes Moças PA 2,14 (0,7-6,2) 4,29 (1,66-14,58) 2,34 (0,6-9,1) 4,12 (1,27-13,35) CT 0,4 (0,13-1,45) 2,19 (0,76-6,31) 0,83 (0,2-3,42) 3,6 (1,1-11,76) HDL-c 2,12 (0,7-6,42) 0,79 (0,27-2,26) 1,58 (0,38-6,51) 0,87 (0,27-2,75) LDL-c 0,63 (0,16-2,41) 1,46 (0,42-4,98) 0,92 (0,18-4,7) 1,98 (0,55-7,07) TG 2,43 (0,83-7,11) 2,27 (0,75-6,88) 2,63 (0,67-10,27) 2,3 (0,69-7,64)
IMC – índice de massa corporal; CC – circunferência da cintura; PA – pressão arterial; CT – colesterol total; TG – triglicérides
Antropometria e fatores de risco cardiovascular Bozza et al.
Já em relação à avaliação do perfil lipídico, a proporção de indivíduos com valores indesejáveis de CT foi inferior às demonstradas por Giuliano et al.^18 (38%) e Seki et al.^19 (46,6%), e superior ao relatado por Ribeiro et al.^20 (32,9%), Guedes et al.^5 (12,9%) e Gerber e Zielinsky^17 (27,98%). Entretanto, deve ser mencionado que diferentemente de nosso estudo, os valores considerados como indesejáveis por Guedes et al.^5 foi 200 mg/dl e por Ribeiro et al.^20 acima de 170 mg/dl. Para os sujeitos com valores diminuídos de li- poproteína de alta densidade (HDL-c), conforme os pontos de corte adotados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia^15 ,observou-se que a prevalência foi significativamente superior se comparada a outros estudos com amostras regionalizadas, que encon- traram de 1,6% a 22,5% de valores indesejáveis5,17-20. Neste caso, também foi encontrada diferença entre o valor de referência para o HDL-c e os utilizados por Guedes et al.^5 (35 mg/dl), e por Gerber e Zie- linsky^17 e Ribeiro et al.^20 (40 mg/dl). Da mesma forma, houve discrepâncias nas pro- porções de indivíduos com valores indesejáveis de LDL-c, comparados a outros estudos5,17,18, além disso, igualmente ao CT e o HDL-c, os pontos de corte adotados em nosso estudo para valores indesejáveis foram diferentes aos propostos por outros autores. Quanto aos triglicérides séricos, outros estudos18, encontraram uma prevalência de indivíduos com va- lores inadequados semelhante aos nossos dados (22% e 22,5% respectivamente), porém, menores proporções fo- ram encontradas em diferentes amostras nacionais5,17. Analisando as associações dos valores de CC apresentados no presente estudo, (77,2 cm para os rapazes e 71,44 cm para as moças.) com os fatores de risco para doenças cardiovasculares apresentadas na tabela 3, nota-se que este indicador esteve significa- tivamente relacionado com a PA das meninas, con- firmando os achados de Mikkola et al.^21 e Guimarães et al.^22 , embora estes autores não tenham realizado estas relações separadamente entre os sexos. Além da PA, os valores aumentados da CC esti- veram relacionados com valores indesejáveis de coles- terol total. Neste sentido, Katzmarzyk et al.^23 suportam a hipótese de que a CC pode ser usada efetivamente para a avaliação clínica da presença ou não de fatores de risco para doença cardiovascular em crianças e adolescentes. Esta afirmação é ratificada por Freed- man et al.^24 que reconhecem a CC como preditora relevante de níveis alterados de lipídeos, lipoproteínas e apolipoproteinas em indivíduos jovens. Quanto às associações dos valores aumentados de IMC, propostos por Conde e Monteiro^11 , com
os fatores de risco hemodinâmicos para doenças cardiovasculares, relatos prévios demonstraram uma relação positiva dos níveis de pressão arterial com o IMC20,25. Da mesma forma, Mikkola et al.^21 e Lusky et al.^26 observaram que, quanto maior o valor de IMC maiores foram os valores de PAS e PAD, além disso, adolescentes que apresentam maior valor de IMC tem duas vezes mais chances de apresentar hipertensão arterial do que seus pares de IMC normal^27. Esta relação do IMC elevado com a pressão arterial encontrada em outros estudos se confirma para as moças de nossa amostra, que demonstraram mais chances de apresentar hiper- tensão do que seus pares com peso normal. Quanto às estimativas da razão de chances para indivíduos com IMC aumentado em relação ao perfil lipídico, observou-se neste estudo que não foram encontradas associações significativas. Estes resultados contrapõem outros estudos conduzidos com amostras nacionais e internacionais, nos quais foram encontradas associações significativas do IMC com as concentrações de glicose em jejum 21 , colesterol total20,28,29, LDL-c28,29, HDL-c28,29, trigli- cérides^28 e insulina 29. Uma das nossas limitações foi a comparação das prevalências de sujeitos com valores indesejá- veis para o perfil lipídico com os estudos de outras regiões do Brasil, uma vez que diferentes critérios foram utilizados para classificação das dislipidemias, além de que, em alguns estudos, não foi realizada a coleta sanguínea em jejum prévio. Através destes achados podemos concluir que apesar dos indicadores antropométricos analisa- dos não terem se relacionado com os fatores de risco para doenças cardiovasculares nos rapazes, as moças com valores aumentados de IMC e CC apresentaram maior razão de chances de apresentar pressão arterial elevada e colesterol total elevado. Apesar das poucas relações encontradas, principalmente para os rapazes, estes indicadores antropométricos podem ser úteis para a identificação e triagem de indivíduos com valores aumentados, possibilitando uma intervenção no sentido de incor- poração de hábitos alimentares e de atividade física saudáveis, principalmente em indivíduos jovens. Contudo, apesar do IMC ter uma referência nacional que possibilita a identificação de indiví- duos com valores aumentados, a circunferência da cintura carece ainda de valores de referência na- cionais, tendo-se que recorrer ao uso de percentis, impossibilitando a identificação da prevalência de sujeitos com valores aumentados.