











Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Apostila sobre o ciclo de Krebs
Tipologia: Notas de estudo
1 / 19
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
BIOQUÍMICA BÁSICA
7
Ciclo do Ácido Cítrico
Objetivos
O ciclo do ácido cítrico (também chamado de ciclo de Krebs ou ciclo dos ácidos tricarboxílicos ) é o estágio final da oxidação dos combustíveis metabólicos. Os átomos de carbono entram no ciclo na forma de grupos acetila derivados dos carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos. O grupo acetila ligado a coenzima A (acetil-CoA) é oxidado em oito reações mitocondriais para formar duas moléculas de CO 2 com a conservação da energia livre liberada em três moléculas de NADH, uma de FADH 2 e um composto de “alta energia” (GTP ou ATP). O NADH e o FADH 2 são oxidados e os elétrons são conduzidos pela cadeia mitocondrial transportadora de elétrons com a liberação de energia conservada na forma de ATP sintetizado a partir de ADP e P i por meio de processo denominado fosforilação oxidativa ( ver Capítulo 8). A reação líquida para o ciclo do ácido cítrico é:
que fornece energia para a síntese de ATP.
7.1 Oxidação do piruvato a acetil − CoA e CO 2
Sob condições aeróbicas, o piruvato presente na matriz mitocondrial é convertido em CO 2 e um fragmento de dois carbonos, a acetil−CoA em reação de descarboxilação oxidativa. A reação é catalisada pelo complexo da piruvato − desidrogenase constituído por três enzimas distintas: a piruvato − desidrogenase (E1) , a diidrolipoil − transacetilase (E2) e a diidrolipoi − desidrogenase (E3) associadas de modo não-covalente e cinco diferentes coenzimas_._ O complexo está localizado exclusivamente na mitocôndria das células eucarióticas. Devido a grande energia livre padrão negativa dessa reação sob condições fisiológicas, o processo é irreversível o que impede a reação inversa de formação do piruvato a partir do
acetil−CoA.
A operação do complexo da piruvato desidrogenase requer cinco coenzimas cujos papéis funcionais são descritos a seguir.
1. Descarboxilação oxidativa do piruvato. A reação requer o co-fator pirofosfato de tiamina (TPP) ligado à enzima piruvato − desidrogenase (E1). O TPP ataca o carbono da carbonila do piruvato e libera o CO 2 deixando o grupo hidroxietil ligado ao TPP para formar o hidroxietil−TPP (HETTP). 2. Transferência do grupo hidroxietil do HETTP para a diidrolipoil − transacetilase (E2). O aceptor do hidroxietil é o
H O C CH 3
H + CO^2
N
O C C CH 3
C S
+
CH 3 N C S
+
CH 3
C
O O
+
C O
CH 3
O OH
N C S
+
CH 3
Piruvato
Hidroxietil-TPP
Citosol Matriz mitocondrial
NAD NADH,H
Complexo piruvato desidrogenase
COO C O CH 3 H
Piruvato translocase
+ +^ +
HS-CoA CO 2 S-CoA C O CH 3 Piruvato Acetil-CoA
Piruvato
grupo prostético lipoamida. A reação de transferência regenera o TPP da E1 e oxida o grupo hidroetil a um grupo acetila.
3. Transferência do grupo acetila para a coenzima A, em reação catalisada pela diidrolipoil − transacetilase. 4. Regeneração do complexo da piruvato−desidrogenase original. O grupo diidrolipoato da E2 é reduzido pela flavina adenina dinuclotídeo (FAD) em presença de diidrolipoil − desidrogenase com a regeneração do lipoato.
CoA SH
C
O CH 3
S
HS
Coenzima A
Acetil CoA
CoA S C CH 3
O
+
HS
HS
N
H O C CH 3
S
S
C S
+
CH 3
H +
N
H O C CH 3
HS
S
C S
+
CH 3
N
HS
S
C S
+
CH 3
C
O CH 3
S
S CH 2 CH (^2) CH 2
CH 2 CH 2 CH 2 CH 2 C NH (CH )2 4 CH
O NH
C O
Lipoamina
Ácido lipóico Lis
Lipoamina
H +
Figura 7. Operação do complexo da piruvato-desidrogenase. TTP = pirofosfato de tiamina. O lipoato tem dois grupos tiós (−SH) que formam uma ligação dissulfeto (−S−S−) por oxidação.
Os mecanismos de regulação alostérica do complexo são complementados por modificações covalentes de proteínas. O complexo é inibido por fosforilação pela ação de proteína-cinase (altos teores de piruvato, CoASH e NAD +^ inibem a cinase) e ativado por desfosforilação pela ação de fosfatases quando os níveis de [ATP] mitocondrial declinam. A seguir a fórmula d coenzima A (CoA):
TPP
Hidroxietil-TPP Lipoamida
FAD S
S
CO (^2)
NADH + H +
NAD +
Piruvato
CH 3 C C
O (^) O
O
1 2
CH 3 C TPP
OH
HS
CH 3 C S
O
S
S
HS
HS
Acetil-diidrolipoamida
FAD SH
SH
3
4
5
CoA
CH 3 C S CoA
O
Acetil-CoA
Piruvato desidrogenase (^) transacetilaseDiidrolipoil
Diidrolipoil desidrogenase
A. Destinos metabólicos do acetil-CoA
Os principais destinos metabólicos do acetil−CoA produzido na mitocôndria incluem: (1) completa oxidação do grupo acetila no ciclo do ácido cítrico para a geração de energia; (2) conversão do excesso de acetil−CoA em corpos cetônicos (acetoacetato, β −hidroxibutirato e acetona) no fígado; (3) transferência de unidades acetila para o citosol com a subseqüente biossíntese de moléculas complexas como os esteróis e ácidos graxos de cadeia longa.
S C CH
CH 2 CH
NH C O
CH CH
NH
2 2
C O HO C H
H C C CH CH 2 O P O P O
Resíduo de -mercaptoetilamida
N N
N
NH 2
H
O
O
H H^ H
OH
CH 2
N
2
3 O^ O
O O
Adenosina-3 -fosfato
Resíduo de ácido pantotênico
O P O
O
3
O
3
Grupo acetil
Acetil-coenzima A (acetil-CoA)
´
α
Figura 7. Reações do ciclo do ácido cítrico. O ciclo oxida duas unidades de carbono com a produção de duas moléculas de CO 2 , uma molécula de GTP, três moléculas de NADH e uma molécula de FADH 2.
1. Condensação da acetil-CoA com o oxaloacetato. A etapa inicial do ciclo do ácido cítrico é a condensação do acetil−CoA com o
HO C COO
CH
COO
CH 2
2
COO
Citrato
Acetil-CoA
CoASH
H O 2
CH C S CoA
O
3
CH
C O
COO
COO
2
Oxaloacetato
NADH
NAD +
HO C COO
CH
COO
HO C H
2
COO
Isocitrato
Ciclo do ácido cítrico
CH COO
HO C H
2
COO
L-Malato
H O 2
HC
CH
COO
COO
Fumarato
FAD
FADH (^2)
Succinil-CoA
CoASH
CH (^2)
COO
CH (^2)
COO
GTP GDP + P i
CoASH CO (^2)
NADH
NAD +
CH
C O
2
COO
CH (^2)
COO
CH
C O
2
COO
CH 2
S Coa
-Cetoglutarato
NAD +
NADH
CO 2
oxalacetato para formar citrato e CoA livre, em reação irreversível catalisada pela citrato − sintase. A condensação aldólica ocorre entre o grupo metílico da acetil−CoA e o grupo carboxílico do oxaloacetato, com hidrólise da ligação tioéster e a produção de coenzima A livre. A reação é altamente exergônica (∆ G °′ = −31,5 kJ·mol−^1 ).
C CH 2 COO-
COO-
O
O
CH 2
COO-
CH 2 COO-
HO COO- + CoA SH
A citrato-sintase é inibida pelo ATP, NADH, succinil−CoA e ésteres acil−CoA graxos. A velocidade de reação é determinada pela disponibilidade de acetil−CoA e do oxaloacetato. O citrato também está envolvido na regulação de outras vias metabólicas (inibe a fosfofrutocinase na glicólise e ativa a acetil − CoA − carboxilase na síntese dos ácidos graxos) e como fonte de carbono e equivalentes redutores para vários processos de síntese. Além da condensação com o acetil−CoA para formar citrato, o oxaloacetato pode ser transformado em piruvato, glicose (gliconeogênese) e aspartato.
2. Isomerização do citrato em isocitrato via cis − aconitato. A aconitase catalisa a isomerização reversível do citrato e do isocitrato, por meio do intermediário cis −aconitato. A mistura em equilíbrio contém 90% de citrato, 4% de cis −aconitato e 6% de isocitrato. No meio celular, a reação é deslocada para a direita, porque o isocitrato é rapidamente removido na etapa seguinte do ciclo. A aconitase contém um centro ferro−enxôfre que atua tanto na ligação do substrato como na catálise da reação.
5. Clivagem da succinil − CoA com formação de GTP. A succinil − CoA − sintetase (succinato−tiocinase) hidrolisa a ligação
kJ·mol−^1 )para formar succinato. A energia liberada é conservada como
= −30,5 kJ·mol−^1 ), em uma fosforilação ao nível do substrato. O teor energético do GTP é equivalente ao do ATP.
CH 2
CH 2
C S
COO -
O CoA
CH 2
COO-
COO-
Em presença da nucleosídio − difosfato − cinase e Mg 2+ , o GTP é convertido reversivelmente em ATP:
6. Oxidação do succinato para formar fumarato e FADH 2. O succinato é oxidado a fumarato pela succinato − desidrogenase. Essa enzima necessita de flavina adenina dinucleotídio (FAD) ligada covalentemente. Nas células dos mamíferos, a enzima está firmemente ligada à membrana mitocondrial interna sendo um componente da succinato−ubiquinona, um complexo multiprotéico que participa da cadeia mitocondrial transportadora de elétrons. A succinato−desidrogenase é fortemente inibida competitivamente pelo malonato e ativada pelo ATP, fósforo inorgânico e succinato.
COO H C O
COO
C C OOC
Succinato Fumarato
H C H Succinato-desidrogenase H
Enz-FAD Enz-FADH (^2) H COO
COO CH CoASH^ CO
CH 2
COO
2 2
C O
COO CH
CH 2
S CoA
2
NAD +^ NADH C^ O
α-Cetoglutarato Succinil-CoA
Os co-fatores participam da transferência de elétrons do succinato para a ubiquinona.
7. Hidratação da liga dupla do fumarato para formar malato e o terceiro NADH. O fumarato é hidratado a L−malato pela enzima fumarase. A enzima é estereoespecífica e catalisa a hidratação da dupla ligação trans do fumarato. 8. Oxidação do malato a oxaloacetato. A reação final do ciclo é catalisada pela malato-desidrogenase com a formação de oxaloacetato e NADH. A posição de equilíbrio dessa reação está deslocada quase totalmente para a síntese do L−malato (∆ G °′= +29,7 kJ·mol−^1 ). Entretanto, a rápida remoção do oxaloacetato pela citrato sintase para a formação de citrato, possibilita a oxidação do malato.
Além da condensação com a acetil−CoA para formar citrato, o oxaloacetado pode ser transformado em piruvato, glicose (neoglicogênese) e aspartato ( ver Metabolismo dos aminoácidos).
A. Energia no ciclo do ácido cítrico
O ciclo do ácido cítrico é a via oxidativa terminal para a maioria dos combustíveis metabólicos (piruvato, aminoácidos e ácidos graxos). Os dois carbonos do grupo acetila que participam do ciclo são oxidados completamente a CO 2 e H 2 O. A energia liberada por essas oxidações é conservada na forma de três NADH, um FADH 2 e uma molécula de GTP (ou ATP). Para cada NADH que transfere seus elétrons para a cadeia mitocondrial transportadora de elétrons ( ver Capítulo 8: Fosforilação oxidativa), aproximadamente 2,5 ATP são produzidos a partir de ADP + P i. Para cada FADH 2 , cerca de 1,5 ATP são produzidos. Assim, a completa oxidação do grupo acetila da acetil−CoA no ciclo do ácido cítrico produz 10 ATP.
COO H C OH
Fumarase COO
COO CH
HC
COO Fumarato Malato
H C H
H O 2
COO H C OH
NAD NAD + H
CH 2 Malato-desidrogenase
COO
COO C O
CH 2
COO
+ +
Malato Oxaloacetato
Enzima-FADH 2 Enzima-FAD
Q QH (^2)
Figura 7. Regulação do fluxo metabólico do ciclo do ácido cítrico
7.3 Entrada e saída de intermediários do ciclo do
ácido cítrico
O ciclo do ácido cítrico tem papel central no catabolismo de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos, com liberação e conservação de energia. Entretanto, o ciclo também está envolvido no fornecimento de precursores para muitas vias biossintéticas. O ciclo do ácido cítrico é, portanto, anfibólico (anabólico e catabólico). Os intermediários do ciclo (exceto o isocitrato e o succinato) são precursores ou produtos de várias moléculas biológicas. Por exemplo, a succinil−CoA é precursora da maioria dos átomos de carbono das porfirinas. Os aminoácidos aspartato e glutamato podem ser provenientes do oxaloacetato e α −cetoglutarato, respectivamente, via reações de transaminação. A síntese de ácidos graxos e colesterol no citosol necessita de acetil−CoA gerada a partir do citrato que
Acetil-CoA
Citrato sintase
CoA-SH
H O 2
Aconitase
Aconitase
-Cetoglutarato
Isocitrato desidrogenase
Succinil-CoA
Complexo da -cetoglutarato desidrogenase
Citrato
Succinato Succinil-CoA sintetase
Succinato desidrogenase
Fumarato
Malato
Fumarase
Oxaloacetato
Malato desidrogenase
CO 2
Cis-aconitato
CO 2
NADH, ATP, Citrato
NAD ,ADP, Ca + NADH, ATP
NADH
Ca 2 +
2 +
Isocitrato
atravessa a membrana mitocondrial ( ver Capítulo 10: Metabolismo dos lipídeos).
Quadro 7.2 Ciclo do glioxilato
Nos vegetais, em certos microrganismos e em levedura é possível sintetizar carboidratos a partir de substratos de dois carbonos como o acetato e etanol, por meio de uma via alternativa chamada ciclo do glioxilato. A via emprega as enzimas do ciclo do ácido cítrico, além de duas enzimas ausentes nos tecidos animais: a isocitrato − iase e a malato − sintase. Pela ação da isocitrato−liase, o isocitrato é clivado em succinato e glioxilato. O glioxilato condensa com uma segunda molécula de acetil-CoA sob a ação da malato-sintase (em reação análoga àquela catalisada pela citrato-sintase no ciclo do ácido cítrico) para formar malato.
O malato passa para o citosol, onde é oxidado a oxaloacetato, que pode ser transformado em glicose pelas reações da gliconeogênese ou se condensar com outra molécula de acetil−CoA e iniciar outra volta do ciclo. Nas plantas, o ciclo do glioxalato está localizado em organelas chamadas glioxissomos. Os animais vertebrados não apresentam o ciclo do glioxilato e não podem sintetizar glicose a partir de acetil−CoA. Nas sementes em germinação, as enzimas do ciclo do glioxilato degradam os ácidos graxos que são convertidos em glicose, precursor da celulose.
Os intermediários do ciclo do ácido cítrico desviados para a biossíntese de novos compostos devem ser repostos por reações que permitam restabelecer seus níveis apropriados. Além disso, as flutuações nas condições celulares podem necessitar de aumento na atividade do ciclo, o que requer a suplementação de intermediários. O processo de reposição de intermediários do ciclo é chamado anaplerose (do grego, preencher completamente). A produção de oxaloacetato permite a entrada do grupo acetila no ciclo do ácido cítrico (oxaloacetato + acetil−CoA → citrato) e é a mais importante reação anaplerótica. Em deficiências de qualquer dos intermediários do ciclo, o oxaloacetato é formado pela carboxilação reversível do piruvato por CO 2 , em reação catalisada pela piruvato − carboxilase que contém biotina como coenzima. O excesso de acetil-CoA ativa alostericamente a enzima.
Piruvato + CO 2 + ATP + H 2 O ' oxaloacetato + ADP + P i
As reações do ciclo convertem o oxaloacetato nos intermediários deficientes para que se restabeleça sua concentração apropriada. A síntese do oxaloacetato ocorre também a partir do fosfoenolpiruvato e é catalisada pela fosfoenolpiruvato − carboxicinase presente tanto no citosol como na matriz mitocondrial. A enzima é ativada pelo intermediário glicolítico frutose−1,6−bifosfato, cuja concentração aumenta quando o ciclo do ácido cítrico atua lentamente.
Fosfoenolpiruvato + CO 2 + GDP ' oxaloacetato + GTP
Pela ação conjunta das duas enzimas malato−desidrogenase (“enzima málica”), o malato (e o oxaloacetato) pode ser produzido a partir do piruvato:
Piruvato + CO 2 + NAD(P)H ' malato + NAD(P) +
Outras reações que abastecem o ciclo do ácido cítrico incluem a succinil-CoA, um produto do catabolismo de ácidos graxos de cadeia ímpar, e os α−cetoácidos a partir do α−cetoglutarato e oxaloacetato
Referências
BLACKSTOCK, J. C, Biochemistry. Oxford: Butterworth, 1998. p. 47-75. CAMPBELL, M. K. Bioquímica. 3 ed. Porto Alegre: ArtMed, 2000. p. 492-519. NELSON, D. L., COX, M. M. Lehninger: Princípios de bioquímica. 3 ed. São Paulo: Sarvier, 2002. p. 441-64. MOTTA, V. T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 4 ed. Porto Alegre: Editora Médica Missau, 2003. p. 75-103.