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Cestódeos em Bovinos, Suínos e Aves - Prof. Cogo, Esquemas de Parasitologia

Este documento aborda os principais cestódeos que acometem bovinos, suínos e aves, fornecendo informações detalhadas sobre seus ciclos de vida, hospedeiros intermediários e definitivos, sintomas em animais e humanos, diagnóstico e medidas de controle. Ele cobre espécies como taenia saginata, taenia solium, echinococcus granulosus, anoplocephala spp., moniezia spp. E davainea proglotina, destacando a importância da inspeção sanitária, educação da população e adoção de boas práticas de manejo para prevenir a transmissão desses parasitas. Relevante para profissionais da área de medicina veterinária, saúde pública e produção animal, bem como estudantes interessados em entender melhor a epidemiologia e o controle dessas importantes zoonoses.

Tipologia: Esquemas

2023

Compartilhado em 11/04/2024

ana-clara-cogo-da-silva
ana-clara-cogo-da-silva 🇧🇷

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bg1
Família/Espécies
Hospedeiros
definitivos
(parasito
asulto)
Hospedeiros
intermediários
(estágios
larvários)
Locais Caracteristicas fisicas Características gerais Ciclo Sinais clinicos Diagnóstico Tratamento Prevenção
Família Taenidae
Taenia saginata Humanos Bovinos Músculo
5 a 8 m de comprimento,
escólex não tem rostelo e
ganchos
Forma larvária
(Cysticercus bovis)
Pessoa infectada excreta fezes com o ovo (geralmente na
pastagem) - o bovino ingere o ovo - a oncosfera ( forma larvaria) se
desloca pelo sangue até o musculo estriado e desenvolve a larva -
o humano ingere a carne bovina mal passada e desenvolve o
verme adulto (2 a 3 meses).
Humanos: (Teníase: dores abdominais, náuseas,
debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou
constipação - obstrução do apêndice, colédoco e
duto pancreático).
Animais: lesões são visíveis apenas nas
avaliações post mortem.
Humanos: Clínico,
epidemiológico, de imagem
e laboratorial.
Animais: Testes de ELISA
e anatomopatológico.
Notificação Obrigatória*
Bovinos: programa
estratégico 90- 60-30 dias
antes do abate com
Albendazol.
Humanos: cirúrgico,
praziquantel e niclosamida
(para os vermes adultos)
podem ser empregados.
Não comer carne crua ou mal
cozida, não comer carne de abate
landestino (só inspecionados),
educação sanitária, evitar o uso
de fluentes de esgotos para
irrigação de pastagens, inspeção
sanitária em frigoríficos,
imunização.
Família Taenidae
Taenia solium Humanos Suínos e javalis Músculo
3 a 5 m de comprimento,
raramente até 8 m, rostelo
apresenta quatro ventosa
Forma larvária
(Cysticercus cellulosae)
Pessoa infectada excreta fezes com o ovo (geralmente no quintal) -
o suíno (criado solto) ingere o ovo - a oncosfera se desloca pelo
sangue até o musculo estriado e desenvolve a larva (cisticercos) - o
humano ingere a carne suína mal passada contendo cisticercos e
desenvolve o verme adulto (2 a 3 meses). Além disso pode ocorrer
a ingestão de ovos de T. Solium por meio de mão sujas ou
alimentos contaminados (verduras), nesse caso adquire a
cisticercose humana. (a animal ocorre pela ingestão de ovos de T.
saginata ou T. solium.
Humanos: (Teníase: dores abdominais, náuseas,
debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou
constipação - obstrução do apêndice, colédoco e
duto pancreático).(Cisticercose: convulsões,
distúrbio de comportamento, hipertensão,
intracraniana e oftálmicos - deficiência visual,
epilepsia).
Animais: lesões são visíveis apenas nas
avaliações post mortem.
Humanos: Clínico,
epidemiológico, de imagem
e laboratorial.
Animais: Testes de ELISA
e anatomopatológico.
Notificação Obrigatória*
Não há tratamento eficaz
Não comer carne crua ou mal
cozida, não comer carne de abate
landestino (só inspecionados),
lavar frutas, verduras e legumes
com cloro, educação sanitária,
inspeção sanitária em frigoríficos.
Família Taenidae
Echinococcus
granulosus
Cães e gatos
Ovinos,
bovinos,
camelos,
suínos, búfalos,
veados,
humanos
Fígado e
pulmões
6,0 mm de comprimento,
um escólex e, geralmente,
três ou quatro segmentos,
rostelo apresenta duas
fileiras de ganchos, uma
abertura genital
Morfologia da larva:
Membrana adventícea
(pericisto), Membrana
anista, Membrana
germinativa ou prolígera
(interna), Vesícula
prolígera, Escólex,
Liquído hidático, Areia
hidática
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o HI ingere o ovo - as
oncosferas se desloca pelo sangue até o fígado ou linfonodos do
pulmão - tecidos (vísceras) do HI são ingeridos pelo HD. Por outro
lado os humanos podem ingerir o ovo do HD e desenvolver
hidatidose.
HD: em
infecção maciça ocorre diarreia catarral
hemorrágica.
HI: de acordo com o órgão
afetado.
HI: sinais clínicos,
epidemiológico, sorologia
ou por imagem.
HD: pesquisa de proglótes
nas fezes.
Cães: praziquantel.
Homem: excisão cirúrgica
dos cistos hidáticos,
albendazol.
Educação sanitária, controle e
tratamento do cão e do gato
portador, evitar acesso de cães e
gatos a vísceras cruas de HI, criar
ovinos evitando a utilização de
cães, inspeção sanitária de
matadouros
Família
Anoplocephalidae
Anoplocephala
perfoliata
Equinos e
asininos
Ácaro de
forragem
(Oribatidae)
Íleo terminal,
raramente ceco
4 a 8 cm de comprimento
e 1,2 cm de largura.
Escólex musculoso,
desprovido de rostelo e
acúleos, com 4 apêndices
abaixo das 4 ventosas;
não apresentam rostelo,
nem ganchos. um único
conjunto de órgãos
reprodutores.
Larva: estágio
cisticercóide
Ovos: irregularmente
esféricos ou triangulares
A. perfoliata é mais
patogênica
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo -
ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o
ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens
infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo e
aderem à parede intestinal do intestino delgado para amadurecer -
(parasita adultos de A. perfoliata vivem no instestino delgado) -
segmentos grávidos da tênia se rompem e passam às fezes - ovos
embrionados nas fezes.
HD: ulceração da mucosa e intussuscepção,
congestão local levando à
ocorrência de estrias de sangue nas fezes, cólica.
HI: sinais clínicos,
epidemiológico, sorologia
ou por imagem.
HD: pesquisa de proglótes
nas fezes.
Cães: praziquantel.
Homem: excisão cirúrgica
dos cistos hidáticos,
albendazol.
Educação sanitária, controle e
tratamento do cão e do gato
portador, evitar acesso de cães e
gatos a vísceras cruas de HI, criar
ovinos evitando a utilização de
cães, inspeção sanitária de
matadouros
Família
Anoplocephalidae
Anoplocephala
magna
Equinos e
asininos
Ácaro de
forragem
(Oribatidae)
Intestino
delgado (as
vezes
estômago)
Até 80 cm de
comprimento e 2,5 cm de
largura, escólex grande e
globuloso com 4 ventosas
anteriores, sem
apêndices.
Morfologia da larva:
Membrana adventícea
(pericisto), Membrana
anista, Membrana
germinativa ou prolígera
(interna), Vesícula
prolígera, Escólex,
Liquído hidático, Areia
hidática
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo -
ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o
ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens
infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo e
aderem à parede intestinal do intestino delgado para amadurecer -
(parasita adultos de A. magna vivem no estômago e instestino
delgado) - segmentos grávidos da tênia se rompem e passam às
fezes - ovos embrionados nas fezes.
HD: mais comumente encontrada no jejuno, causa
enterite catarral ou hemorrágica obstrução e
perfuração intestinal, cólica.
Observação de ovos com
aparelho piriforme; técnica
aboratorial: flutuação.
Tratamento antiparasitário
mediante exames
coproparasitológicos,
vermífugos de amplo
espectro: Pamoato de
Pirantel, Embonato de
Pirantel, Praziquantel.
Diagnóstico precoce
Família
Anoplocephalidae
Moniezia expansa
Ovinos e
caprinos
Ácaro de
forragem
(Oribatidae)
Intestino
delgado
1 a 6 m de comprimento,
ou mais, possuem escólex
sem ganchos e rostelo e
apresentam 4 ventosas
proeminentes. Tem 2
conjuntos de órgãos
genitais
macroscopicamente
visíveis ao longo da borda
lateral de cada segmento.
Ovos: triangulares ou
piramidais
Fileira de glândulas
interproglotes em toda a
largura da borda
posterior
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo -
ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o
ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens
infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo - ovos
embrionados saem nas fezes.
Acometem mais animais jovens podendo
causar diarreias graves, obstruções intestinais,
perda de peso e atraso no crescimento
Tipicamente diagnosticada
quando os segmentos
móveis são vistos
rastejando ao redor do
ânus ou em uma
evacuação. Ovos do
parasita pode ser
visto na flutuação fecal sob
um microscópio
Família
Anoplocephalidae
Moniezia benedeni
Ovinos e
bovinos
Ácaro de
forragem
(Oribatidae)
Intestino
delgado
1 a 6 metros de
comprimento por 2,5 cm
de largura (semelhante a
M. expansa). Ovos:
quadrangulares
Glândulas interproglotes
se limitam a uma curta
fileira, próximo à metade
da borda posterior do
segmento
Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo -
ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o
ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens
infestadas (larvas cisticercóides se desenvolvem no HI em 2 a 6
meses dependendo das condições climáticas) - Cisticercos são
libertados no sistema digestivo - ovos embrionados saem nas
fezes. (No hospedeiros: cestóides vivem de 2 a 6 semanas quando
são eliminados pelas fezes).
Infecções maciças podem levar a inflamação da
mucosa intestinal e degeneração das vilosidades,
anemia, diarreia. Animais apresentam constipação
alternada com diarreia. Pode ocorrer obstrução
intestinal.
Mesmos procedimentos
para Anoplocephafa.
Anti-helmínticos:
niclosamida, praziquantel,
bunamidina, benzimidazóis.
Diminuir a população de ácaros
na vegetação: aragem e replantio,
evitar o uso de mesmo pasto
utilizado para animais
jovens em anos consecutivos.
Difícil o controle dos hospedeiros
intermediários.
Família
Dilepitidae
Dipylidium caninum
Cães, gatos e
eventualmente
crianças.
Pulgas (Pulex
irritans,
Ctenocephalide
s canis, C. felis)
e
piolhos
mastigadores
(Trichodectes
canis)
Intestino
delgado
Mede de 20 a 60 cm de
comprimento, por 2 a 4
mm de largura. Escólex
com rostro retrátil com 4-7
coroas de acúleos em
forma de espinhos de
roseira, apresentam
poros genitais duplos e
produzem cápsulas
ovígeras. São
ovais/alongadas como um
grande grão de arroz.
Larva: estágio
cisticercóide
Ovos: protegidos por
cápsula ovígera
Animal infectado excreta fezes com o ovo - larvas de pulga ingere o
ovo - o cão ingere pulga com cisticercoide (forma larval) -
Cisticercos são libertados no sistema digestivo delgado do cão (20-
30 dias) - ovos embrionados saem nas fezes. (HI adulto são
hematófagos e portanto não ingerem os ovos).
Dipilidiose (doença parasitária): assintomática em
alguns casos. Humanos: Prurido anal, diarreia e
cólicas e perda de apetite. Proglotes com
movimento autônomo.
Clínico: presença de
proglotes nas fezes
ou na região perineal
Vermífugos de amplo
espectro para eliminação
do verme adulto
- Praziquantel
Controle dos HI
- Fipronil, afoxolaner,
sarolaner ...
Família
Dilepitidae
Davainea proglotina
Galináceos
Moluscos
gastrópodes
(caramujo) Duodeno
Mede de 15 a 60 cm de
comprimento, por 4 a 5
mm de
largura. Escólex
cinlíndrico e rostro curto
com dupla
coroa com 25-50 acúleos.
Colo curto com a mesma
largura
do escólex. Um único
conjunto de órgãos
reprodutores
Larva: estágio
cisticercóide
Ovos: protegidos por
cápsula ovígera (Cada
cápsula possui apenas
um ovo). As teníases em
aves são raras em razão
do desenvolvimento
tecnológico da avicultura.
Eventualmente, podem
ser encontradas em aves
criadas em “fundo de
quintal”, causando
enterite mucosa e baixo
desempenho no
crescimento e na
produção de ovos.
Animal infectado libera cápsulas ovígeras pelas fezes - os
moluscos ingerem (transforma em larvas cisticercoides em 3
semanas) - as aves comem os moluscos - liberam as larvas - se
fixam na mucosa do duodeno e, cerca de 7 dias depois, completam
o ciclo, transformando-se em cestódeos
adultos.
Enterite hemorrágica grave, diarreia sanguinolenta,
emagrecimento, aves com asas caídas, penas
arrepiadas, prostração, caquexia intensa; queda na
produção à prejuízos econômicos
Lesões: mucosa intestinal espessa e com
hemorragias
Não há envolvimento em Saúde
Pública
Família
Dilepitidae
Raillietina tetragona
Galináceos
Coleópteros
coprófagos e
terrícolas,
formigas e
moscas.
Duodeno
Mede de 13 a 25 cm de
comprimento, por 4 a 5
mm de
largura. Rostro com dupla
coroa de acúleos e
ventosas armadas de
acúleos. Proglotes
anteriores em forma de
trapézio e as posteriores
mais longas do que
largas. “colo” é muito
proeminente.
Larva: estágio
cisticercóide
Ovos: protegidos por
cápsula ovígera. Cada
cápsula possui apenas 6-
18 ovos.
Animal infectado libera cápsulas ovígeras pelas fezes - o HI
ingerem a cápsula ovígera contida nas fezes - as aves ingerem as
larvas cisticercoides contidas nos hospedeiros - alcançarão o
estágio adulto cerca de 2 meses depois.
Poderá ocorrer em animais criados em “fundo de
quintal”. Os parasitos provocam nódulos caseosos
ou calcificados na mucosa e na submucosa
intestinal que lembram a tuberculose aviária.
Parasitas intestinais são responsáveis por
causarem sintomatologia diversa, como letargia,
anemia, inflamação na bolsa de Fabricius e
diminuição no consumo de alimentos
Clínico: presença de
proglotes nas fezes
ou na região perineal
Anti-helmínticos
(niclosamida, butinorato):
medicamentos que podem
ser fornecidos pela água de
bebida ou misturados à
ação, para controle dessas
verminoses;
Não há transmissão para
humanos. Controle de
hospedeiros intermediários;
limpar diariamente os bebedouros
e fornecer água limpa às aves;
utilizar comedouros para
fornecimento de ração; Limpar
periodicamente as instalações;
impedir o acesso das aves a
águas paradas ou esgotos.

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Família/Espécies

Hospedeiros

definitivos

(parasito

asulto)

Hospedeiros

intermediários

(estágios

larvários)

Locais Caracteristicas fisicas Características gerais Ciclo Sinais clinicos Diagnóstico Tratamento Prevenção

Família Taenidae Taenia saginata Humanos Bovinos Músculo

5 a 8 m de comprimento, escólex não tem rostelo e ganchos

Forma larvária (Cysticercus bovis)

Pessoa infectada excreta fezes com o ovo (geralmente na pastagem) - o bovino ingere o ovo - a oncosfera ( forma larvaria) se desloca pelo sangue até o musculo estriado e desenvolve a larva - o humano ingere a carne bovina mal passada e desenvolve o verme adulto (2 a 3 meses).

Humanos: ( Teníase: dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação - obstrução do apêndice, colédoco e duto pancreático). Animais: lesões são visíveis apenas nas avaliações post mortem.

Humanos: Clínico, epidemiológico, de imagem e laboratorial. Animais: Testes de ELISA e anatomopatológico. Notificação Obrigatória*

Bovinos: programa estratégico 90- 60-30 dias antes do abate com Albendazol. Humanos: cirúrgico, praziquantel e niclosamida (para os vermes adultos) podem ser empregados.

Não comer carne crua ou mal cozida, não comer carne de abate landestino (só inspecionados), educação sanitária, evitar o uso de fluentes de esgotos para irrigação de pastagens, inspeção sanitária em frigoríficos, imunização.

Família Taenidae Taenia solium Humanos Suínos e javalis Músculo

3 a 5 m de comprimento, raramente até 8 m, rostelo apresenta quatro ventosa

Forma larvária ( Cysticercus cellulosae )

Pessoa infectada excreta fezes com o ovo (geralmente no quintal) - o suíno (criado solto) ingere o ovo - a oncosfera se desloca pelo sangue até o musculo estriado e desenvolve a larva (cisticercos) - o humano ingere a carne suína mal passada contendo cisticercos e desenvolve o verme adulto (2 a 3 meses). Além disso pode ocorrer a ingestão de ovos de T. Solium por meio de mão sujas ou alimentos contaminados (verduras), nesse caso adquire a cisticercose humana. (a animal ocorre pela ingestão de ovos de T. saginata ou T. solium.

Humanos: ( Teníase: dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação - obstrução do apêndice, colédoco e duto pancreático).( Cisticercose: convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão, intracraniana e oftálmicos - deficiência visual, epilepsia). Animais: lesões são visíveis apenas nas avaliações post mortem.

Humanos: Clínico, epidemiológico, de imagem e laboratorial. Animais: Testes de ELISA e anatomopatológico. Notificação Obrigatória*

Não há tratamento eficaz

Não comer carne crua ou mal cozida, não comer carne de abate landestino (só inspecionados), lavar frutas, verduras e legumes com cloro, educação sanitária, inspeção sanitária em frigoríficos.

Família Taenidae Echinococcus granulosus

Cães e gatos

Ovinos, bovinos, camelos, suínos, búfalos, veados, humanos

Fígado e pulmões

6,0 mm de comprimento, um escólex e, geralmente, três ou quatro segmentos, rostelo apresenta duas fileiras de ganchos, uma abertura genital

Morfologia da larva: Membrana adventícea (pericisto), Membrana anista, Membrana germinativa ou prolígera (interna), Vesícula prolígera, Escólex, Liquído hidático, Areia hidática

Animal infectado excreta fezes com o ovo - o HI ingere o ovo - as oncosferas se desloca pelo sangue até o fígado ou linfonodos do pulmão - tecidos (vísceras) do HI são ingeridos pelo HD. Por outro lado os humanos podem ingerir o ovo do HD e desenvolver hidatidose.

HD: em infecção maciça ocorre diarreia catarral hemorrágica. HI: de acordo com o órgão afetado.

HI: sinais clínicos, epidemiológico, sorologia ou por imagem. HD: pesquisa de proglótes nas fezes.

Cães: praziquantel. Homem: excisão cirúrgica dos cistos hidáticos, albendazol.

Educação sanitária, controle e tratamento do cão e do gato portador, evitar acesso de cães e gatos a vísceras cruas de HI, criar ovinos evitando a utilização de cães, inspeção sanitária de matadouros

Família Anoplocephalidae Anoplocephala perfoliata

Equinos e asininos

Ácaro de forragem ( Oribatidae )

Íleo terminal, raramente ceco

4 a 8 cm de comprimento e 1,2 cm de largura. Escólex musculoso, desprovido de rostelo e acúleos, com 4 apêndices abaixo das 4 ventosas; não apresentam rostelo, nem ganchos. um único conjunto de órgãos reprodutores.

Larva: estágio cisticercóide Ovos: irregularmente esféricos ou triangulares A. perfoliata é mais patogênica

Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo - ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo e aderem à parede intestinal do intestino delgado para amadurecer - (parasita adultos de A. perfoliata vivem no instestino delgado) - segmentos grávidos da tênia se rompem e passam às fezes - ovos embrionados nas fezes.

HD: ulceração da mucosa e intussuscepção, congestão local levando à ocorrência de estrias de sangue nas fezes, cólica.

HI: sinais clínicos, epidemiológico, sorologia ou por imagem. HD: pesquisa de proglótes nas fezes.

Cães: praziquantel. Homem: excisão cirúrgica dos cistos hidáticos, albendazol.

Educação sanitária, controle e tratamento do cão e do gato portador, evitar acesso de cães e gatos a vísceras cruas de HI, criar ovinos evitando a utilização de cães, inspeção sanitária de matadouros

Família Anoplocephalidae Anoplocephala magna

Equinos e asininos

Ácaro de forragem ( Oribatidae )

Intestino delgado (as vezes estômago)

Até 80 cm de comprimento e 2,5 cm de largura, escólex grande e globuloso com 4 ventosas anteriores, sem apêndices.

Morfologia da larva: Membrana adventícea (pericisto), Membrana anista, Membrana germinativa ou prolígera (interna), Vesícula prolígera, Escólex, Liquído hidático, Areia hidática

Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo - ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo e aderem à parede intestinal do intestino delgado para amadurecer - (parasita adultos de A. magna vivem no estômago e instestino delgado) - segmentos grávidos da tênia se rompem e passam às fezes - ovos embrionados nas fezes.

HD: mais comumente encontrada no jejuno, causa enterite catarral ou hemorrágica obstrução e perfuração intestinal, cólica.

Observação de ovos com aparelho piriforme; técnica aboratorial: flutuação.

Tratamento antiparasitário mediante exames coproparasitológicos, vermífugos de amplo espectro: Pamoato de Pirantel, Embonato de Pirantel, Praziquantel.

Diagnóstico precoce

Família Anoplocephalidae Moniezia expansa

Ovinos e caprinos

Ácaro de forragem ( Oribatidae )

Intestino delgado

1 a 6 m de comprimento, ou mais, possuem escólex sem ganchos e rostelo e apresentam 4 ventosas proeminentes. Tem 2 conjuntos de órgãos genitais macroscopicamente visíveis ao longo da borda lateral de cada segmento. Ovos: triangulares ou piramidais

Fileira de glândulas interproglotes em toda a largura da borda posterior

Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo - ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens infestadas - Cisticercos são libertados no sistema digestivo - ovos embrionados saem nas fezes.

Acometem mais animais jovens podendo causar diarreias graves, obstruções intestinais, perda de peso e atraso no crescimento

Tipicamente diagnosticada quando os segmentos móveis são vistos rastejando ao redor do ânus ou em uma evacuação. Ovos do parasita pode ser visto na flutuação fecal sob um microscópio

Família Anoplocephalidae Moniezia benedeni

Ovinos e bovinos

Ácaro de forragem ( Oribatidae )

Intestino delgado

1 a 6 metros de comprimento por 2,5 cm de largura (semelhante a M. expansa). Ovos: quadrangulares

Glândulas interproglotes se limitam a uma curta fileira, próximo à metade da borda posterior do segmento

Animal infectado excreta fezes com o ovo - o ácaro ingere o ovo - ácaro movimento pelas folhas e grama de forragem - HD ingere o ácaro com as larvas (cisticercos) no pastejo em pastagens infestadas (larvas cisticercóides se desenvolvem no HI em 2 a 6 meses dependendo das condições climáticas) - Cisticercos são libertados no sistema digestivo - ovos embrionados saem nas fezes. (No hospedeiros: cestóides vivem de 2 a 6 semanas quando são eliminados pelas fezes).

Infecções maciças podem levar a inflamação da mucosa intestinal e degeneração das vilosidades, anemia, diarreia. Animais apresentam constipação alternada com diarreia. Pode ocorrer obstrução intestinal.

Mesmos procedimentos para Anoplocephafa.

Anti-helmínticos: niclosamida, praziquantel, bunamidina, benzimidazóis.

Diminuir a população de ácaros na vegetação: aragem e replantio, evitar o uso de mesmo pasto utilizado para animais jovens em anos consecutivos. Difícil o controle dos hospedeiros intermediários.

Família Dilepitidae Dipylidium caninum

Cães, gatos e eventualmente crianças.

Pulgas ( Pulex irritans, Ctenocephalide s canis, C. felis ) e piolhos mastigadores ( Trichodectes canis )

Intestino delgado

Mede de 20 a 60 cm de comprimento, por 2 a 4 mm de largura. Escólex com rostro retrátil com 4- coroas de acúleos em forma de espinhos de roseira , apresentam poros genitais duplos e produzem cápsulas ovígeras. São ovais/alongadas como um grande grão de arroz.

Larva: estágio cisticercóide Ovos: protegidos por cápsula ovígera

Animal infectado excreta fezes com o ovo - larvas de pulga ingere o ovo - o cão ingere pulga com cisticercoide (forma larval) - Cisticercos são libertados no sistema digestivo delgado do cão (20- 30 dias) - ovos embrionados saem nas fezes. ( HI adulto são hematófagos e portanto não ingerem os ovos).

Dipilidiose (doença parasitária): assintomática em alguns casos. Humanos: Prurido anal, diarreia e cólicas e perda de apetite. Proglotes com movimento autônomo.

Clínico: presença de proglotes nas fezes ou na região perineal

Vermífugos de amplo espectro para eliminação do verme adulto

  • Praziquantel

Controle dos HI

  • Fipronil, afoxolaner, sarolaner ...

Família Dilepitidae Davainea proglotina

Galináceos

Moluscos gastrópodes (caramujo) Duodeno

Mede de 15 a 60 cm de comprimento, por 4 a 5 mm de largura. Escólex cinlíndrico e rostro curto com dupla coroa com 25-50 acúleos. Colo curto com a mesma largura do escólex. Um único conjunto de órgãos reprodutores

Larva: estágio cisticercóide Ovos: protegidos por cápsula ovígera (Cada cápsula possui apenas um ovo). As teníases em aves são raras em razão do desenvolvimento tecnológico da avicultura. Eventualmente, podem ser encontradas em aves criadas em “fundo de quintal”, causando enterite mucosa e baixo desempenho no crescimento e na produção de ovos.

Animal infectado libera cápsulas ovígeras pelas fezes - os moluscos ingerem (transforma em larvas cisticercoides em 3 semanas) - as aves comem os moluscos - liberam as larvas - se fixam na mucosa do duodeno e, cerca de 7 dias depois, completam o ciclo, transformando-se em cestódeos adultos.

Enterite hemorrágica grave, diarreia sanguinolenta, emagrecimento, aves com asas caídas, penas arrepiadas, prostração, caquexia intensa; queda na produção à prejuízos econômicos Lesões: mucosa intestinal espessa e com hemorragias

Não há envolvimento em Saúde Pública

Família Dilepitidae Raillietina tetragona

Galináceos

Coleópteros coprófagos e terrícolas, formigas e moscas.

Duodeno

Mede de 13 a 25 cm de comprimento, por 4 a 5 mm de largura. Rostro com dupla coroa de acúleos e ventosas armadas de acúleos. Proglotes anteriores em forma de trapézio e as posteriores mais longas do que largas. “colo” é muito proeminente.

Larva: estágio cisticercóide Ovos: protegidos por cápsula ovígera. Cada cápsula possui apenas 6- 18 ovos.

Animal infectado libera cápsulas ovígeras pelas fezes - o HI ingerem a cápsula ovígera contida nas fezes - as aves ingerem as larvas cisticercoides contidas nos hospedeiros - alcançarão o estágio adulto cerca de 2 meses depois.

Poderá ocorrer em animais criados em “fundo de quintal”. Os parasitos provocam nódulos caseosos ou calcificados na mucosa e na submucosa intestinal que lembram a tuberculose aviária. Parasitas intestinais são responsáveis por causarem sintomatologia diversa, como letargia, anemia, inflamação na bolsa de Fabricius e diminuição no consumo de alimentos

Clínico: presença de proglotes nas fezes ou na região perineal

Anti-helmínticos (niclosamida, butinorato): medicamentos que podem ser fornecidos pela água de bebida ou misturados à ação, para controle dessas verminoses;

Não há transmissão para humanos. Controle de hospedeiros intermediários; limpar diariamente os bebedouros e fornecer água limpa às aves; utilizar comedouros para fornecimento de ração; Limpar periodicamente as instalações; impedir o acesso das aves a águas paradas ou esgotos.