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Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental Direito, Ciências Econômicas..etc Escola de Direito - Faculdade dos Guararapes -FG - Recife
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Desenvolvimento e
Sustentabilidade Ambiental
Livro-texto EaD
Desenvolvimento e
Sustentabilidade Ambiental
Livro-texto EaD
Organização Profª. Michelle Cristine Mazzetto Betti Prof.ª Luciana Lopes Xavier
Coordenação de Produção de Recursos Didáticos Prof.ª Michelle Cristine Mazzetto Betti
Revisão de Estrutura e Linguagem em EaD Prof.ª Priscilla Carla Silveira Menezes Prof.ª Thalyta Mabel Nobre Barbosa Prof.ª Úrsula Andréa de Araújo Silva
Ilustração do Mascote Lucio Masaaki Matsuno
Delinea - Tecnologia Educacional
Coordenação de Editoração Charlie Anderson Olsen Larissa Kleis Pereira
Coordenação Pedagógica Prof.ª Margarete Lazzaris Kleis
Ilustrações Alexandre Beck
Revisão Gramatical e Normativa Morgana do Carmo Andrade Barbieri
Diagramação Regina Cortellini
- Sou Gestora Ambiental do Programa Nacional de Gestores Ambientais; vin- culado ao Ministério do Meio Ambiente; - Faço parte do quadro de consultores Start Pesquisa e Consultoria Técnica Ltda.; - Atuei por oito anos à frente da Coordenadoria de Turismo da Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente e Turismo do Município de Ceará-Mirim/RN.
CONHECENDO A DISCIPLINA
desenVoLViMento e sustentABiLidAde AMBientAL
Olá! Você está iniciando o estudo da disciplina Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental. Ao final da mesma, você deverá ter apreendido os seguintes conteúdos curriculares: Cidadania Planetária e Desenvolvimento Sustentável, Ecologia Humana e Economia Solidária.
No decorrer dos nossos estudos, você perceberá o quanto as questões que cercam essa temática estão diretamente ligadas à cultura de cada povo, bem como que, para o alcance do desenvolvimento sustentável, surge a necessidade de mudança de postura, especialmente no que diz respeito ao consumo.
Assim serão tratados temas envolvendo a questão de ética, o desenvolvimento sustentável e as novas possibilidades de apropriação da natureza. Além desses, também trataremos de questões relacionadas à participação da sociedade por meio do movimento ambientalista, juntamente com as novas formas de produção atreladas à cooperação e à autogestão, a exemplo da economia solidária.
A escolha dos conteúdos componentes dessa disciplina se deve ao fato de que a cada dia precisamos pautar nossa atuação profissional em princípios que levem ao consumo racional dos recursos, de modo a garantir a qualidade ambiental para todos os seres vivos.
É evidente que você, como aluno da UnP, não poderia ficar de fora dessas discussões, tendo em vista que nosso interesse é formar profissionais polivalentes e capazes de se adaptar às novas situações, e a problemática ambiental é uma delas.
Espero que este seja o início de uma caminhada exitosa rumo ao Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental!
Desejo a você bons estudos!
PLANO DE ENSINO
CURSO: NEaD - DISCIPLINAS DE GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA DISCIPLINA : DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL PROFESSORA AUTORA : ANA NERI DA PAz JUSTINO MODALIDADE : A DISTÂNCIA
Cidadania Planetária e Desenvolvimento Sustentável, Ecologia Humana, Economia Solidária.
Estimular nos discentes a adoção de posturas éticas, socialmente justas, ecologicamente corretas e economicamente viáveis, de modo que os mesmos apresentem formas de utilização do meio ambiente que possibilitem o tempo necessário para recomposição dos ecossistemas, explicando como os movimentos sociais são um ingrediente fundamental para o estímulo do protagonismo dos indivíduos deixados à margem do sistema capitalista, bem como, para a validação da causa ambiental por meio da demonstração de possibilidades de adoção da economia solidária como sistema econômico alternativo ao capitalismo econômico.
- Perceber como as questões ambientais estão relacionadas com posturas adotadas na utilização dos recursos naturais; - Compreender a abrangência do tema sustentabilidade ambiental; - Caracterizar a gestão responsável como um caminho para o desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente sustentável e economicamente viável; - Identificar as estratégias e os desafios para a promoção da participação da sociedade como um todo no movimento ambientalista;
Formação de profissionais comprometidos com o bem-estar da coletividade e do meio ambiente, não permitindo que os interesses econômicos se sobreponham aos demais, de modo que sua atuação profissional leve em conta os princípios e as dimensões da sustentabilidade ambiental, mesmo que para isso os projetos por eles desenvolvidos gerem menor lucratividade.
UNIDADE I
- A questão ambiental, a educação e suas implicações: a ética, a moral e a justiça ecológica; - Princípios e dimensões da sustentabilidade: econômica, social, ecológica, cultural e espacial; - O desenvolvimento sustentável; - Ecologia humana - um novo olhar para o desenvolvimento. UNIDADE II - O movimento ambientalista a partir da visão holística: homem x natureza; - Economia solidária: perspectivas de gestão com foco no futuro; - Políticas públicas para a economia solidária: estímulo à autogestão e ao cooperativismo; - Desenvolvimento comunitário x desenvolvimento estratégico.
- Perceber a economia solidária como ferramenta de alcance para o desenvolvimento sustentável a partir da cultura do desenvolvimento comunitário; - Executar sua atividade profissional orientada pelos princípios da ética ambiental; - Pesquisar formas de uso sustentável dos recursos naturais, considerando a capacidade de regeneração dos ecossistemas; - Participar ativamente das decisões políticas de sua localidade; - Desenvolver estratégias de promoção ao desenvolvimento local.
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar : ética do humano - compaixão da Terra. 7ª ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. 7ª ed. São Paulo: EDUSP, 2007.
GADOTTI, Moacir. Economia solidária como práxis pedagógica. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2009.
NASCIMENTO, Elimar Pinheiro do & VIANNA, João Nildo.(orgs). Dilemas e Desafios do Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
LEFF, Enrique. Saber ambiental : sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 7ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
Disponível em: <http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/pub_avaliacao_politicas_publicas. pdf>. Acesso em: 05 nov. 2009.
Disponível em: <http://www.unitrabalho.org.br/noticias/artigos/pdf/economiasolidaria. pdf>. Acesso em: 05 nov. 2009.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
Vale salientar que muitas das questões a serem analisadas constituem o nosso dia a dia e cada um de nós tem a responsabilidade para contribuir na formação de uma sociedade com cidadania planetária, capaz de cooperar para a inclusão do tema sustentabilidade no seu cotidiano.
Esperamos que esta seja mais uma experiência produtiva e enriquecedora para você.
1.2 Conhecendo a teoria
1.2.1 A questão ambiental na atualidade
Iniciaremos nossa discussão com algumas perguntas:
Como você visualiza a problemática ambiental atual?
Você acha que estamos vivendo uma crise de várias ordens (clima, valores, atitudes, etc.)?
Em caso afirmativo, como você se vê diante de tudo isso?
Ficou inquietado com os questionamentos apresentados na reflexão? Eles são o ponto de partida da nossa conversa. Para que você compreenda melhor a questão ambiental, é preciso fazer uma retrospectiva dos fatos que a cercam, bem como suas consequências para o mundo. Para facilitar seu entendimento, vamos fazer uma retrospectiva de fatos que marcaram a apropriação ambiental a partir da Revolução Industrial.
o começo de tudo: o crescimento pautado no consumismo
Com o advento da Revolução Industrial surge um modelo de crescimento econômico pautado no consumismo imediatista. Esse consumo vem acarretar um colapso nas reservas do planeta, pois, à medida que se retira do ambiente mais do que o necessário para a sobrevivência humana, não se dá o devido tempo para sua renovação. Infelizmente, o despertar para essa realidade ainda é muito recente a partir da década de 1960.
Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental
Capítulo 1
Nesse contexto, cabe elencar fatos condicionantes para essa postura reflexiva, responsável por uma nova visão do ambiente. Pode-se considerar um marco nesse processo o ano de 1962, quando a jornalista Rachel Carson publica o livro Primavera Silenciosa. Daquele momento em diante ocorrem inúmeros encontros com a intenção de discutir a crise ambiental, bem como medidas mitigadoras, ou seja, que minimizem os impactos das intervenções humanas na natureza. Observe o quadro 1 e verifique os eventos ocorridos desde a década de 1960:
Ano eventos (^1968) Clube de Roma - Publicação do estudo Limites do crescimento (culpava o crescimento populacional dos países pobres e não os padrões de consumo). Este momento foi um marco para a problemática ambiental em nível planetário (^1972) Estocolmo (Suécia) - 1ª Conferência Mundial de Meio Ambiente Humano, cujo tema foi a poluição industrial. Nessa conferência, o Brasil adota a seguinte postura “a poluição é o preço que se paga pelo progresso”, ainda sobre Estocolmo: educar o cidadão para a resolução de problemas ambientais, ou seja, Educação Ambiental (EA). Nesse período, surge o conceito de ecodesenvolvimento , formulado pelo economista polonês Ignacy Sachs que, anos depois, daria origem à expressão desenvolvimento sustentável (BUARQUE, 2007). (^1975) Belgrado (Iugoslávia) - Carta de Belgrado (objetivos da EA). (^1977) Conferência intergovernamental sobre educação ambiental em Tibílissi (Geórgia, ex URSS) – Tradado sobre EA. (^1987) Gro-Brundtland (Ministra da Noruega) – reuniões em várias cidades do mundo resultando no livro Nosso Futuro Comum ou Relatório de Brundtland (conceito de desenvolvimento sustentável mais conhecido). (^1992) Rio 92 - AGENDA 21, mudanças climáticas, biodiversidade. (^2002) Rio+10 (Johannesburg – África do Sul): poucos avanços, pois os governos dos países em desenvolvimento ficaram mais preocupados em aplicar o Consenso de Washington e os programas de ajuste estrutural do FMI do que em implementar as recomendações da Agenda 21. (^2009) Cerca de 180 países se reuniram em Copenhague (Dinamarca) em dezembro para tentar estabelecer um acordo que substituísse o Protocolo de Kyoto, o principal instrumento da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a mudança climática, que expira em 2012. Os resultados do evento foram inexpressivos. Quadro 1: Eventos para discutir os efeitos do crescimento pautado no consumismo