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Cap-5-Linhas-de-transmissao-Parte-1 - Geração e transmissão, Notas de estudo de Eletromagnetismo

Cap-5-Linhas-de-transmissao-Parte-1 - Geração e transmissão

Tipologia: Notas de estudo

2019
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Compartilhado em 04/11/2019

leonardo-landim
leonardo-landim 🇧🇷

4.3

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bg1
ET720 Sistemas de Energia El´etrica I
Cap´ıtulo 5 Linhas de transmiss˜ao Parte 1
5.1 Introdu¸ao
Componentes de uma linha de transmiss˜ao:
(1) condutores
(2) isoladores (cadeia de isoladores de porcelana
ou vidro)
(3) estruturas de suporte (torres, postes)
(4) cabos ara-raios (cabos de co colocados no
topo da estrutura para prote¸ao contra raios)
(1)
(2) (3)
(4)
5.2 Classes de tens˜ao
Sigla Denomina¸ao Valores t´ıpicos de tens˜ao (de linha)
LV low voltage <600 V
MV medium voltage 13,8 23 34,5 69 kV
HV high voltage 115 138 230 kV
EHV extra high voltage 345 440 500 600DC 765 kV
UHV ultra high voltage 1100 kV
–1–
pf3
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pf9
pfa
pfd
pfe
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ET720 – Sistemas de Energia El´etrica I Cap´ıtulo 5 – Linhas de transmiss˜ao – Parte 1

5.1 Introdu¸c˜ao

◮ Componentes de uma linha de transmiss˜ao:

(1) condutores (2) isoladores (cadeia de isoladores de porcelana ou vidro) (3) estruturas de suporte (torres, postes) (4) cabos p´ara-raios (cabos de a¸co colocados no topo da estrutura para prote¸c˜ao contra raios)

5.2 Classes de tens˜ao

◮ Sigla Denomina¸c˜ao Valores t´ıpicos de tens˜ao (de linha) LV low voltage < 600 V MV medium voltage 13 , 8 23 34 , 5 69 kV HV high voltage 115 138 230 kV EHV extra high voltage 345 440 500 600DC 765 kV UHV ultra high voltage 1100 kV

5.3 Tipos de condutores

◮ Material

No passado: cobre

Atualmente: cobre, alum´ınio(∗)

(∗) (^) mais barato, mais leve, requer ´area da se¸c˜ao reta maior que o cobre para as mesmas perdas

◮ A´ereos, subterrˆaneos

◮ Unidades mais comumente usadas:

 comprimento: metro [m], p´e (foot) [ft], milha (mile) [mi]

1 ft = 0 ,3048 m 1 mi = 1609 m 1 in = 2 ,54 cm

 ´area da se¸c˜ao reta: milimetro quadrado [mm^2 ], circular mil CM (∗) (^) 1 CM = ´area de um condutor de um mil´esimo de polegada (mil) de diˆametro

 liga de alum´ınio: alum´ınio + magn´esio/sil´ıcio, por exemplo

 os condutores s˜ao nus (n˜ao h´a camada isolante)

 condutores s˜ao torcidos para uniformizar a se¸c˜ao reta. Cada camada ´e torcida em sentido oposto `a anterior (evita que desenrole, empacotamento ´e melhor)

ACSR (CAA) AAC (CA)

 Cabos de cobre (linhas subterrˆaneas): s´olidos ou encordoados. Condutores isolados com papel impregnado em ´oleo. Existem outros tipos de isola¸c˜ao

 Cabos ACCC (Aluminum Composite Conductor Core) – n´ucleo de carbono envolvido por fibra de vidro. As fibras de carbono esticam menos que o a¸co. A fibra de vidro n˜ao resulta na corros˜ao t´ıpica que ocorre no contato a¸co/alum´ınio

alum´ınio

alum´ınio alma de a¸co (^) composto condutor ACCC (^) ACSR tradicional condutor ACCC

  • Mais caro
  • Maior capacidade de corrente
  • Menor sag

Sag

◮ Ver este material complementar sobre tecnologias em transmiss˜ao.

Exerc´ıcio(s) proposto(s): (1)

5.4 Projeto de linhas de transmiss˜ao

◮ Fatores el´etricos:

Determinam o tipo de condutor, a ´area e o n´umero de condutores por fase

Capacidade t´ermica: condutor n˜ao deve exceder limite de temperatura, mesmo sob condi¸c˜oes de emergˆencia quando pode estar temporariamente sobrecarregado

N´umero de isoladores: manter distˆancias fase-estrutura, fase-fase etc. Deve operar sob condi¸c˜oes anormais (raios, chaveamentos etc.) e em ambientes polu´ıdos (umidade, sal etc.)

Esses fatores determinam os parˆametros da linha relacionados com o modelo da linha

◮ Fatores mecˆanicos:

Condutores e estruturas sujeitos a for¸cas mecˆanicas (vento, neve etc.)

◮ Fatores ambientais:

Uso da terra (valor, popula¸c˜ao existente etc.)

Impacto visual (est´etico)

◮ Fatores econˆomicos:

Linha deve atender todos os requisitos a um m´ınimo custo

5.5 Parˆametros das linhas de transmiss˜ao

torre

isoladores

condutor

ifuga

i

campo el´etrico

campo magn´etico

◮ Resistˆencia (R)

Dissipa¸c˜ao de potˆencia ativa devido `a passagem de corrente

◮ Condutˆancia (G)

Representa¸c˜ao de correntes de fuga atrav´es dos isoladores (principal fonte de condutˆancia) e do efeito corona

Depende das condi¸c˜oes de opera¸c˜ao da linha (umidade relativa do ar, n´ıvel de polui¸c˜ao, etc.)

O efeito corona ocorre quando campos el´etricos muito intensos na superf´ıcie do condutor causam a ioniza¸c˜ao do ar, que se torna um condutor

E muito vari´´ avel, em fun¸c˜ao dos fatores acima

Seu efeito ´e em geral desprezado (sua contribui¸c˜ao no comportamento geral de opera¸c˜ao da linha ´e muito pequena)

◮ Resistˆencia CC:

R 0 = ρ

A

ρ − resistividade do material (Ω · m) ℓ − comprimento (m) A − ´area da se¸c˜ao reta (m^2 )

◮ Cobre recozido a 20◦: ρ = 1, 77 × 10 −^8 Ω · m

Alum´ınio a 20◦: ρ = 2, 83 × 10 −^8 Ω · m

◮ ρ depende da temperatura → R 0 varia com a temperatura (ρ aumenta → R 0 aumenta):

R 2 R 1

T + t 2 T + t 1

em que a constante T depende do material:

T =

234 , 5 cobre recozido com 100% de condutividade 241 , 0 cobre tˆempera dura com 97,3% de condutividade 228 , 0 alum´ınio tˆempera dura com 61% de condutividade

t

t 2

t 1

R 1 R 2

T

R

◮ R 0 aumenta de 1 a 2% para cabos torcidos (fios de alum´ınio torcidos, p.ex. cabos ACSR)

Para se ter x metros de cabo, necessita-se de 1, 01 x a 1, 02 x metros de fios para depois agrup´a-los e torcˆe-los

◮ Em corrente alternada a distribui¸c˜ao de corrente n˜ao ´e uniforme pela se¸c˜ao reta do condutor → a corrente concentra-se na periferia do condutor

“´Area ´util” para passagem da corrente diminui → RAC > R 0 → efeito pelicular (“skin effect”)

 Exemplo

Um cabo AAAC Greeley (6201-T81) apresenta as seguintes caracter´ısticas (dados de tabela):

resistˆencia CC a 20◦^0 ,07133 Ω/km resistˆencia CA a 50◦^0 ,08202 Ω/km coeficiente de varia¸c˜ao com a temperatura (α) 0 , 00347 ◦C−^1

Calcule o aumento percentual da resistˆencia devido ao efeito pelicular, considerando a seguinte equa¸c˜ao para a varia¸c˜ao da resistˆencia em fun¸c˜ao da temperatura:

R 2 = R 1 [1 + α (t 2 − t 1 )]

A resistˆencia CC a 50◦^ ´e:

R 050 = R 020 [1 + α (50◦^ − 20 ◦)] = 0, 07133 · [1 + 0, 00347 · (50◦^ − 20 ◦)] = 0,07876 Ω/km

◮ Fluxo concatenado com uma corrente (λ): ´e aquele que enla¸ca a corrente l´ıquida

 Fluxo concatenado externo ao condutor: a corrente produz um campo magn´etico (φ). O fluxo externo concatenado com a corrente enla¸ca toda a corrente, portanto:

i

fluxo magn´etico (φ)

⊗ (^) λ = φ

 Fluxo concatenado interno ao condutor: o fluxo interno concatenado com a corrente a uma distˆancia x do centro do condutor de raio R ´e:

φ i

x λ (^) R λ = φ

( (^) x R

Assumindo densidade de corrente (distribui¸c˜ao de carga por ´area) uniforme, a corrente enla¸cada a uma distˆancia x ´e proporcional `a corrente total. Aparece portanto na express˜ao de λ a rela¸c˜ao entre ´areas

πx 2 /πR^2

 Fluxo concatenado com uma bobina:

i

i i i

i

φ φ φ

λ

λ = 3 φ

A bobina tem 3 espiras. Logo, o fluxo concatenado “enxerga” trˆes vezes a corrente i

◮ Lei de Faraday:

e =

d dt

λ

Rela¸c˜ao entre tens˜ao e corrente para o indutor:

e = L d dt

i

Dividindo uma equa¸c˜ao pela outra, obt´em-se uma express˜ao para a indutˆancia:

L =

d di λ

Indutˆancia devido ao fluxo interno

◮ Considerar um condutor s´olido pelo qual circula uma corrente i

◮ Lei de Amp`ere:

c

H dℓ = ic

“a intensidade de campo magn´etico (A/m) ao longo de qualquer contorno ´e igual `a corrente que atravessa a ´area delimitada por este contorno”

Esta express˜ao ´e v´alida para CC ou CA (utilizar fasores neste caso)

◮ Considerar a seguinte situa¸c˜ao (condutor visto de frente):

R

dx x

dℓ

◮ Resolvendo a equa¸c˜ao de Amp`ere:

H (2π x ) =

πx 2 πR^2

i → H =

x 2 πR^2

i A/m

◮ Densidade de fluxo:

B = μr μ 0 H Wb/m^2

em que μ 0 = 4π · 10 −^7 H/m ´e a permeabilidade do v´acuo e μr ´e a permeabilidade relativa do material

◮ Considerar o elemento tubular de espessura dx e comprimento ℓ:

dx

dS

H

dS = ℓ dx

O fluxo magn´etico ´e igual `a densidade de fluxo B vezes a ´area da se¸c˜ao transversal que o campo atravessa (H ⊥ dS):

dφ = B dS Wb

Da figura tem-se dS = ℓ dx e:

dφ = μr μo Hℓdx Wb

◮ A indutˆancia devido ao fluxo interno ´e dada por:

Lint =

d di λint

(∗)

λint i → Lint =

μr μ 0 8 π H/m

(∗) considerando permeabilidade constante

e ´e constante. Para materiais como o alum´ınio, cobre, ar, ´agua, tem-se μr = 1 e:

Lint =

· 10 −^7 H/m

 Material complementar

Outra maneira de obter a indutˆancia devido ao fluxo interno ´e atrav´es da energia armazenada no campo magn´etico, que ´e dada por:

E =

Linti^2 J

Considerando um cilindro de base circular com raio x e comprimento ℓ, a energia armazenada tamb´em pode ser obtida por:

d dV

E =

μr μ 0 H^2

em que V ´e o volume do cilindro:

V = πx 2 ℓ

Portanto:

d dx V = 2πx ℓ

Por unidade de comprimento:

dV = 2πx dx

Logo:

dE =

μr μ 0 H^22 πx dx =

μr μ 0

ix 2 πR^2

2 πx dx

Para a obten¸c˜ao da energia, deve-se integrar de 0 a R, o que resulta em:

E =

μr μ 0 i^2

8 π

que, comparando com a primeira express˜ao da energia fornece:

Lint =

μr μ 0 8 π

H/m