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Resumo dos capitulos e dos exercicios
Tipologia: Exercícios
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Não perca as partes importantes!
ii
vii
viii PREFACE
x INTRODUCTION
Desejamos agora introduzir uma definição quantitativa de calor, assim como estabelecer suas unidades. Para tanto, intuitivamente, podemos dizer que o calor (produzido ou absorvido) por um sistema termodinamicamente simples é, sem que varie o número de moles, todo tipo de energia que não pode ser escrita em termos do trabalho mecânico realizado pelo sistema ou sobre o sistema. Assim, temos
ñQ = dU − ñWM. (1.1)
Vale ressaltar, entretanto, dois pontos:
O trabalho mecânico pode ser escrito, como de costume, na forma τ = fdx, onde f é a força e x é o deslocamento. Entretanto, como já afirmamos, força e deslocamento não são variáveis termodinâmicas. Podemos passar para as variáveis termodinâmicas escrevendo
τ = −
f A
(Adx) ,
dP dt
ω V τ,
onde τ é o torque, temos que
dP =
ωτdt =
dθ dt
dt τ V
τ dθ
dU V
de modo que dU =
V dP.
Agora, sabemos que dU ≥ 0 , visto que τ e dθ têm o mesmo sinal. Assim, como V é sempre positivo, temos que dP ≥ 0 , indicando que o processo só pode se dar na direção de aumento da pressão. Para a situação particular em que o processo é realizado entre os pontos A e C (volume constante!), temos que (por integração direta)
e, da mesma forma,
UD − UA = WAD + QAD
e, portanto, QAD = 1750J, como no livro.
O problema anterior nos capacita dizer que podemos sempre controlar e medir a energia interna de um sistema termodinâmico.
De fato, podemos controlar na medida em que sabemos existirem paredes que são impermeáveis à troca de calor (paredes adiabáticas), assim como aquelas que não são impermeáveis (paredes diatérmicas). Também sabemos existirem pareces que não permitem troca de calor nem trabalho (chamadas paredes re- stritivas à energia). Assim, controlando o uso destas paredes, podemos sempre controlar o fluxo de energia que entra ou sai de um sistema termodinâmico. Um sistema termodinâmico que, além de paredes restritivas com relação à energia, também é composto por paredes restritivas à troca de número de moles é dito termodinamicamente fechado. Entretanto, queremos também saber medir a energia. Ora, o exemplo feito na seção anterior indica como isso pode ser feito: basta que atrelemos nosso sistema a um sistema mecânico particular cuja energia sejamos capazes de medir. Assim, a variação de energia do sistema termodinâmico implicará na variação de energia do sistema mecânico, que mediremos. É interessante ressaltar, como visto no exemplo anterior em que alterações só poderiam ser feitas na ’direção’ dP ≥ 0 , que em geral as alterações termodinâmicas feitas por elementos externos só podem se dar em um sentido (mostrando o caráter irreversível de muitos fenômenos termodinâmicos).
Em termodinâmica, estamos interessados em saber qual o estado de equilíbrio que eventualmente resulta da retirada de certos vínculos internos a um sistema composto fechado. Clarificando: considere que temos dois sistemas termodinâmicos ’em con- tato’ (mas não necessariamente trocando energia, calor, trabalho, etc... isso irá depender dos vínculos – paredes – que compõem o sistema). Tais sistemas estão em equlíbrio na situação inicial. Entretanto, se retirarmos certos vínculos (eliminarmos uma parede, tornarmos uma parede permissiva à troca de calor, etc.) o sistema irá procurar uma outra configuração na qual estará novamente em equilíbrio. Esse novo estado (situação) é que queremos conhecer.
Axiom 2 Do que foi dito anteriormente, podemos supor a existência de uma função, que chamaremos de entropia e que depende apenas das variáveis ter- modinâmicas extensivas do problema (S = S(U, V, N )) cujo máximo fornece a configuração de equilíbrio do sistema termodinâmico sob análise.
Essa suposição segue de perto a idéia cara à mecânica (à física em geral), de que princípios de maxi-minimização de certas funções (em geral a energia - minimização), implicam no conhecimento completo do sistema físico em questão. Assim, devemos ter S = S (U, V, N 1 , ..., Nr) (1.3) Assim, em uma dada situação X, em que certos vínculos vA, vB , ... es- tão ativos, temos uma entropia SX que é máxima em termos das variáveis
e, se impomos que a entropia deve ser uma função monotonicamente crescente da energia, além de contínua e diferenciável, devemos ter ( ∂S ∂U
V,N 1 ,..,Nr
A inversão da expressão (1.3) para a obtenção da expressão (1.4) é partic- ularmente interessante, pois implica dizer que a maximização da entropia cor- responde a uma minimização da energia, que é, usualmente, como os princípios de minimização são introduzidos em física.
Axiom 4 O último postulado diz apenas que a entropia de qualquer sistema se anula para um estado no qual tenhamos
( ∂U ∂S
V,N 1 ,..,Nr
ou seja, no estado para o qual a temperatura é zero.
É importantíssimo salientar que a função S (U, V, {Ni}) ou, igualmente, a função U (S, V, {Ni}), fornecem todas as informações termodinâmicas relevantes para o sistema sob consideração.
1.2 Exercícios do Capítulo:
Exercise 5 (1.8-1) Considere a figura abaixo. Nela apresentamos o diagrama P-V do exemplo com o novo ponto para o qual queremos calcular a energia do sistema.
O ponto está sobre uma isocórica (mesmo volume) que parte do ponto D. Sabemos como calcular a energia sobre uma isocórica usando a relação
dU =
V dP,
obtida da expressão mecânica
dP dt
ω V
τ.
Assim, temos que
UD − UE =
e assim, usando o valor que já temos para UD = 1050J (ver exemplo), ficamos com
UE = 1050 −
Exercise 6 (1.8-2) Para calcular o calor transferido ao sistema no processo no qual ele vai (por uma linha reta) do estado A ao estado E, temos que ini- cialmente identificar que tipo de relação a referida linha reta implica entre a pressão e o volume. Um ponto nesta linha reta é tal que
(P − PA) (V − VA)
ou seja P = 10^5 − 1. 3839285 × 107
O trabalho realizado, portanto, para se ir do estado A ao estado E fica
VA
dV = 360. 9375
A variação de energia foi (estamos supondo UA = 0, como no exemplo)
UE − UA = 450J
Agora UE − UA = WAE + QAE
e, portanto, 450 = − 360 .9375 + QAE
ou QAE = 89. 0625.
Exercise 7 (1.8-3) O processo agora refere-se à figura mostrada no texto, para a qual tem-se que U = 2. 5 P V + const.
com os valores do ponto A dados por PA = 0. 2 MP a e V = 0. 01 m^3. Deseja-se os valores de Q e W para cada um dos processos ali apresentados. (a) Inicialmente, tomemos o caminho (processo) A → B; A energia em A é dada por
UA = 2. 5 × 0. 2
× 0 .01 = 5000J + const.
ou ( V V 0
ou ainda
P 5 V 7 = P 05 V 07 = const.
Exercise 9 (1.8-5) Temos que
De modo similar ao problema anterior, sabemos que
dU = 2AV P dP + AP 2 dV = −P dV
de modo que
2 AV dP = − (1 + AP ) dV
implicando que
2 AdP 1 + AP
dV V
e assim
ln
= − ln
ou
(1 + AP ) 2 V = (1 + AP 0 ) 2 V 0 = const.
Exercise 10 (1.8-6) Temos que, a volume constante, a transferência de calor é dada por
Q′^ = A (P ′^ − P 0 ).
Também sabemos que a curva adiabática do sistema é dada por
P V γ^ = const.
Para encontrar U (P, V ) devemos nos lembrar que qualquer ponto no espaço PV pode ser alcançado através de uma curva adiabática e uma curva isocórica. Considere a figura abaixo, na qual indicamos o processo envolvido. Na primeira parte, o sistema realiza o processo (V 0 , P 0 ) → (V, P ) (onde não há realização de trabalho –caráter isocórico–e a variação de energia pode ser escrita como
U ′^ − U 0 = A (P ′^ − P 0 ). (1.6)
No processo tomado sobre a curva adiabática, temos
P dV = −P 0 V 0 γ
V −γ^ dV = −P 0 V 0 γ
V 1 −γ 1 − γ
V
V 0
(note que a integração é feita do valor do volume do estado inicial V 0 até o valor do volume final V , visto que o outro processo se dá por uma isocórica – e, portanto, o volume não pode mudar nesse outro caminho. A energia final é U , mas a inicial é U ′, o que fica claro pela figura anterior). Temos, portanto, que
P 0 V 0 γ γ − 1
V 1 −γ^ − V 01 −γ
P V γ γ − 1
V 1 −γ^ − V 0 1 −γ
onde substituimos P 0 V 0 γ por P V γ^ por razões óbvias. Ficamos, então com
γ − 1
1 − rγ−^1
onde r = V/V 0. Note ainda que na expressão (1.6) temos que vale a relação
P V γ^ = P ′V 0 γ
uma vez que os pontos estão sobre a curva adiabática. Assim,
P ′^ = rγ^ P
e o resultado fica, somando-se os dois termos,
U − U 0 = A (rγ^ P − P 0 ) + [P V / (γ − 1)]
1 − rγ−^1
Exercise 11 (1.8-7) Temos dois moles de um sistema de uma única compo- nente que tem uma dependência da energia interna na pressão e no volume dados por U = AP V 2