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Guias e Dicas
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Calculo III - Sequencia, Notas de estudo de Cálculo

Sequências numéricas

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 30/09/2011

dreza-andrade-7
dreza-andrade-7 🇧🇷

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Capítulo 1
SEQUÊNCIAS E SÉRIES
Neste capítulo apresentaremos apenas o essencial sobre sequências e séries, o
mínimo, para estudar as soluções analíticas de Equações Diferenciais Ordinárias
(EDO), as convergências das séries de Fourier e a validade das soluções das Equa-
ções Diferenciais Parciais (EDP) que estudaremos. Às pessoas interessadas nas
demostrações ou que desejem aprofundar-se nos assuntos deste capítulo, indica-
mos [LE] na bibliografia.
1.1 Sequências Numéricas
Denotemos por No conjunto dos números naturais e por Ro conjunto dos núme-
ros reais.
Definição 1.1. Uma sequência de números reais é uma função:
f:N R.
As notações clássicas para sequências são: f(n) = an, o termo geral da sequência.
A sequência é denotada por:
annN=a1, a2, . . . . . . , an, . . . .
Não confundir a sequência annNcom {a1, a2, . . . . . . , an, . . . }que é o conjunto-
imagem da função que define a sequência .
Exemplo 1.1.
[1] 1
nnN
=1,1
2,1
3,..., 1
n,...; o conjunto-imagem é 1
n/ n N.
[2] nnN=1,2, . . . , n,...; o conjunto-imagem é {n / n N}.
[3] (1)nnN=1,1,1,..., (1)n,...; o conjunto-imagem é {−1,1}.
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Baixe Calculo III - Sequencia e outras Notas de estudo em PDF para Cálculo, somente na Docsity!

Capítulo 1

SEQUÊNCIAS E SÉRIES

Neste capítulo apresentaremos apenas o essencial sobre sequências e séries, o

mínimo, para estudar as soluções analíticas de Equações Diferenciais Ordinárias

(EDO) , as convergências das séries de Fourier e a validade das soluções das Equa-

ções Diferenciais Parciais (EDP) que estudaremos. Às pessoas interessadas nas

demostrações ou que desejem aprofundar-se nos assuntos deste capítulo, indica-

mos [ LE ] na bibliografia.

1.1 Sequências Numéricas

Denotemos por N o conjunto dos números naturais e por R o conjunto dos núme-

ros reais.

Definição 1.1. Uma sequência de números reais é uma função:

f : N −→ R.

As notações clássicas para sequências são: f (n) = an, o termo geral da sequência.

A sequência é denotada por:

an

n∈N

a 1 , a 2 ,...... , an,...

Não confundir a sequência

an

n∈N com^ {a^1 , a^2 ,...... , an,...^ }^ que é o conjunto- imagem da função que define a sequência.

Exemplo 1.1.

[1]

n

n∈N

n

; o conjunto-imagem é

n

/ n ∈ N

[2]

n

n∈N

n,...

; o conjunto-imagem é {

n / n ∈ N}.

[3]

(−1)n

n∈N

− 1 , 1 , − 1 ,... , (−1)n,...

; o conjunto-imagem é {− 1 , 1 }.

10 CAPÍTULO 1. SEQUÊNCIAS E SÉRIES

1 2 3 4 5 6 7

1

1 2 3 4 5 6 7

1

2

3

Figura 1.1: Gráficos das sequências

n

e

n

Definição 1.2. Uma sequência

an

n∈N

converge ao número real L quando para todo

ε > 0 existe n 0 ∈ N tal que |an − L| < ε para todo n > n 0_._

Se a sequência

an

n∈N

converge a L, denotamos:

lim n→+∞

an = L;

o número L é dito o limite da sequência.

Uma sequência é dita divergente se não converge. Logo, a sequência

an

n∈N diverge quando, para nehum número real L, se tem lim n→+∞

an = L, ou seja, se

existe ε > 0 tal que para cada n 0 ∈ N existe n > n 0 tal que |an − L| ≥ ε.

Exemplo 1.2.

[1] A sequência (n)n∈N = (1, 2 , 3 ,... , n,.. .), claramente, diverge. Pois:

lim n→+∞

n

não existe.

[2] A sequência

n

n∈N

converge a zero.

De fato, dado ε > 0 devemos determinar um número n 0 ∈ N tal que para todo

n > n 0 :

∣ ∣ ∣ ∣

n

∣ < ε^ =⇒^

n

< ε desde que n >

ε

Como ε−^1 pode não ser um número natural, escolhemos n 0 >

ε

. Logo, para todo

n > n 0 , temos:

n

< ε. Logo:

12 CAPÍTULO 1. SEQUÊNCIAS E SÉRIES

Exemplo 1.5.

Estudemos a convergência da sequência :

( cos(n)

n

n∈N

2 4 6 8 10 12 14

Figura 1.2: Gráfico dos 15 primeiros termos da sequência.

Como:

n

cos(n)

n

n

pela propiedade anterior:

lim n→+∞

cos(n)

n

Proposição 1.4. Se as sequências

an

n∈N

e

bn

n∈N

convergem a L e M , respectiva-

mente, então:

1. Se α e β ∈ R :

lim n→+∞

[

α an + β bn

]

= α L + β M.

2. lim n→+∞

[

an · bn

]

= L · M.

3. lim n→+∞

an

bn

L

M

, se M 6 = 0_._

1.1. SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS 13

Exemplo 1.6.

Considere as sequências

n^2

n∈N

e

n

n∈N

. Então:

lim n→+∞

n^2

= lim n→+∞

[

n

n

]

[

lim n→+∞

n

]

[

lim n→+∞

n

]

lim n→+∞

[

n

]

= lim n→+∞

2 + lim n→+∞

n

Pela propiedade anterior:

lim n→+∞

[

n^2

n

]

lim n→+∞

[

n^2

]

[

n

]

lim n→+∞

2 n + 1

= 0. Por que?

Proposição 1.5. Seja a sequência

an

n∈N

tal que an > 0 para todo n ∈ N_. Se_

lim n→+∞

an+

an

= L < 1 ,

então, a sequência

an

n∈N

converge para zero.

Exemplo 1.7.

Estude a convergência das seguintes sequências :

[1]

kn

n!

n∈N

tal que k > 1. Como:

lim n→+∞

an+

an

= lim n→+∞

k

n + 1

a sequência converge para zero.

[2]

nk

kn

n∈N

tal que k > 1. Como:

lim n→+∞

an+

an

= lim n→+∞

k

[

n

]k

=

k

a sequência converge para zero.

1.2. SÉRIES NUMÉRICAS 15

S 1 = a 1

S 2 = a 1 + a 2

S 3 = a 1 + a 2 + a 3

. ..

Sn = a 1 + a 2 + a 3 +... + an

.. .

Se a sequência

Sn)n∈N converge ao número S, escrevemos:

∑^ ∞

n=

an = a 1 + a 2 + a 3 +... + an +... = S. (1.1)

A expressão (1.1) é dita a série infinita com termo geral an.

Dizemos que a série (1.1), converge para S; caso contrário, ou seja, se a sequência ( Sn)n∈N é divergente, a série é dita divergente.

O número S é dito a soma da série (1.1) e a sequência

Sn)n∈N é dita sequência

das somas parciais ou reduzidas da série.

Exemplo 1.9.

[1] Para r ∈ R, estude a convergência da série:

∑^ ∞

n=

r

n = 1 + r + r

2

  • r

3

  • · · · + r

n +.......

Temos:

Sn = 1 + r + r

2

  • r

3 +...... +, r

n− 1 (1)

r Sn = r + r

2

  • r

3

  • r

4 +...... + r

n (2).

Fazendo (1)-(2), temos: (1 − r) Sn = 1 − r

n ; logo:

lim n→+∞

Sn = lim n→+∞

[

1 − r

n

1 − r

]

1 − r

, se |r| < 1.

Se |r| ≥ 1 a série diverge. Esta série é chamada geométrica.

[2] Estude a convergência da série:

16 CAPÍTULO 1. SEQUÊNCIAS E SÉRIES

∑^ ∞

n=

n (n + 1)

Note que podemos reescrever:

an =

n (n + 1)

n

n + 1

logo, suas somas parciais são:

Sn = 1 −

n + 1

e:

lim n→+∞

Sn = lim n→+∞

[

n + 1

]

então:

∑^ ∞

n=

n (n + 1)

[3] Estude a convergência da série:

∑^ ∞

n=

n + 1 +

n

Note que podemos reescrever:

an =

n + 1 +

n

n + 1 −

n;

logo, suas somas parciais são Sn =

n + 1 − 1 , e:

lim n→+∞

Sn = lim n→+∞

[√

n + 1 − 1

]

o qual não existe; logo, a série diverge.

[4] Determine o termo geral da série:

∑^ ∞

n=

an e estude sua convergência, se:

Sn =

2 n + 3

n + 4

, n ∈ N.

Note que a 1 = S 1 = 1, e:

an = Sn − Sn− 1 =

2 n + 3

n + 4

2 n + 1

n + 3

(n + 3) (n + 4)

18 CAPÍTULO 1. SEQUÊNCIAS E SÉRIES

∑^ ∞

n=

an converge.

  1. Se

∑^ ∞

n=

cn é uma série divergente tal que 0 ≤ cn ≤ an para todo n ∈ N , então:

∑^ ∞

n=

an diverge.

Exemplo 1.11.

Estude a convergência da série:

∑^ ∞

n=

n 3 n+^

Note que:

an =

n 3 n+^

3 n^

para todo n ∈ N. Por outro lado, a série

∑^ ∞

n=

3 n^

é uma série geométrica de razão

1 / 3. Logo, a série converge.

Proposição 1.7. Se

∑^ ∞

n=

an e

∑^ ∞

n=

bn são séries convergentes, então:

∑^ ∞

n=

[

α an + β bn

]

= α

∑^ ∞

n=

an + β

∑^ ∞

n=

bn,

para todo α, β ∈ R_._

Exemplo 1.12.

Discuta a convergência da série:

∑^ ∞

n=

3 n^ − 2 n

6 n^

Observamos que não podemos separar esta série em duas, pois não sabemos se

cada uma delas converge. Por outro lado:

3 n^ − 2 n

6 n^

2 n^

3 n^

1.2. SÉRIES NUMÉRICAS 19

As séries geométricas:

∑^ ∞

n=

2 n^

e

∑^ ∞

n=

3 n^

são convergentes e:

∑^ ∞

n=

2 n^

∑^ ∞

n=

3 n^

Pela propiedade anterior:

∑^ ∞

n=

3 n^ − 2 n

6 n^

∑^ ∞

n=

2 n^

∑^ ∞

n=

3 n^

Nem sempre é possível achar a soma de uma série; nós estamos apenas interes-

sados em decidir se uma série converge ou diverge.

Considere a seguinte série:

∑^ ∞

n=

n^2

n^2

Seja f : N −→ R tal que f (n) =

n^2

e g : (0, +∞) −→ R tal que g(x) =

x^2

; logo,

f (n) = g(n) para todo n ∈ N.

1 2 3

R 1 R 2 R 3 R 4 R 5

Figura 1.4: Gráfico de g.

Note que as áreas dos retângulos Ri são A(R 1 ) = 1, A(R 2 ) =

, em geral :

A(Rn) =

n^2

Se tiramos o retângulo R 1 a soma das áreas dos retângulos restantes será menor

que a área sob a o gráfico de g; logo:

1.2. SÉRIES NUMÉRICAS 21

∑^ ∞

n=

nα^

converge se α > 1

diverge se 0 < α ≤ 1.

Então, por exemplo:

∑^ ∞

n=

n

diverge,

∑^ ∞

n=

n^2

converge,

∑^ ∞

n=

n

diverge.

Em geral, fazendo k = n + l, onde l ∈ R, temos:

∑^ ∞

n=

(n + l)α^

∑^ ∞

k=l

kα^

converge se α > 1

diverge se 0 < α ≤ 1.

Então, por exemplo:

∑^ ∞

n=

(n + 2)

diverge,

∑^ ∞

n=

(n + 5)^2

converge,

∑^ ∞

n=

n + 8

diverge.

[2]

∑^ ∞

n=

ln(n)

n

Consideremos f : [1, +∞) −→ R tal que f (x) =

ln(x)

x

; f é contínua, decrescente e

positiva e f (n) =

ln(n)

n

1

ln(x)

x

dx = lim b→+∞

∫ (^) b

1

ln(x)

x

dx = lim b→+∞

ln(b)

logo, a integral diverge. Portanto, a série diverge.

Teste 4. Seja

∑^ ∞

n=

an tal que an ≥ 0 e lim n→+∞

an+

an

= L.

  1. Se L < 1 , a série converge.
  2. Se L > 1 , a série diverge.
  3. Se L = 1, o teste é inconclusivo.

22 CAPÍTULO 1. SEQUÊNCIAS E SÉRIES

Exemplo 1.14.

Estude a convergência da série:

∑^ ∞

n=

kn^ n!

nn^

, k > 0.

Note que

an+

an

= k

[

n

n + 1

]n

; então:

lim n→+∞

an+

an

= lim n→+∞

k

[

n

n + 1

]n

= lim n→+∞

k

[

n + 1

]n

=

k

e

Se

k

e

< 1 , isto é, k < e, a série converge.

Se

k

e

1 , isto é, k > e, a série diverge.

1.2.2 Séries Alternadas

Definição 1.4. A série

∑^ ∞

n=

an é dita alternada se an · an+1 < 0 para todo n ≥ 1 , ou seja,

se é do tipo:

∑^ ∞

n=

n an.

Teste 5. Seja a série alternada

∑^ ∞

n=

n an tal que:

  1. an ≥ an+1 para todo n ≥ 1 e
  2. lim n→+∞

an = 0.

Então, a série alternada converge.

Exemplo 1.15.

A série:

∑^ ∞

n=

(−1)n

n

converge.

De fato, an =

n

; como n < n + 1, então,

n + 1

n

para todo n ∈ N e lim n→+∞

an = 0.

Definição 1.5. A série

∑^ ∞

n=

an converge absolutamente se

∑^ ∞

n=

|an| converge

24 CAPÍTULO 1. SEQUÊNCIAS E SÉRIES

Exemplo 1.18.

[1] Seja A = [0, 1] e

x

n

n∈N =^

x, x

2 , x

3 ,...

[2] Seja A = [0, +∞) e

n x

n∈N

x,

2 x,... ,

n x,...

Definição 1.7. Uma sequência de funções

fn

n∈N

tais que fn : A −→ R , converge

pontualmente ou, simplesmente para a função f : A −→ R se para todo x ∈ A e para

todo ε > 0 existe n 0 ∈ N tal que |fn(x) − f (x)| < ε para todo n ≥ n 0_._

O número n 0 = n(ε, x 0 ), depende tanto de ε como do ponto x 0. Uma sequência

de funções é dita divergente se não converge. Se a sequência

fn

n∈N

converge

pontualmente para f , para todo x ∈ A fixado, tem-se:

lim n→+∞

fn(x) = f (x);

f (x) é dito o limite pontual da sequência.

Exemplo 1.19.

[1] Seja A = [0, 1]. A sequência

xn

n∈N

= (1, x, x^2 , x^3 ,.. .) converge pontual-

mente para a função f : [0, 1] −→ R definida por:

f (x) = lim n→+∞

x

n

0 se x ∈ [0, 1)

1 se x = 1

[2] Seja A = R. A sequência

fn

n∈N

tal que fn(x) =

n x

1 + n^2 x^2

converge pontual-

mente para a função f : R −→ R definida por:

f (x) = lim n→+∞

n x

1 + n^2 x^2

= lim n→+∞

x

1

n

  • n x^2
  • 2 - 1 1 2

Figura 1.6: Gráficos de f 1 (x), f 2 (x), f 3 (x) e f 20 (x).

1.3. SEQUÊNCIAS DE FUNÇÕES 25

[3] Seja A = R. A sequência

fn

n∈N

tal que fn(x) =

x

n

)n

converge pontual-

mente para a função f : R −→ R definida por:

f (x) = lim n→+∞

[

x

n

]n

= e

x .

  • 2 - 1 0 1 2

1

2

3

4

5

Figura 1.7: Gráficos de f 1 (x), f 5 (x), f 15 (x) e f 100 (x).

Dada uma sequência de funções

fn

n∈N

em que cada fn seja contínua em A e ( fn

n∈N

convirja pontualmente a uma função f , nada nos garante que f seja con-

tínua.

De fato, no primeiro exemplo, as fn(x) = xn^ são contínuas em [0, 1] mas conver-

gem pontualmente para uma função descontínua. Vejamos outro exemplo:

Exemplo 1.20.

Seja A = [0, 1] e:

fn(x) =

n − n^2 x se 0 < x <

n 0 nos outros casos.

lim n→+∞

fn(x) = 0 em [0, 1], mas:

0

fn(x) dx =

∫ (^1) /n

0

(n − n

2 x) dx =

Como

0

0 dx = 0, temos:

lim n→+∞

0

fn(x) dx 6 =

0

[

lim n→+∞

fn(x)

]

dx.

1.3. SEQUÊNCIAS DE FUNÇÕES 27

como a sequência

n

n∈N

converge para zero, a sequência de funções converge

uniformente para zero.

  • 2 - 1 1 2

Figura 1.9: Gráfico de f 10 (x) e f 50 (x).

Teorema 1.1. Seja a sequência de funções (fn)n∈N que converge uniformente para f_._

1. Se as fn são contínuas em A , então f é contínua em A e:

lim n→+∞

[

lim x→x 0

fn(x)

]

= lim x→x 0

[

lim n→+∞

fn(x)

]

= lim x→x 0

f (x).

2. Se as fn são integráveis em A , então f é integrável em A e:

lim n→+∞

∫ (^) b

a

fn(x) dx =

∫ (^) b

a

[

lim n→+∞

fn(x)

]

dx =

∫ (^) b

a

f (x) dx,

se [a, b] ⊂ A_._

Exemplo 1.22.

Considere a sequência de funções (fn)n∈N tal que

fn(x) =

sen(n x)

n

Claramente a sequência converge uniformente para a função f (x) = 0. Supo-

nhamos que podemos derivar em x a sequência ; isto é f (^) n′(x) = cos(n x), logo;

f (^) n′(0) = 1 e a sequência (1)n∈N converge para 1 e não para f ′(0) = 0.

Teorema 1.2. Seja a sequência de funções (fn)n∈N tais que as fn são diferenciáveis em

A_. Se a sequência_ (fn)n∈N converge pontualmente para f e a sequência (f (^) n′)n∈N converge

uniformente para g , então f é derivável em A e f ′^ = g_._

28 CAPÍTULO 1. SEQUÊNCIAS E SÉRIES

O seguinte teorema nos diz que toda função contínua pode ser aproximada uni-

formemente por polinômios.

Teorema 1.3. (Aproximação de Weierstrass) Seja f : [a, b] −→ R contínua; então

existe uma sequência de funções (Pn)n∈N , onde Pn(x) são polinômios, que converge uni-

formemente para f em [a, b]

1.4 Séries de Funções

Com as considerações feitas no parágrafo sobre as séries númericas, seja a sequên-

cia de funções (fn)n∈N, x ∈ A e construamos a sequência de funções

Sn)n∈N tal

que:

Sn(x) = f 1 (x) + f 2 (x) + f 3 (x) +... + fn(x).

Se a sequência

Sn(x))n∈N converge pontualmente para S(x), dizemos que a série

de funções converge pontualmente e escrevemos:

∑^ ∞

n=

fn(x) = S(x).

Se a sequência

Sn(x))n∈N converge uniformemente para S(x), dizemos que a sé-

rie de funções converge uniformemente e escrevemos:

∑^ ∞

n=

fn = S.

Exemplo 1.23.

Seja A = [0, 1] e

∑^ ∞

n=

fn tal que f 1 (x) = x e fn(x) = xn^ − xn−^1 , n > 1.

A n-ésima soma parcial da série é Sn(x) = xn; logo, a sequência das somas parci-

ais converge pontualmente em A para a função f , onde

f (x) =

0 se x ∈ [0, 1)

1 se x.

Mas, a série não converge uniformemente em A.

De fato, dado 0 < ε <

e n 0 ∈ N, seja x = (2 ε)^1 /n^0 −^1 em:

∑^ m

n=n 0

fn(x) = x

m − x

n 0 − 1 ;