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Artigos de alunos da faculdade Mckenzie
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Caderno de Engenharia de Produção do Mackenzie / Curso de Engenharia de Produção, Escola de Engenharia, Universidade Presbiteriana Mackenzie. -- v. 1, n. 1, (2007 -- São Paulo : Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2007-.
Semestral.
ISSN 1981- 7266.
Osvaldo R. T. Hu, Maria C. N. Gramani (organizadores).
Universidade Presbiteriana Mackenzie. Curso de Engenharia de Produção. II. Universidade Presbiteriana
Mackenzie. Escola de Engenharia.
CDD (21.ed.) 658.
Caderno de Engenharia de Produção do Mackenzie 5
Abstract: This article presents a short description about stock exchange markets and related products and purposes. It describes the stock exchange of São Paulo city (São Paulo Stock Exchange) and the Brazilian Mercantile and Futures Exchange (BM&F), and presents the most currently used indexes at these markets. Key words: São Paulo Stock Exchange, BM&F, pointers, action
Introdução
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) e sobre a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e seus principais indicadores de mercado, realizada por meio de revisão bibliográfica O objetivo principal do trabalho é mostrar uma descrição do que vem a ser a BOVESPA e a BM&F e, principalmente, como são compostos seus índices de mercado.
Conhecendo um pouco sobre as bolsas de valores
Bolsas de Valores são locais de negociação de títulos e valores mobiliários, comparadas a instituições financeiras e caracterizadas por serem associações civis sem fins lucrativos [1]. Além do papel básico de oferecer um mercado para a cotação dos títulos nelas registrados, orientar e fiscalizar os serviços prestados para seus membros, facilitar a divulgação de informações sobre empresas e sobre os negócios que realizam sob seu controle, as bolsas de valores propiciam liquidez às suas aplicações de curto e longo prazo, por intermédio de um mercado contínuo representado diariamente [2].
Localizada no centro da maior cidade brasileira, na rua XV de Novembro, conforme pode ser visualizado na figura 1, a BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo) é hoje, a maior bolsa de valores da América Latina [2]. De acordo com Filho e Ishikawa [3], os mercados disponíveis para negociação na BOVESPA são: a vista (ações), opções sobre ações e a termo (compra diferida de ações). Segundo Fortuna [4], ações são títulos que representam frações do capital de uma empresa. Empresas desse tipo são denominadas “Sociedades
Anônimas”, podendo ser de capital aberto ou fechado. As ações encontram-se divididas em dois grupos, a saber [2]:
Ações Ordinárias: São aquelas que conferem ao seu titular o direito de votar nas assembléias gerais de acionistas e nas assembléias extraordinárias. Ações Preferenciais: Estas não dão direito a voto ao titular, mas tem prioridade no recebimento de dividendos e, em caso de dissolução da sociedade, têm preferência no reembolso do capital.
Figura 1. Prédio da BOVESPA
Histórico: Fundada em 23 de agosto de 1890 por Emilio Rangel Pestana, a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) tem uma longa história de serviços prestados ao mercado de capitais e à economia brasileira. Até 1966, a BOVESPA e as demais bolsas brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias da fazenda dos governos estaduais e composta por corretores nomeados pelo poder publico. Desde então, o desenvolvimento da BOVESPA tem sido constante, tanto no campo tecnológico como no plano da qualidade dos serviços prestados aos investidores, às empresas de capital aberto que tem ações negociadas e aos intermediários do mercado. Em relação à intermediação das negociações de títulos entre a BOVESPA e os investidores, esta ususalmente era realizada pelos corretores individuais,
pessoas de confiança de cada investidor, que foram substituídos pelas sociedades corretoras e posteriormente pelas corretoras de valores, sociedades de capital fechado normalmente pertencentes aos bancos [5]. Em relação à sua evolução tecnológica, em 1972 a BOVESPA foi pioneira na implantação do pregão automatizado, viabilizando a disseminação de informações em tempo real através do uso de uma ampla rede de terminais computadorizados; nos anos 80 implantou o Sistema Privado de Operações por Telefone (SPOT) e em 1990 , foram iniciadas as negociações através do Sistema de Negociação Eletrônica - CATS (Computer Assisted Trading Sistem), que operava simultaneamente com o sistema tradicional de Pregão Viva Voz. Em 1997 , foi implantado com sucesso o novo sistema de negociação eletrônica da BOVESPA, o Mega Bolsa, que além de utilizar um sistema tecnológico altamente avançado, amplia o volume potencial de processamento de informações e permite que a BOVESPA consolide sua posição como o mais importante centro de negócios do mercado latino- americano. A ampliação do uso da informática marca as atividades da BOVESPA e em 1999 , com o lançamento do Home Broker e do After-Market, torna viável a participação de pequenos e médios investidores neste mercado. O Home Broker, mostrado na figura 2, permite que o investidor, por meio do site das Corretoras na Internet, transmita sua ordem de compra ou de venda diretamente ao Sistema de Negociação da BOVESPA. Neste sentido, o sistema da BOVESPA é único no mundo. Nos Estados Unidos, as ordens são executadas, em sua maioria, fora do âmbito das bolsas de valores e, portanto, nem sempre ao melhor preço.
Figura 2: Tela de um home-broker
O After-Market é outra inovação da BOVESPA, também pioneira em termos mundiais, que oferece a sessão noturna de negociação eletrônica. Além de atender aos profissionais do mercado, este mecanismo também é interessante para os pequenos e médios investidores, pois permite que enviem ordens por meio da Internet também no período noturno. Desde o inicio de 2006 a Bolsa de Valores de São Paulo, opera somente em pregão eletrônico, conforme mostrado na figura 3 [2]:
Figura 3: Pregão eletronico na Bovesa
Atualmente, a BOVESPA é o maior centro de negociação de ações na América Latina, destaque que culminou com um acordo histórico para a integração de todas as bolsas brasileiras em torno de um único mercado de valores - o da BOVESPA.
Principais indicadores de mercado da BOVESPA
Segundo Weiss [6], para um índice ser aceito como padrão de referencia da bolsa de valores, este deve apresentar as seguintes propriedades:
a) Relevância: refletir os mercados e ativos de interesse dos investidores; b) Abrangência: incluir todas as oportunidades disponíveis; c) Passível de investimento: todos os participantes devem poder igualar os retornos do índice, adquirindo seus componentes; d) Estabilidade de componentes: deve haver poucas alterações em seus componentes, adaptando-se sempre às mudanças do mercado; e) Estilo de investimento e perfil de risco: devem ser claramente definidos e informados aos investidores; f) Divulgação: ampla divulgação dos retornos do índice, de seus componentes (eventos societários, número de ações, valor de mercado, etc) e de sua metodologia, bem como d custo de sua obtenção; g) Confiabilidade: boa tecnologia de acompanhamento e elaboração, com poucos equívocos em sua série; h) Informação histórica: deve estar disponível
De acordo com Fortuna [4], o objetivo de um índice de preços de um ativo ou produto é informar o histórico de comportamento desses preços, dentro do intervalo de tempo em que eles estiverem sendo observados.
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sua existência. Diferentemente do IBV, ele era ponderado pelo volume financeiro negociado no mercado e sua composição levava em conta as 50 ações mais negociadas nos últimos 12 meses nas 8 bolsas, o que representavam 85% do valor do negocio no SENN. Assim o índice era considerado uma estimativa confiável de rentabilidade média do mercado. O I-SENN era fixado na base 1000 desde setembro de 2001 [4].
Bolsa de Mercadorias e Futuros
A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), mostrada na figura 4, é a maior bolsa brasileira que lida com a negociação de contratos de mercadorias (comodities) e derivativos, a vista ou para pagamento futuro. Localizada na cidade de São Paulo, opera com os mais variados tipos de contratos, desde produtos agropecuários (café, boi gordo, algodão, entre outros) até produtos financeiros (ouro, dólar, índice de ações, taxa de juros, etc) [3].
Figura 4: Sede da BM&F
No quadro 1 é possível observar o valor dos principais índices negociados pela BM&F em 21/11/06.
Quadro 1: Indicadores da BM&F negociados em 21/11/
De acordo com Ferreira e Kumell [8], “a BM&F é um mercado fascinante, onde se pode comprar sem ter dinheiro e vender sem ter mercadoria; em que menos de 2% das operações são liquidadas pela entregas do bem transacionado, e onde a especulação é imprescindível. Em nenhum outro mercado ganha-se ou perde-se fortunas com tanta facilidade”.
Histórico: Empresários paulistas, ligados à exportação, ao comércio e à agricultura, criaram, em 26 de outubro de 1917 , a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP) [1]. Segundo Wikipédia [5] foi a primeira no Brasil a introduzir operações a termo; ao longo dos anos a BMSP alcançou rica tradição na negociação de contratos agropecuários, particularmente café, boi gordo e algodão. Em julho de 1985 surge a Bolsa de Mercadorias & Futuros, a BM&F. Seus pregões começam a funcionar em 31 de janeiro de 1986. Em pouco tempo, ela conquista posição invejável entre suas congêneres, ao oferecer à negociação produtos financeiros em diversas modalidades operacionais [3]. Em 9 de maio de 1991 , BM&F e BMSP fecharam acordo para unir suas atividades operacionais, aliando a tradição de uma ao dinamismo da outra. Surgiu então a Bolsa de Mercadorias & Futuros, mantendo a sigla BM&F. Em 30 de junho de 1997 , ocorreu novo acordo operacional, agora com a Bolsa Brasileira de Futuros (BBF), fundada em 1983 e sediada no Rio de Janeiro, com o objetivo de fortalecer o mercado nacional de commodities e consolidar a BM&F como o principal centro de negociação de derivativos do Mercosul. [5].
Liquidação de Contratos: Em 22 de abril de 2002 , foi dado início às atividades da Clearing de
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Câmbio BM&F (Operação de Câmbio compra e venda para pagamento das aquisições na BM&F). No dia 25 do mesmo mês, a BM&F adquiriu da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) os direitos de gestão e operacionalização das atividades da câmara de compensação e liquidação de operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituições financeiras; e os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) de seus titulares, bem como os direitos de administração e operacionalização do sistema de negociação de títulos públicos e outros ativos, conhecido como Sisbex [5]. Em 12 de novembro do mesmo ano, a BM&F negociou acordo com a Federação Brasileira das Associações de Bancos (FEBRABAN) e com a Centralclearing de Compensação e Liquidação S/A, com objetivo de cessar as atividades de registro, compensação e liquidação de operações com títulos públicos e privados de renda fixa desenvolvidas nesta última e centralizá-los na BM&F. Em conseqüência, no dia 14 de maio de 2004 , foram iniciadas as operações da Clearing de Ativos BM&F. Com isso, a BM&F ampliou sua atuação para se transformar na principal clearing da América Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de registro, compensação e liquidação de ativos e derivativos, e oferecendo ao mesmo tempo economias de escala, custos competitivos e segurança operacional. Em 29 de agosto de 2002, lançou a Bolsa Brasileira de Mercadorias, que reúne, além da BM&F, que lhe presta serviços de compensação e liquidação, as bolsas de mercadorias dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul e da cidade de Uberlândia (MG), transformadas em Centrais Regionais de Operação, com o intuito de formar um grande mercado nacional para as commodities agropecuárias, com mecanismos modernos de formação de preços e sistema organizado de comercialização. O início de funcionamento da Bolsa Brasileira de Mercadorias ocorreu em 22 de outubro do mesmo ano. Em 2004, foi criada a Central Regional do Ceará. No dia 29 de janeiro de 2004 , o Banco Central do Brasil emitiu resolução por meio da qual autorizou as bolsas de mercadorias e futuros a constituir banco comercial para atuar no desempenho de funções de liquidante e custodiante central, prestando serviços às bolsas e aos agentes econômicos responsáveis pelas operações nelas realizadas. Assim, a BM&F deu início ao processo de criação do Banco BM&F de Serviços de Liquidação e Custódia S/A. Não se deve confundir BM&F com BOVESPA, ambas são sociedades mercantis criadas por empresários, Empresas, Corretoras de Valores, Bancos em geral. Enquanto que a primeira (BM&F), lida com comodities e mercantil, a segunda (BOVESPA) negocia ativos mercantis societários (ações) , através de pregões por via eletrônica entre corretoras credenciadas pelo Banco Central do Brasil.
Referências
[1] ANDREZO, A.; LIMA I. Mercado Financeiro aspectos históricos e culturais , Pioneira Thonson: São Paulo, 2002.
[2] Bovespa, Internet site address: http://www.bovespa.com.br/ acessado em 23/08/2006.
[3] FILHO A. M.; ISHIKAWA S. Mercado financeiro e de capitais , Atlas, São Paulo, 2003.
[4] FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços , Qualitymark, Rio de Janeiro, 2004.
[5] Wikipédia, Internet site address: http://www.wikipédia.com.br/ acessado em 17/11/2006.
[6] WEISS, R. Mercado acionário brasileiro: proposta de novos índices para ampliar a abrangência e capacidade de diagnóstico , Revista do BNDES, v. 7, nº 14, dez. 2000.
[7] GALLEGO, M. Curso ação jovem: Como negociar ações , São Paulo: Bolsa de Valores de São Paulo,
[8] FERREIRA, R. K. L.; KUMMEL, D.A. Trabalho de Economia: Bovespa e BM&F Unip Universidade Paulista, São Paulo, 2006.
Mackenzie 13 Engenharia de Produção
Abstract: This present work talks about an interesting and an unknown subject, for many students: The Derivatives’ Market. This article was developed from one brief historical and a bibliographical revision about this important subject. The main objective of this work is to describe what is the Derivatives as well as to determine which are the mainly participants agents of this market. And in addiction to it, also establish the principals types of derivatives negotiated in the market.
Resumo: Este trabalho fala sobre um interessante e pouco conhecido assunto, para muitos estudantes: O Mercado de Derivativos. Este artigo foi desenvolvido a partir de uma breve revisão histórica e bibliográfica sobre este importante assunto, baseando-se na literatura. O principal objetivo deste trabalho é descrever o que é derivativo, bem como determinar quais são os principais agentes deste mercado. E, adicionalmente, estabelecer quais são os principais tipos de derivativos negociados no mercado.
Palavras Chaves : Derivativos, Hedge , Swap , Contratos Futuros e Contrato de Opções.
Introdução
Segundo Silva Neto [1] o início da década de 70 foi marcado por grandes mudanças no contexto internacional – o sistema mundial de câmbio tornou-se mais livre, ocasionando fortes mudanças na paridade das moedas – como conseqüência, ocorreu grandes oscilações nas taxas de juros, o que aumentou o risco para os investidores e para as políticas econômicas dos países.
Os governos e as empresas foram então forçados a repensarem suas estratégias, seus mercados e seus produtos, principalmente pelas duas crises do petróleo, nas décadas de 70 e 80.
Essa corrente de pensamento a respeito das estratégias alinhadas com o início da era da informação, fez com que o empresariado se visse obrigado a tornar seus negócios cada vez mais competitivos e eficientes, uma vez que seu mercado estava sendo conquistado e sua segurança abalada [1].
Adicionando a este cenário os riscos de oscilações de preços, passou-se a dar maior importância aos derivativos, como uma forma de proteção dos agentes econômicos [2].
Estrutura do Trabalho
O presente artigo está estruturado a partir, primeiramente, de um referencial teórico, subdividido em uma breve revisão histórica e uma revisão teórica, baseando-se na literatura especializada, acerca do Mercado de Derivativos, bem como determinando os principais agentes participantes e os principais tipos de derivativos negociados neste mercado. Na última seção são apresentadas conclusões acerca do Mercado de Derivativos, bem como a importância do estudo do mesmo.
O Mercado e o Cenário Mundial
A partir da década de 80 inicia-se a internacionalização das empresas e a concorrência, antes restrita apenas na região/país da matriz, passou a não possuir limites geográficos. Desta forma, as empresas viram fatias de seu mercado ser conquistado por empresas estrangeiras, principalmente do continente asiático. Em resposta a essas mudanças, o empresariado viu- se obrigado a tornar-se cada vez mais competitivo e eficiente, uma vez que seu mercado estava sendo conquistado e sua segurança abalada [1]. A partir deste cenário, cresce a importância dos derivativos, como uma forma de proteção dos agentes econômicos frente aos riscos de oscilações de preços [2]. Essa crescente preocupação, não fazia parte apenas do cotidiano do empresariado, mas também das instituições financeiras, como os Bancos. Isto porque, este mercado passou por um período de fortes mudanças, marcadas pela volatilidade das taxas de juros.
Mackenzie 14 Engenharia de Produção
Silva Neto [1] ressalta também que se podia notar, em um mesmo continente, países com taxas de juros reais negativas e outros com taxas muito altas – “o capital adquiriu mobilidade incrível, perdendo a pátria”.
O Mercado Cambial
O acordo de Bretton Woods foi realizado em julho de 1944, em Bretton Woods, com representantes de 44 países, objetivava a estabilização da economia internacional, bem como das moedas nacionais, ambas prejudicadas pela Segunda Guerra Mundial. Esse acordo estabeleceu uma paridade fixa entre o dólar e o ouro. E dólar, por sua vez, tinha uma relação com as demais moedas [1]. Na década de 70 este acordo foi desfeito e estabeleceu-se que o preço do ouro poderia variar em função do dólar americano, mantendo, sua conversibilidade para o metal. Esse acordo, no entanto, não durou muito e, em meados da década de 70, os Bancos Centrais dos G10, formado pela Alemanha, Bélgica, Canadá, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, Reuno Unido, Suécia e Suíça, passaram a agir em grupo para manter as taxas de câmbio das moedas de seus países dentro de certos padrões de variação. Neste período, os primeiros contratos de futuros de ativos financeiros foram lançados pelas bolsas americanas (Chicago Mercantil e Exchange), negociando moedas e taxas de juros a futuro. Deu-se assim, o início da negociação de derivativos no final do século XIX e início do século XX [1]. Na década de 90, percebe-se um grande ataque especulativo em relação ao dólar, de tal forma que a moeda norte-americana atingiu seu menor nível de cotação em relação às moedas japonesa e alemã. Este fato mostra que os bancos centrais não estavam conseguindo controlar as moedas, pois, a curto e médio prazo o próprio mercado (forças de oferta e demanda) é quem define os níveis da taxa de câmbio [1]. A falta no controle das moedas e nos preços da economia faz com que novas formas de proteção e financiamentos sejam necessárias, surgindo assim à necessidade do mercado de derivativos.
Devido a este cenário descrito nas seções anteriores, os clientes dos bancos, principalmente as empresas multinacionais, iniciaram um processo de requisição de formas mais eficientes de financiamento e proteção para investimentos contra alterações na paridade das moedas. A partir de então, surgiram os primeiros instrumentos derivativos de balcão, também conhecidos como swaps
A história dos Derivativos
Segundo Silva Neto [1], não há um acordo comum entre os historiadores a respeito do surgimento dos derivativos. Por esta razão, o autor remete-se ao ano de 1850, no Japão, no qual o arroz era também utilizado como facilitador de trocas, isto é, uma quase moeda, e, por esta razão, boa parte da economia do império estava baseada nesta commoditie. Segundo o autor [1], Osaka era uma cidade do império considerada o centro de comercialização do produto e um comerciante local percebendo certa confusão em relação aos preços do produto, decidiu entrar no mercado e, a partir de um sistema de sinais por bandeiras, criou um sistema no qual conseguia comprar o produto em regiões onde o preço estava mais barato e, simultaneamente, vendê-lo em locais onde o preço estava mais alto. O sistema deu tão certo que Osaka firmou-se como um pólo agregador de oferta e de demanda do produto. Com o objetivo de facilitar o processo, os produtores de arroz passaram a negociar seus produtos a partir de amostras. Percebeu-se que esse tipo de negociação, através de amostras e qualidades predefinidas, era possível, bastando apenas que uma garantia e um pequeno prazo de entrega do produto fossem estabelecidos. Surgiu então, um tipo de venda chamada de venda com entrega diferida, operação esta na qual o comprador paga pela mercadoria e o vendedor promete entregá-la em certo local e data. Os produtores de arroz, buscando uma maneira de proteger o valor de sua produção, propuseram o diferimento da entrega do produto por prazos mais longos e os compradores, receosos com o não recebimento das mercadorias e com o conseqüente dinheiro gasto com elas, propuseram um contrato, no qual o pagamento pelo produto também seria diferido na data de entrega do mesmo. Deve-se ressaltar que, caso algo desse errado no processo, as partes perderiam a variação do preço do bem, mas o principal estaria protegido e, portanto, esta operação apresentava menor risco para as partes envolvidas do que a venda diferida. Esses contratos ficaram conhecidos como contratos a termo, isto é, “uma promessa de venda, firmada hoje, com entrega da mercadoria e recebimento do pagamento em data futura”, nos quais, na data da contratação, certas questões eram definidas, como: qualidade da mercadoria, quantidade negociada, local de entrega, preço do produto e penalidades pelo não cumprimento das cláusulas do contrato [1]. Conforme Silva Neto [1] ressalta, esses contratos trouxeram diversas vantagens ao sistema de comercialização de bens em bolsa, como: o vendedor garantia mercado e preço para sua produção; o comprador garantia fornecimento e preço ao produto; maior facilidade na comercialização de bens;