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Brefeldina A no controle viral, Manuais, Projetos, Pesquisas de Medicina

Pesquisa sobre métodos de utilização da droga no controle de infecções virais

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 15/06/2020

leonardojj
leonardojj 🇧🇷

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Brefeldina A no controle de infecções (relacionados ao complexo de golgi).
O complexo de Golgi é responsável por armazenar, transformar e exportar as
substâncias produzidas no Retículo Endoplasmático. Diversas alterações podem
ocorrer em sua estrutura, muitas delas advindas de microrganismos. O BFA
(Brefeldina A), uma lactona macrocíclica sintetizada a partir do palmitato (uma
variedade de fungo), foi inicialmente isolado e caracterizado como um antibiótico
antiviral, que inibe o fluxo vesicular de proteínas no compartimento préGolgi,
alterando o fluxo de proteínas secretoras e de membrana presentes no RE, além de
processar suas Glicoproteínas.
Após mais investigação, foi descoberto que o BFA não age somente no préGolgi, mas
é processado pelo CG, impedindo o agrupamento das proteínas em vesículas e,
consequentemente, a secreção das mesmas para fora da estrutura. Após observar
diversos marcadores, foi constatado que o complexo de Golgi se redistribui no RE na
presença de BFA, exceto as redes de transmissão.
Um exemplo muito importante dos efeitos do contato de agentes externos com o CG é
compreendido no estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e
colaboradores em artigo publicado na revista PLOS Pathogens sobre o vírus
oropouche. Como mostra o estudo, logo após invadir a célula, o patógeno “sequestra”
a organela conhecida como complexo de Golgi, que se transforma em uma verdadeira
fábrica de vírus, ação esta que altera as funções do CG. Inserindo o BFA nesse
cenário, o CG interrompe a sua função e os vírus não são disseminados no
organismo, tornando o oropouche suscetível a ação de qualquer antiviral ministrado.
Leonardo Jesus
Artigo citado
ESCRT machinery compeonents are required for Orthobunyavirus particle production
in Golgi compartments, de Natalia S. Barbosa, Leila R. Mendonça, Marcos V. S. Dias,
Marjorie C. Pontelli, Elaine Z. M. da Silva, Miria F. Criado, Mara E. da Silva-Januário,
Michael Schindler, Maria C. Jamur, Constance Oliver, Eurico Arruda e Luis L. P. da
Silva

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Brefeldina A no controle de infecções (relacionados ao complexo de golgi).

O complexo de Golgi é responsável por armazenar, transformar e exportar as substâncias produzidas no Retículo Endoplasmático. Diversas alterações podem ocorrer em sua estrutura, muitas delas advindas de microrganismos. O BFA (Brefeldina A), uma lactona macrocíclica sintetizada a partir do palmitato (uma variedade de fungo), foi inicialmente isolado e caracterizado como um antibiótico antiviral, já que inibe o fluxo vesicular de proteínas no compartimento préGolgi, alterando o fluxo de proteínas secretoras e de membrana presentes no RE, além de processar suas Glicoproteínas. Após mais investigação, foi descoberto que o BFA não age somente no préGolgi, mas é processado pelo CG, impedindo o agrupamento das proteínas em vesículas e, consequentemente, a secreção das mesmas para fora da estrutura. Após observar diversos marcadores, foi constatado que o complexo de Golgi se redistribui no RE na presença de BFA, exceto as redes de transmissão. Um exemplo muito importante dos efeitos do contato de agentes externos com o CG é compreendido no estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e colaboradores em artigo publicado na revista PLOS Pathogens sobre o vírus oropouche. Como mostra o estudo, logo após invadir a célula, o patógeno “sequestra” a organela conhecida como complexo de Golgi, que se transforma em uma verdadeira fábrica de vírus, ação esta que altera as funções do CG. Inserindo o BFA nesse cenário, o CG interrompe a sua função e os vírus não são disseminados no organismo, tornando o oropouche suscetível a ação de qualquer antiviral ministrado.

Leonardo Jesus

Artigo citado ESCRT machinery compeonents are required for Orthobunyavirus particle production in Golgi compartments, de Natalia S. Barbosa, Leila R. Mendonça, Marcos V. S. Dias, Marjorie C. Pontelli, Elaine Z. M. da Silva, Miria F. Criado, Mara E. da Silva-Januário, Michael Schindler, Maria C. Jamur, Constance Oliver, Eurico Arruda e Luis L. P. da Silva