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Guias e Dicas
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Bíblia de estudo plenitude, Notas de estudo de Teologia

Traduzida em português por João Ferreira de Almeida

Tipologia: Notas de estudo

2015
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Compartilhado em 14/03/2015

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Revista e Atualizada

Bíblia S ag rad a Traduzida em P ortuguês p or J O Ã O F E R R E IR A D E A L M E I D A E d iç ã o R e v is t a e C o r r ig id a , 1 9 9 5

A Bíblia de Estudo que revela toda a plenitude de Deus em toda a Palavra de Deus.

E d ito r G e r a l Jack W. H ayford, Litt.D.

E d it o r d o A n t ig o T e s t a m e n t o E d ito r d o N o v o T e s ta m e n to Sam M iddlebrook, D .M in. Jerry Horner, Th.D. E d ito r A s s is t e n te G ary M atsdorf, M .A.

Sociedade Bíblica do B rasil B arueri, SP

0 Santo Evangelho Segundo

Lucas

A u tor: Lucas D ata: 59-75 d.C. T em a: Jesus, o Salvador do Mundo P alav ras-C h av e: Oração, ação de graças, alegria, sal var, Reino, Espírito Santo, arrepen dimento

Autor Tanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidências convincen tes de que a mesma pessoa escreveu Lucas e Atos dos Apóstolos. " primeiro tratado" de At 1.1 é, então provavelmente, uma referência ao terceiro Evangelho como o primeiro de uma série de dois volumes, e o fato de o escritor dedicar ambos os livros a Teófílo também demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradição da Igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o médico, um companheira próximo de Paulo (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.11), e, como as evidências in ternas sustentam esse ponto de vista, não há motivos para contestar a autoria de Lucas.

Data Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio relato datam o terceiro Evangelho por volta do ano 70 d.C. Outros, entretanto, salientam que Lucas escreveu seu Evangelho antes de Atos dos Apóstolos, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63 d.C. Como Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso lá (At 27.1), ele teria uma grande oportunidade du rante aquele tempo para conduzira investigação que ele menciona em 1.1-4. Se for este o caso, então o Evangelho de Lucas pode ser datado por volta de 59-60 d.C., mas no máximo até 75 d.C.

Propósito Lucas declara claramente que seu propósito ao escrever esse Evan gelho é apresentar um relato "por sua ordem" (1.3) "acerca de tudo que Jesus começou não só a fazer, mas a ensinar" (At 1.1) de modo que Teófilo possa ter evidência histórica dos ensinamentos que rece beu (1.4). Enquanto o Evangelho é especificamente direcionado para um indivíduo, aparentemente, um alto funcionário, sua intenção é dar a todos os crentes a garantia de que o Cristianismo, não é um dos muitos sistemas especulativos que procuram valores teológicos ou éticos, mas que esse movimento está ligado a um acontecimento na história. Lucas fundamenta a certeza/precisão de sua obra em quatro razões: 1) sua preocupação com as antigas origens, dando prioridade às testemu nhas que as presenciaram (v. 2); 2) seu intuito de ser compreensivo: "tudo"; 3) cronológico: "por sua ordem"; 4) preciso: "a certeza" (v. 4). Ao atingir seu objetivo, Lucas traça em seus dois volumes o movi mento cristão desde o início com Jesus de Nazaré até seu desenvolvi mento numa fraternidade universal, que transcende os limites da nacionalidade judaica e abrange os judeus e os gentios imparcial mente. Lucas apresenta Jesus não apenas como um mero Messias ju deu, mas como um Salvador mundial.

Conteúdo Uma característica distinta do Evangelho de Lucas é sua ênfase na universalidade da mensagem cristã. Do cântico de Simeão, louvando Jesus como "luz... para as nações" (2.32) ao comissionamento do Se nhor ressuscitado para que se "pregasse em todas as nações" (24.47), Lucas realça o fato de que Jesus não é apenas o Libertador dos judeus, mas também o Salvador de todo o mundo. A fim de sustentar esse tema. Lucas omite muito material que é estri tamente de caráter judaico. Por exemplo, ele não inclui o pronuncia mento de condenação de Jesus aos escribas e fariseus (Mt 23), nem a

discussão sobre a tradição judaica (Mt 15.1-20; Mc 7.1-23). Lucas também exclui os ensinamentos de Jesus no Sermão da Montanha que tratam diretamente do seu relacionamento com a Lei Judaica (ver M t 5.21-48; 6.1-8,16-18). Lucas também omite as instruções de Jesus aos Doze para se absterem de ministrar aos gentios e samaritanos (Mt 10.5). Por outro lado, Lucas inclui muitas características que demonstram universalidade. Ele enquadra o nascimento de Jesus em um contexto ro mano (2.1-2; 3.1), mostrando que o que ele registra tem significado para todas as pessoas. Enquanto Mateus traça a linhagem de Jesus desde Abraão, Lucas volta até Adão, ligando o Senhor a toda a raça humana. Entretanto, Lucas também enfatiza as raízes judaicas de Jesus. De to dos os escritores dos Evangelhos, só ele registra a circuncisão e dedica ção de Jesus (2.21-24), bem como sua visita ao Templo quando menino, de doze anos (2.41-52). Somente Lucas relata o nascimento e infância de Jesus no contexto de judeus piedosos como Simeão, Ana, Zacarias e Isabel, que estavam entre os fiéis restantes "esperando a consolação de Israel" (2.25). Por todo o Evangelho, Lucas deixa claro que Jesus é o cumprimento das esperanças do AT relacionadas com a salvação. Um versículo chave no Evangelho de Lucas é o 19.10, que declara que Jesus "veio buscar e salvar o que se havia perdido". Ao apresentar Jesus como o Salvador de todos os tipos de pessoas, Lucas inclui ma terial não encontrado nos outros Evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7.36-50); as parábolas da ovelha e dracma perdidas e do filho pródigo (15.1-32); a parábola do fariseu e do publicano (18.9-14); a história de Zaqueu (19.1-10); e o perdão do ladrão na cruz (23.39-43). Lucas ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (ver 1.53; 4.18; 6.20-21,24-25; 12.13-21; 14.13; 16.19-31; 19.1-10). Este Evangelho tem mais referências à oração do que os outros Evangelhos. Lucas enfatiza especialmente a vida de oração de Jesus, registrando sete ocasiões em que Jesus orou que não são encontradas em mais nenhum outro lugar (ver 3.21; 5.16; 6.12; 9.18,29; 11.1; 23.34,46). Só Lucas tem as lições do Senhor sobre a oração ensinada nas parábolas do amigo importuno (11.5-10); do juiz iníquo (18.1 -8); e do fariseu e do publicano (18.9-14). Além disso, o Evangelho é abun dante em notas de louvor e ação de graças (ver 1.28,46-56,68-79; 2.14,20,29-32; 5.25-26; 7.16; 13.13; 17.15; 18.43).

Cristo Revelado Além de apresentar Jesus como o Salvador do mundo, Lucas dá os seguintes testemunhos sobre ele:

  1. Jesus é o profeta cujo papel equipara-se ao Servo e Messias (ver 4.24; 7.16,39; 9.19; 24.19).
  2. Jesus é o Homem ideal, o perfeito Salvador da humanidade im perfeita. 0 título "Filho do Homem" é encontrado vinte e seis vezes no Evangelho. A expressão não apenas enfatiza a humanidade de Cristo em contraste com a expressão "Filho de Deus", que ressalta sua divin dade, mas também descreve Jesus como o Homem perfeito, ideal, o verdadeiro representante de toda a raça humana.
  3. Jesus é o Messias. Lucas não apenas afirma sua identidade mes siânica, mas também é cuidadoso ao definir a natureza de seu messia nismo. Jesus é, por excelência, o Servo que se dispõe firmemente a ir a Jerusalém cumprir seu papel (9.31,51). Jesus é o Filho de Davi (20.41- 44), o Filho do Homem (5.24) e o Servo Sofredor (4.17-19), que foi con tado com os transgressores (22.37).
  4. Jesus é o Senhor exaltado. Lucas refere-se a Jesus como "Senhor"

LUCAS 1 0 3 2

dezoito vezes em seu Evangelho (cinqüenta vezes em Atos dos Apósto los). Mesmo que o título passe a ter um novo significado após a Ressur reição (ver At 2.36), denota a pessoa divina de Jesus mesmo durante seu ministério terreno.

  1. Jesus é o amigo dos proscritos humildes. Ele é constantemente bondoso para com os rejeitados pela sociedade — pecadores publica mente reconhecidos, samaritanos, gentios e os pobres. Sua atitude em relação às mulheres, numa era patriarcal, também é positiva e sensível. Lucas inclui muito material que sublinha o ministério positivo de Jesus de bondade e simpatia para com esses grupos,

O Espírito Santo em Ação Há dezessete referências explícitas ao Espírito Santo em Lucas, res saltando sua obra tanto na vida de Jesus quanto no ministério contínuo da Igreja. Em primeiro lugar, a ação do Espírito Santo é vista na vida de várias pessoas fiéis relacionadas ao nascimento de João Batista e Jesus (1.35,41,67; 2.25-27), bem como no fato de João ter cumprido seu mi nistério sob a unção do Espírito Santo (1.15). 0 mesmo Espírito capaci tou Jesus para cumprir seu papel messiânico. Em segundo lugar, o Espírito Santo capacita Jesus para cumprir seu ministério — o Messias ungido pelo Espírito. Nos caps. 3— 4, há cinco referências explícitas ao Espírito, usadas com força progressiva. 1) 0 Espírito desce sobre Jesus em forma corpórea, como uma pomba (3.22); 2) Ele leva Jesus ao deserto para ser tentado (4.1); 3) Após sua vitória sobre a tentação, Jesus volta para a Galiléia no poder do mesmo Espírito (4.14); 4) Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem mes siânica: "0 Espírito do Senhor é sobre mim..." (4.18; Is 61.1-2), reivindi cando o cumprimento nele (4.21). Então, 5) evidência seu ministério carismático está repleta (4.31-44) e continua em todo seu ministério de poder e compaixão. Em terceiro lugar, o Espírito Santo, através de oração de petição,

Esboço I. Prólogo 1.1- II. A narrativa da infância 1.5— 2. A. Anúncio do nascimento de João Batista 1.5- B. Anúncio do nascimento de Jesus 1.26- C. Visita das duas mães 1.39- D. 0 nascimento de João Batista 1.57- E. 0 nascimento de Jesus 2.1- F. 0 menino Jesus no templo 2.41- III. Preparação para o ministério público 3.1— 4. A. 0 ministério de João Batista 3.1- B. O batismo de Jesus 3.21- C. A genealogia de Jesus 3.23- D. A Tentação 4.1- IV. 0 ministério galileu 4.14— 9.

leva a cabo o ministério messiânico. Em momentos críticos daquele mi nistério, Jesus ora antes, durante ou depois do acontecimento crucia! (3.21; 6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo Espírito Santo que foi eficaz através das orações de Jesus dará poder as orações dos discípulos (18.1-8) e ligará o ministério messiânico de Jesus ao ministério pode roso deles através da Igreja (ver 24.48-49). Em quarto lugar, o Espírito Santo espalha alegria tanto a Jesus como à nova comunidade. Cinco palavras gregas denotando alegria ou exul- tação são usadas duas vezes com mais frequência tanto Lucas como em Mateus ou Marcos. Quando os discípulos voltam com alegria de sua missão (10.17), "Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no Espí rito Santo e disse..." (10.21). Enquanto os discípulos estão esperando pelo Espírito prometido (24.49), "adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus" (24.52-53).

Aplicação Pessoal Ninguém que lê este livro deve achar que está além do alcance do evangelho da salvação. Por todo o livro, Lucas apresenta Jesus como o Salvador do mundo todo. Isso é verdadeiro a partir do cântico de Si- meão a respeito de Jesus sendo a "luz para... as nações" (2.32) até as instruções finais do Cristo ressuscitado a seus discípulos, em que ele lhes disse que "em seu nome, se pregasse o arrependimento e a re missão dos pecados, em todas as nações"(24.47). Lucas enfatiza o fato de que o evangelho não é apenas para os judeus, mas para todos os povos — gregos, romanos, samaritanos e todos os outros, sem le var em conta raça ou condição. Não é só para homens, mas também para mulheres, incluindo viúvas e prostituas, bem como os proeminen tes socialmente. Não é apenas para os homens livres, mas também para escravos e todos os outros rejeitados pela sociedade — os po bres humildes, os fracos indefesos, o ladrão crucificado, o pecador proscrito, o publicano desprezado.

e Lucas A. Em Nazaré e Cafarnaum 4.14- B. Do chamamento de Pedro ao chamamento dos Doze 5.1— 6. C. 0 Sermão da Montanha 6.17- D. Narrativa e diálogo 7.1— 9. V. A narrativa de viagem (no caminho para Jerusalém) 9.51— 19. VI. 0 ministério de Jerusalém 19.29— 21. A. Acontecimentos na entrada de Jesus em Jerusalém 19.29- B. Histórias de controvérsias 20.1— 21. C. Discurso escatológico 21.5- VII. A paixão e glorificação de Jesus 22.1— 24. A. A refeição de Páscoa 22.1- B. A paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39— 23. C. A Ressurreição e a ascensão 24.1-

LUCAS 1 1024

21 E o povo estava esperando a Zacarias e maravi lhava-se de que tanto se demorasse no templo. 22 E, saindo ele, não lhes podia falar; e entende ram que tivera alguma visão no templo. E falava por acenos e ficou mudo. 23 E sucedeu que, terminados 'os dias de seu mi nistério, voltou para sua casa. 24 E, depois daqueles dias, Isabel, sua mulher, con cebeu e, por cinco meses, se ocultou, dizendo: 25 Assim me fez o Senhor, nos dias em que atentou em mim, para destruir o meu -"opróbrio entre os ho mens.

O a n ú n cio do n a scim en to d e Je s u s 26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27 a uma virgem 'desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28 E, entrando o anjo onde ela estava, "disse: 3Sal- ve, agraciada; o Senhor é contigo; *bendita és tu en tre as mulheres. 29 E, vendo-o ela, ''turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, por que achaste graça diante de Deus, 31 E eis que em teu ventre conceberás, xe darás à luz um filho, e pôr lhe-ás o nome de *Jesus. 32 Este será grande ze será chamado Filho do Altíssi mo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o aseu Reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, 6que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

PALAVRA-CHAVE 1.23 ministério, leltourgia; Strong 3009: Comparar com "liturgia", "litúrgico". De laos, "povo", e ergon, "trabalho". A palavra foi origínalmente usada sobre cidadãos servindo em cargo público por conta própria. Mais tarde, passou a incluir serviço militar ou participação comunitária. No NT, leitourgia é usada tanto para ministério sacerdotal quanto para doação al truísta. Aqui, refere-se ao ministério sacerdotal no templo. Em 2Co 9.12, denota dádivas de caridade como um serviço pres tado aos necessitados. Paulo denomina seu ministério para a Igreja cristã de leitourgia em Fp 2.17.

1.31 Jesus é o equivalente grego do hebraico Josué: "0 Se nhor é a Salvação". 1.32-33 A posição de Jesus como herdeiro do trono de Davi, seu pai e a eternidade de seu Reino o identificam como o Messias (ver 2Sm 7.12-16; Is 9.6-7; SI 132.11-12; Dn 7.14; 0s 3.5). 1.35 A concepção de Jesus ocorreu mediante a ação direta do Espírito Santo. Sombra é a mesma palavra usada para a nuvem da qual falou a voz na Transfiguração. Ambos os usos referem-se à nuvem que manifestava a glória de Deus (Êx 40.34-38). 1.36-37 0 anjo encoraja Maria em sua fé. 1.38 Ver a seção 4 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas.

1.38 0 consentimento de Maria arriscaria a perda de sua reputação.

2 3 " 2Rs 11.5; 1Co 9. 2 5 ^ Gn 30.23; Is 4.1; 54.1, 2 7 f M t 1.18; Lc 2.4- 2 8 " Dn 9.23; 10.19; Jz 6 .1 2 % te saúdo, muito fa vorecida * Ver PC em Lc 6.28. 2 9 vLc 1. 3 1 * Is 7.14; M t 1.21 * Ver PC em Fp 4.23. 3 2 * Mc 5.7; 2Sm 7.11; S1132.11; Is 9.6; 16.5; Jr 23.5; Ap 3. 3 3 a Dn 2.44; 7.14,27; 0b 21; Mq 4.7; Jo 12.34; Hb 1. 3 5 í> Mt 1.20; 14.33; 26.63; Mc 1.1; Jo 1.34; 20.31; At 8.37; Rm 1. 37 "G n 18.14; Jr 32.17; Zc 8.6; Mt 19.26; Mc 10 27; Lc 18.27; Rm 4. 3 8 * Ver PC em M t 4.4. 3 9 d Js 21.9- 4 2 e Lq 1.28; Jz 5. 4 6 M S m 2 .1 ; SI 34.2-3; 35.9; Hc 3.18 * Ver PC em At 5.13. 4 8 ff iS m l. 1 1 ; S1138.6; Ml 3.12; Lc 11. 4 9 4 SI 71.19; 128.2-3:111.

  • Ver PC em At 2.11. Ver PC em M t 19.26. 5 0 'G n 17.7; Êx 20.6; S1103. 51 /S I 33.10; Sl 98.1; 118.15; Is 40.10; 51.9; 52.10; 1Pe 5. *V er PC em U m 6.16. Ver PC em Mc 12.30. 5 2 'l S m 2.6; Jó 5.11; S1113.
  • Ver PC em At 8.27. Ver PC em Tg 4.10. Ver PC em 2Co 7.6. 5 3 m lSm 2.5: SI 34. 5 4 " S I 98.3; Jr 31.3, 5 5 "G n 17.19; SI132.11; Rm 11.28; Gl 3.

36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. 37 Porque para "Deus nada é impossível. 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; D cumpra-se em mim segundo a tua ‘ palavra. E o anjo ausentou-se dela.

M aria Visita Isabel 39 E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apres sada às ‘'montanhas, a uma cidade de Judá, 40 e entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. 41 E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo, 42 e exclamou com grande voz, e disse: Bendita eés tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do teu ven tre! 43 E de onde me provém isso a mim, que venha vi sitar-me a mãe do meu Senhor? 44 Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada a que creu, pois hão de cum prir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram di tas!

O cântico d e M aria 46 Disse, então, Maria: 'A minha alma ‘ engrande- ce ao Senhor, 47 e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salva dor, 48 porque atentou sna humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me cha marão bem-aventurada. 49 Porque me fez grandes coisas o "Poderoso; e Santo é o seu nome. 50 E a sua misericórdia de geração em geração sobre os que o temem. 51 Com o seu braço, *agiu valorosamente, 'dissi pou os soberbos no ‘ pensamento de seu coração, 52 depôs dos tronos 'os ‘ poderosos e ‘ elevou os ‘ humildes; 53 encheu de bens mos famintos, despediu vazios os ricos, 54 e auxiliou a Israel, seu "servo, recordando-se da sua misericórdia 55 (como falou a nossos pais) para com Abraão °e sua posteridade, para sempre.

1.45 Notar o contraste evidente entre a resposta de fé de Ma ria e a descrença de Zacarias (v. 20). Também devemos notar, nos caps. 1— 2, como o novo tempo é assinalado pela renova ção do dom da profecia, que esteve latente. As várias profe cias e cânticos destes dois capítulos refletem o melhor da piedade e profecia do AT. 0s cânticos e profecias de Maria (o Magnificai, vs. 46-55), Zacarias ( Benedictus, vs. 68-79), Si- meão (Nunc Dimittis, 2.29-32) e Ana (2.36-38) refletem uma naturalidade com sensibilidade para com a antiga revelação de Deus no AT (ver, por exemplo, o cântico de Ana, ISm 2.1-10).

1.46-55 0 cântico de Maria (o Magnificat) é tirado do cântico de Ana (ISm 2.1-10) em condição semelhante a um nascimento miraculoso. Na profecia judaica, as novas mensagens, freqüentemente, são elabo rações de antigas revelações, com novo significado e aplicação.

1025 LUCAS 1, 2

56 E Maria ficou com ela quase três meses e depois voltou para sua casa.

O na scim en to d e Jo ã o Batista 57 E completou-se para Isabel o tempo de dar à luz, e teve um filho. 58 E os seus vizinhos e parentes ouviram que tinha Deus *usado para com ela de grande misericórdia alegraram-se com ela. 59 E aconteceu que, ao oitavo qdia, vieram circuncidar o menino e lhe chamavam Zacarias, o nome de seu pai. 60 E, respondendo sua mãe, disse: rNão, porém será chamado João. 61 E disseram-lhe: Ninguém há na tua parentela que se chame por este nome. 62 E perguntaram, por acenos, ao pai como queria que lhe chamassem. 63 E, pedindo ele uma tabuinha de escrever, escre veu, dizendo: sO seu *nome é João. E todos se maravi lharam.

D IN Â M IC A DO REINO MULHERES 1.26-56 M ãe fiel: discípula obediente (Maria). Há uma ad miração rodeando Maria, mãe de Jesus, que transcende o pensamento religioso tradicional. Que ela fosse um vaso pri vilegiado, escolhida para gerar o filho de Deus, é maravilha bastante, pois ela participa do milagre da Encarnação em um nível que nenhum outro ser humano pode compreender. Está claro que ela não reivindica compreendê-lo por si mesma, mas simplesmente adorou Deus no reconhecimento humilde do fenômeno envolvendo sua existência: “A minha alma en grandece ao Senhor", exclamou ela (v. 46). E difícil poder mos nos aprofundar nos momentos atordoantes que ela experimentou 1) quando Simeão profetizou sofrimento men- tal/emocional futuro (2.35); 2) quando ela e José falaram com Jesus depois de terem achado que ele estava perdido em Jerusalém (2.49-50); 3) quando Jesus meigamente recu sou-a no casamento em Caná (Jo 2.4); 4) quando Jesus pa receu rejeitá-la e também os esforços de seus irmãos para ajudá-lo, embora eles claramente que eles não o compreen diam corretamente naquela época (M t 12.46-50). Esses exemplos inspiram nosso aprendizado da sabedoria da per sistência e obediência, ao seguirmos as regras básicas de Deus em nossa vida, mesmo quando os detalhes do término de sua vontade não estão claros ou obscurecidos. Maria também é um estudo no caminho de seguir a von tade de Deus. Ela podia ter buscado uma posição mais alta entre aqueles que viam Jesus pelo que ele era — Messias — , mas, ao invés disso, 1) ela continuou firme ao seu lado durante todo o caminho até a cruz, ao invés de proteger a si mesma (Jo 19.25); e 2) ela juntou-se obedientemente aos outros discípulos de Jesus no cenáculo e esperou que ele ordenasse a chegada do Espírito Santo (At 1.14). Maria é um modelo de obediência responsável, uma pes soa que sobreviveu às suas próprias diretrizes aos servos em Caná — conselho eterno para todas as eras: "Fazei tudo quanto ele vos disser" (Jo 2.5). (Et 4.i/Lc 2.36-38). f.l.

5 8 p Lc 1.

  • Ver PC em At 5.13. 5 9 < 7 Gn 17.12; Lv 12. 6 0 r Lc 1. 6 3 H c 1.
  • Ver PC em Jo 12.13.

6 4 'L c 1. 65 " L c 1. 6 6 v Lc 2.19; Gn 39.2; SI 80. 6 7 * J| 2. 6 8 z 1 Rs 1.48; SI41.13; 111.9; Êx 3. 6 9 a S1132. 4Gr. um chifre da salvação * Ver PC em Lc 19.9. 7 0 & Jr 23.5; Dn 9.24; At 3.21; Rm 1. 72 c Lv 26.42; SI 98.3:106.45; Ez 16.60* Ver PC em Mc 14.24. 7 3 d Qn 12.3; 17.4; Hb 6.13, 7 4 e Rm6.18; Hb 9. 7 5 ' Jr 32.39; Ef 4.24; 2Ts 2.13; 2Tm 1.9; Tt 2.12; IPe 1.15; 2Pe 1. 7 6 5 Is 40.3; Ml 3.1:4.5: M t 11.10: Lc 1. 77 * Mc 1.4; Lc 3.3 * Ver PC em Hb 9.22. 78Ms1T.11; Ml 4. 7 9 /Is 9.2; 42.7; 49.9; M t 4.16; At 26.18* Ver PC em Lc 11.35. 8 0 1 Lc 2.40; M t 3.1; 11.

64 E logo a boca se lhe abriu, 'e a língua se lhe sol tou; e faiava, louvando a Deus. 65 E veio temor sobre todos os seus vizinhos, e em todas as "montanhas da Judeia foram divulgadas to das essas coisas. 66 E todos os que as ouviam as conservavam em seu coração, dizendo: "Quem será, pois, este menino? E a mão do Senhor estava com ele.

O cântico d e Zacarias 67 E Zacarias, seu pai, foi cheio do "Espírito Santo e profetizou, dizendo: 68 Bendito "o Senhor, Deus de Israel, porque visi tou e remiu o seu povo! 69 E nos levantou ‘’uma ‘ salvação poderosa ana casa de Davi, seu servo, 70 como falou pela boca dos 4seus santos profetas, desde o princípio do mundo, 71 para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos aborrecem 72 e para manifestar "misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo ‘ concerto 73 e do juramento "que jurou a Abraão, nosso pai,. 74 de conceder-nos que, libertados das mãos de nossos inimigos, eo servíssemos sem temor, 75 em ’santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida. 76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altís simo, porque hás de ir ante 5a face do Senhor, a pre parar os seus caminhos, 77 para dar ao seu povo conhecimento da salvação, ''na ‘ remissão dos seus pecados, 78 pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o oriente do alto 'nos visitou, 79 para 'alumiar os que estão assentados em ‘ tre vas e sombra de morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da p a z. 80 E o 'menino crescia, e se robustecia em espírito, e esteve nos desertos até ao dia em que havia de mos- trar-se a Israel.

O n a scim en to d e Je s u s

2

E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mun do se alistasse.

/ PALAVRA-CHAVE

co" e

1.79 paz, eirene; Strong 1515: Comparar com "irêni- "Irene”. Um estado de descanso, quietude e calma; inexistência de rivalidade; tranquilidade. Geralmente, denota um perfeito bem-estar. Eirene inclui relacionamentos harmô nicos entre Deus e os seres humanos, os seres humanos en tre si, nações e famílias. Jesus, como o Príncipe da Paz, dá paz àqueles que o invocam para salvação pessoal.

1.59 Bebês do sexo masculino recebiam nome ao oitavo dia, quando eram circuncidados. Normalmente, a criança receberia o mesmo nome do pai. 1.62 Aparentemente, Zacarias tinha sido temporariamente surdo bem com mudo (v. 20). 1.68-79 Este cântico é comumente, conhecido como o Benedictus, da primeira palavra do texto latino. A primeira parte (vs. 68-75) trata da salvação que está prestes a aparecer na Pessoa do Messias, filho de

Maria. A redenção que ele realiza é uma visita de Deus, uma intervenção direta. Também é o levantamento de uma salvação pode rosa, símbolo de força (ver Ez 29.21). A segunda parte do cântico (vs. 76-79) refere-se ao ministério profético de João como o predecessor do Messias.

2.1-2 Lucas estabelece meticulosamente as circunstâncias históricas que envolvem o nascimento de Jesus, relacionando-as com aconteci mentos do Império Romano. César Augusto foi imperador de 30 a.C. até

36 E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tri bo de Aser. Esta era avançada em idade, e tinha vivi do com o marido sete anos, desde a sua virgindade, 37 e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, 3servindo a D e u s em je juns e orações, de noite e de dia. 38 E, sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava dele a todos os ‘ que esperavam a reden ção em Jerusalém.

O m en in o Je s u s no m eio dos do utores 39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de Nazaré. 40 E o menino "crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. 41 Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, rfà Festa da Páscoa. 42 E, tendo ele doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. 43 E, regressando eles, ‘ terminados aqueles dias, ‘ ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube ram seus pais. 44 Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procu ravam-no entre os parentes e conhecidos.

i F 7 I D I N Â M I C A D O R E IN O [ & ] ■ MULHERES 2.36-38 Uma notável mulher idosa e viúva (Ana). Ana, a profetisa, veio de Aser, a tribo que seria abençoada e que de veria "banhar em azeite o seu pé" (Dt 33.24) — um sinal de alegria e felicidade. Mas também os descendentes de Aser deveriam ter sapatos de "ferro e metal", denotando força (Dt 33.25). Ana exemplificou essas qualidades de unção e firme za. Depois de ficar casada durante apenas sete anos, seu marido morreu, e essa viúva escolheu uma vida de jejum e oração no templo. Ela "não se afastava do templo, servindo a Deus" (Lc 2.36-37), caminhando claramente em pureza mo ral e serviço dedicado. Sua unção profética não foi contaminada pelo espírito da idade. Sua profecia histórica relacionada com Jesus cha mou a atenção de todos os presentes para a singularidade da Criança então levada ao templo para dedicação (v. 22). 0 nome "Ana" significa "benevolência" ou "graça" e origi- na-se do hebraico chanan, que significa "curvar ou inclinar-se em sinal de generosidade" e "encontrar e mostrar benevolên cia". Ela encontrou benevolência aos olhos de Deus, pois ele revelou o Messias, a Esperança de Israel, a seus olhos ido sos. Seu ministério ungido durante os anos mais tardios de sua vida oferece uma promessa para as mulheres mais velhas. Há sempre um ministério esperando os sensíveis, obedientes e puros — ministério que pode influenciar e moldar a geração em ascensão. (Tt 2.2-5). (Lc i 26-56/Lc 8. 2 ) f.l.

37 a At 26.7-8; 1Tm5. 3 8 * Mc 15.43; Lc 2.25; 24. 4 0 c Lc 1.30;

41 * Êx 23.15; 34.23; Dt 16.1, 4 3 * Ver PC em U o 2.5. Ver PC em M t 24.13.

4 7 e M t 7.28; Mc 1.22; Lc 4.22,32; Jo 7.15. 4 9 (J o 2 .1 6 5 0 9 Lc 9.45;

5 1 4 Lc 2.19; Dn 7.28 * Ver PC em 1Co 14.32. 5 2 >1 Sm 2.26; Lc 2.40* Ver PC em At 6.10.

C a p ítu lo 3 2 a Jo 11.49,51; 18.13; At 4 .6 * Ver PC em M t 4.4. 3 b M t 3.1 : Mc 1.4; Lc 1.

  • Ver PC em At 9.20. Ver PC em M t 21.25. 4 c Is 40.3; M t 3.3; Mc 1.3; Jo 1. 5 * Ver PC em M t 18.4. 6 * SI 92.2; Is 52.10; Lc 2.
  • Ver PC em M t 26.41. Ver PC em At 28.28.

45 E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusa lém em busca dele. 46 E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo- os e interrogando-os. 47 E todos eos que o ouviam admiravam a sua inte ligência e respostas. 48 E, quando o viram, maravilharam-se, e disse- lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para co nosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procuráva mos. 49 E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém 'tratar dos negócios de meu Pai? 50 E eles não "compreenderam as palavras que lhes dizia. 51 E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes *sujeito. E sua mãe '’guardava no coração todas essas coisas. 52 E 'crescia Jesus em ‘ sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.

A p rega çã o d e Jo ã o Batista (Mt 3.1-12; Mc 1.2-8; Jo 1.19-28)

3

E, no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador dajudéia, e He- rodes, tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe, tetrar- ca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene, 2 sendo Anãs se Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a ‘ palavra de Deus a João, filho de Zacarias. 3 E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, ‘ pre gando* o ‘ batismo de arrependimento, para o per dão dos pecados, 4 segundo o que está escrito no livro das palavras cdo profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no de serto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas. 5 Todo vale se encherá, e se ‘ abaixará todo monte e outeiro; e o que é tortuoso se endireitará, e os cami nhos escabrosos se aplanarão; 6 e toda '-'carne* verá a ‘ salvação de Deus.

PALAVRA-CHAVE _________________

2.47 inteligência, sunesis; Strong 4907: Literalmente, "juntar"; daí, rapidez de apreensão, a capacidade crítica para se apreender claramente, avaliando uma situação com inteli gência. Comparável ao idioma moderno "juntar dois mais dois". 0 NT usa duas palavras para inteligência; phronesis e sunesis. Phronesis age, enquanto sunesis julga. Phronesis é o lado prático da mente, enquanto sunesis é o lado analítico e discerne.

______________ LUCAS 2 , 3

2.40 Lucas enfatiza a completa humanidade de Jesus. 2.41 A lei judaica exigia que os homens comparecessem às festas da Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos (Êx 23.14-17; Dt 16.16).

2.42 Aos 12 anos, um menino judeu tornava-se "filho da Lei" e come çava a observar as exigências da Lei.

2.44 Companhia: 0s aldeãos que faziam peregrinações para Jerusa lém costumavam viajar em caravanas, com mulheres e homens na frente. Cada parente achava que Jesus estava com o outro. 2.49 Jesus mostra consciência de seu relacionamento único com o Pai, bem como consciência de sua missão.

2.51 Mesmo como Filho de Deus, Jesus permaneceu sob os cuidados e direção de seus pais terrenos.

3.1 Tibério César começou a governar as províncias de Roma como co-imperador com Augusto, em 12 d.C., e governou sozinho como im perador durante 14-37 d.C. 0 ano quinze era cerca de 26 d.C. Pôncio Pilatos foi governador durante 26-36 d.C.

3.2 Embora Caifás fosse o sumo sacerdote, seu sogro Anãs, que era o ex-sumo sacerdote, era o verdadeiro poder por trás do ofício.

3.3-9 Ver as notas em M t 3.1-10.

LUGAS 3 1028

7 Dizia, pois, João à multidão que saía para ser bati zada por ele: eRaça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que está para vir? 8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai, porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão. 9 E também já está posto o machado à raiz das ár vores; 'toda árvore, pois, que não dá bom fruto é cor tada e lançada no fogo. 10 E a multidão o interrogava, dizendo: SQue fare mos, pois? 11 E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver Muas túnicas, que *reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, que faça da mesma maneira. 12 E chegaram também 'uns publicanos, para se rem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer? 13 E ele lhes disse: 'Não peçais mais do que aquilo que vos está ordenado. 14 E uns soldados o interrogaram também, dizen do: E nós, que faremos? E ele lhes disse: 'A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso soldo. is E, estando o povo em expectação e pensando to dos de João, em seu coração, se, porventura, seria o Cristo, Hl 16 respondeu João a todos, dizendo: mEu, na verda de, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 17 Ele tem a pá na sua mão, e limpará a sua eira, "e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga. 18 E assim admoestando-os, muitas outras coisas também anunciava ao povo. 19 Sendo, porém, o "tetrarca Herodes repreendido por ele por causa de Herodias, mulher de seu irmão Fi lipe, e por todas as maldades que Herodes tinha feito, 20 acrescentou a todas as outras ainda esta, a de encerrar João num cárcere.

O batism o d e Je s u s (Mt 3.13-17; Mc 1.9-1 l;J o 1.32-34) 21 E aconteceu que, como todo o povo se batiza-

7 e Mt3. 9 1 Mt 7. 1 0 ff At 2. 1 1 * Lc 11.41; 2Co 8.14; Tg 2.15: U o 3.17 * Ver PC em Rm 1.11. 1 2 'M t 21.32: Lc 7. 1 3 / Lc 19. 1 4 / Êx 23.1; Lv 19, 1 6 ” M t3. 17 c Mq 4.12; Mt 13. 1 9 0 M t 14.3; Mc 6.

2 3 P Mm 4.3,35, 39,43, 3 1 4 Zc 12.12; 2Sm 5.14; 1Cr 2.10; 3.5; Rt 4.

t v D I N Â M I C A^ D O^ R E IN O CARACTERÍSTICAS D0 LÍDER 3.1-20 Intrepidez. João Batista começou seu ministério pro fético não somente com a mensagem positiva anunciando a chegada do Messias, mas também chamando confrontada- mente as pessoas ao arrependimento. Teria sido bem mais seguro simplesmente proclamar as boas novas, mas João foi obediente ao ministério profético que desafiou a indiferen ça e o pecado humanos. Seu ministério foi marcado peio ar rojo, ousando pregar o que não era popular. Ele repreendeu os religiosos |v. 8), chamou para o altruísmo (vs. 10-11), de nunciou a desonestidade (vs. 12-13) e exigiu administração eqüitativa de autoridade (v. 14). Mais tarde, ele enfrentou a imoralidade tolerada na liderança (Mc 6.18) e, por isso, final mente foi preso e decapitado. 0 tributo de Jesus ao ministé rio de João (M t 11.11) permanece como um testemunho à lealdade e arrojo como qualidades dignas para os líderes. (Jz4— 5/lCo 12.28) J.B.

va, sendo batizado tam bém Jesus, orando ele, o céu se abriu, 22 e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és meu Filho amado; em ti me te nho comprazido.

A gen ea lo gia d e Je s u s (Mt 1.1-17) 23 E o mesmo Jesus começava a ser de quase "trin ta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José, de Eli, 24 e Eli, de Matate, e M atate, de Levi, e Levi, de Melqui, eM elqui, de Janai, ejan ai, de José, 25 e Jo sé, de Matatias, e M atatias, de Amós, e Amós, de Naum, e Naum, de Esli, e Esli, de Nagai, 26 e Nagai, de Maate, e M aate, de Matatias, e Ma tatias, de Semei, e Sem ei, de José, e jo s é , de Jodá, 27 eJod á, de Joanã, ejoan ã, de Resa, eR esa, de Zo- robabel, e Zorobabel, de Salatiel, e Saiatiel, de Neri, 28 e Neri, de Melqui, e M elqui, de Adi, e Adi, de Cosã, e Cosã, de Elmadã, e Elmadã, de Er, 29 e Er, de Josué, e Josu é, de Eliézer, e Eliézer, de Jorim, e Jorim , de Matate, e M atate, de Levi, 30 e Levi, de Simeão, e Sim eão, de Judá, e Judá, de José, e jo s é , de Jonã, ejo n ã , de Eliaquim, 31 e Eliaquim, de Meleá, eM eleá, de Mená, eM ená, de Matatá, e Matatá, de Natã, "e Natã, de Davi,

3.7 Para ser batizada: 0s judeus batizavam os gentios que desejavam tornar-se judeus (prosélitos). Os candidatos gentios não eram apenas batizados, mas também os homens eram circuncidados, e ofereciam sacrifício. 0 fato de João ter batizado judeus é radical, isto é, eles são vistos como não menos necessitados do que os gentios. A descendên cia física de Abraão não é suficiente (v. 8).

3.8 Arrependimento: Aqui, o termo significa um pesar interno que re sulta em "mudança". A expressão de tal "mudança" das pessoas (v. 11), os publicanos (v. 13) e os soldados (v. 14), é concrela e prática. Cada um dos três grupos é ordenado a mudar um tipo de comporta mento, dentro de sua esfera de vida. Filhos: Existe um jogo de pala vras consciente entre "filhos" e "pedras", que em aramaico (e hebraico) soam quase idênticas.

3.10-14 Em resposta às perguntas das pessoas, João insistia que o ar rependimento não era um termo teológico abstrato ou uma questão de forma e cerimônia. Ao invés disso, era uma mudança radical de uma existência de ganância, desonestidade e descontentamento centrados

em si mesmo para uma expressão prática de relacionamentos morais e éticos com os outros. 3.15 0 ministério profético de João instigou as esperanças messiâni cas das pessoas. 3.16- 18 Ver a nota em M t 3.11. 3.16- 17 Ver a seção 11 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 3.19-20 Ver a nota em M t 14.3. 3.21-22 Ver as notas em M t 3.14-17. 3.23-38 Em relação às duas genealogias de Jesus do Evangelho, Ma teus traça a linhagem de Jesus de Abraão até José (M t 1.1 -16), embo ra tenha o cuidado de não salientar que José não foi o verdadeiro pai de Jesus (M t 1.18). Seu propósito, como estava escrevendo para uma audiência judaica, era provar que Jesus era o Messias prometido. Decla rando especificamente que Jesus era o filho de José, como se cuidava, Lucas ascende a linhagem familiar até Adão, identificando assim Jesus universalmente com a raça humana. Alguns comentaristas creditam

LUCAS 4 1030

para a Galiléia, 'e .a sua fama correu por todas as terras em derredor. 15 E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado. 16 E, chegando a mNazaré, onde fora criado, en trou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para *ler. 17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quan do abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: 18 O Espírito "do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os ‘ quebrantados do coração, 19 a apregoar 5liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em 5liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. 20 E, cerrando o livro e tornando a dá-to ao minis tro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga esta vam fitos nele. 21 Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. 22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilha vam °das palavras de graça que saíam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José? 23 E ele lhes disse: Sem dúvida, me direis este pro vérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo o que ouvimos ter''sido feito em Cafarnaum. 24 E disse: ’ Em verdade vos digo que nenhum pro feta é bem recebido na sua pátria. 25 Em ‘ verdade vos digo "que muitas viúvas exis tiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cer rou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a> terra houve grande fome; 26 e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sa- repta de Sidom, a uma mulher viúva. 27 E muitos leprosos havia em "Israel no tempo do ‘ profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro. 28 E todos, na sinagoga, ouvindo essas coisas, se encheram de ira. 29 E, levantando-se, o expulsaram da cidade e o le varam até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem.

'A t 10. 1 6 m Mt 2.23; 13.54; Mc 6.1; At 13.14; 17.

  • Ver PC em i Mc 13.14. 1 8 " Is 61.1 * Ver PC em Rm 16.20. 19 Ccv. remissão 2 2 o SI 45.2; M t 13.54; Mc 6.2; Lc 2.47; Jo 6. 2 3 p Mt 4.13;! 11.23; 13.54;! Mc 6. 2 4 4 Mt 13.57; Mc 6.4, Jo 4. 2 5 r iRs 17.9; 18.1; Tg 5.17 * Ver PC em Jo 4.24. 2 7 s 2Rs 5.
  • Ver PC em M t 2.5.

3 0 r Jo 8.59;

31 « M t 4.13; Mc 1. 3 2 v M t 7.28-29; Tg 2. *3 4 *** Lc 1.35; 4.41; S116.10; Dn 9.24 Ver PC em Lc 9.56. 3 8 1 Mc 1. *V er PC em 2Co 5.14. 3 9 * Ver PC em Mc 1.20. 4 0 « Mc 1.

  • Ver PC em M t 12.22. 41 * Mc 1.34; 3.11 c Mc 1.25,34; Lc 4.34-

PALAVRA-CHAVE _________________

4.28 ira, thumos; Strong 2372: Comparar com "tom i lho". Raiva inflamatória, raiva explosiva, agitação turbulenta, agitação fervorosa, ímpetos impulsivos de raiva. Outra pala vra, orge, apresenta a raiva como um hábito fixo.

30 Ele, porém, passando 'pelo meio deles, retirou-se.

A cu ra d e um en d em o n in h a d o em C afarnaum (Mc 1.21-28) 31E desceu “a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava nos sábados. 32 E admiravam-se da sua doutrina, porque a 'sua palavra era com autoridade. 33 E estava na sinagoga um homem que tinha um espírito de um demônio imundo, e este exclamou em alta voz, 34 dizendo: Ah! Que temos nós contigo, Jesus Na zareno? Vieste a ‘ destruir-nos? ‘ Bem sei quem és: o Santo de Deus. 35 E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele, sem lhe fazer mal. 36 E veio espanto sobre todos, e falavam uns e ou tros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?

A cu ra da sogra d e P ed ro (Mt 8.14-17; Mc 1.29-31) 37 E a sua fama divulgava-se por todos os lugares, em redor daquela comarca. 38 Ora, zlevantando-se Jesus da sinagoga, entrou em casa de Simão; e a sogra de Simão estava ‘ enfer ma com muita febre; e rogaram-lhe por ela. 39 E, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a ‘ deixou. E ela, levantando-se logo, servia-os. 40 E, ao pôr-do-sol, "todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e, impondo as mãos sobre cada um deles, os ‘ curava. 41E também de muitos saíam demônios, claman do be dizendo: cTu és o Cristo, o Filho de Deus. E ele, repreendendo-os, não os deixava falar, pois sabiam que ele era o Cristo.

4.14 0 ministério galileu começou cerca de um ano após o batismo e tentação de Jesus, e a maior parte do tempo foi passada em um minis tério judaico (ver Jo 2.1— 4.43). Lucas enfatiza a virtude do Espírito no ministério de Jesus, o que resultou em sua fama subseqüente. 4.16 A sinagoga originou-se durante o exílio, quando os judeus foram separados dos serviços do templo de Jerusalém. Era uma instituição tanto religiosa quanto educacional. Um membro ou visitante que era considerado digno tinha de ler as Escrituras com freqüência e fazer co mentários pertinentes. 4.17-21 A profecia de Is 61.1-2 descreve a libertação de Israel do exílio na Babilônia em relação ao Ano do Jubileu, mas seu cumprimento defi nitivo esperava a chegada da era messiânica. Jesus reivindica ousada mente ser o Messias prometido, e seu ministério definido torna-se aqui a essência vindoura das boas-novas do evangelho do Reino de Deus. Mais tarde, Lucas deixa claro que ele passou o mesmo ministério para os discípulos (9.1-2) e, por fim, para toda a Igreja (At 1.1-2). 4.21-22 A resposta de maravilha nas palavras de Jesus é qualificada pelo ceticismo desde que seus ouvintes conhecem sua origem terrena. 4.23 Jesus prevê os pedidos do povo de que ele faça em Nazaré os mi lagres que fez em Cafarnaum. Entretanto, seus sinais não são para o

cético, mas para o crente, e ele se recusa terminantemente a produzir sinais compelidores do seu messianismo. 4.24 Aqueles que têm mais familiaridade com as grandes pessoas, al gumas vezes, são os últimos a apreciar sua grandeza. 4.25 Elias: A introdução de Elias e Eliseu (v. 27), não somente explica por que Jesus, o Profeta, foi rejeitado, mas também enfatiza a transfe rência do reino do rebelde Israel para os gentios. As duas regiões, Sa- repta (Sidom — 1Rs 17.9) e Síria (2Rs 5.1-14) são notadamente gentias. 4.29 Expulsaram da cidade enfatiza sua excomunhão pelo povo de sua cidade natal, más a expressão também parece antecipar o destino de Jesus fora da cidade de Jerusalém. Ele, que abre o Reino aos gen tios (vs. 24-28), é rejeitado como gentio e expulso. 4.32 Diferentemente de outros mestres, que monotonamente citavam os antigos rabinos, Jesus ensinava com autoridade — uma consciên cia de seu chamado, sustentado pelo aparato e aprovação divinos. 4.33-35 Ver as notas em Mc 1.23-25. 4.40 0s judeus calculavam que um dia era o período de um pôr-do-sol até o seguinte. 4.41 Jesus não busca testemunho dos demônios (ver A t 16.17-18).

1031 LUCAS 4, 5

42 E, sendo já dia, dsaiu e foi para um lugar deserto; e a multidão o procurava e chegou junto dele; e o de tinham, para que não se ausentasse deles. 43 Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do Rei no de Deus, porque para isso fui enviado. 44 E pregava enas sinagogas da Galiléia.

A p esca m aravilhosa. O s p rim eiro s d iscíp ulo s (Mt 4.18-22; Mc 1.16-20)

5

E aconteceu aque, apertando-o a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré. 2 E viu estar dois barcos junto à praia do lago; e os pescadores, havendo descido deles, estavam lavando as redes. 3 E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assen tando-se, ensinava do barco a multidão. 4 E, quando acabou de falar, disse a Sim ão:6faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. 5 E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, haven do trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas, lançarei a rede. 6 E, fazendo assim, colheram uma grande quanti dade de peixes, e rompia-se-lhes a rede. 7 E fizeram sinal aos *companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique. 8 E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, causenta-te de mim, por que sou um homem pecador. 9 Pois que o espanto se apoderara dele e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca que haviam feito, 10 e, de igual modo, também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E dis se Jesus a Simão: Não temas; "de agora em diante, se rás pescador de homens. 11E, levando os barcos para terra, edeixaram tudo e o seguiram.

A cu ra d e um lepro so (Mt 8.1-4; Mc 1.40-45) 12 E aconteceu que, quando estava em uma daque las cidades, eis que 'um homem cheio de lepra, ven do a Jesus, prostrou-se sobre o rosto e rogou-lhe, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes limpar-me. 13 E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero; sê limpo. E logo a lepra desapareceu dele. 14 E ordenou-lhe que a ninguém go dissesse. Mas disse-lhe: Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela

4 2 a Mc 1.35 i 4 4 e M c 1.39!

C a p ítu lo 5 I a M t4.18; Mc 1. 4 a Jo 21.6 | 7 * Ver PC em j Hb 3.14. 8 c 2Sm 6.9: 1Rs 17. 1 0 d M t4.19: | Mc 1. I I e M t 4.20; j 19.27; Mc 1.18; j Lc 18. 1 2 f Mc 1.40 : 1 4 9 Mt 8.4; I Lv 14.4,10,21 j

1 5 a M t 4.25; Mc 3.7; Jo 6.2! 1 6 'M t 14.23; í Mc 6. 1 8 y M c 2. 2 1 1 M t 9.3;! Mc 2.6 m SI 32.5; I Is 43.25 | 2 2 * Ver PC em Lc 2.35. I

D IN Â M IC A DO REINO _____________

FÉ COMO SEMENTE

5.1-11 Deus multiplica a sua semente para muito mais do que a sua maior necessidade. Jesus ensinou uma grande lição sobre semear a semente e a importância de semear em solo bom (ver Mc 4.1-20). Então, para ilustrar o caso, ele dis se a este grupo de pescadores desanimados e cansados que lançassem com sua fé para conseguirem um milagre. Aqueles homens tinham exatamente acabado de plantar seu barco como uma semente no ministério de Jesus. Eles tinham lhe dado sua maior possessão como uma plataforma de onde o evangelho seria pregado. Eles tinham atendido à maior necessidade de Jesus no momento, e aqui Jesus multiplicou essa dádiva como meio de atender à maior ne cessidade que eles tinham naquele momento da vida deles. Como pescadores comerciais, eles precisavam pescar para sobreviver. Eles também tinham a necessidade de ver Deus operando na vida deles para ver tanto que Jesus era quem dizia ser quanto que sua fé estava operando efetivamente. Jesus atendeu a essas duas necessidades! Quando você dá alguma coisa a Deus, ele lha devolverá de uma maneira bem melhor — além disso, ele estará pre sente nela com toda sua graça e poder! (Mc 4.1-20/2CO 9.8-10) O.R.

tu.a purificação, o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho. 15 Porém a sua fama se propagava ainda mais, Ae ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. 16 Porém ele retirava-se 'para os desertos e ali orava.

A cu ra d e um paralítico (Mt 9.1-8; Mc 2.1-12) 17 E aconteceu que, em um daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e douto res da lei que tinham vindo de todas as aldeias da Ga liléia, e da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar. 18 E eis que 1 uns homens transportaram numa cama um homem que estava paralítico e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele. 19 E, não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado e, por entre as telhas, o baixaram com a cama até ao meio, diante de Jesus. 20 E, vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Ho mem, os teus pecados te são perdoados. 21 E 'os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, msenão Deus? 22 Jesus, porém, conhecendo os seus *pensamen- tos, respondeu e disse-lhes: Que arrazoais em vosso coração?

4.42-44 Jesus recusou-se a tirar proveito da popularidade que adquiriu por causa de seus milagres. Sua agenda não é imposta pela exigência da multidão para que fique. 5.1 0 Lago de Genesaré é outro nome do mar da Galiléia. Como mede cerca de 12 x 20 km, tecnicamente não é um mar, e Lucas nunca se re fere ao mesmo como tal. 5.5 A melhor hora para pescar era à noite.

5.8 As dúvidas de Pedro a respeito das habilidades de pesca de Jesus transformam-se em dúvidas sobre ele próprio. A primeira dúvida é

superada por um milagre; a segunda dúvida é superada por uma pro messa (v. 10). 5.10 A palavra grega para pescador significa "capturar algo vivo”, e seu tempo sugere uma ação contínua. De agora em diante, Pedro e os outros devem continuamente capturar pessoas. 5.12-15 Ver as notas em M c 1.40-45. 5.16 0 tempo verbal grego indica que Jesus habitualmente retira-se para orar. 5.17 A virtude do Senhor equivale ao "Espírito do Senhor" (4.18).

1033 LUGAS 6

11 E ficaram cheios de furor, e uns com os outros conferenciavam sobre o que fariam a Jesus.

A eleiçã o dos do ze (Mt 10.1-4; Mc 3.13-19) 12 E aconteceu que, 'naqueles dias, subiu ao mon te a orar e passou a noite em oração a Deus. 13 E, quando era dia, chamou a si os seus discí pulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos: 14 Simão, ao qual também chamou sPedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15 Mateus e Tomé; Tiago, filh o de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; 16 Judas, 6filho de Tiago, he Judas Iscariotes, que foi o traidor.

O serm ã o da m ontanha

12 fm 14. 1 4 9 Jo 1. 1 6 h Jd 1 Sou ir mão 1 7 ' M t 4.25; Mc 3. 1 9 7 M t 14.36; Mc 5.30; Lc 8. 2 0 / Mt 5.3; 11.5: Tg 2.5 * Ver PC em M t 5.3. 21 m Is 55.1; 61.3:65.13; M t 5.4,6* Ver PC em M t 15.33. 2 2 " M t 5.11: 1 Pb 2.19; 3.14; Jo 16.2* Ver PC emTg 1.5. 2 3 o M t 5.12; At 5.41; 7.51; Cl 1.24; Tg 1.

vosso ‘ galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas. 24 Mas ai de pvós, ricos! Porque ‘ tendes a vossa consolação. 25 Ai ’ de vós, os que estais fartos, porque tereis fome! Ai de vós, os que agora rides, porque vos ‘ lamenta reis e chorareis! 26 Ai de vós "quando todos os homens falarem bem de vós, porque assim faziam seus pais aos falsos pro fetas! 27 Mas a vós, que ouvis, sdigo: ‘ Amai a vossos ini-B migos, fazei bem aos que vos aborrecem, 28 bendizei os que vos 'maldizem e orai pelos que vos caluniam. 29 Ao que te ferir numa face, "oferece-lhe tam bém B a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túni ca recuses. (Mt 5-7) 17 E, descendo com eles, parou num lugar plano, e também um grande número de seus 'discípulos, e gran de multidão do povo de toda a Judéia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom; 18 os quais tinham vindo para o ouvir e serem cura dos das suas enfermidades, como também os atormen tados dos espíritos imundos. E eram curados. 19 E toda'a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude que curava todos. 20 e , levantando ele os olhos para os seus discípulos, 'dizia: *Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. 21 Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, mporque sereis ‘ fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. 22 Bem-aventurados sereis "quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, e vos ‘ injuria rem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do Homem. 23 Folgai nesse dia, "exultai, porque é grande o

  • Ver PC em Ap 22.12. 24P Am6.1; Tg 5.1; M t 6.2; Lc 16.25* Ver PC em Fm 15. 2 5 Q Is 65.13; Pv 14.13* Ver PC em Ap 18.11. 2 6 r j o 15.19; 1Jo 4. 27 s Êx 23.4; Pv 25.21 ;M t 5.44; Lc 6.35; Rm 12.
  • Ver PC em Jo 3.16. 2 8 r Lc 23.34; At 7. 2 9 u 1Co 6.7; M t 5. 3 0 V Dt 15.7- 8.10; Pv 21.26; M t 5. 31 X M t 7. 1 3 2 7 Mt 5. 3 4 a M t 5.

30 E dá a "qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tomes a pedir. 31 E como vós quereis ‘ que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também. 32 E, zse amardes aos que vos amam, que recom-B pensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. 33 E, se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. 34 E, se emprestardes aàqu eles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto.

^ 7 PALAVRA-CHAVE ______________ ___ 7 6.28 bendizei, eulogeo; Strong 2127: Comparar com “ elogio" e "fazer elogio". De eu, 'hem " ou "bom", e logos, "dis curso" ou "palavra". Eulogeo é falar bem de, elogiar, louvar, exaltar, abençoar abundantemente, invocar uma bênção, agradecer. Eulogeo pode ser dos seres humanos para Deus, de seres humanos para seres humanos, e de Deus para os se res humanos. Quando Deus abençoa os seres humanos, ele os favorece e lhes confere alegria.

6.12 Mais uma vez Lucas enfatiza o fato de Jesus orar antes de acon tecimentos críticos. 6.17 As referências geográficas enfatizam tanto a imensa popularidade de Jesus quanto a extrema necessidade do povo. 6.20- 49 0 Sermão da Planície se equipara ao Sermão da Montanha (M t 5— 7) em estrutura geral, seqüência e pensamento. De acordo com o objetivo de seu Evangelho, Lucas omite uma boa porção de ma terial de interesse particular dos judeus. 6.20- 23 Há implicações espirituais nos termos pobres, tendes fome, chorais e aborrecerem. Jesus não louva a pobreza, a fome, o pesar e a censura em si. Esses sofrimentos trazem bênçãos quando são supor tados através do discipulado por causa do Filho do Homem (v. 22). Portanto, a pobreza de espírito, a fome de justiça, lamentar pelos peca dos de alguém e o ostracismo social por amor a Cristo são fontes de bênção. "Pobre": 0 termo denota o pobre humilde cuja confiança esta na ajuda de Deus em meio à sua pobreza (comparar com "pobres de espírito", M t 5.3). 6.21 Há um claro contraste entre várias destas beatitudes entre o des tino presente e a recompensa futura. Cada uma das quatro bênçãos corresponde por meio de contraste a cada um dos ais. 6.22-24 Há uma continuidade no sofrimento e perseguição entre os discípulos de Jesus, ("vos") que sofrem por seguirem o Filho do Ho

mem, e o sofrimento dos profetas por proclamarem a mensagem de Deus (v. 23). Em contraste, promete-se consolação no presente tempo e no tempo vindouro, quando as situações se reverterão. 6.24-26 Jesus não condena os ricos, a abundância, o riso e aceitação social em si. A preferência pelas coisas terrenas sobre as coisas do Reino de Deus é o que leva ao último ai. 6.26 A rejeição dos verdadeiros profetas de Deus (v. 23) é contrastada com a recepção despreocupada e superficial dos falsos profetas. 6.27- 38 A essência da vida cristã é o amor, com o princípio geral de clarado no v. 31. Esse amor é manifestado pela resposta ao insulto e injustiça pessoais, não com represália ou mesmo resistência passiva, mas com atitudes positivas e agressivas de bondade designada para redimir os ofensores. Ver as notas em M t 5.38-45. 6.27- 28 Ver a seção 5 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 6.29-30 Ver a seção 5 da Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 6.32- 36 Ver a seção 5 da Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas. 6.32- 34 Fazer o bem apenas por causa de recompensa revela um egoísmo que não tem lugar na vida cristã.

LUCAS 6 1034

3 5 b Le 6.27.30; SI 37.26; M t 5.

  • Ver PC em M t 11.30. 3 6 c M t5. 3 7 d M t 7. 3 8 e f v 19.17; SI 79.12; M t 7.2; Mc 4.24; Tg 2.
  • Ver PC em M t 13.48. 3 9 f Mt 15. 4 0 9 M t 10. •VerPCem Hb 11.3. 41 4 Mt 7. 4 2 'f V 18.

D IN A M IC A DO REINO

FE COMO SEMENTE 6.38 Deus espera que você receba uma colheita a partir da sua oferta. Ele quer que esperemos um retorno mila groso. Jesus inaugurou uma maneira completamente nova de dádiva. Ele se deu completamente para as pessoas e para as necessidades delas. Não podemos mais pagar ou sacrifi car nosso caminho para a misericórdia de Deus. Jesus Cristo pagou nossa dívida perante Deus, e sua cruz é uma obra con cluída em nosso interesse eterno. Nossa dádiva, então, não é mais uma dívida que temos, mas uma semente que seme amos! A fonte da vida e do poder vem dele. Nossa tarefa é simplesmente agir sobre o potencial poderoso da semente da vida que ele colocou em nós através de seu poder e graça. Notar que quando Jesus disse; "Dai", ele também disse; "e ser-vos-á dado". Dar e receber caminham lado a lado. Só quando damos podemos esperar que, ao estender a mão, receberemos uma colheita. E Jesus disse que essa colheita seria de "boa medida, recalcada, sacudida etransbordante". Nós damos como se fosse a Deus e recebemos como se fosse de Deus; mas devemos permanecer sensíveis em to das as ocasiões sobre as diferentes maneiras em que Deus pode entregar nossa colheita. Eu costumo dizer: "Um mila gre está ou vindo em sua direção ou passando perto de você o tempo todo. Estenda a mão e pegue-o! Não o deixe pas sar!" (ver M t 9.20-22) 0 milagre de Deus para você pode es tar vindo como uma idéia, uma oportunidade, um convite ou uma associação anteriormente desconhecida ou não-identi- ficada. Fique alerta para as maneiras que Deus pode esco lher para lhe entregar seu milagre no "momento devido" (que, para você, pode ser hoje). (Jo 10. 10 /GI 6. 7 - 9 ) o.r.

D IN Â M IC A DO REINO PROSPERIDADE 6.38 A lei da reciprocidade divina. Existe uma lei universal de reciprocidade divina. Você dá; Deus dá de volta. Quando você planta uma semente, a terra dá a colheita. Trata-se de um relacionamento recíproco. A terra só pode lhe dar quando você dá a ela. Você coloca dinheiro no banco, e 0 banco de volve juros. Isso é reciprocidade. Mas muitas pessoas querem algo sem dar em troca, quando se trata das coisas de Deus. Elas sabem que não é assim no sistema do mundo. Entretanto, elas sempre espe ram que Deus lhes envie algo, mesmo quando elas não in vestiram no Reino de Deus. Se você não está investindo seu tempo, talento, compro misso e seu dinheiro, por que quer alguma coisa? Como você pode querer algo sem ter semeado alguma semente? Como você pode esperar que Deus honre seu desejo, quan do você não honrou seu mandamento de dar? A prosperida de começa com investimento. (m i 3. 8 - 10 / 3 J 0 2) f.p

4 3 / M t 7.16- 4 4 'M t 12.

43 Porque não Jhá boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. 44 Porque cada'árvore se conhece pelo seu próprio

DINÂMICA DO REINO_____________

AMOR FRATERNAL 6.31-35 O amor de Deus ama aqueles que não merecem amor. Amar 0 que não se pode amar é nos separarmos do tipo de amor do mundo, em que cada um se serve — com partilhar 0 amor de Cristo com pessoas que, aparentemente, não têm habilidade de devolver qualquer coisa. Jesus nos chama a amar como ele amou — amar aqueles que termi nam por último, aqueles que são vis, aqueles que são pobres ou que são sem poder para nos ajudar. Essa resposta só é possível através de uma transformação sobrenatural que gera em nós uma ordem diferente de resposta daquela co mum à humanidade. Da mesma forma que a mente humana separa 0 ser humano dos animais, assim 0 amor de Cristo deve sertão dramaticamente diferente, a ponto de separar 0 crente do mundo. E para tirar de respostas bestiais que se jam ríspidas, em tom de ataque ou de revide. Deve transcen der as respostas humanas que esperam uma recompensa terrena por serviço ou generosidade. Esse amor se tornará um sinal de advertência, atraindo a pessoa mundana a nós, para questionar 0 que nos faz irradiar amor em meio ao que não se pode amar, às pessoas que não se pode amar. Estê vão exemplifica esse amor (At 7.59-60), e Saulo (Paulo) re flete 0 impacto desse amor (At 9.5). Notar "as aguilhadas" de convicção que tinham começado a perfurá-lo, sem dúvida através do amor de Estêvão. A perfeição do amor de Deus em nós pode ganhar uma audiência curiosa e atenta. (Mt5.44/Jo 12.26) D.S.

35 Amai, pois, a vossos inimigos, lje fazei 0 bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande 0 vos so galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é *benigno até para com os ingratos e maus. 36 Sede, pois, misericordiosos, ccomo também vos so Pai é misericordioso. D 37 Não julgueis, rfe não sereis julgados; não conde neis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos ão. 38 Dai, ee ser-vos-á dado; *boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medi rão de novo. 39 E disse-lhes uma parábola: fPode, porventura, um eego guiar outfo cego? Não cairão ambos na cova? 40 O ^discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for *perfeito será como 0 seu mestre. U 41 E por que atentas tu hno argueiro que está no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? 42 Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa- me tirar 0 argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, 'tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás bem para tirar 0 argueiro que está no olho de teu irmão.

6.35-36 0 amor cristão encontra sua motivação no amor de Deus por nós. Sua misericórdia por nós é a base da misericórdia que oferece mos aos outros. 6.35 A comprovação do mandamento do amor é encontrada no exem plo divino. Por Deus não dar ou negar sua bondade com base no cará ter de quem a recebe, assim os discípulos de Jesus devem ser indiferenciados ao oferecerem a bondade a amigo e a inimigo (ver Lv 19.18). 6.37-38 Ver a seção 6 de Verdade em Ação nos Sinóticos no final de Lucas. 6.37 A prática do amor e perdão cristãos é um impedimento de uma atitude censuradora, pois nos permite, ao mesmo tempo, realizar julga

mento moral dos assuntos em questão. Jesus descreve 0 ato de julgar, condenando e negando 0 perdão como prerrogativas que pertencem somente a Deus. 6.38 Deus recompensa aqueles que necessitam de liberalidade ilimita da com a doação altruísta. 6.39-45 Jesus ainda está tratando do assunto do julgamento hipócrita, que viola a lei do amor. Uma pessoa rápida em condenar os erros dos outros, ignorando seus próprios defeitos, poderá ajudar pouco os ou tros. Ele tem em mente especialmente os fariseus e seus discípulos (ver M t 15.14). Ver as notas em M t 7.15-16; 12.33-37. 6.41-42 Ver a seção 6 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lucas.

LUCAS 1. 8 1036

31 E disse o Senhor: 'A quem, pois, compararei os homens desta geração, e a quem são semelhantes? 32 São semelhantes aos meninos que, assentados nas praças, clamam uns aos outros e dizem: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; cantamos lamenta ções, e não chorastes. 33 Porque 'veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e di zeis: Eis ai "um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores. 35 Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.

A p eca d o ra q u e u n giu os p é s d e Je s u s 36 E rogou-lhe "um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa. 37 E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, le vou um vaso de alabastro com ungüento. 38 E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxuga va-lhos com os cabelos da sua cabeça e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento. 39 Quando isso viu o fariseu que o tinha convida do, falava consigo, dizendo: “Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. 40 E, respondendo, Jesus disse-lhe: Simãò, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. 41 Um certo credor tinha dois devedores; um de- via -lhe quinhentos dinheiros, e outro, cinqüenta. 42 E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois: qual deles o amará mais? 43 E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem. 44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágri mas e mos enxugou com os seus cabelos. 45 Não me deste ósculo, mas esta, desde que en trou, não tem cessado de me beijar os pés. 46 Não me ^ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. 47 Por isso, te digo “que os seus muitos *pecados lhe são ‘ perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. 48 E disse a ela: rOs teus pecados te são perdoados. 49 E os que estavam á m esa começaram sa dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?

3 1 / M t 11. 3 3 < M t3 .4 ; Mc 1.6; Lc 1. 3 4 mM t 11. 3 6 n M t 26.6; Mc 14.3: Jo 11- 3 9 o Lc 15. 4 6 4 SI 23. 47 q U m 1.

  • Ver PC em Jo 1.29. Ver PC em Mc 1.20. 4 8 r M t 9.2; Mc 2. 4 9 s M t 9.3; Mc 2.

5 0 f Mc 5.34; 10.52; Lc 8.48;

C a p ítu la 8 2 e M t 27.55- 4 Mc 16.

50 E disse à mulher: 'A tua fé te salvou; vai-te em paz.

A s m u lh eres q u e serviam a Je s u s com os seu s b en s

8

E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, 2 e também “algumas mulheres que haviam sido cura das de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, *da qual saíram sete demônios;

PALAVRA-CHAVE _________________ 7.50 salvou, sozo; Strong 4982: Salvar, sarar, curar, preservar, manter seguro e ileso, resgatar do perigo ou des truição, libertar. Sozo salva da morte física através da cura e da morte espiritual perdoando o pecado e suas conseqüên- cias. Sozo, em culturas primitivas, é traduzido simplesmente por "dar uma nova vida" e "fazer ter um novo coração".

D IN Â M IC A PO REINO _________

MULHERES 8.2 Liberta para tomar-se frutífera (Maria Madalena). Ma ria Madalena aparece pela primeira vez nos Evangelhos entre várias outras mulheres que fazem parte do grupo de apoio que assiste Jesus em seu ministério. Ela tinha sido libertada da es cravidão demoníaca, natureza da qual não é revelada. Há quase um indestrutível corpo de mito que veio rodeá- la, em primeiro lugar em razão de oradores, escritores, nove listas e peças que criaram uma fantasia que, geralmente, sugere três coisas, nenhuma das quais está na Bíblia: 1) que ela tinha sido uma prostituta; 2) que ela era jovem e atraen te; e 3) que ela tinha uma afeição romântica por Jesus. Ela também tem sido freqüentemente confundida com a mulher pecadora perdoada por Jesus (7.36-50) e/ou a mulher que quebrou o vaso de alabastro de ungüento perfumado (Mc 14.3-9). Na verdade, todos esta sugestões são especulação e, apesar disso, através de alusão frequente ou referência direta assumiram a aparência de fato para multidões. 0 que é verdade a respeito de Maria Madalena? Em primeiro lugar, ela era uma alma agradecida, pois ti nha sido libertada de um tormento terrível. Este texto sugere que seu serviço a Cristo era motivado por essa gratidão. Em segundo lugar, ela era testemunha da crucificação, embora aparentemente, não ao lado da cruz, como Maria, mãe de Jesus, e João, o discípulo amado (M t 27.55-56). (0 fato se gundo o qual as outras mulheres as quais ela acompanhava serem todas mais velhas fundamenta o raciocínio de que ela era, provavelmente, igual a elas em idade.) Em terceiro lugar, ela estava presente no sepultamento de Jesus (Mc 15.47), entre aqueles que chegaram cedo, na manhã de Páscoa, para completar o embalsamamento do corpo de Jesus (Mc 16.1), entre os primeiros a ouvirem o anúncio do anjo sobre a Continua

7.18-35 Ver as notas em M t 11.2-29. 7.36 0 fato de o fariseu não estender as cortesias comuns a Jesus (v.

  1. indica que a sua razão por ter convidado Jesus foi curiosidade. 7.37 A descrição da mulher sugere que ela era uma prostituta. Não se deve confundi-la com Maria de Betânia (Jo 12.3). 7.39 Simão raciocina que um verdadeiro profeta poderia discernir o ca ráter da mulher. Em sua resposta, Jesus mostra que ele sabe que tipo de homem Simão é o que ele está pensando (vs, 40-47). 7.41-43 Jesus ensina o princípio de que quanto maior o perdão, maior é o amor. 7.41 A parábola é uma parábola de contraste, entre dois devedores, o va

lor da dívida, o perdão da dívida, e a gratidão contrastante entre ambos. A mulher e Simão são representados pelos dois devedores. A hospitalidade mínima de Simão (vs. 44-46) é contrastada com a devoção generosa da mulher. 0 amor que ela mostrava é fruto de um coração arrependido. 7.44-47 Ao aplicar o princípio a Simão e à mulher, Jesus mostra que quem percebe a profundidade de seu próprio pecado e a grandeza da misericórdia de Jesus deve amar como essa mulher ama. 0 amor dela resultou de seu perdão. 7.50 A fé garantia o perdão dela, e a percepção do perdão de Deus suscitou-lhe a expressão de gratidão. 8.1-3 Lucas enfatiza o lugar das mulheres piedosas no ministério de Jesus, chamando aqui especial atenção para o apoio financeiro a elas.

1037 LUGAS 8

ressurreição de Jesus (Mc 16.6) e a primeira pessoa que, realmente, conversou com Jesus depois que ele ressuscitou (Jo 20.11-18). É tolice concluir que seu gesto de cumpri mentar Jesus com um abraço depois da ressurreição sugira algo além da resposta mais lógica de alegria ao descobrir que ele estava vivo. A instrução de Jesus para que ela não o fizesse não foi por ter algo de indigno na aproximação dela. Suas palavras, aparentemente, indicam algum aspecto in completo de sua missão após a crucificação. Maria Madalena era uma discípula firme de Jesus e é vis ta melhor como caso de estudo sobre como nenhuma di mensão de escravidão satânica pode impedir qualquer indivíduo de ser libertado para prestar serviço frutífero para Jesus. (lc 2.36-38/Lc 1 0.38-42) F.L.

3 e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazen das.

A parábola do sem ea d o r (Mt 13.1-23; Mc 4.1-20) D 4 E, cajuntando-se uma grande multidão, e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse por parábolas: 5 Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho e foi pisada, e as aves do céu a comeram. 6 E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade. 7 E outra caiu entre espinhos, e, crescendo com ela os espinhos, a sufocaram; 8 E outra caiu em boa terra e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clama va: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça. 9 E “os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Que parábola é esta? 10 E ele disse: A vós vos é dado conhecer os *misté- rios do Reino de Deus, mas aos outros, por parábolas, “para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não enten dam. 11 Esta 'é, pois, a parábola: a semente é a palavra de Deus; 12 e os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois, vem o diabo e tira-lhes do cora ção a palavra, para que se não salvem, crendo; 13 e os que estão sobre pedra, estes são os que, ou vindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo e, no tempo da tentação, se desviam; 14 e a que caiu entre espinhos, esses são os que ou viram, e, indo por diante, são sufocados com os *cui- dados, e riquezas, e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição; 15 e a que caiu em boa terra, esses são os que, ou vindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto 7com *perseverança.

A parábola da cand eia (Mc 4.21-25) 16 E ninguém, ^acendendo uma candeia, a cobre

4 o Mc 4. 9 <7Mt 13.10; Mc 4. 1 0 e Is 6.9; Mc 4.12 * Ver PC em Mc 4.11.

  • 1 1 f M t 13.18; j Mc 4. ^ 1 4 * Ver PC em 1Pe 5.7. 1 5 7g r. com pa ciência * Ver PC em Hb 10.36. 1 6 ff Mt 5.15; Lc 11.

1 7 ff M t 10.26; Lc 12. 18 /' Mt 13.12: 25.29; Lc 19. 1 9 / Mc 3. 2 2 / Mc 4. 2 5 * Ver PC em Mc 11.22. 2 6 m Mc 5.

com algum vaso ou a põe debaixo da cama; mas põe- na no velador, para que os que entram vejam a luz. 17 Porque não há coisa '’oculta que não haja de ma- nifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz. 18 Vede, pois, como ouvis, 'porque a qualquer que tiver lhe será dado, e a qualquer que não tiver até o que parece ter lhe será tirado.

A fa m ília d e Je s u s (Mt 12.46-50; Mc 3.31-35) 19 E foram ter 'com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se dele, por causa da multi dão. 20 E foi-lhe dito: Estão fora tua mãe e teus irmãos, que querem ver-te. 21 Mas, respondendo ele, disse-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam.

Je s u s apazigua a tem pestad e (Mt 8.23-27; Mc 4.35-41) 22 E aconteceu 'que, num daqueles dias, entrou num barco com seus discípulos e disse-lhes: Passe mos para a outra banda do lago. E partiram. 23 E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e o barco enchia-se de água, estando eles em perigo. 24 E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, estamos perecendo. E ele, levantan do-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessa ram, e fez-se bonança. 25 E disse-lhes: Onde está a vossa *fé? E eles, temen do, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obede cem?

O en d em o n in h a d o ga d a ren o (Mt 8.28-34; Mc 5.1-20) 26 E navegaram para ma terra dos gadarenos, que está defronte da Galiléia. 27 E, quando desceu para terra, saiu-lhe ao encon tro, vindo da cidade, um homem que, desde muito tempo, estava possesso de demônios e não andava ves tido nem habitava em qualquer casa, mas nos sepul cros. 28 E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo com alta voz: Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes. 29 Porque tinha ordenado ao espírito imundo que saísse daquele homem; pois já havia muito tempo que o arrebatava. E guardavam-no preso com grilhões e cadeias; mas, quebrando as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos. 30 E perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios.

8.4- 15 Ver a seção 4 de Verdade em Ação nos Sinóticos, no final de Lu cas.

8.4 Quanto ao uso que Jesus fez de parábolas, ver a nota em Mc 4.2.

8.5- 15 Ver as notas em M t 13.3-23; Mc 4.3-20.

8.16-18 Ver as notas em Mc 4.21-25. 8.19-21 Ver as notas em M t 12.46-50; Mc 3.31-35. 8.22-25 Ver as notas em M t 8.24-27; Mc 4.40. 8.26-39 Ver as notas em M t 8.28-32; Mc 5.1 -20.