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Guias e Dicas
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Avaliação pré-anestésica - Resumo Anestesiologia, Notas de aula de Anestesiologia

Informações sobre a avaliação pré-anestésica e monitoramento em anestesiologia veterinária e técnica cirúrgica. São abordados temas como identificação do paciente, histórico, distúrbios hidroeletrolíticos, sistema cardiovascular e respiratório, função renal e hepática, além de cuidados com a temperatura do paciente. O objetivo é diminuir a mortalidade e morbidade cirúrgica.

Tipologia: Notas de aula

2022

À venda por 12/07/2022

Sabrina.oliveira
Sabrina.oliveira 🇧🇷

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ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA E TÉC. CIRÚRGICA
Avaliacão pré-anestésica e monitoramento
Objetivo: diminuir a mortalidade e morbidade cirúrgica
(consequências indesejadas, ex: paralisia muscular
(equinos), sistema cardiorrespiratório).
SNC respiração e batimento
Anestesia depressão
Obtenção do consentimento esclarecido junto ao propri-
etário, as alternativas e possíveis complicações, determi-
nar a condição física do paciente, escolher o protocolo
anestésico e estimar o risco anestésico-cirúrgico do pro-
cedimento.
Planejamento > obtenção do consentimento > determinar
a condição física > protocolo > determinar o risco.
Pré-anestésicos eletivos e emergenciais: dependem da
condição do animal
1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
Espécie
Idade: idosos ou jovens os extremos de idade são
os que mais apresentam riscos, são os mais propensos
às complicações anestésicas.
Muito jovem jejum alimentar curto pois maior
risco de hipoglicemia
Raça: braquicefálicos possuem alto risco de distúrbios
respiratórios
Peso: obesidade pode levar à overdose, baixa função
pulmonar tecido adiposo depositado intrabdominal
prejudica a expansão torácica; gordura é metabolica-
mente inativa, o cálculo do medicamento não deve con-
ter o tecido adiposo overdose.
Exame físico: peso, sistema respiratório e cardiovascu-
lar, fase do ciclo ou gestação
Peso: no início e periodicamente
Exame complementar: hemograma (cirurgias prolonga-
das), desidratação, proteínas totais, ECG, raio-x (eletivos)
Hemograma, proteínas totais, perfil bioquímico
2. HISTÓRICO:
Dieta e alimentação
Tosse, intolerância ao exercício alterações cardior-
respiratórias
Afecções: diabetes, hepato ou nefropatias, convul-
sões...
Terapias prévias: se recebeu algum fármaco antes po-
dem causar interação medicamentosa
Reações a fármacos anestésicos
Hemorragia: pode levar à anemia, se recebeu sangue
recentemente aumenta a chance de reação anafilática
Vômito ou diarreia: desidratação
Aspecto da urina e micção: nefropatias
Gestação: os fármacos atravessam a barreira placentá-
ria; se acabou de parir, o estresse anestésico e cirúr-
gico pode levar à secagem do leite
Cio: aumenta os riscos de hemorragia devido ao estró-
geno circulante
Cio Égua: primavera/verão; Ovelha: outono/inverno;
Vaca: ano todo
ANOREXIA:
Cuidar com doses do anestésico
Distúrbios hidroeletrolíticos e déficit energético, hipopro-
teinemia
Menor tendência para os anestésicos: overdose, hipoten-
são, hipoventilação, recuperação prolongada, cicatriza-
ção retardada, infecção
Fluidoterapia com glicose? Não necessariamente o paci-
ente está hipoglicêmico
Hipocalemia: impede despolarização de células, bati-
mentos ventriculares ectópicos, baixa contratilidade, ar-
ritmias suplementar potássio lentamente
DESIDRATAÇÃO:
Diminuição do líquido circulante hipovolemia hipo-
tensão que pode levar a morte
Reidratação pré-anestésica
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ANESTESIOLOGIA VETERINÁRIA E TÉC. CIRÚRGICA

Avaliacão pré-anestésica e monitoramento

Objetivo: diminuir a mortalidade e morbidade cirúrgica (consequências indesejadas, ex: paralisia muscular (equinos), sistema cardiorrespiratório). SNC → respiração e batimento Anestesia → depressão Obtenção do consentimento esclarecido junto ao propri- etário, as alternativas e possíveis complicações, determi- nar a condição física do paciente, escolher o protocolo anestésico e estimar o risco anestésico-cirúrgico do pro- cedimento. Planejamento > obtenção do consentimento > determinar a condição física > protocolo > determinar o risco. Pré-anestésicos eletivos e emergenciais: dependem da condição do animal

  1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
  • Espécie
  • Idade: idosos ou jovens → os extremos de idade são os que mais apresentam riscos, são os mais propensos às complicações anestésicas. Muito jovem → jejum alimentar curto pois há maior risco de hipoglicemia
  • Raça: braquicefálicos possuem alto risco de distúrbios respiratórios
  • Peso: obesidade pode levar à overdose, baixa função pulmonar → tecido adiposo depositado intrabdominal prejudica a expansão torácica; gordura é metabolica- mente inativa, o cálculo do medicamento não deve con- ter o tecido adiposo → overdose. Exame físico: peso, sistema respiratório e cardiovascu- lar, fase do ciclo ou gestação Peso: no início e periodicamente Exame complementar: hemograma (cirurgias prolonga- das), desidratação, proteínas totais, ECG, raio-x (eletivos) Hemograma, proteínas totais, perfil bioquímico

2. HISTÓRICO:

  • Dieta e alimentação
  • Tosse, intolerância ao exercício → alterações cardior- respiratórias
  • Afecções: diabetes, hepato ou nefropatias, convul- sões...
  • Terapias prévias: se recebeu algum fármaco antes po- dem causar interação medicamentosa
  • Reações a fármacos anestésicos
  • Hemorragia: pode levar à anemia, se recebeu sangue recentemente aumenta a chance de reação anafilática
  • Vômito ou diarreia: desidratação
  • Aspecto da urina e micção: nefropatias
  • Gestação: os fármacos atravessam a barreira placentá- ria; se acabou de parir, o estresse anestésico e cirúr- gico pode levar à secagem do leite
  • Cio: aumenta os riscos de hemorragia devido ao estró- geno circulante Cio → Égua: primavera/verão; Ovelha: outono/inverno; Vaca: ano todo ANOREXIA: Cuidar com doses do anestésico Distúrbios hidroeletrolíticos e déficit energético, hipopro- teinemia Menor tendência para os anestésicos: overdose, hipoten- são, hipoventilação, recuperação prolongada, cicatriza- ção retardada, infecção Fluidoterapia com glicose? Não necessariamente o paci- ente está hipoglicêmico Hipocalemia: impede despolarização de células, bati- mentos ventriculares ectópicos, baixa contratilidade, ar- ritmias → suplementar potássio lentamente DESIDRATAÇÃO: Diminuição do líquido circulante → hipovolemia → hipo- tensão que pode levar a morte Reidratação pré-anestésica

Desidratação leve ou emergências: 10-40 ml/kg RL rá- pido → para que a fluido fique dentro do vaso antes de ser redistribuído Desidratação grave: 24-48 horas de reidratação pré-anes- tésica ANEMIA: Hipoxigenação dos tecidos Para cirurgia: hematócrito deve estar muito próximo do normal - > 27-30% (9-10g/dl hb) Indução anestésica causa vasodilatação; podem ocorrer perdas sanguíneas na cirurgia; devido a Fluidoterapia há hemodiluição → causas potenciais para diminuição do hematócrito durante a cirurgia. Durante a cirurgia necessário manter hematócrito acima de 20% (7g/dl hb) HIPOPROTEINEMIA: Diminuição da pressão coloidosmótica Aumento de fármaco livre - > uma parte do fármaco está na forma livre e a outra ligada a proteínas plasmáticas Aumenta o risco de edema pulmonar Fluidoterapia deve ser mais conservadora para evitar edema Deve ter ajuste de dose SISTEMA CARDIOVASCULAR: Arritmias → ECG Ajuste do protocolo anestésico → Xilazina e cetamina agravam a arritmia Sopros → identificar a origem, radiografias torácicas, ecocardio Pulso fraco → baixo débito → taquicardia, hipovole- mia/desidratação, vasoconstrição, insuficiência cardí- aca Causas comuns de taquicardia durante anestesia: dor, hi- potensão, hipoxemia, anemia, hipertermia, hipocalcemia, plano anestésico inadequado (dor), fármaco (quetamina, tiobarbitúrico). Classificar paciente de acordo com ASA – I a V

SISTEMA RESPIRATÓRIO:

  • Frequência
  • Esforço
  • Amplitude
  • Sons pulmonares RX tórax: baixa correlação entre distúrbios fisiológicos e anatômicos → a alteração radiográfica não necessaria- mente corresponde à sintomatologia do animal devido aos mecanismos compensatórios
  • Ventilação: ar que entra e sai dos pulmões
  • Respiração: transporte de gases para tecidos
  • Captação de O2: dependente da ventilação e função cardíaca Ventilar, pois, vias aéreas obstruem e não passa efeito da anestesia. Bradicardia: hipertensão, plano profundo, reflexo vagal induzido cirurgicamente, hipotermia, hipercalcemia, do- enças miocárdio, fármaco (xilazina). Taquipneia Apneia: hipotermia, hiperventilação recente, fármaco (propofol, quetamina, tiob.) FUNÇÃO RENAL: Ureia e creatinina sérica Urinálise Cuidar com fármacos de excreção renal - > podem não ser excretados devidamente levado à persistência da anes- tesia A maioria dos fármacos são excretados pelos rins. Perfil renal: ureia e creatinina FUNÇÃO HEPÁTICA: ALT e FA: lesão hepatocelular e colestase Ácidos biliares, albumina e glicose: função hepática Dificuldade de metabolismo dos fármacos → cuidar com doses em pacientes hepatopatas Perfil bioquímico: lesão hepática TEMPERATURA: Hipertermia → infecção Hipotermia → perda da capacidade de controle térmico → baixa metabolização dos fármacos. Hemorragia, lesão hipotalâmica

MONITORAMENTO DO PACIENTE NOS PROCEDIMEN-

TOS ANESTÉSICOS

SINAIS DE PROFUNDIDADE ANESTÉSICA:

Movimentos espontâneos, FC, FR, pressão arterial (maior a profundidade, menor a pressão), tônus muscular (quanto mais tônus, mais superficial), padrão respirató- rio (paciente superficial tem maior amplitude), posição do globo ocular (central pode estar ou muito profundo oumuito superficial - > central com tônus, superficial; cen- tral sem tônus, profundo), reflexos - > pupilar, palpebral (sem reflexo, mais profundo), corneal, laringotraqueal, podal e anal) (se perder reflexo pupilar - > deprimido. Pa- ciente em apneia pode perder o reflexo pupilar). SISTEMA CARDIOVASCULAR: O que pode causar bradicardia: plano profundo (superfi- cializar), tônus vagal acentuado (atropina), hipóxia grave (atropina), narcóticos (morfina, fentanil, metadona. Faz atropina para tratar), hipotermia (não responsiva à atro- pina, aquecer), intoxicação por digitálicos (atropina), hi- potireoidismo (atropina) e hipercalemia. Não fazer atropina em bovinos e equinos Parâmetro de bradicardia: <60 cães, <90 gatos, <20 equi- nos, <50 bovinos. O que pode causar taquicardia: plano superficial, estí- mulo doloroso, hipovolemia/hipotensão, hipóxia e hiper- capnia (estímulo simpático), hipertermia maligna, ceta- mina, atropina, hipertireoidismo/feocromocitoma. ECG: bloqueio atrioventricular (atropina), complexo ven- tricular prematuro (lidocaína), fibrilação ventricular (tra- tar como parada). Pressão arterial: parâmetro mais importante para avaliar profundidade anestésica Causas de hipotensão: opióides, atropina em excesso, ta- quicardia, baixo débito cardíaco, acepromazina, baixo vo- lume sistólico, isoflurano, Propofol e vasodilatação. Tratamento da hipotensão:

  • Ajuste do plano
  • Bolus cristaloide
  • Fármacos inotrópicos positivos (dopamina infusão contínua até regular) Causas de hipertensão: plano superficial, estímulo dolo- roso (aprofundar e fazer analgésico), hipertermia (dan- drolene, solução fisiológica gelada), simpaticomiméti- cos, insuficiência renal, hipertireoidismo.

SISTEMA RESPIRATÓRIO:

Causas de hipoxemia: atelectasia ou hipoperfusão capi- lar (decúbito prolongado), anestesia com oxigênio puro. Como corrigir hipoxemia: ventilação manual - > estimula abertura dos alvéolos Capnógrafo - > CO2 baixo, hiperventilação; CO2 alto, hipo- ventilação. Hipercapnia: >60mmHg. Corrige com ventilação. Hipocapnia: <20mmHg. Causado por superficialização e dor ou acidose metabólica. Estágios anestésicos:

  • Estágio I
  • Estágio II
  • Estágio III 1 º, 2º, 3º, 4º
  • Estágio IV Equipamentos especiais: EEG (eletroencefalograma), ECG (eletrocardiograma), EMG
  • PA e PVC
  • FC e sons cardíacos
  • O2 e CO Monitoração transoperatória: conhecimento do fármaco da fisiologia e fisiopatologia, estado do paciente APA, re- gistros das observações. Solução heparinizada: NaCl (salina) e heparina Acidose metabólica: hemogasimetria MPA: Xilazina 2-10% Xilazina 2%: em 100 partes de solvente temos 2 partes de xilazina. Em 100mL de solvente temos 2g de xilazina 20mg/mL 2% _ 100 ml X _ 2g Xilazina 20mg/mL