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Contaminação Microbiana em
Produtos Farmacêuticos
Profª. Lyghia Meirelles
Controle de Qualidade de Medicamentos
Introdução
- Contaminação – segurança e qualidade de produtos farmacêuticos
- Limites: Ausência absoluta x Grandeza definida
- Via de administração
- Contaminante provável
- Microrganismos viáveis: patogênicos e não-patogênicos
- Ensaios qualitativos
- Ensaios quantitativos
Introdução
- Fontes de Contaminação
- Fatores diretos
- Fatores indiretos Insumo Equipamento Ambiente Operador Embalagem Possíveis contaminantes
Introdução
- Objetivo
- Comprovar a ausência de microrganismos patogênicos
- Determinar o número de microrganismos viáveis Materiais analisados?!?
Estéreis
Parenterais Oftálmicos, nasais* e otológicos*
Não-
estéreis
Cosméticos Tópicos e orais
Controle microbiano na
obtenção de insumos
- Rota de síntese
- Tipo de produto
- Instalações e utilidades
- Equipamentos
- Controle ambiental
- Pessoal
Desenvolvimento do produto
• BPF
- Foco no processo a partir da qualidade esperada no produto
- Identificar pontos críticos do processo
- Risco x Produto
- Fórmula
Fórmula
- Fármaco
- Indutores ou inibidores do crescimento
- Excipientes
- Conservante – teste de eficácia
- Antioxidante - ↓ aeróbios
- Agente osmótico
- Alcalinizantes / Acidificantes
- Tensoativos – ↓ Gram + / ↑ Gram -
- Estocagem
- Refrigeração / Congelamento / > 50°C
- Integridade do sistema de fechamento Origem da MP e uso pretendido da fórmula!!!
Fórmula
- Água
- Biofilme
- Especificações farmacopeicas: água purificada e pra injetáveis
- Água potável: Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 (MS)
Processo
- Fabricação
- Não estéreis b) Líquidos e semi-sólidos Umidade residual: tanques, tubulação e envasadores
- Estéreis BPF + elementos críticos Filtros HEPA (eficiência 99,97% - 0,3 μm) Fluxo de ar laminar nº reduzido de operadores
Produtos Não Estéreis
- Produtos nos quais admite-se carga microbiana, mesmo que limitada, devido a sua utilização. Cosméticos (RE ANVISA nº 481/1999) Tipo 1 Tipo 2 Produtos para uso infantil, área dos olhos e produtos que entram em contato com mucosas Demais produtos cosméticos susceptíveis a contaminação microbiológica.
Padrões Microbianos
- As primeiras inclusões de limites microbianos aplicados a produtos e insumos farmacêuticos recomendavam a “ausência de emboloramento” – USP 11 ( 1938 )
- 1947 (USP 13 ) – ausência de E. coli
- Ao longo dos anos as exigências tornaram-se maiores com inclusão de novas cepas patogênicas
- Brasil – F.B. 2 ª ed. ( 1959 ) – estabelece limites microbianos
- A partir da 4 ª ed. – mais completa
Padrões Microbianos
F.B. V ed, 2010
Amostragem
- Assepsia da bancada,
- Local adequado,
- Vidraria estéril,
- Plano de amostragem – representativo
- Sacos ou barricas (matéria-prima pó não estéril) - retirar frações da parte inferior, mediana e superior dos volumes amostrados (√n ou √n + 1 do total dos recipientes)
- Produto acabado – 3 amostras do início, 4 do meio e 3 do fim do processo de embalagem/envase. **Quantidade:
- Para a pesquisa de patógenos: 10 g(mL) do produto/análise.
- Amostra total: 10 g (mL) ou inferior - o total deve ser analisado.
- Amostras com alto valor agregado: pode ser reduzida para 1 g(mL).** Misturar amostras para análise
Preparação da Amostra
- Transporte sob condições adequadas
- Diluição da amostra: solução salina 0 , 1 %, solução tamponada (pH 7 ) ou caldo lactose. Ajuste do pH do produto diluído para a faixa da neutralidade.
- Homogeneização da amostra: representatividade.
- Adição de inativantes esterilizados: presença de conservantes ou antimicrobianos NÃO impedir crescimento microbiano
Preparação da Amostra
Preparação da Amostra
- Algumas formas farmacêuticas ou cosméticas poderão exigir tratamento específico, no sentido de permitir o contato íntimo da amostra com o meio diluente - Suspensões (diluição superior 1 : 10 / tensoativo) - Emulsões e Semi-sólidos (tensoativo / aquecimento < 45 °C)
- Quantidade analisada
- 10 g ou mL
- Exceções: Quantidade por dose unitária (comprimido, cápsula) menor ou igual a 1 mg, analisar pelo menos 10 doses unitárias. Tamanho do lote é extremamente pequeno (< 1000 mL ou 1000 g), analisar 1 % do lote
Semeadura e Incubação
- Filtração por membrana
- Utilizar equipamento de filtração que possibilite a transferência da membrana para os meios de cultura.
- Membranas de nitrato de celulose: para soluções aquosas, oleosas ou fracamente alcoólicas
- Membranas de acetato de celulose: para soluções fortemente alcoólicas.
Semeadura e Incubação
- Filtração por membrana
- Transferir 10 mL, ou a quantidade de diluição que represente 1 g ou 1 mL da amostra a ser testada, para duas membranas e filtrar imediatamente.
- Lavar as membranas pelo menos três vezes com aproximadamente 100 mL do fluido de lavagem adequado.
- Transferir uma das membranas para a superfície de uma placa. Microrganismos aeróbicos totais Bolores e leveduras Ágar caseína-soja Ágar sabouraud-dextrose 32,5 ºC ± 2,5 °C 22,5 ºC ± 2,5 °C 3 - 5 dias 5 - 7 dias Vantagem: amostras de grande volume
Semeadura e Incubação
- Método de Placa - Superfície
- Adicionar em placas de Petri, separadamente, 15 - 20 mL de ágar caseína soja e ágar Sabouraud-dextrose e deixar solidificar.
- Adicionar à superfície de cada meio de cultura, 0 , 1 mL da amostra preparada, espalhar com auxílio de uma alça.
- Incubar as placas sob as condições já descritas.
Semeadura e Incubação
- Método de Placa – Pour Plate
- Adicionar 1 mL da amostra preparada em placa de Petri e verter, separadamente, 15 - 20 mL de ágar caseína soja e, ágar Sabouraud-dextrose mantidos a 45 – 50 °C.
- Utilizar duas placas para cada meio e diluição.
- Incubar as placas.
- Somente as placas que apresentarem numero de colônias inferior a 250 (bactérias) e 50 (bolores e leveduras) por placa deverão ser consideradas para o registro dos resultados.
Semeadura e Incubação
Análise Quantitativa
- Número Mais Provável
- Amostra de medicamento líquido foi inoculada nas diluições abaixo e apresentaram os seguintes resultados:
- O valor de NMP a ser lido na tabela correspondente seria 1 / 3 / 0 , que corresponde ao valor 16 NMP/g ou mL.
- Neste caso a amostra da diluição 10 -^2 , apresentou o maior número de tubos contaminados, logo deve ser multiplicado por 100 para a obtenção do valor do NMP real por mL. Assim, o resultado final será: 1600 UFC/mL. 10 - 1 1 tubos positivos 10 - 2 3 tubos positivos 10 - 3 0 tubos positivos
Análise Quantitativa
- Método da Membrana Filtrante
- Multiplica-se a média das placas pelo respectivo fator de diluição e se expressa o resultado em UFC/g ou UFC/mL de amostra. 5 UFC ( 1 : 10 ) = 5 x 10 = 50 UFC/g 1 UFC ( 1 : 100 ) = 1 x 100 = 100 UFC/g 0 UFC ( 1 : 1000 ) = 0 x 1000 = 0 UFC/g Média = ( 50 + 100 + 0 ) / 3 = 50 UFC/g
Análise Quantitativa
- Método de Placa
- Tomar a média aritmética das placas de cada meio e calcular o número de UFC por grama ou mL do produto