Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Aula 1 Introdução a Mecanica dos fluidos, Notas de aula de Engenharia Química

Introdução a Mecanica dos fluidos

Tipologia: Notas de aula

2011

Compartilhado em 09/11/2011

reishf84
reishf84 🇧🇷

4.7

(21)

52 documentos

1 / 14

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
1
1
Mecânica dos Fluidos
Unidade 1-
Propriedades Básicas
dos Fluidos
2
Quais as diferenças fundamentais
entre fluido e sólido?
Fluido é mole e
deformável
Sólido é duro e muito
pouco deformável
3
Os conceitos anteriores estão
corretos!
Porém não foram
expresso em uma
linguagem científica e
nem tão pouco
compatível ao dia a dia
da engenharia.
4
Passando para uma linguagem
científica:
A diferença fundamental entre sólido e fluido está
relacionada com a estrutura molecular, que para o
sólido as moléculas sofrem forte força de atração, isto
mostra o quão próximas se encontram e é isto também
que garante que o lido tem um formato próprio, isto
não ocorre com o fluido que a presenta as moléculas com
um certo grau de liberdade de movimento, e isto garante
que apresentam uma força de atração pequena e que
não apresentam um formato próprio.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Aula 1 Introdução a Mecanica dos fluidos e outras Notas de aula em PDF para Engenharia Química, somente na Docsity!

Mecânica dos Fluidos

Unidade 1- Propriedades Básicas dos Fluidos

Quais as diferenças fundamentais

entre fluido e sólido?

 Fluido é mole e deformável

 Sólido é duro e muito pouco deformável

Os conceitos anteriores estão

corretos!

Porém não foram expresso em uma linguagem científica e nem tão pouco compatível ao dia a dia da engenharia.

Passando para uma linguagem

científica:

A diferença fundamental entre sólido e fluido está relacionada com a estrutura molecular, já que para o sólido as moléculas sofrem forte força de atração, isto mostra o quão próximas se encontram e é isto também que garante que o sólido tem um formato próprio, isto já não ocorre com o fluido que apresenta as moléculas com um certo grau de liberdade de movimento, e isto garante que apresentam uma força de atração pequena e que não apresentam um formato próprio.

Primeira classificação dos fluidos:

Líquidos – apesar de não ter um formato próprio, apresentam um volume próprio, isto implica que podem apresentar uma superfície livre.

Primeira classificação dos fluidos

(continuação):

Gases e vapores – além de apresentarem forças de atração desprezível, não apresentarem nem um formato próprio e nem um volume próprio, isto implica que ocupam todo o volume a eles oferecidos.

Outro fator importante na

diferenciação entre sólido e fluido:

O fluido não resiste a esforços tangenciais por menores que estes sejam, o que implica que se deformam continuamente. F

Outro fator importante na diferenciação

entre sólido e fluido (continuação):

Já os sólidos, a serem solicitados por esforços, podem resistir, deformar-se e ou até mesmo cisalhar.

A definição quantitativa depende

do sistema de unidade considerado

Por exemplo, se considerarmos o Sistema Internacional (SI) para a mecânica dos fluidos, temos como grandezas fundamentais:

M – massa – kg (quilograma) L – comprimento – m (metro) T – tempo – s (segundo)

As demais grandezas são denominadas

de grandezas derivadas:

F – força – N (newton) – [F] = (M*L)/T^2 V – velocidade – m/s – [v] = L/T dv/dy – gradiente de velocidade – hz ou 1/s

T

1 T L

LT

dy

dv (^) - 1

= =^ = 

 

Um outro sistema bastante

utilizado até hoje é o MK*S

Nele as grandezas fundamentais adotadas para o estudo de mecânica dos fluidos são:

F – força – kgf – (1 kgf = 9,8 N) L – comprimento – m – metro T – tempo – s (segundo)

M – massa – utm (1 utm = 9,8 kg) –

ρ - massa específica kg/m³ -

Algumas grandezas derivadas no

MK*S:

L

M=F^ ×^ T^2

4

2

3 L

F T

L

M ×

Lei de Newton da viscosidade:

Para que possamos entender o valor desta lei, partimos da observação de Newton na experiência das duas placas, onde ele observou que após um intervalo de tempo elementar (dt) a velocidade da placa superior era constante, isto implica que a resultante na mesma é zero, portanto isto significa que o fluido em contato com a placa superior origina uma força de mesma direção, mesma intensidade, porém sentido contrário a força responsável pelo movimento. Esta força é denominada de força de resistência viscosa - Fμ

Determinação da intensidade da

força de resistência viscosa:

F μ = τ×A contato

Onde ττττ é a tensão de cisalhamento que será determinada pela lei de Newton da viscosidade.

Enunciado da lei de Newton da

viscosidade:

dy

dv τ α

“A tensão de cisalhamento é diretamente proporcional ao gradiente de velocidade.”

Constante de proporcionalidade da

lei de Newton da viscosidade:

A constante de proporcionalidade da lei de Newton da viscosidade é a viscosidade dinâmica, ou simplesmente viscosidade - μ

dy

dv τ = μ ×

 Determina-se a massa total (recipiente mais o volume V da amostra da gasolina – m 2 )  Através da diferença entre m 2 e m 1 se obtém a massa m da amostra de volume V da gasolina, portanto, obtém-se a massa específica da mesma, já que:

Verificação da gasolina através da

sua massa específica:

Verificação da gasolina através da

sua massa específica:

V

m ρ =

Verificação da gasolina através da

sua massa específica:

 Compara-se o valor da massa específica obtida com os valores especificados para que a gasolina seja considerada sem adulteração.

 Através da comparação anterior obtém-se a conclusão se a gasolina encontra-se, ou não, adulterada.

Para desenvolver este cálculo é necessário se conhecer a função v = f(y)

Cálculo do gradiente de velocidade

v v = constante

V=

y

O escoamento no fluido não tendo deslocamento transversal de massa (escoamento laminar)

 Considerar v = f(y) sendo representado por uma parábola

v v = constante

V=

y

v = ay^2 + by + c

Onde:

 v = variável dependente;  y = variável independente;  a, b e c são as incógnitas que devem ser determinadas pelas condições de contorno

Condições de contorno:

 Para y =o tem-se v = 0, portanto: c = 0  Para y = ε tem-se v = v que é constante, portanto: v = a* ε^2 + b* ε (I)  Para y = ε, tem-se o gradiente de velocidade nulo: 0 = 2a ε + b, portanto: b = - 2a ε  Substituindo em (I), tem-se: v = - a* ε^2 , portanto: a = - v/ ε^2 e b = 2*v/ ε

Comprovação da terceira condição

de contorno:

 Considerando a figura a seguir, pode-se escrever que:

Portanto no vértice se tem tg (90-90) = tg 0 = 0

dv

dy α

90- α dy

dv

tg (90- α)=

Equação da parábola:

y

2 v y

v v

ε ε

=− +

E a equação do gradiente de velocidade seria:

ε ε

2v y

2 v

dy

dv =− 2 +

Simplificação prática da lei de Newton da viscosidade

Esta simplificação ocorre quando consideramos a espessura do fluido entre as placas (experiência das duas placas) o suficientemente pequena para que a função representada por uma parábola seja substituída por uma função linear

V = a*y + b

y

v = cte

v = 0

Simplificação prática da lei de Newton da viscosidade:

constante

v dy

dv

constante

v dy

dv ye

v portanto:v

v paray setemv v,portantoa

paray 0 setemv 0,portantob 0

= × = × =

= = =

= = =

= = =

ε

τ μ μ

ε ε

ε

ε

Determinação da viscosidade:

  1. Conhecendo-se o fluido e a sua temperatura. Neste caso se conhece o x e o y e através do diagrama a seguir obtém-se a viscosidade em centipoise (cP) 1cP = 10-2^ P = 10-2^ (dinas)/cm² = 10-3^ (Ns)/m² = 10-3^ Pa*s

Para gases: a viscosidade aumenta com a temperatura

T (ºC)

μ (cP)

y

x

Para líquidos: a viscosidade diminui com a temperatura

T (ºC) μ (cP)

y

x

Determinação da viscosidade:

  1. Sendo conhecido o diagrama da tensão de cisalhamento (τ) em função do gradiente de velocidade (dv/dy)

μ tg

dy

dv

Água a 38ºC

Água a 16ºC

α dv/dy

α`

tg α = μ

Propriedades dos fluidos

 Massa específica - ρ

Equação dimensional possibilita a definição qualitativa da massa específica: [ρ] = ML-3^ = FL-4*T^2

V

m

volume

massa ρ= =

Propriedades dos fluidos

 Peso específico - γ

Equação dimensional possibilita a definição qualitativa do peso específico: [γ] = ML-2T-2^ = F*L-

V

G

volume

peso γ= =

Propriedades dos fluidos

 Relação entre peso específico e massa específica

g V

m g

V

G =ρ×

× γ = =

m ³

kgf 1000

Paralíquidos

padrão H 2 O 4 º C

padrão

r

γ =γ =

γ

γ γ =

Peso específico relativo - γγγγ r

Para os gases deve-se considerar a

massa específica do ar nas CNPT

 Para isto aplica-se a equação de estado nas CNPT:

m

kg

R T ,

p

ar

abs

ρarCNPT = × = × ≅

Propriedades dos fluidos

 Viscosidade cinemática - ν

Equação dimensional possibilita a definição qualitativa da viscosidade cinemática [ν] = L^2 *T-

ρ

μ ν =

Observações sobre a unidade de νννν

 SI e MK*S – [ν] = m²/s

 CGS - [ν] = cm²/s = stokes (St)

 1 cSt = 10-2^ St = 10-2^ cm²/s = 10-6^ m²/s