Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Atlas de urinálise e principais componentes, Esquemas de Urologia

Imagens dos principais aspectos, que compõem a urina

Tipologia: Esquemas

2019

Compartilhado em 14/10/2021

joao-carlos-vilela-vieira-junior-1
joao-carlos-vilela-vieira-junior-1 🇧🇷

1 documento

1 / 53

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Atlas de uroanálise
1
Acadêmica Jéssica Dornelles
Disciplina de líquidos corporais
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Atlas de urinálise e principais componentes e outras Esquemas em PDF para Urologia, somente na Docsity!

Atlas de uroanálise

Acadêmica Jéssica Dornelles

Disciplina de líquidos corporais

Índice

Introdução Procedimento operacional padrão no EQU Exames químicos na urina Cristais na urina acida cristais de acido úrico cristais de oxalato de cálcio cristais de urato amorfo cristais de acido hipúrico Cristais na urina alcalina cristais de fosfato triplo Cristais de biurato de amônio cristais de fosfato de cálcio Cristais de fosfato amorfo Cristais anormais na urina cristais de leucina Cristais de tirosina cristais de colesterol cristais de cistina cristais de bilirrubina cristais de carbonato de cálcio cristais de sulfa e outros medicamentos Grânulos de hemossiderina Cilindros na urina cilindro hialinos ou translúcidos cilindro granulosos ou granulares cilindro céreo cilindro eritrocitário ou hemático cilindro leucocitário cilindroides cilindro adiposo cilindro misto cilindro epitelial Estruturas diversas células epiteliais escamosas células epiteliais pavimentosas células epiteliais transicionais células epiteliais dos túbulos renais hemácias leucócitos corpos ovais gordurosos candida albicans trichonomas vaginalis filamentos de muco flora bacteriana fibras na urina Gotículas de gordura espermatozoides Bolhas de ar bibliografia

Tipos de coleta da urina:

  • amostra de 24 horas
  • amostra colhidas por catéter
  • punção suprapúbica
  • jato médio de micção espontânea
  • amostras pediátricas ( uso de coletores de plástico).

Cuidados que devem ser observados na coleta do material:

  • o recipiente para a coleta da amostra deve ser limpo e seco;
  • a amostra deverá ser entregue imediatamente ao laboratório, e analisada

dentro de l hora, caso isto não seja possível, deve-se manter a amostra

refrigerada, por no máximo 24 horas;

  • o recipiente contendo a amostra deverá estar corretamente identificado,

contendo: nome, data e horário;

  • as amostras obtidas por sonda ou punção suprapúbica, podem conter

hemáceas devido ao trauma durante a coleta da amostra;

  • deve-se coletar uma amostra de 20 a 100 ml;
  • ao coletar a amostra por jato médio, os pacientes devem ser orientados para

realizar a assepsia antes de coletar a amostra, e sempre desprezar a 1°

porção da urina. A assepsia em mulheres, deve ser realizada através de uma

cuidadosa lavagem da vulva e intróito vaginal com água e sabão, enquanto

que nos homens, faz-se a assepsia da glande e meato uretral. Para coletar a

amostra por jato médio de micção espontânea, deve-se deixar que, uma

porção da urina seja expelida no vaso sanitário antes de coletar a amostra,

dessa forma, elimina-se a 1° porção da urina, para evitar possíveis

contaminações.

EXAME FÍSICO : Volume; Cor; Aspecto; Densidade.

Procedimento operacional padrão EQU

1. SINÔNIMO: Exame Comum de Urina, EQU, Exame Qualitativo de Urina. 2. OBJETIVO: Este POP estabelece critérios e procedimentos cujo objetivo seja realizar um Exame Qualitativo de Urina. 3. APLICAÇÃO: Essa técnica é empregada para avaliação do funcionamento do sistema urinário, diagnóstico de infecções do trato urinário, detecção de início assintomático de doenças como Diabete mellitus , hepatopatias e outras avaliações metabólicas. 4. INTRODUÇÃO: O EQU é um exame para avaliação das funções renais e do trato urinário. Através dele também se pode diagnosticar doenças do metabolismo, como Diabete mellitus , pois quando a glicose está muito alta ultrapassa o limiar renal e a pessoa excreta glicose pela urina. Este exame se divide em 3 fases: exame físico, químico e microscópico. Exame Físico: através do exame físico de urina, avaliam-se coloração, aspecto e densidade da amostra.

  • Coloração: As descrições de coloração utilizadas pelo Laboratório Escola de Biomedicina são: amarelo-claro, amarelo, amarelo citrino e amarelo-escuro.
  • Aspecto: O aspecto da urina se refere à turbidez da amostra e é determinado de maneira visual. Assim, a urina é classificada como límpida (transparente) ou turva.
  • Densidade: A avaliação da capacidade de reabsorção renal é um componente necessário do exame de urina e é realizada medindo-se a densidade da amostra através de um refratômetro devidamente calibrado. Os limites fisiológicos variam de 1.005 a 1.040. Exame Químico: Preparativos e Cuidados: Num tubo de uroanálise (cônico), colocar 10 mL de urina homogeneizada;
    • Utilizar tiras/ fitas reativas dentro da validade e corretamente conservadas;
    • A urina deve estar a temperatura ambiente;
    • Cuidar a perda de reagente por lavagem;
    • Cuidar o carreamento de reagente ao retirar a fita. Procedimento:
    • Mergulhar a tira completamente e de maneira rápida (deixar aprox. 5 segundos);
    • Retirar lateralmente o excesso de urina em papel absorvente;
    • Aguardar o tempo especificado (tempo ideal: após 60 seg. e < 120 segundos) e realizar a leitura no frasco das tiras, conforme escala.
    • Anotar os resultados conforme padronização de cores do Kit, onde avaliam-se: pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito e leucócitos.
    • As tiras reativas são constituídas por quadrados de papel absorvente impregnados com substâncias químicas e presos a uma tira de plástico.
    • Quando o papel absorvente entra em contato com a urina, ocorre uma reação

química que produz uma mudança de coloração. As cores resultantes são

interpretadas comparando-se cuidadosamente com as cores da tabela.

5.2 Coleta:

A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco. Recomenda-se o uso de recipientes descartáveis por serem econômicos e pôr eliminarem a possibilidade de contaminação decorrente de lavagem incorreta.

O recipiente de amostra deve ser devidamente etiquetado , contendo data e nome do paciente. As etiquetas devem ser postas sobre o recipiente e não sobre a tampa.

A amostra deve ser entregue imediatamente ao laboratório e analisada dentro de uma hora. A amostra que não puder ser entregue ou analisada dentro desse tempo devera ser refrigerada ou receber conservante químico apropriado.

5.2.1 Preparo do Paciente

Recomenda-se que a coleta seja realizada após 8 horas de repouso, antes da realização das atividades físicas habituais do indivíduo e, preferencialmente, em jejum.

Alternativamente, a amostra de urina pode ser coletada em qualquer momento do dia, preferencialmente após 4 horas da última micção.

O paciente deve ser orientado com relação ao procedimento de coleta de urina de jato médio.

5.2.2 Cuidados para a coleta

Utilizar frascos descartáveis, não reutilizados e estéreis.

  • Não adicionar agentes conservantes a amostra de urina.
  • Procedimentos para coleta de urina de jato médio:

Coleta masculina

  1. Expor a glande e lavá-la com água e sabão (não usar antisséptico);
  2. Enxugar com toalha de pano limpa ou de papel descartável, ou com uma gaze;
  3. Com uma das mãos, expor e manter retraído o prepúcio;
  4. Com a outra mão, segurar o frasco de coleta destampado e identificado;
  5. Desprezar no vaso sanitário o primeiro jato urinário;
  6. Sem interromper a micção, urinar diretamente no frasco de coleta até completar 20 a 50 ml;
  7. Desprezar o restante da urina existente na bexiga no vaso sanitário e fechar o frasco de urina.

Coleta feminina*

  1. Lavar a região vaginal, de frente para trás, com água e sabão (não usar antisséptico);
  2. Enxugar com toalha de pano limpa ou de papel descartável, ou com uma gaze;
  3. Sentar no vaso sanitário e abrir as pernas;
  4. Com uma das mãos, afastar os grandes lábios;
  5. Com a outra mão, segurar o frasco de coleta destampado e identificado;
  6. Desprezar no vaso sanitário o primeiro jato urinário;
  7. Sem interromper a micção, urinar diretamente no frasco de coleta até completar 20 a 50 ml;
  8. Desprezar o restante da urina existente na bexiga no vaso sanitário e fechar o frasco de urina.

Coleta de urina em crianças/lactentes

  1. Em crianças muito jovens e neonatos, o laboratório clínico pode empregar coletor autoaderente hipoalergênico;
  2. Fazer a higiene da criança. Não aplicar pós, óleos ou loções sobre a pele das regiões púbica e perineal;
  3. Identificar o coletor autoaderente;
  4. Separar as pernas da criança;
  5. Certificar-se de que a região púbica e perineal estão limpas, secas e isentas de muco.

Meninas : retirar o papel protetor do coletor autoaderente. Esticar o períneo para remover as dobras da pele. Colocar o adesivo na pele em volta dos genitais externos, de modo que a vagina e o reto fiquem isolados e evitando a contaminação. Caso não ocorra a emissão de urina até 30 minutos após a colocação do coletor, ele deve ser retirado. Meninos : retirar o papel protetor do coletor autoaderente. Colocar o coletor autoaderente de maneira que o pênis fique no seu interior. Caso não ocorra a emissão de urina até 30 minutos após a colocação do coletor, ele deve ser retirado.

5.3 Estabilidade e Armazenamento: Depois de colhida, a amostra deve ser encaminhada ao laboratório em no máximo 2 horas. Caso contrário a mesma deve ser refrigerada ou deve-se acrescentar algum líquido conservante.

5.4 Materiais inadequados: Amostra colhida aleatoriamente, sem higiene e sem acondicionamento correto.

6. MATERIAIS NECESSÁRIOS:
  • Frasco seco, estéril e descartável para coleta da amostra;
  • Tubo cônico;
  • Refratômetro;
  • Água destilada;
  • Solução de NaCl a 5%;
  • Papel absorvente;
  • Micropipetas multivolumétricas;
  • Ponteiras descartáveis;
  • Centrífuga;
  • Fitas reagentes de urina;
  • Lâmina para microscopia;
  • Lamínula 22mm X 22mm;
  • Microscópio ótico.

6.1 Estabilidade e Armazenamento: Atentar a validade das fitas e a calibração do refratômetro.

7. METODOLOGIA:

7.1 Exame Físico: A determinação de coloração e aspecto é realizada através de observação macroscópica da amostra. A determinação da densidade é realizada com o uso de refratômetro devidamente calibrado, com ajuste feito com água destilada (registro em planilha específica) e posterior determinação da densidade da amostra pingando-se de 1 a 2 gotas da mesma sobre o prisma e voltando-o para luz.

7.2 Exame químico: As determinações químicas da amostra são realizadas após colocação de alíquota da amostra previamente homogeneizada (10 mL) em tubo cônico seco e limpo. Em seguida se pega uma fita reagente, introduz-se rapidamente no tubo cônico atentando para que todos os quadrados absorventes estejam cobertos com a amostra, retira-se a fita, absorve-se o excesso da amostra em papel absorvente e, dentro de um minuto, compara-se as cores da fita com a tabela do frasco de fitas. A primeira leitura realizada é a leitura do pH.

Para confirmação, coleta-se uma outra amostra, a primeira da manhã - RESULTADO NEGATIVO - Ptn Ortostática ou Postural.

8.3 Proteína de Bence Jones

Mieloma múltiplo - Proliferação dos plasmócitos - Liberação de microglobulinas (Bence Jones) de baixo peso molecular - Proteinuria. Levar cerca de 5 mL de urina ao BM 50 - 60ºC e levar ao BM 100º por 5 minutos. Se ficar límpida, confirma-se Proteínas de Bence Jones. Se continuar turvo, pode ser qualquer outro tipo de proteína.

Característica: Desnatura aos 50-60º C e torna-se límpida aos 100º C. Se der positivo, confirmar com eletroforese ou contraimunoeletroforese.

8.4 Glicosúria

Adicionar: 2 mL de Reativo de Benedict + 4 gotas de urina

Homogeneíza. Coloca em banho fervente por 5 minutos.

Resultado Positivo quando: Marron Tijolo: ++++

Verde com sedimento amarelo: +++

Verde sem sedimento amarelo: ++

Verde claro: +

Resultado Negativo quando: A cor se mantém Azul

8.5 Corpo Cetônicos

Adicionar: 1 mL de urina + 6 gotas de Reativo de Imbert. Homogeneizar. Acrescentar 1 mL de hidróxido de Amônia vagarosamente pelas bordas do tubo.

Resultado positivo: Formação de halo roxo entre duas fases.

9. Comentários Clínicos

As principais causas de erro e de resultados falsos do exame de urina estão relacionadas à fase pré-analítica (preparo do paciente, coleta, transporte e armazenamento da amostra).

Em urinas armazenadas entre 4 e 8ºC pode haver a precipitação de solutos como uratos e fosfatos que interferem no exame microscópico. Leucócitos e hemácias podem sofrer lise e os cilindros podem se dissolver, com redução significativa de seu número após 2 a 4 horas. Quanto maior o tempo de armazenamento, maior a decomposição dos elementos , especialmente quando a urina está alcalina (pH > 7,0) e a densidade é baixa (≤ 1.010).

- Pro teinúria : é provavelmente o achado isolado mais sugestivo de doença renal , especialmente se associado a outros achados do exame de urina (cilindrúria, lipidúria e hematúria).

  • Glicosúria : pode ocorrer quando a concentração de glicose no sangue alcança valores entre 160 e 200 mg/dl ( limiar renal ) ou devido a distúrbios na reabsorção tubular renal da glicose: desordens tubulares renais, síndrome de Cushing, uso de corticoesteróides, infecção grave, hipertireoidismo, feocromocitoma, doenças hepáticas e do sistema nervoso central e gravidez.
  • Cetonúria : As principais condições associadas são diabetes mellitus e jejum prolongado. - Sangue : a hematúria resulta de sangramento em qualquer ponto do trato urinário desde o glomérulo até a uretra, podendo ser devido a doenças renais, infecção, tumor, trauma, cálculo, distúrbios hemorrágicos ou uso de anticoagulantes. A pesquisa de hemácias dismórficas auxilia na distinção das hemácias glomerulares e não glomerulares. A hemoglobinúria resulta de hemólise intravascular, no trato urinário ou na amostra de urina após a colheita. Os limites de detecção das tiras reagentes são: 5 hemácias por campo de 400X (hematúria) ou 0,015mg de hemoglobina livre por decilitro de urina (hemoglobinúria).

- Leucocitúria (ou piúria): está associada à presença de processo inflamatório em qualquer ponto do trato urinário, mais comumente infecção urinária (pielonefrite e cistite), sendo, portanto, acompanhada com freqüência de bacteriúria. A tira reagente detecta tanto leucócitos íntegros, como lisados , sendo, portanto, o método mais sensível.

  • Nitrito : sugere o diagnostico da infecção urinária , especialmente quando associado com leucocitúria. Indica a presença de 105 ou mais bactérias/ml de urina, capazes de converter nitrato em nitrito, principalmente Escherichia coli. - Bilirrubinúria : observada quando há aumento da concentração de bilirrubina conjugada no sangue (>1 a 2 mg/dL) geralmente secundária a obstrução das vias biliares ou lesão de hepatócitos. - Urobilinogênio aumentado: observado nas condições em que há produção elevada de bilirrubina como as anemias hemolíticas e desordens associadas à eritropoiese ineficaz, e nas disfunções ou lesões hepáticas (hepatites, cirrose e insuficiência cardíaca congetiva).

Cilindros : importantes marcadores de lesão renal , podem aparecer em grande número e de vários tipos dependendo da gravidade e do número de néfrons acometidos. Cilindros largos, em geral céreos ou finamente granulosos, são característicos da insuficiência renal crônica. Cilindros leucocitários podem ocorrer em condições inflamatórias de origem infecciosa ou não-infecciosa, indicando sempre a localização renal do processo. A presença de cilindros eritrocitários está associada à hematúria glomerular.

- Células epiteliais : as escamosas revestem a porção distal da uretra masculina, toda a uretra feminina e também a vagina e são as mais comumente encontradas no exame do sedimento urinário. A presença de número aumentado de células epiteliais escamosas indica contaminação da amostra de urina com material proveniente da vagina, períneo ou do meato uretral. - Flora bacteriana : A presença de bactérias na urina pode estar relacionada à infecção urinária, mas apresenta baixa especificidade para esse diagnóstico.

10. BIOSSEGURANÇA:

A amostra de urina é uma amostra biológica que pode ser potencialmente infectante, assim, todos os cuidados de biossegurança devem ser tomados. O uso de EPIs é indispensável.

11. CONTROLE DE QUALIDADE:
  • As tiras reagentes de urina devem ser protegidas da deteriorização causada por umidade, substâncias químicas voláteis, calor e luz. Os frascos das fitas, quando não estiverem em uso, devem ser guardados bem fechados e em ambiente fresco. Atentar ao prazo de validade.
  • O Laboratório Escola de Biomedicina está cadastrado no Programa Nacional de Controle Externo de Qualidade – PNCQ.

PROTEÍNA :

A urina normal contém quantidades muito pequena de proteínas, em geral, menos

de 10 mg/dl ou 150 mg por 24 horas. Esta excreção consiste principalmente de

proteínas séricas de baixo PM (albumina ) e proteínas produzidas no trato

urogenital ( Tamm – Horsfall ).

O teste com fita reagente é sensível a albumina , e o teste de precipitação ácida é

sensível a todas as proteínas indicando a presença tanto de globulinas quanto de

albumina, portanto, quando o resultado da fita for positivo, deve ser confirmado

com o método ácido sulfossalicílico( método de turvação).

INTERFERENTES: Quando a urina é muita alcalina, anula o sistema de

tamponamento, produzindo uma elevação do pH e uma mudança da cor, dando

um resultado falso positivo. Resultados falso negativo ocorrem com a

contaminação do recipiente da amostra com detergente.

PROTEINÚRIA : Lesão da membrana glomerular (complexos imunes, agentes

tóxicos), distúrbios que afetam a reabsorção tubular das proteínas filtradas,

mieloma múltiplo, proteinúria ortostática, hemorragia, febre, fase aguda de várias

doenças.

⇒ Pessoas saudáveis podem apresentar proteinúria após exercício extenuante ou

em caso de desidratação. Mulheres grávidas, podem apresentar proteinúria, nos

últimos meses, podendo indicar uma pré – eclâmpsia.

BILIRRUBINA:

A bilirrubina, é um produto da decomposição da hemoglobina , formado nas

células retículo-endoteliais do baço, fígado, medula óssea e transportado ao

sangue por proteínas. A bilirrubina não conjugada no sangue, não é capaz de

atravessar a barreira glomerular nos rins. Quando a bilirrubina é conjugada no

fígado, com o ácido glicurônico, formando o glicuronídeo de bilirrubina, ela se

torna hidrossolúvel e é capaz de atravessar os glomérulos renais, na urina. A urina

do adulto contém, cerca de 0,02mg de bilirrubina por decilitro, que não é

detectada pelos testes usuais. A presença de bilirrubina conjugada na urina sugere

obstrução do fluxo biliar; a urina é escura e pode apresentar uma espuma amarela.

A bilirrubinúria está associada com um nível sérico de bilirrubina(conjugada)

elevado, icterícia, e fezes acólicas(descoradas, pela ausência de pigmentos

derivados da bilirrubina).

⇒ A urina deve ser fresca , pois a bilirrubina é um composto instável à luz, que

provoca sua oxidação e conversão em biliverdina, apresentando resultado

falso-positivo. O glicuronídeo de bilirrubina, também hidrolisa rapidamente em

contato com a luz, produzindo bilirrubina livre, que é menos reativa nos testes de

diazotização.

INTERFERENTES : destruição da bilirrubina por exposição da amostra à luz,

presença de pigmentos urinários.

GLICOSE:

Em circunstâncias normais, quase toda a glicose filtrada pelos glomérulos é

reabsorvida pelo túbulo proximal, através de transporte ativo, e por isso a urina

contém quantidades mínimas de glicose. O limiar renal é de 160 a 180 mg/dl.

Um paciente com diabetes mellitus apresenta uma hiperglicemia, que pode

acarretar uma glicosúria quando o limiar renal para a glicose é excedido.

INTERFERENTES: ácido ascórbico, aspirina, levodopa, e agentes de limpeza

fortemente oxidantes utilizados nos frascos de urina, causam leitura falso positivo,

porque interferem nas reações enzimáticas. A alta densidade específica, diminui o

desenvolvimento da cor na fita.

SANGUE:

O sangue pode estar na urina na forma de hemáceas íntegras (hematúria) ou de

hemoglobina livre produzida por distúrbios hemolíticos ou por lise de hemáceas

no trato urinário (hemoglobinúria). O exame microscópico do sedimento urinário,

mostrará a presença de hemáceas íntregas, mas não de hemoglobina, portanto, a

análise química é o método mais preciso para determinar a presença de sangue na

urina.

INTERFERENTES:

falso negativo: ácido ascórbico, nitrito(infecção urinária), densidade específica alta,

pH ácido;

falso positivo: contaminação menstrual, mioglobinúria, peroxidase de vegetais e

por enzimas bacterianas.

HEMATÚRIA: cálculos renais, glomerulonefrite, tumores, traumatismos,

pielonefrite, exposição a drogas.

HEMOGLOBINÚRIA: lise das hemácias no trato urinário, hemólise intravascular

(transfusões, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções).

LEUCÓCITOS:

Indica uma possível infeção do trato urinário.

INTERFERENCIAS: amostras com densidade específica alta, onde a crenação dos

leucócitos pode impedir a liberação de suas esterases.

PIÚRIA: Todas as doenças renais e do trato urinário. Também podem estar

aumentados transitoriamente durante estados febris, e exercícios severos.

VALORES NORMAIS : 0 a 2 hemáceas por campo

0 a 5 leucócitos por campo

0 a 5 células epiteliais por campo

relata o número de cilindros observado por campo

LEUCÓCITOS:

Indica uma possível infeção do trato urinário.

INTERFERENCIAS: amostras com densidade específica alta, onde a crenação dos

leucócitos pode impedir a liberação de suas esterases.

PIÚRIA: Todas as doenças renais e do trato urinário. Também podem estar

aumentados transitoriamente durante estados febris, e exercícios severos.

VALORES NORMAIS : 0 a 2 hemáceas por campo

0 a 5 leucócitos por campo

0 a 5 células epiteliais por campo

relata o número de cilindros observado por campo

HEMÁCEAS:

Aparecem como discos incolores tendo cerca de 7um de diâmetro. Na urina

concentrada, as células encolhem e aparecem como discos crenados( células

pequenas com bordas onduladas), enquanto na urina alcalina, elas incham e se

lisam rapidamente, liberando sua hemoglobina, permanecendo só a membrana,

essas células são denominadas células fantasmas. Em certas ocasiões, as

hemáceas, podem ser confundidas com gotículas de óleo ou células

leveduriformes, entretanto, as gotículas de óleo apresentam grande variação de

tamanho e são altamente refringentes, e as células de leveduras apresentam

brotamento.

Significado clínico:. Seu aparecimento tem relação com lesões na membrana

glomerular, ou nos vasos do sistema urogenital. Uma grande quantidade de

hemáceas costuma decorrer de glomerulonefrite, mas também é observada em

casos de infecção aguda, reações tóxicas e imunológicas, neoplasias e distúrbios

circulatórios que rompem a integridade dos capilares renais. Hemáceas de

tamanho variáveis, com protusões celulares fragmentadas, são chamadas

dismórficas, e estão associadas principalmente à hemorragia glomerular, cálculos

renais, infecções e exercícios físico intenso.

CILINDROS:

Os cilindros são formados no interior da luz do túbulo contornado distal e ducto

coletor, suas formas são representativas da luz do túbulo, consistindo de lados

paralelos e extremidades arredondadas, o tamanho, depende da área de sua

formação. O principal componente é a proteína de Tamm-Horsfall, uma

glicoproteína excretada pela porção grossa ascendente da alça de Henle e pelo

túbulo distal.

Nas doenças renais, eles estão presentes em grande quantidade e sob várias

formas, a quantidade aumentada de cilindros, indica que a doença renal é

disseminada e que vários néfrons encontram-se envolvidos. Também podem estar

presente em indivíduos normais, após um exercício físico severo.

Cristais na urina acida

Os cristais na urina são geralmente formadas devido à ingestão insuficiente de

água, uma dieta rica em proteínas ou alterações no pH da urina. Cristais na urina

indica que algo está errado com o sistema urinário.

Cristais de acido úrico

Os estados patológicos em que se encontram aumentados no sangue são: Gota,

metabolismo das purinas aumentado, pode ocorrer em enfermidades febris

agudas e nefrites crônicas.

(a)

(a) Cristais de acido úrico com suas extremidades agudas.

(b)

(b) Imagem apresentando 2 cristais de acido úrico, em zoom maior.

(c)

(c) Imagem com muitos cristas de acido úrico, suas extremidades afiladas são capazes de mostrar o grau de lesão.

Cristais de oxalato de cálcio

Se grande quantidade de cristais de oxalato de cálcio estiver presente em urina

recém-emitida, deve-se suspeitar de processo patológico como intoxicação pelo

etilenoglicol, diabetes mellitus, doença hepática ou enfermidade renal crônica

grave. A ingestão de grande quantidade de vitamina C pode promover o

aparecimento desses cristais na urina, pois o ácido oxálico é um derivado da

degradação do ácido ascórbico e produz a precipitação de íons de cálcio. Essa

precipitação pode dar lugar também a uma diminuição no nível de cálcio sério.

(a)

(a) Cristais de oxalato de cálcio na urina e sua forma característica. (b)

(b) Cristais de oxalato de cálcio em amostra de urina, bem característico.