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Atividade Individual FGV - Economia dos Negócios, Trabalhos de Estratégia de Negócios

Considerando o cenário descrito no estudo de caso, que fala sobre o impacto da Covid-19 no mercado de petróleo, você deve escolher um setor econômico diferente do que foi apresentado, no cenário nacional, para realizar uma análise – sob a ótica da oferta e da demanda – sobre as possíveis implicações deste mesmo momento (pandemia de Covid-19) do mercado no setor escolhido.

Tipologia: Trabalhos

2023

À venda por 02/12/2023

jesiele-tavares
jesiele-tavares 🇧🇷

4.9

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ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz Atividade
Estudante:
Disciplina: Economia de Negócios
Turma:
INTRODUÇÃO
A disseminação do vírus da COVID-19 provocou uma pandemia que afetou diversos
setores econômicos, provocando alterações profundas no ambiente em que estávamos
inseridos. Entre os segmentos mais impactados, o turismo destacou-se, sofrendo
diretamente com as medidas de contenção do contágio que alteraram sua dinâmica
econômica.
Em um estudo de 2018, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) analisou os efeitos da
hotelaria no Brasil, revelando que essa atividade contribui com R$ 93 bilhões para o valor
bruto da produção da economia brasileira, adiciona R$ 37 bilhões ao Produto Interno Bruto
(PIB) do país e sustenta 694 mil empregos diretos, indiretos e induzidos. Esses números
destacam a relevância do setor na sociedade, agindo como um facilitador em diversas
esferas da vida humana e impulsionando o desenvolvimento econômico.
No ano de 2020, o setor do turismo, especialmente o hoteleiro, confrontou-se com um
novo e desafiador obstáculo: a pandemia de COVID-19. As implicações foram
significativas, impactando tanto a oferta quanto a demanda no setor hoteleiro. Muitos
estabelecimentos tiveram que operar com capacidade reduzida devido a regulamentações
governamentais e medidas de distanciamento social, enquanto outros optaram por fechar
temporariamente devido à falta de demanda. Grandes cadeias hoteleiras enfrentaram
desafios consideráveis, resultando no fechamento de várias unidades e em um substancial
queda na receita.
CONTEXTO DO SETOR
Durante o período da COVID-19, o setor hoteleiro no Brasil enfrentou desafios
substanciais, marcados por oscilações na oferta e demanda. A suspensão total das viagens
no início da pandemia resultou em uma drástica diminuição na ocupação dos hotéis, com
muitos fechando temporariamente. No entanto, a partir de setembro de 2020, com a
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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz Atividade Estudante: Disciplina: Economia de Negócios Turma:

INTRODUÇÃO

A disseminação do vírus da COVID-19 provocou uma pandemia que afetou diversos setores econômicos, provocando alterações profundas no ambiente em que estávamos inseridos. Entre os segmentos mais impactados, o turismo destacou-se, sofrendo diretamente com as medidas de contenção do contágio que alteraram sua dinâmica econômica. Em um estudo de 2018, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) analisou os efeitos da hotelaria no Brasil, revelando que essa atividade contribui com R$ 93 bilhões para o valor bruto da produção da economia brasileira, adiciona R$ 37 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do país e sustenta 694 mil empregos diretos, indiretos e induzidos. Esses números destacam a relevância do setor na sociedade, agindo como um facilitador em diversas esferas da vida humana e impulsionando o desenvolvimento econômico. No ano de 2020, o setor do turismo, especialmente o hoteleiro, confrontou-se com um novo e desafiador obstáculo: a pandemia de COVID-19. As implicações foram significativas, impactando tanto a oferta quanto a demanda no setor hoteleiro. Muitos estabelecimentos tiveram que operar com capacidade reduzida devido a regulamentações governamentais e medidas de distanciamento social, enquanto outros optaram por fechar temporariamente devido à falta de demanda. Grandes cadeias hoteleiras enfrentaram desafios consideráveis, resultando no fechamento de várias unidades e em um substancial queda na receita.

CONTEXTO DO SETOR

Durante o período da COVID-19, o setor hoteleiro no Brasil enfrentou desafios substanciais, marcados por oscilações na oferta e demanda. A suspensão total das viagens no início da pandemia resultou em uma drástica diminuição na ocupação dos hotéis, com muitos fechando temporariamente. No entanto, a partir de setembro de 2020, com a

reabertura gradual, hotéis, especialmente resorts e urbanos com instalações de lazer, começaram a atrair viajantes a lazer. A taxa de ocupação em 2021, conforme indicada no estudo "Hotelaria em Números 2022" da JLL, experimentou um aumento significativo para 43%, uma recuperação notável em relação ao ano anterior. Contudo, permaneceu abaixo dos níveis pré-pandêmicos de

  1. A progressão ao longo de 2021, com a vacinação em andamento, trouxe algum alívio, mas a variabilidade nas ocupações persistiu devido a preocupações com novas variantes do vírus. À medida que entramos atualmente, especificamente em 2023, o setor hoteleiro parece estar se recuperando gradualmente. A partir de março de 2022, a sensação de segurança difundida contribuiu para a recuperação da ocupação, alcançando e, em alguns casos, ultrapassando os níveis de 2019. No entanto, o setor ainda lida com os reflexos prolongados da pandemia. Figura 1 : Ocupação de hotéis urbanos. Fonte JLL, 2022. No lado da demanda, muitos viajantes cancelaram ou adiaram reservas, refletindo preocupações com saúde e restrições de viagens. A diminuição das viagens de negócios e turismo internacional teve impacto significativo. Com a preferência por opções locais em ascensão, os hotéis adaptaram-se, implementando medidas de segurança e oferecendo experiências mais isoladas. O gráfico abaixo ilustra as tendências de demanda no setor de turismo de 2020 a 2022.

não remuneradas. Como resultado, houve um aumento notável nas taxas de desemprego no setor. A taxa de inflação e o nível de preços nos serviços hoteleiros também foram afetados pela pandemia. A menor demanda por hospedagem e a pressão sobre a oferta podem ter contribuído para uma desaceleração da inflação nesse segmento. Os preços, provavelmente, foram influenciados pela busca por promoções e pela competição em uma base de clientes reduzida. Além disso, o impacto financeiro se estendeu aos investimentos no setor hoteleiro. A incerteza gerada pela pandemia desencorajou novos projetos e muitas propriedades enfrentaram desafios financeiros, incluindo atrasos em pagamentos de empréstimos e dificuldades para manter operações. Segundo o relatório "World Economic Outlook Update (WEO)" do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado em abril de 2021, o PIB global encolheu em 3,3% em 2020, marcando a recessão mais profunda em décadas, superando as perdas da grande recessão de 2009 (INTERNATIONAL MONETARY FUND, 2021). No contexto brasileiro, conforme a "Nota Informativa: Atividade Econômica, Resultado PIB 2020 e Perspectivas" da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME), publicada em 3 de março de 2021 (BRASIL, 2021), o PIB do Brasil contraiu-se em 4,1%. Este declínio foi menos acentuado se comparado a outras nações latino-americanas, como México (-8,7%) e Colômbia (-6,8%), e também em relação a países do G7, incluindo Reino Unido (-9,9%), Alemanha (-5,3%) e Japão (-4,8%). No aspecto anual, o segundo trimestre brasileiro destacou-se negativamente, sofrendo uma contração significativa de 10,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior e de 9,2% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Esses dados são detalhados na Tabela 1, organizada pelo IBGE e publicada na "Nota Informativa: Atividade Econômica, Resultado PIB 2020 e Perspectivas" da SPE/ME, evidenciando o impacto severo desse trimestre, que foi fortemente afetado pela primeira onda de contágio do vírus. Tabela 1 : PIB 2020 - Resultados Trimestrais

Observa-se que o setor mais gravemente impactado pela crise gerada pelo coronavírus foi o de serviços. Apesar de uma recuperação notável no terceiro e quartos trimestres, o setor experimentou a maior queda já registrada na série histórica, alcançando 4,5%. É relevante destacar que esse setor representa "mais de 70% de toda a atividade do país e emprega 55 milhões de brasileiros" (MARTINS, 2021), o que corresponde a aproximadamente metade da força de trabalho no Brasil. Dentro dos diversos segmentos que compõem o setor de serviços, aqueles que dependem de atendimento presencial foram os mais impactados. Conforme o gráfico fornecido pelo IBGE no relatório de Contas Nacionais Trimestrais referente ao quarto trimestre de 2020, o subsetor composto pelas "Outras atividades de serviços," que inclui atividades como alimentação, hospedagem e lazer, foi de longe o mais afetado, sofrendo uma queda de 12,1% no ano. Isso representa a maior contração já registrada na série histórica desse subsetor, conforme ilustrado na Figura 3. Figura 3 : PIB e subsetores. Fonte: IBGE, 2021. O setor do turismo também experimentou uma notável redução. Conforme a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE (2021a), o índice de volume das atividades turísticas no Brasil diminuiu em 36,7% ao longo de 2020. Se considerarmos o período desde março de 2020, quando as medidas de restrição se intensificaram, até os 12 meses

ANÁLISE MICROECONÔMICA

IMPACTO DIRETO NA OFERTA E DEMANDA

O comportamento do mercado interno, especialmente durante o período da COVID-19, teve repercussões diretas na oferta e demanda do setor hoteleiro. A capacidade e estratégias de oferta dos hotéis foram moldadas por variações na demanda local por viagens e hospedagem, com estratégias promocionais, adaptações sazonais e pacotes personalizados sendo implementados em resposta às mudanças nas preferências dos residentes. Nesse cenário, a influência do mercado interno na demanda por serviços hoteleiros foi ainda mais marcante, com fatores econômicos, eventos locais e padrões de consumo desempenhando um papel vital. Flutuações no poder de compra, períodos de férias locais e a presença de eventos culturais ou esportivos impactaram diretamente a procura por hospedagem, refletindo os desafios e adaptações enfrentados durante a pandemia. A exposição ao mercado internacional também foi transformada durante a COVID-19, alterando a dinâmica da oferta e demanda. Estratégias, como parcerias com agências de viagens estrangeiras e presença em plataformas globais de reservas, afetaram a oferta, enquanto variações nas taxas de câmbio, eventos globais e políticas de viagens moldaram a demanda internacional. Os hotéis se viram lidando com flutuações sazonais mais amplas, dependendo das complexidades e restrições associadas às tendências de viagens internacionais no contexto pandêmico. ESTRUTURA DE MERCADO Internamente, a estrutura de mercado foi redefinida pela competição entre hotéis locais durante a COVID-19, onde diferenciação, preços competitivos e ajustes às tendências locais foram essenciais para se destacar. A variedade de opções e estilos de hotéis tornou- se ainda mais crucial, e as regulamentações locais, incluindo políticas de zoneamento, influenciaram a entrada de novos players, destacando a necessidade de adaptação às novas normativas sanitárias e de segurança. No cenário internacional, a competição tornou-se global, com estabelecimentos internacionais emergindo como competidores significativos, e estratégias de marketing global, gestão de marca e conformidade com padrões internacionais tornando-se ainda mais essenciais. Questões como requisitos de visto e políticas de imigração adquiriram um novo peso, impactando a entrada e demanda internacional em um contexto global em constante mudança durante a pandemia.Em síntese, as pressões dos mercados interno e internacional foram claramente perceptíveis. Restrições locais e nacionais exerceram uma

pressão considerável sobre o mercado interno, enquanto a dependência anterior do turismo internacional introduziu desafios adicionais. Destinos focados no turismo doméstico, por outro lado, puderam experimentar uma demanda mais estável. Diante desses desafios, o setor hoteleiro buscou adaptações e inovações como estratégias de sobrevivência. Parcerias com empresas de entrega de alimentos, pacotes promocionais diferenciados e a implementação rigorosa de protocolos de limpeza e segurança tornaram-se práticas comuns para atrair a demanda e destacar-se no mercado.

CONCLUSÃO

A análise abrangente do setor hoteleiro diante da pandemia de COVID-19 revela uma paisagem complexa, moldada por mudanças profundas nas dinâmicas de oferta e demanda. O impacto diferenciado em grandes cadeias e estabelecimentos menores destaca a importância da estrutura de mercado na capacidade de resposta e sobrevivência. O setor enfrentou desafios significativos, desde a retração na oferta devido a fechamentos e restrições até a queda abrupta na demanda resultante de cancelamentos e mudanças nas preferências do consumidor. A pressão dos mercados interno e internacional exacerbou as dificuldades, com destinos dependentes do turismo internacional sofrendo mais intensamente. No entanto, é notável a capacidade de adaptação e inovação que emergiu no setor hoteleiro. Estratégias como parcerias com serviços de entrega, promoções diferenciadas e protocolos de segurança robustos demonstram a resiliência e o esforço do setor para se reinventar em resposta às novas condições. Minhas expectativas para o setor hoteleiro giram em torno de uma recuperação gradual à medida que a situação global da pandemia melhora. A flexibilidade para se adaptar continuará sendo crucial, assim como a habilidade de antecipar e incorporar as evoluções nas preferências dos consumidores. A retoma do turismo internacional será um fator determinante, e a capacidade de oferecer experiências seguras e atrativas será um diferencial competitivo. No futuro, a colaboração entre os diferentes segmentos do setor e a adoção contínua de práticas sustentáveis e inovadoras serão essenciais para fortalecer a resiliência do setor hoteleiro diante de possíveis desafios. A integração de tecnologias emergentes e uma abordagem proativa para enfrentar crises serão elementos-chave para a construção de um setor mais robusto e adaptável.