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Uma revisão da literatura nacional e internacional sobre a fisiopatologia da aterosclerose e sua relação com principais doenças cardiovasculares, como infarto miocárdico, acidente vascular encefálico, aneurisma da aorta e doença vascular periférica. Além disso, destaca a importância de realizar exames de rotina para monitoramento de perfis lipídicos e prevenir complicações futuras.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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Paula Regina Trainótti Gonçalves^1 Gabrielle Yuriko Batista de Moraes^1 Bruna de Almeida Pereira^1 Aline Gritti^2 1.) Graduanda do 6º Semestre do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Amparense - UNIFIA 2.) Biomédica, Docente da Disciplina de Bioquímica Clínica do Centro Universitário Amparense – UNIFIA RESUMO A aterosclerose é uma doença de patogenia lenta, progressiva e irreversível, decorrente de vários fatores, dentre eles a dislipidemia. As placas de ateroma se formam na camada íntima da parede vascular a partir da deposição de lipídios que resulta em um processo inflamatório crônico. A alteração da parede vascular interfere na hemodinâmica e acarreta outras patologias cardiovasculares. Por meio de uma revisão das literaturas nacionais e internacionais disponíveis nas plataformas NCBI, Google Acadêmico, Scielo e Cochrane, foi possível descrever a fisiopatologia da aterosclerose e sua relação com as principais cardiopatias, como, infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico, aneurisma da aorta e doença vascular periférica. Através da pesquisa tornou-se claro que a aterosclerose é um problema de saúde pública, e, portanto, deve haver conscientização da população sobre a importância de realizar exames de rotina para o monitoramento dos perfis lipídicos, e dessa forma prevenir complicações futuras. Palavras-chave: aterosclerose; fisiopatologia da aterosclerose; dislipidemias; doenças cardiovasculares; exames bioquímicos. ABSTRACT Atherosclerosis is a disease of slow, progressive and irreversible pathogenesis, due to several factors, including dyslipidemia. Atheroma plaques form in the intima layer of the vascular wall from the deposition of lipids resulting in a chronic inflammatory process. Alteration of the vascular wall interferes with hemodynamics and leads to other cardiovascular pathologies. Through a review of the national and international literature available on the NCBI, Academic, Scielo and Cochrane platforms, it was possible to describe the pathophysiology of atherosclerosis and its relation to the main heart diseases such as
myocardial infarction, stroke, aortic aneurysm and peripheral vascular disease. Through the research it became clear that atherosclerosis is a public health problem, and therefore there should be public awareness about the importance of performing routine screenings to monitor lipid profiles, and thus prevent future complications. Keywords: atherosclerosis; pathophysiology of atherosclerosis; dyslipidemias; cardiovascular diseases; biochemical tests.
1. INTRODUÇÃO A aterosclerose pode ser descrita como uma doença resultante de um processo inflamatório de cunho progressivo e multifatorial.(1)(2)(3) Sabe-se que o desenvolvimento de distúrbios séricos e lesões endoteliais se iniciam ainda na infância e podem ser avaliados e monitorados por meio de exames laboratoriais de rotina, os quais são importantes recursos para prevenção de futuras complicações.(4) Sua patogênese fundamenta-se inicialmente em uma lesão do endotélio, na qual ocorre acúmulo de lipoproteínas de baixa densidade (LDLs) e LDL oxidadas (alteradas) na camada íntima do vaso e/ou artéria. A deposição lipídica desencadeia uma resposta inflamatória, com adesão de monócitos ao endotélio; transmigração dos monócitos do endotélio até a camada íntima, onde se diferenciam em macrófagos. Os macrófagos fagocitam as lipoproteínas, mas por serem incapazes de eliminar os lipídios fagocitados, acabam se tornando células espumosas. Quando as células espumosas morrem seu conteúdo lipídico contribui para a evolução da doença. (1)(2)(3)(5)(6) As placas de ateroma possuem um padrão de crescimento que vai em direção à camada adventícia, contudo, quando sua expansão alcança um ponto crítico, a placa aterosclerótica altera seu padrão indo em direção ao lúmen do vaso/artéria, podendo obstruí-lo completamente e/ou comprometer o fluxo hemodinâmico, resultando na ativação da cascata de coagulação e formação de trombos que podem gerar complicações futuras, como doenças cardíacas isquêmicas (DCI).(3) São vários os fatores que colaboram para o desenvolvimento da aterosclerose, dentre eles podemos citar a idade, genética, dislipidemia, hipertensão sistêmica, tabagismo, obesidade e etilismo.(3) Devido ao fato da aterosclerose ser uma doença de caráter progressivo, a idade do paciente é um fator que colabora no prognóstico da doença. Quanto maior a idade do paciente maior são as chances de desenvolver uma doença secundária.(3)
de doenças cardiovasculares isquêmicas tende a crescer e, por conseguinte, aumentar a taxa de morbidade e mortalidade.(12) Dentre os principais fatores de risco, podemos citar a dislipidemia, hipertensão sistêmica, tabagismo e obesidade. As dislipidemias são uma das maiores causas das doenças cardiovasculares, as Diretrizes relatam que os níveis séricos de Colesterol Total (CT) no Brasil, mostraram que 38% dos homens e 42% das mulheres tem níveis elevados (CT > 200 mg/dL) neste caso foram avaliadas 8.045 pessoas nas idades de 35 a 45 anos.(12) A hipertensão sistêmica vem sendo um grande aliado nas doenças cardiovasculares, segundo o Ministério da Saúde e o IBGE (1991); houve um crescimento de 15% no Rio de Janeiro e 25% em São Paul.(12) O Tabagismo também tem ampla taxa de moralidade e morbidade relacionada com as doenças cardiovasculares. Seus índices de acordo com o IBGE (1991); na faixa etária de pessoas com 30 a 49 anos são de 24% e de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (1991) houve uma prevalência de 17%, sendo avaliadas 20.000 pessoas em 19 cidades.(12) A Obesidade tem sido um fator extremamente importante porque 32% da população apresenta sobrepeso - índice de massa corporal (IMC) sendo ≥25%, sendo a taxa de 38% para mulheres e 27% para homens. Em 1993 a obesidade (IMC > 30) na população brasileira foi de 8%.(12) Todos os fatores descritos acima podem resultar nas seguintes patologias: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) O Infarto Agudo do miocárdio (IAM) está intimamente relacionada a aterosclerose. As artérias coronárias são as responsáveis por nutrir o músculo cardíaco, quando temos obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo, o coração não bombeia sangue em quantidade suficiente para a circulação sistêmica, devido ao depósito de lipídios no lúmen da artéria coronária.(13) Trombose Um trombo ocorre por causa de uma placa aterosclerótica. A placa pode ser pequena e passar despercebida pelos métodos de diagnóstico, ou vunerável. Quando a placa é considerada vulnerável,
significa que ela possui maior risco de se romper. Não existe um método para determinar qual placa é vulnerável e qual não é, mas, após autopsia, verifica-se que as placas com propensão a se romper costumam ter mais conteúdo de lipídeos e menos fibrose.(14) Quando a placa se rompe, há exibição de colágeno e fragmentos de tecido conjuntivo, que desencadeiam a cascata de coagulação, as plaquetas se aderem e se agregam ao local da ruptura, resultando na formação do trombo. Embolia A embolia é o bloqueio de qualquer artéria ou veia provocado por uma matéria (sólida, semissólida ou gasosa) que é encaminhada na corrente sanguínea devido ao deslocamento de um trombo até ao local/órgão onde se forma uma obstrução.(14) Acidente vascular cerebral - AVE O AVE é consequência do acúmulo de gorduras nas artérias que irrigam o encéfalo, causando uma oclusão do fluxo sanguíneo comprometendo o suprimento do cérebro. Existem dois tipos de AVEs classificados na literatura, o AVE isquêmico, trata-se de um coágulo sanguíneo que impede a distribuição de sangue para o encéfalo, e o AVE hemorrágico, que se dá pela ruptura dos vasos sanguíneos.(15) Aneurisma de Aorta (AA) Aneurisma de Aorta (AA) é uma expansão de qualquer artéria do corpo, com dilatação do seu diâmetro de até 50%, ela surge em locais como aorta; cérebro; femoral; ilíaca; vísceras e poplítea. A anatomia da aorta é dividida em raiz da aorta, aorta ascendente, arco da aorta, aorta descendente e aorta abdominal. Segundo Ribeiro, P.V.; Nogueira, P.C. e Poveda, V.B, a taxa de mortalidade de AA ocorre na aorta abdominal com estimativa de 74% dos casos.(16) Os fatores que ocasionam esta patologia são: doença aterosclerótica, tabagismo, histórico familiar com AA e idade. É uma doença silenciosa (assintomática), cujo rompimento acontece de forma imprevisível. De acordo com Ribeiro, P.V.; Nogueira, P.C. e Poveda, V.B, 75% dos casos de AA são causados por placas de ateroma decorrente da dislipidemia.(16) Essas patologias cardiovasculares são decorrentes de alterações dos níveis lipídicos. Os exames laboratoriais são capazes de dosar as lipoproteínas que transportam os lipídios na corrente sanguínea.