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RELATA SOBRE A IMPORTANCIA DO ATENDIMENTO PRE HOSPITALAR EM PACIENTES EM PARADA CARDIORRESPIRATORIA, E AS AÇOES DE ENFERMAGEM FRENTE OS CUIDADOS EM UNIDADE PRE HOSPITALAR
Tipologia: Notas de estudo
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Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de TCC II, das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, sob. Orientação da professora Maria Cristina.
Título
Assistência de Enfermagem no atendimento ao paciente em parada cardiorrespiratória no serviço de emergência pré-Hospitalar.
Problema O conhecimento técnico – cientifico da equipe de Enfermagem pré-hospitalar esta de acordo com os protocolos internacionais de atendimento do paciente em parada cardiorrespiratória? Hipótese Provável despreparo teórico e pratico dos profissionais de enfermagem na assistência pre- hospitalar para o atendimento da parada cardíaca.
contribuindo para a restauração das funções fisiológicas até que o s cuidados definitivos possam ser tomado, se tratando de PCR inicialmente o atendimento consiste na liberação de vias aéreas obstruídas, compressões torácicas, e reversão das seguintes situações: apneia, habilidade motora ineficaz, ausência de pulsação arterial, incapacidade ou ausência respiratória. O enfermeiro de uma equipe de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), deve estar apto a identificar um paciente em parada cardiorrespiratória, assim como saber intervir de forma a evitar e/ou reduzir os danos causados pela hipóxia. Após ter notado a baixa sobrevida dos pacientes que entram em parada cardiorrespiratória, e sendo esta a mais grave emergência clinica que um profissional de saúde pode-se deparar, o meu interesse como acadêmico de Enfermagem foi em saber como um enfermeiro atua frente a PCR. Este trabalho tem como objetivo mostrar a importância do conhecimento Técnico- Científico da equipe de Enfermagem do Serviço Pré-Hospitalar na assistência ao paciente com parada cardiorrespiratória e seu agir de acordo protocolos internacionais. Para isso faz-se necessário os seguintes objetivos específicos: revisar a anatomia e a fisiologia do coração, conceituar a PCR, apresentar os protocolos internacionais de PCR, conhecer o serviço médico de atendimento Pré- Hospitalar (aspectos históricos), apresentar atuação de Enfermagem em uma parada cardiorrespiratória. Inserir metodologia
O coração é um órgão oco, composto por músculos, e que funciona como uma bomba contrátil propulsora. Este órgão é formado por um tecido muscular especial chamado de musculo estriado cardíaco que também constitui a sua camada média o miocárdio (DANGELO; FATTINI, 2007).
Considerando suas disposições anatômicas o coração encontrasse na cavidade torácica, estando apoiado sobre o musculo diafragma, próximo da linha média o mediastino; e entre as pleuras pulmonares. Aproximadamente 2/3 de toda a massa do coração ficam dispostos a esquerda da linha média do corpo (SOBOTTA, 2006).
O coração é composto por dois átrios e dois ventrículos que são câmaras internas que são encontradas na cavidade cardíaca, entre os átrios e os ventrículos podem ser visualizados orifícios que serves como orientadores do fluxo sanguíneo e estes são chamados de valvas ( DANGELO; FATTINI, 2006).
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. De acordo Douglas (2006), os vasos sanguíneos formam a árvore circulatória que se inicia, para a circulação maior, na artéria aorta. A sequência geral na disposição dos vasos sanguíneos é artéria, artérias musculares, arteríolas, metarteríolas, esfíncteres pré-capilares, capilares, esfíncteres pós-capilares, vênulas, veias. Para que se ocorra o ciclo cardíaco normal precisa-se que os dois átrios se contraiam, enquanto os dois ventrículos se relaxem, e vice e versa. A sístole é o termo utilizado para a fase de contração, e a do relaxamento é designada diástole.
condução relacionados ao sistema cardíaco, e isto contribui para que o nó sino atrial seja de extrema importância na fisiologia cardíaca, por isso o ritmo cardíaco é um ritmo sinusal, pois o potencial de ação que gera a contratibilidade do musculo cardíaco se origina do nó sino atrial. Ainda segundo mesmo autor, o processo contrátil do musculo cardíaco pode se dar apenas por estímulos elétricos que chegam até o miocárdio. Para que se ocorra o fenômeno elétrico é necessário que se tenha uma movimentação iônica, esse deslocamento de íons irá produzir um fenômeno químico nas moléculas musculares, que por sua vez fara o processo mecânico que se da pelo deslizamento e actina com miosina.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. De acordo Gyton e Hall (2006), o coração é inervado por nervos do segmento parassimpático como também por simpáticos, os nodos sino atrial e átrio ventricular são nervos simpáticos que estão dispostos majoritariamente tanto para a musculatura atrial quanto para a ventricular. Já os nervos parassimpáticos são distribuídos por todas as partes do coração, com representação forte no musculo ventricular, bem como em outras áreas.
faces costal e mediastinal, e ainda são compreendidos como os principais órgãos do sistema respiratório, por sua vez esses órgãos realizam a captação de oxigênio inalado proveniente do ar atmosférico e desprezam o dióxido de carbono. De acordo com Dangelo e Fattini (2006), o sistema respiratório apresenta-se dividido em duas porções, condução e respiração, a primeira é compreendida como os órgãos tubulares cuja função é transportar o ar inalado ate a parte respiratória, que encontra-se representada pelos pulmões, e destes conduzir o ar expirado, ocasionando a eliminação CO2. Em suma o ar expirado pelos pulmões é conduzido pela traqueia e brônquios, que realizam apenas a função de condução de ar.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Segundo Porto (2009), as vias aéreas inferiores são compreendidas como traqueia, arvore brônquica e ductos alveolares.
A laringe é um tubo que fica situado no pescoço em frente ao final da faringe, suas parede são formadas por anéis cartilaginosos, é também conhecida como o órgão da fonação pois internamente possui duas dobras musulomenbranosas chamadas de cordas vocais, onde ocorre a produção da voz (MARQUES; PORTO, 1994).
ou, ao contrario, onde pela expiração o fluxo de ar sai do interior dos pulmões para o meio ambiente. (DOUGLAS, 2006). Ganong (2006), ainda diz que a quantidade de ar que entra nos pulmões a cada inspiração (ou a quantidade que sai a cada expiração) é conhecida como volume corrente. O ar inspirado por um esforço inspiratório máximo mais do que o volume corrente é o volume reserva inspiratória. O volume exalado por um esforço respiratório ativo depois da expiração passiva é o volume de reversa expiratório, em quanto ar que permanece dos pulmões depois do esforço expiratório máximo é o volume residual. O espaço das vias respiratórias de condução que é ocupado pelos gases que não participam da troca sanguínea nos vasos é conhecido como espaço morto. O mesmo autor ressalta que os pulmões são nutridos por dois tipos de circulação, a primeira tem como objetivo nutrir somente alvéolos e ductos alveolares, a principal função desse sistema é condicionar o sangue por meio das trocas gasosas que normalmente se da por grande fluxo e resistência e pressões baixas a nível alvéolo- capilar. A segunda é a circulação brônquica, que realiza a nutrição das estruturas capilares. As trocas gasosas realizadas pelo sistema respiratório acontecem pela difusão de O2 e CO2 nos tecidos periféricos e no próprio pulmão. O O2 é transferido do gás alveolar para o sangue dos capilares do pulmão e, finalmente, levado aos tecidos, onde se difunde do sangue dos capilares sistêmicos para as células. O CO2 passa do tecidos para o sangue venoso, a partir dai para o sangue dos capilares do pulmão e posteriormente para o gás alveolar, para ser expirado (COSTANZO, 2007).
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. PCR (PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA) Para Araújo; Araújo (2000) a parada cardiorrespiratória é uma situação inesperada que acontece de forma súbita onde ocorre deficiência absoluta de oxigenação tissular, ou por ineficácia circulatória ou cessação da função respiratória. CAPOVILLA (2002 apud, Araújo 2000) relata a PCR como a perca inesperada da função respiratória e circulatória associado à deficiência da oxigenação tissular. A parada cardíaca súbita é o acontecimento com maior índice de mortalidade na Europa e nos Estados Unidos da América (EUA) e no Canadá. No solo brasileiro as doenças relacionadas ao aparelho circulatório são as principais causas de mortes somando (32%), seguidas de causas externas (15%) e de neoplasias (15%) (SARDO; SASSO, 2008). A PCR é considerada com uma situação dramática, que tem altos índices de morbimortalidade, mesmo nas situações onde o atendimento é realizado de forma ideal. Na PCR, o tempo é fator importante, estimativas apontam que a cada minuto que o individuo permanece em PCR, 10% da probabilidade de sobrevida são perdidos ( FILHO, et. al, 2003).
O afirma ainda que a assistolia corresponde à ausência total de qualquer ritmo cardíaco. É a situação terminal. Evidências cada vez mais contundentes apontam que a identificação de assistolia deva corresponder ao término dos esforços, não devendo ocorrer a desfibrilação.
Sobre o termo AESP, foram agrupados todos os outros possíveis ritmos cardíacos, que podem ser identificados numa PCR, excluídos apenas FV/TV sem pulso e a assistolia. Pode compreender ritmos bradicárdicos ou taquicárdicos, com complexo QRS estreito ou alargado, sinusal, supraventricular ou ventricular. O importante é identificar que, apesar de existi um ritmo organizado no monitor, não existe acoplamento do ritmo com pulsação efetiva (com débito cardíaco). ( FILHO, et. al, 2003).
A identificação dessas causas deve ser pautada, exclusivamente, pela história fornecida por acompanhantes, sobre as condições em que a vítima foi encontrada, e por dados de exame físico sumário, executado pelo socorrista ( FILHO, et. al, 2003).
RCP (REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR) As manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) constituem um conjunto de procedimentos após uma PCR que contribuem para restaurar a circulação de sangue oxigenado ao cérebro até o retorno da circulação espontânea e com isso melhorar o índice de sobrevida e a qualidade de vida das vitimas pós-PCR. (BOAVENTURA, 2010). Após a PCR, o conjunto de procedimentos que visam ao restabelecimento da circulação de sangue oxigenado para o cérebro e outros órgãos vitais é conhecido como RCP. A iniciação rápida das manobras é critica, visto que se trata de uma medida que melhora a sobrevida desses pacientes. (tratado de cardiologia 2 edicao,carlos v.Serrano jr., ari timerman, edson Stefanini,pag,1713.2009) De acordo com Assunção (2006 apud Araújo (1999), Araújo, I. e Araújo, S. 2003) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2003), a chance de sobrevivência depende, na maioria das vezes, da aplicação imediata, competente e segura das manobras de reanimação que precisam ser imediatas, cujo objetivo é evitar a lesão cerebral.
Bellan; Araújo; Araújo (2010), ressaltam que com o progressivo aumento na frequência da PCR em áreas não críticas, há necessidade de capacitação de todos
os profissionais de saúde, pois a sobrevivência do paciente depende da competência e instituição imediata das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Suporte Básico de Vida ( Basic Life Support - BLS) é um curso criado pela American Heart Association (AHA) que lida com o ensino da emergência cardíaca, particularmente com a ressuscitação cardiopulmonar (MIOTTO et. al., 2010).
A massagem cardíaca externa compreende compressões torácicas, realizadas sobre a porção central do esterno. Tais compressões empurram o esterno para o interior do tórax, comprimindo o coração contra a coluna e favorecendo o seu esvaziamento. São capazes de restabelecer apenas 10 a 20% do débito cardíaco ( FILHO, et. al, 2003).
Ganong (2006), diz que nos pacientes cujo o coração parou ou está fibrilando, o debito cardíaco e a perfusão das coronárias podem ser parcialmente mantidos através de massagem cardíaca. É importante lembrar que, quando o coração para subitamente, as veias pulmonares, o coração esquerdo e as artérias ficam cheios de sangue oxigenado, de modo que a atenção deve ser primeiramente direcionada para a circulação. A desfibrilação é constituída pela aplicação de corrente elétrica contínua, no tórax, através do coração, em seu maior eixo, cuja finalidade é promover a despolarização simultânea do maior número possível de células cardíacas. Espera-se que, como o nó sinusal é o primeiro a se despolarizar, ele assuma o comando, quando as células se repolarizarem após a desfibrilação ( FILHO, et. al, 2003).
O mesmo autor ressalta que o conceito de desfibrilação precoce, como único tratamento disponível para a FV, fomentou a criação de Desfibriladores Externos Automáticos (DEAs) para levar o recurso ao ambiente pré-hospitalar onde a PCR é mais freqüente.
A decisão de terminar o suporte avançado de vida é individualizada e muito influenciada pelas condições pré-PCR, pela qualidade do atendimento da atual PCR e até mesmo por desejos manifestados pelo paciente antes da perda de consciência (FEITOSA- FILHO et.al., 2006). ATUAÇÃO DA EQUIPE
O profissional de saúde devera estar capacitado para realizar uma avaliação sistematizada, pautada em bases cientificas durante a RCP beneficiando, assim a qualidade da assistência prestada aos pacientes, bem como garantindo respaldo legal das ações desenvolvidas durante o atendimento PCR/RCP (ASSUNÇÃO , 2005).
O treinamento das manobras de RCP deve estar voltado para a aquisição de conhecimento teórico, habilidades práticas e atitudes dos profissionais, trabalhados concomitantemente, e dentro do contexto da prática dos participantes, para facilitar sua atuação (BELLAN; ARAÚJO; ARAÚJO, 2010). Os mesmos autores ainda afirmam que, a padronização das condutas na RCP ajuda na adoção de linguagem única dos profissionais de saúde para executar as manobras com eficácia. Duas partes novas nas Diretrizes da AHA 2010 para RCP é a de Cuidados Pós-PCR e treinamento, implementação e equipes. A importância dos cuidados Pós-PCR e enfatizada pela inclusão de um novo quinto elo na Cadeia de Sobrevivência de Adultos. Sendo elas as principais recomendações os cuidados Pos-PCR e Treinamento, implementação das equipes.(AHA 2010)
Segundo (Assunção , 2005 apud Capovilla (2002), das diversas situações de emergência vividas num ambiente hospitalar, a PCR pode ser entendida como o evento de maior gravidade, devido as serias consequências que essa pode acarretar a vida do individuo. Entendendo-se esse evento como um momento peculiar, é imprescindível a atuação do enfermeiro na tomada de decisões rápidas e precisas para garantir o suporte básico de vida e a organização da equipe de atendimento.
Para Saloum e Boemer (1999), o trabalho de reanimação de um doente é partilhado na equipe entre as especialidades, ou seja, o anestesista é responsável pelo acesso
às vias aéreas, o cirurgião pelo acesso venoso, o clínico pela administração das drogas e a enfermagem pela monitorização do paciente. Perante este panorama várias Escolas de Enfermagem englobam nos seus currículos conteúdos para aprendizagem relacionados com o Suporte Básico de Vida (SBV) e o Suporte Avançado de Vida (SAV). No entanto nossa experiência diz-nos que a maior parte dos enfermeiros não se sentem com capacidades efetivas para atuarem em situações de emergência, principalmente em casos de Parada Cárdio- pulmonar (PCP) (SARDO; SASSO, 2008). De acordo Fernandes et. al. (2010), constantemente a avaliação primaria e o inicio das manobras de RCP ficam sobre a responsabilidade do enfermeiro, portanto é dever do mesmo registrar de forma completa e detalhada as informações pertencentes a ele, exigindo deste profissional competência e conhecimento. Na formação do enfermeiro, os conteúdos teóricos e práticos relacionados à PCR e manobras de RCP têm sido ministrados de forma superficial, limitados, e muitas vezes não supre as necessidades dos alunos. As dificuldades refletirão na prática do enfermeiro, pois só a experiência profissional não oferece subsídios e embasamentos teóricos suficientes para suprir este déficit (BELLAN; ARAÚJO; ARAÚJO, 2010). Boaventura (2010) entende que o sucesso no atendimento de uma vitima de parada cardiorrespiratória (PCR) está relacionado às manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) que devem ser precocemente instituídas. Para isso, o treinamento das pessoas que realizarão tal atendimento e a disponibilidade e funcionalidade dos equipamentos de reanimação são primordiais. Para que a RCP seja bem sucedida, a equipe de enfermagem envolvida necessita ter conhecimento cientifico, treinamento de habilidades técnicas, trabalho harmonioso e sincronizado, o que pode garantir a recuperação do paciente (ASSUNÇÃO, 2005).