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Assistencia de enfermagem em ginecologia, Notas de estudo de Ecologia

ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE QUE FEZ O PAPANICOLAU

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 20/06/2010

elida.dantas.3571
elida.dantas.3571 🇧🇷

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1. INTRODUÇÃO
As secreções vaginais normais são compostas de secreções vulvares das glândulas
sebáceas, sudoríparas de Bartholin e de Skene; transudato da parede vaginal; células vaginais
e cervicais esfoliadas; muco cervical; líquidos endometriais e do oviduto; microorganismos e
seus produtos metabólicos. O tipo e a quantidade de células esfoliadas, muco cervical e
líquido do trato genital superior são determinados por processos bioquímicos influenciados
pelos níveis hormonais. As secreções vaginais podem aumentar no meio do ciclo menstrual
devido a um aumento da quantidade de muco cervical. Estas variações cíclicas não ocorrem
quando são usados contraceptivos orais e não há ovulação (SOPER, 2005).
De acordo com Oliveira et al(2007) a vagina é colonizada por variado numero de
bactérias de espécies diferentes que vivem em harmonia com o Lactobacilos sp, sendo a
espécie bacteriana predominante no meio vaginal e responsável pela determinação ph ácido
(3,8 a 4,5) que inibe o crescimento das demais espécies bacterianas nocivas à mucosa vaginal.
Porém a ausência ou baixa na concentração de Lactobacilos sp na flora vaginal associa-se
significativamente, a processos patogênicos como as vaginoses bacterianas, citolítica e as
doenças sexualmente transmissíveis. Assim, a vaginose bacteriana está associada a uma
síndrome em que diminuição importante de lactobacilos e aumento dos agentes
anaeróbicos, com a Gardnerella vaginallis, Bacteróides sp, Peptostreptococcus,Mobiluncus
sp entre outros.Principalmente em mulheres em idade reprodutiva e sexualmente ativas.
As mulheres são maioria da população brasileira (50,77%) e as principais usuárias do
sistema único de saúde (SUS). Frequentam os serviços de saúde para o seu próprio
atendimento, mais, sobretudo acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas,
com deficiência, vizinhos, amigos. As mulheres vivem mais do que os homens, porém
adoecem mais frequentemente. A vulnerabilidade feminina frente a certas doenças e causa de
morte esta mais relacionada com a situação de discriminação da sociedade do que com fatores
biológicos (BRASIL, 2001).
O trabalho consta de um estudo de caso realizado na Unidade de Saúde da Família
Cristo Rei, na cidade de Cajazeiras-PB, o mesmo foi baseado em um resultado de exame
citológico de uma usuária da USF. Ao recebermos o resultado fomos a sua residência e
realizamos com a mesma uma anamnese e um exame físico, fundamentadas nos dados
colhidos, elaboramos o referido trabalho.
2. OBJETIVOS:
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1. INTRODUÇÃO

As secreções vaginais normais são compostas de secreções vulvares das glândulas sebáceas, sudoríparas de Bartholin e de Skene; transudato da parede vaginal; células vaginais e cervicais esfoliadas; muco cervical; líquidos endometriais e do oviduto; microorganismos e seus produtos metabólicos. O tipo e a quantidade de células esfoliadas, muco cervical e líquido do trato genital superior são determinados por processos bioquímicos influenciados pelos níveis hormonais. As secreções vaginais podem aumentar no meio do ciclo menstrual devido a um aumento da quantidade de muco cervical. Estas variações cíclicas não ocorrem quando são usados contraceptivos orais e não há ovulação (SOPER, 2005). De acordo com Oliveira et al(2007) a vagina é colonizada por variado numero de bactérias de espécies diferentes que vivem em harmonia com o Lactobacilos sp, sendo a espécie bacteriana predominante no meio vaginal e responsável pela determinação ph ácido (3,8 a 4,5) que inibe o crescimento das demais espécies bacterianas nocivas à mucosa vaginal. Porém a ausência ou baixa na concentração de Lactobacilos sp na flora vaginal associa-se significativamente, a processos patogênicos como as vaginoses bacterianas, citolítica e as doenças sexualmente transmissíveis. Assim, a vaginose bacteriana está associada a uma síndrome em que há diminuição importante de lactobacilos e aumento dos agentes anaeróbicos, com a Gardnerella vaginallis, Bacteróides sp, Peptostreptococcus,Mobiluncus sp entre outros.Principalmente em mulheres em idade reprodutiva e sexualmente ativas. As mulheres são maioria da população brasileira (50,77%) e as principais usuárias do sistema único de saúde (SUS). Frequentam os serviços de saúde para o seu próprio atendimento, mais, sobretudo acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas, com deficiência, vizinhos, amigos. As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais frequentemente. A vulnerabilidade feminina frente a certas doenças e causa de morte esta mais relacionada com a situação de discriminação da sociedade do que com fatores biológicos (BRASIL, 2001). O trabalho consta de um estudo de caso realizado na Unidade de Saúde da Família Cristo Rei, na cidade de Cajazeiras-PB, o mesmo foi baseado em um resultado de exame citológico de uma usuária da USF. Ao recebermos o resultado fomos a sua residência e realizamos com a mesma uma anamnese e um exame físico, fundamentadas nos dados colhidos, elaboramos o referido trabalho.

2. OBJETIVOS:

2.1 GERAL:

  • Identificar a patologia a partir da análise do exame laboratorial.

2.2 ESPECÍFICO:

  • Fazer uma visita domiciliar ao usuário da referida unidade, realizando anamnese e exame físico, prestando orientações de saúde como um todo, assim como voltadas especificamente para sua patologia.

3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

com manifestações clínicas.Na gravidez VB tem sido associada com parto prematuro, ruptura prematura de membranas e corioamnionite. Gardnerella é um isolado comum do sangue de mulheres com febre pós-parto e febre pós-aborto.

3.3 DIAGNÓSTICO

Para Soper (2005) a vaginose bacteriana é diagnosticada com base nos seguintes achados: •O odor vaginal tipo peixe, particularmente notado após o coito, e presença de corrimento vaginal. •As secreções vaginais são cinza e revestem finamente as paredes vaginais. •O ph destas secreções é maior que 4,5(geralmente de 4,7 a 5,7). •A microscopia das secreções vaginais mostra um número aumentado de células indicadoras, e os leucócitos estão visivelmente ausentes.Em casos avançados de VB, mais de 20% das células epiteliais são células indicadoras. •A adição de KOH às secreções vaginais (teste de odor) libera um odor de peixe, semelhante ao de amina. A cultura d G. vaginallis não é recomendada com instrumento diagnóstico, devido à ausência de especificidade.

3.4 TRATAMENTO

Segundo Rezende; Montenegro (2003) no 1º trimestre a vaginose bacteriana sintomática é tratada com creme de clindamicina a 2%, aplicador cheio (5g) na hora de dormir, com 7 dias ou a clindamicina, via oral, 300mg, 2/dia, por 7 dias. Depois do 1º trimestre, pode ser utilizado o metronidazol 250mg, via oral, 3/dia ou 500mg 2/dia, por 7 dias. Para Smeltzrer;Bare(2005), o metronidazol(flagyl), administrado por via oral, duas vezes por dia durante 1 semana é efetivo; um gel vaginal também está disponível.O creme vaginal ou óvulos (supositórios vaginais) clindamicina (cleocin) também são efetivos. Quando a infecção reincide, o parceiro da paciente pode precisar de tratamento. As pacientes com vaginose bacteriana recorrente devem ser testada para gonorréia e clamídia.

4. EXAME CLÍNICO

4.1 ANAMNESE

P.B.M.,sexo feminino, 25 anos, de cor negra, católica, dona de casa, 1 filho, residente na cidade de Cajazeiras-PB. Quanto ao tipo de moradia, a cliente reside em uma casa de alvenaria onde possui saneamento básico, sua família é composta por 3 indivíduos onde o relacionamento se dá de forma, harmônica.Nas horas vagas tem como lazer assistir TV. Relata ainda realizar três refeições ao dia.Possui ingesta hídrica satisfatória, padrão de repouso e sono preservado.Nega realização de qualquer tipo de atividade física.

4.2 EXAME FÍSICO GERAL

SSVV: Temperatura axilar: 37,5°C; Pulso: 59 bpm; Respiração:18rpm; PA:120x70mmhg; Peso:56kg; Altura:1,63m; estado nutricional satisfatório, consciente, orientada, pele íntegra, normocorada, hidratada, higienizada.

  • Cabeça
  • Couro cabeludo - Sem presença de lesão, nódulo e/ou abaulamentos, cabelos pretos, íntegros, com ausência de pediculose e/ou seborréia.
  • Face - Dentro de normalidade, com boa expressão, não apresentando nenhum tipo de mancha ou lesão.
  • Orelhas - Simétricas, sem alterações visíveis.
  • Olhos- Simétricos, mucosa ocular normocorada.
  • Nariz- Ausência de lesões, simétrico e higienizado.
  • Boca:
  • Fechada- Hidratada, normocorada, simétrica e com ausência de lesões.
  • Aberta- higienizada, apresentando obtuções.
  • Pescoço- Com movimentação normal, ausência de lesões.
  • Tórax- Com expansão normal, mamas simétricas, normocoradas e sem alterações palpáveis.
  • Cardiovascular- Pulso apical rítmico, edemas ausentes.
  • Gastrintestinal- Abdome flácido e plano, RHA presentes, eliminações intestinais presentes.
  • Geniturinário- Apresentando diurese espontânea e corrimento com odor fétido (SIC).
  • Membros: MMSS e MMII- Sem presença de lesões.

5.2 LOCAL DE ESTUDO

O estudo foi realizado em uma USF do município de Cajazeiras – PB. O local foi escolhido por constituir uma instituição vinculada a Faculdade Santa Maria e ser campo de prática para as aulas de graduação. Esta unidade presta serviços à população de âmbito primário, promovendo ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde.

5.3. POPULAÇÃO E AMOSTRA

A pesquisa foi realizada com 01 pessoa, cadastrada na Unidade de Saúde da Família Cristo Rei, da cidade de Cajazeiras – PB.

5.4 COLETA DE DADOS

A coleta foi realizada no mês de novembro de 2009.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O manuseio efetivo das DST’s é importante para o controle das mesmas, uma vez que ele previne o desenvolvimento de complicações e sequelas, diminui o avanço dessas infecções na comunidade e oferece uma oportunidade para a educação direcionada sobre a prevenção do HIV e outras DST’s. Este estudo nos deu a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a patologia diagnosticada, como também os fatores associados à mesma, como idade, falta de educação

sexual adequada, grau de escolaridade, tipo de ocupação, maus hábitos de higiene, números de parceiros, início precoce da vida sexual ativa e principalmente falta de hábito do uso de preservativos. Para nós acadêmicas de enfermagem foi de fundamental importância esse estudo de caso, pois buscamos de maneira intensificada os conhecimentos sobre a doença de uma maneira geral, o qual nos possibilitou esclarecer dúvidas e orientar quanto os agentes causadores da patologia.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de atenção à saúde da mulher – princípios e diretrizes. Brasília:Ministério da Saúde, 2001.

FREITAS,Fernando; COSTA, Sérgio M. Rotinas em obstetrícia. Porto Alegre: Artes médicas, 1991.

NAI, Gisele Alborghetti et al. Frequência de gardnerella vaginallis em esfregaços vaginais de pacientes histerectomizadas. Revista da associação médica brasileira. , v.53, n.2, São Paulo,