
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Apostilas de Filosofia sobre o estudo das revoluções burguesas, renascimento e Humanismo, poder absoluto.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 1
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
As revoluções burguesas - Antonio Rodrigues
A partir do século XVI, podemos observar movimentos de mudança – de cunho social, político e ideológico – que partiam de uma crítica ao Antigo Regime e que se introduziam nessas sociedades por meio de alianças entre nobres e burgueses, a fim de garantir a consolidação da ordem burguesa, sob o novo regime dos Estados Modernos nacionais. Essas transformações, tanto na esfera pública quanto na privada, se afirmaram por revoluções burguesas. O renascimento e o Humanismo contribuíram para que o homem se colocasse no centro das questões, enquanto medida de todas as coisas, ao mesmo tempo em que descobertas no meio científico, proporcionaram um alargamento do horizonte do conhecimento humano. O mercantilismo ganha força com os Estados modernos e estes, uma vez associados às reformas religiosas, originam uma inversão dos espaço geográfico. A riqueza não estava mais na posse das terras, mas sim no fato de estas gerarem frutos. O valor de riqueza estava diretamente ligado ao caráter produtivo. Obviamente, essa inversão radical gerou problemas na sociedade, como a disseminação da pobreza. Como no caso da Inglaterra, onde a valorização da produção levou ao aumento dos preços, tanto das terras quanto dos produtos agrícolas, o que resultou no afastamento de camponeses e pequenos proprietários do campo, e sua inserção em movimentos de rebeldia na cidade. Essas mudanças sociais constituem casos distintos na França e na Inglaterra, ainda que nos dois casos a cidade tenha adquirido hegemonia frente ao campo. Na Inglaterra, houve um longo processo de adaptação da nobreza, que passou a investir na produção e a participar ativamente da vida urbana. Ao passo que, na França, houve momentos de tensão entre a nobreza urbana, integrada ao novo modelo econômico, e a nobreza provinciana, ainda ligada aos interesses feudais. Críticas severas ao modelo do poder absoluto, por parte dos trabalhadores urbanos, tinham por base ideológica o direito natural dos homens e a liberdade. Estes ideias têm origem no movimento das Luzes, no século XVIII, que resultou da vontade de recuperar valores do renascimento e, ao mesmo tempo, libertar-se das imposições do Estado e de Deus. O Iluminismo se fortaleceu, neste sentido, como movimento de oposição ao absolutismo. As revoluções burguesas nascem de uma situação limite, em que burgueses, trabalhadores rurais e urbanos se uniram para se libertarem do mal que os explorava. Ao mesmo tempo em que se constituem por ideias de liberdade, igualdade e fraternidade, exigindo a construção de um governo voltado para os interesses públicos, as revoluções burguesas se caracterizam por trazerem o progresso, à medida que universalizam os ideais de uma sociedade urbano-industrial, garantindo os interesses privados. Deste modo, podemos observar que as revoluções burguesas foram as possibilitadoras da formação dos Estados modernos e, posteriormente, da consolidação do capitalismo. Os casos da Inglaterra e da França são importantes nesta análise, pois apresentam as revoluções industrial e francesa.