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As Revoluções Burguesas - Apostilas - Filosofia, Notas de estudo de Filosofia

Apostilas de Filosofia sobre o estudo das revoluções burguesas, renascimento e Humanismo, poder absoluto.

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 10/04/2013

PorDoSol
PorDoSol 🇧🇷

4.5

(272)

654 documentos

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As revoluções burguesas - Antonio Rodrigues
A partir do século XVI, podemos observar movimentos de mudança – de cunho social,
político e ideológico – que partiam de uma crítica ao Antigo Regime e que se introduziam
nessas sociedades por meio de alianças entre nobres e burgueses, a fim de garantir a
consolidação da ordem burguesa, sob o novo regime dos Estados Modernos nacionais.
Essas transformações, tanto na esfera pública quanto na privada, se afirmaram por
revoluções burguesas.
O renascimento e o Humanismo contribuíram para que o homem se colocasse no centro das
questões, enquanto medida de todas as coisas, ao mesmo tempo em que descobertas no
meio científico, proporcionaram um alargamento do horizonte do conhecimento humano. O
mercantilismo ganha força com os Estados modernos e estes, uma vez associados às
reformas religiosas, originam uma inversão dos espaço geográfico.
A riqueza não estava mais na posse das terras, mas sim no fato de estas gerarem frutos. O
valor de riqueza estava diretamente ligado ao caráter produtivo. Obviamente, essa inversão
radical gerou problemas na sociedade, como a disseminação da pobreza. Como no caso da
Inglaterra, onde a valorização da produção levou ao aumento dos preços, tanto das terras
quanto dos produtos agrícolas, o que resultou no afastamento de camponeses e pequenos
proprietários do campo, e sua inserção em movimentos de rebeldia na cidade.
Essas mudanças sociais constituem casos distintos na França e na Inglaterra, ainda que nos
dois casos a cidade tenha adquirido hegemonia frente ao campo. Na Inglaterra, houve um
longo processo de adaptação da nobreza, que passou a investir na produção e a participar
ativamente da vida urbana. Ao passo que, na França, houve momentos de tensão entre a
nobreza urbana, integrada ao novo modelo econômico, e a nobreza provinciana, ainda
ligada aos interesses feudais.
Críticas severas ao modelo do poder absoluto, por parte dos trabalhadores urbanos, tinham
por base ideológica o direito natural dos homens e a liberdade. Estes ideias têm origem no
movimento das Luzes, no século XVIII, que resultou da vontade de recuperar valores do
renascimento e, ao mesmo tempo, libertar-se das imposições do Estado e de Deus. O
Iluminismo se fortaleceu, neste sentido, como movimento de oposição ao absolutismo.
As revoluções burguesas nascem de uma situação limite, em que burgueses, trabalhadores
rurais e urbanos se uniram para se libertarem do mal que os explorava. Ao mesmo tempo
em que se constituem por ideias de liberdade, igualdade e fraternidade, exigindo a
construção de um governo voltado para os interesses públicos, as revoluções burguesas se
caracterizam por trazerem o progresso, à medida que universalizam os ideais de uma
sociedade urbano-industrial, garantindo os interesses privados.
Deste modo, podemos observar que as revoluções burguesas foram as possibilitadoras da
formação dos Estados modernos e, posteriormente, da consolidação do capitalismo. Os
casos da Inglaterra e da França são importantes nesta análise, pois apresentam as
revoluções industrial e francesa.

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As revoluções burguesas - Antonio Rodrigues

A partir do século XVI, podemos observar movimentos de mudança – de cunho social, político e ideológico – que partiam de uma crítica ao Antigo Regime e que se introduziam nessas sociedades por meio de alianças entre nobres e burgueses, a fim de garantir a consolidação da ordem burguesa, sob o novo regime dos Estados Modernos nacionais. Essas transformações, tanto na esfera pública quanto na privada, se afirmaram por revoluções burguesas. O renascimento e o Humanismo contribuíram para que o homem se colocasse no centro das questões, enquanto medida de todas as coisas, ao mesmo tempo em que descobertas no meio científico, proporcionaram um alargamento do horizonte do conhecimento humano. O mercantilismo ganha força com os Estados modernos e estes, uma vez associados às reformas religiosas, originam uma inversão dos espaço geográfico. A riqueza não estava mais na posse das terras, mas sim no fato de estas gerarem frutos. O valor de riqueza estava diretamente ligado ao caráter produtivo. Obviamente, essa inversão radical gerou problemas na sociedade, como a disseminação da pobreza. Como no caso da Inglaterra, onde a valorização da produção levou ao aumento dos preços, tanto das terras quanto dos produtos agrícolas, o que resultou no afastamento de camponeses e pequenos proprietários do campo, e sua inserção em movimentos de rebeldia na cidade. Essas mudanças sociais constituem casos distintos na França e na Inglaterra, ainda que nos dois casos a cidade tenha adquirido hegemonia frente ao campo. Na Inglaterra, houve um longo processo de adaptação da nobreza, que passou a investir na produção e a participar ativamente da vida urbana. Ao passo que, na França, houve momentos de tensão entre a nobreza urbana, integrada ao novo modelo econômico, e a nobreza provinciana, ainda ligada aos interesses feudais. Críticas severas ao modelo do poder absoluto, por parte dos trabalhadores urbanos, tinham por base ideológica o direito natural dos homens e a liberdade. Estes ideias têm origem no movimento das Luzes, no século XVIII, que resultou da vontade de recuperar valores do renascimento e, ao mesmo tempo, libertar-se das imposições do Estado e de Deus. O Iluminismo se fortaleceu, neste sentido, como movimento de oposição ao absolutismo. As revoluções burguesas nascem de uma situação limite, em que burgueses, trabalhadores rurais e urbanos se uniram para se libertarem do mal que os explorava. Ao mesmo tempo em que se constituem por ideias de liberdade, igualdade e fraternidade, exigindo a construção de um governo voltado para os interesses públicos, as revoluções burguesas se caracterizam por trazerem o progresso, à medida que universalizam os ideais de uma sociedade urbano-industrial, garantindo os interesses privados. Deste modo, podemos observar que as revoluções burguesas foram as possibilitadoras da formação dos Estados modernos e, posteriormente, da consolidação do capitalismo. Os casos da Inglaterra e da França são importantes nesta análise, pois apresentam as revoluções industrial e francesa.