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Artigo Cientifico e Acadêmico
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Como Contestar Pesquisa Eleitoral?
Mário Ferreira Neto, netoferreiramario@hotmail.com^1 Yasmim Correia Ribeiro Ferreira, yasmim_valentin@hotmail.com^2 Orientador: Prof. Ms. Cárbio Almeida Waqued; carbiowaqued@uol.com.br^3
Toda vez que assistimos na televisão ou lemos nos jornais aos resultados de pesquisas eleitorais, seja como membro de algum grupo político ou como simples eleitor, uma dúvida vem à nossa mente: Será que devemos confiar nos dados apresentados nas pesquisas em relação aos candidatos a um cargo público? Há casos de pesquisas eleitorais para Prefeito em que, menos de 1.000 ou um pouco mais de 1.000 pessoas são entrevistadas (pesquisadas) dentro de um universo eleitoral de mais de 150.000 pessoas (eleitores aptos). Sempre há reclamações dos partidos políticos e dos candidatos que estão em má posição nas disputas eleitorais, segundo as pesquisas. As acusações estão afetas a distorções na forma de coleta de dados, manipulação e maquinação na mensuração dos dados e má-fé na hora da divulgação. Apesar destes argumentos contrários em relação à confiabilidade e credibilidade das pesquisas eleitorais, indispensável em uma pesquisa eleitoral, boa metodologia de amostragem, boa coleta de dados e apuração realizada de forma adequada, correta e imparcial. O objetivo deste trabalho é esclarecer questões relevantes divulgadas nas pesquisas eleitorais, principalmente para leitores não familiarizados com a teoria estatística. As informações contidas em uma pesquisa eleitoral possuem aspectos técnicos relativamente simples, que devem ser considerados por todos aqueles que tenham interesses em compreender, analisar e interpretá-las.
PALAVRAS-CHAVES: Coleta de dados, eleitorado, estimação, margem de erro, pesquisa eleitoral, nível de confiança, tamanho da amostra.
ABSTRACT Every time we watch on television or read in the papers the results of polls, either as a member of any political group or as simple voter, a question comes to mind: Should we trust the data presented in research regarding candidates for a public office? There are cases of polls for mayor in which less than 1,000 or a little more than 1,000 people are interviewed (surveyed) within an electorate of over 850,000 people (voters eligible). There are always complaints from political parties and candidates who are in a bad position in electoral disputes, according to polls. The charges are afetas to distortions in the form of data collection, manipulation and machination in measuring data and bad faith at the time of disclosure.
(^1) Licenciado em Matemática pela Fundação Universidade do Tocantins: Data de Colação de Grau: 5.2.1999 - Especialista em Matemática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras do Estado de Minas Gerais: Data da Conclusão: 5.7.2002 - Acadêmico de pós-graduação do Curso de MBA em Perícia Judicial e Auditoria pela Pontifícia Católica de Goiás em convênio com Instituto de Organização de Eventos, Ensino e Consultora S/A LTDA (PUC-GO/IPECON) – Experiência na Docência do Ensino Superior de Matemática Financeira e Estatística e Métodos Quantitativos nos Cursos de Administração e Ciências Contábeis por mais de 13 anos. 2 3 Graduanda do Curso de Direito da Faculdade de Palmas^ –^ FAPAL^ –^ 2º Período de Direito. Graduado em Administração de Empresas, Pós-graduado em Administração de Marketing, Mestre em Engenharia de Produção. Professor de Orientador da Pontifícia Católica de Goiás - PUC/GO para graduação e pós-graduação.
Despite these opposing arguments regarding the reliability and credibility of polls, in a research essential electoral good sampling methodology, good data collection and calculation performed adequately, properly and impartially. The objective of this study is to clarify relevant issues disclosed in the polls, especially for readers unfamiliar with the statistical theory. The information contained in an electoral survey have relatively simple technical aspects that should be considered by all those who have interests in understanding, analyzing and interpreting them.
KEY WORDS: Collecting data, voters, pet, margin of error, electoral research, confidence level, the sample size.
INTRODUÇÃO A Estatística é um conjunto de métodos que, utilizando procedimentos matemáticos, visa conhecer e descrever a realidade que nos cerca; analisar seus fenômenos naturais e sociais; fornecer informações de apoio às Ciências. A Estatística é uma parte da Matemática, assim como é o Cálculo Integral, a Geometria, a Trigonometria. A Estatística consiste em contar, mensurar (medir), classificar, relacionar, comparar, prever, testar e analisar os dados que expressam as características desta realidade. A palavra Estatística foi criada no século XVII, por Helenus Politanus. Foi uma variação do termo Estadística, algo como conhecimento das coisas do Estado, “Estado”, aqui querendo dizer “governo”. A Estatística, em seus primórdios, já foi chamada de Matemática Política, por Sir William Petty (1623-1687), um dos primeiros economistas, mas a palavra retorna a tradução para a língua inglesa, por John Arthubnot (1667-1735), de um trabalho de Huygens (1629-1695) sobre o cálculo de probabilidade, em seus trabalhos posteriores. Estatística é trabalho de pesquisa e investigação sobre a realidade. Compreendemos a Estatística através de sua história, uma história em que homens e mulheres se debruçaram sobre os problemas que surgiam e ainda surgem. O método estatístico é processo/produto de contar, medir e classificar conjuntos, na maioria, com número muito grande de elementos - “conjuntos de tamanho infinito” – por se tornarem complexos e trabalhosos, à medida que estes conjuntos cresciam mais e mais de tamanho. A questão é conhecer a “realidade”, quando esta realidade é complexa, incerta, irregular, variada e frequentemente mutável. Têm-se três processos para conhecer a “realidade”: censo ou recenseamento é o processo de coleta de dados em que todo o conjunto universo é pesquisado. Todos os elementos do conjunto são estudados, um a um. O censo só termina quando todo o conjunto universo for totalmente abrangido; levantamento é parecido com o censo, mas é realizado em um subconjunto do universo, chamado de partição, “escolhido”, segundo informações anteriores que indicam que aquele subconjunto é bastante “representativo” do universo; método estatístico é o procedimento de descrever universo de qualquer tamanho, analisar as relações entre seus elementos e efetuar todos os processos estatísticos de previsão e testes. A população ou universo em estudo é definido e delimitado, alguns de seus elementos, são “sorteados” para compor um subconjunto da população chamada amostra. Antes de efetuar este sorteio, o universo é homogeneizado, isto é, deve-se garantir que cada elemento do universo tem a mesma probabilidade de ser sorteado do que qualquer outro elemento. A amostra obtida é de tamanho muito menor do que a população. Portanto, passível e possível de ser estudada, isto é, podemos calcular sobre a amostra uma série de medidas que a descreve. Estas medidas descritivas da amostra são chamadas de estatísticas.
“consultas feitas junto a determinadas faixas da população com a objetividade de restarem aferidas as preferências, as escolhas, as opiniões, enfim, o pensamento a respeito de determinado ponto ou aspecto. Trata-se de uma coleta de dados por amostragem, posto que somente parte do universo é investigado, sendo que se chega à conclusão a respeito das manifestações coletadas, utilizando-se para tanto critérios matemáticos, estatísticos, a permitir, daí, uma avaliação a respeito da opinião pública num determinado momento”.
As informações estatísticas permeiam o cotidiano dos cidadãos, as quais conduzem suas tomadas de decisões. Contudo, muitas dessas informações contêm armadilhas, espertezas, logros e manobras matemáticas ou estatísticas, que o cidadão comum não consegue contestar, por não possuir conhecimentos básicos de Estatística: Estatística Descritiva e Inferência Estatística. Cada vez mais, assistimos à poluição das informações com estatísticas, gráficos, sobretudo, números de pesquisas eleitorais. Um exemplo claro da cilada estatística eleitoral, basta lembrar o pleito eleitoral para o Governo do Estado da Bahia para vermos como a mídia televisiva e impressa usou uma linguagem, que acabou por ser assumida e conhecida pelo cidadão comum. Termos antes restritos à academia, tais como: amostragem, margem de erro, nível de confiança, adentram nos lares brasileiros no horário nobre da televisão. Jornais, outdoors, revistas estampam gráficos e números, cada vez mais coloridos, eficientes, envolventes e sofisticados, porém não são sempre confiáveis e fidedignos. Desde o início do século XX já se alertava que para ser um cidadão pleno, esse deveria estar capacitado para calcular, pensar em termos de média, mínimo e máximo, assim como a ler e escrever, neste sentido entendia H. G. Wells que dizia: “Raciocinar estatisticamente será um dia tão necessário quanto à habilidade de ler e escrever”. O apelo para o uso da representação gráfica deve-se a eficiência para transmitir informações e por ser visualmente mais prazerosa, existindo evidências que os formatos gráficos apresentam a informação de uma forma mais amena para as pessoas perceberem, raciocinarem mais facilmente sobre a informação repassada pela mídia televisada ou outros veículos de comunicação. Um exemplo claro, simples e muito familiar para qualquer cidadão brasileiro é a pesquisa eleitoral, pois a cada dois anos, o Brasil tem eleições e a disputa eleitoral tem nos resultados das pesquisas eleitorais, talvez a principal referência. Nas eleições do pleito de 2006, muitos institutos de pesquisa, conhecidos e conceituados, erraram seus prognósticos de forma muito grave. O exemplo mais contundente foi da eleição para o Governo no Estado da Bahia, conforme anteriormente dito. Em termos de votos válidos, o candidato Paulo Souto sempre esteve pelo menos 20% à frente do segundo colocado, o candidato Jacques Wagner. Do ponto de vista estatístico, com estes dados, a probabilidade de uma reversão da tendência seria infinitamente pequena, quase impossível. No entanto, não só o candidato Jacques Wagner ultrapassou o candidato Paulo Souto, como o fez com folga, vencendo o pleito, já no primeiro turno. Observe-se a importância de informações estatísticas como esta, aqui noticiada, pelo seu impacto na formação de opinião do eleitorado. Estudos mostram que os resultados das pesquisas eleitorais induzem o eleitor, havendo a propensão ao voto vencedor ou voto útil. Isto é muito grave, pois o cidadão fica vulnerável a informações como estas, por não compreender o processo estatístico e a utilização da informação. Neste caso, queremos não acreditar que tenha havido má-fé no processo estatístico de coleta e análise de dados, uma vez que a confiabilidade e a credibilidade são dois valores que qualquer instituto de pesquisa de opinião tem por obrigatoriedade almejar. A credibilidade está em função da maior quantidade de acerto nas pesquisas desses institutos.
Assim, surge a indagação: Por que um erro grave, comprometedor das pesquisas? Levantamos algumas hipóteses, dentre elas a mais importante é de que a Estatística, assim como qualquer ferramenta científica, parte de pressupostos que devem ser respeitados, tais como, por exemplo, a distribuição aleatória e representativa da amostra em relação à população em estudo. Um sistema eficiente de controle de qualidade da coleta de dados - lembrar, quem colhe os dados, são pessoas que na maioria, não tem treinamento adequado para agir com imparcialidade no momento da entrevista, dentre outras questões operacionais. Por outro lado, a Estatística é somente uma ferramenta, que cria ou produz dados estatísticos “frios” e “limitados”. Quem dá vida aos dados, transformando-os em informações relevantes são as pessoas, aquelas que leem e traduzem seus significantes em significados, os especialistas - cientistas políticos, sociólogos, publicitários, entre outros. Exatamente, neste ponto, surge a pergunta: Será que esse processo é bastante complexo que um professor, seja de Matemática ou de qualquer outra área não consiga fazer essas leituras? Sim, acredito que pelo menos entender o processo envolvido na geração desses dados, tendo em vista que, em tese, esse professor é formado em curso de nível superior, tem a disciplina obrigatória de Estatística Básica. Mas, se por um lado, a “guerra” política pelos votos dos cidadãos pode desencadear uma disputa acirrada e nada ética, traduzida em uma “guerra” de informações, onde as palavras, os números e os discursos se transformam em artimanha e astúcia, deixando vulnerável o cidadão. A pesquisa eleitoral encontra amparo na liberdade de informação e vem sendo protegida, desde os primórdios da Era Moderna com a Declaração Universal dos Direitos Humanos: “ todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e de transmitir informações e ideias por quaisquer meios independentemente de fronteiras ”. Por outra vertente, a pesquisa eleitoral tem a capacidade de influenciar e de induzir o eleitorado, bem como de ter seus resultados manipulados, maquinados e distorcidos que pode ser convertida em instrumento privilegiado de propaganda. Do choque entre a liberdade de informação e o potencial para desequilibrar o pleito eleitoral, surgiu à necessidade de controle das pesquisas eleitorais, fato que motivou o legislador a criar normas para controle. Tais regras estão contidas na Lei 9.504, de 30/9/1997, cujas normas são regulamentadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, através de Resoluções que, em regra, renovam-se a cada eleição. Essa regulamentação encontra respaldo no artigo 23, inciso IX, do Código Eleitoral e no artigo 105 da Lei 9.504, de 30/9/1996. Por outro lado, a própria lei lhe possibilita amparo, oportunizando-lhe o direito à informação. Neste caso específico, a Lei Eleitoral nº 9.504/1997 (art. 33) com alterações acrescidas pela Lei Eleitoral nº 11.300/2006 (art. 35-A) e a Resolução TSE nº 23.364/ estabelecem as regras das pesquisas eleitorais e possibilita a qualquer cidadão, frente aos “bastidores” da informação estatística produzida para a divulgação de pesquisas eleitorais. Se esta faculdade, atribuída por lei, fosse adotada e utilizada por professores de Matemática, articulados com os alunos e representantes políticos para terem acesso a essas informações, levando-as para Escolas e Faculdades a fim de discutirem aos conceitos matemáticos e estatísticos envolvidos no processo de coleta dos dados, do plano amostral - distribuição dos entrevistados por bairros ou regiões, das perguntas formuladas, dentre outros aspectos da pesquisa, certamente fariam repensar aqueles políticos e institutos de pesquisa que utilizam e abusam da ferramenta estatística. Nesse sentido, adentro a profundidade da reflexão para mencionar que o professor de Matemática não pode se limitar a ser um mero repassador de fórmulas e algoritmos, mas
pesquisa? A pesquisa obedece aos parâmetros estatísticos com fidelidade ou é manipulada ou tendenciosa? Quais os critérios estatísticos e matemáticos considerados na tabulação dos dados e nos resultados? Quais os eventuais erros, a pesquisa em si ou a divulgação dos resultados? O cidadão de bom senso crítico tem pretensão de ver estas questões respondidas com objetividade. Se o elaborador da pesquisa utilizar a média aritmética, geométrica, harmônica, ponderada e mediana - medidas de tendência central, a mais utilizada e a média aritmética, para calcular a porcentagem “média” das intenções de voto ao candidato x, esta média pode ser dissociada da realidade ou distorcida dos dados coletados na pesquisa por valores discrepantes, por estarem distantes da maioria dos outros candidatos. A variância, desvio padrão, erro padrão, coeficiente de variação - medidas de dispersão. Se o elaborador da pesquisa utilizar à mediana para calcular a porcentagem das intenções de voto ao candidato x, esta mediana divide um conjunto de amostra - parte considerável de dados em duas partes iguais, isto é, uma metade é maior do que a mediana e outra é menor. Para melhor compreensão, observe-se a divulgação de pesquisas eleitorais dos candidatos ao Governo Municipal de Palmas - Estado do Tocantins pelos Jornais impressos e televisivos:
CANDIDATO PERCENTUAL CANDIDATO PERCENTUAL MARCELO LELIS 40,20% MARCELO LELIS 43,88% CARLOS AMASTHA 20,96% CARLOS AMASTHA 23,91% LUANA RIBEIRO 19,69% LUANA RIBEIRO 18,53% FÁBIO RIBEIRO 1,27% DOUTOR LUCIANO 1,47% PROFESSOR ADAIL 0,64% PROFESSOR ADAIL 0, 7 4% DOUTOR LUCIANO 0,64% FÁBIO RIBEIRO 0, 29 % ABELARDO GOMES 0,36% ABELARDO GOMES 0, 15 % INDECISOS 9,35% INDECISOS 11,03% BRANCO/NULO 6,90% BRANCO/NULO 0 ,00% MARGEM DE ERRO 3,0 0 % MARGEM DE ERRO 3, 5 0% ELEITORES PESQUISADOS 1102 ELEITORES PESQUISADOS 680 INSTITUTO DE PESQUISA IPET1* INSTITUTO DE PESQUISA STYLO** REGISTRO NO TRE-TO 00070 - 2012 REGISTRO NO TRE-TO 00081 - 2012 PERÍODO DA PESQUISA 22 a 24/8/2012 PERÍODO DA PESQUISA 27 a 2 8 /8/ *Instituto de Pesquisa T1/Jornal T1 Notícias - Ed. 04, p.4 **Instituto Stylo/Jornal Stylo - Ed. 415, p. A1/A
CANDIDATO PERCENTUAL CANDIDATO PERCENTUAL MARCELO LELIS 36 % CARLOS AMASTHA 47 % CARLOS AMASTHA 26 % MARCELO LELIS 30 % LUANA RIBEIRO 16 % LUANA RIBEIRO 7 % DOUTOR LUCIANO 1 % DOUTOR LUCIANO 1% PROFESSOR ADAIL 1 % PROFESSOR ADAIL 1 % FÁBIO RIBEIRO 1 % FÁBIO RIBEIRO 0% ABELARDO GOMES 0 % ABELARDO GOMES 0% INDECISOS 13 % INDECISOS 11% BRANCO/NULO 7 % BRANCO/NULO 3 % MARGEM DE ERRO 4 % MARGEM DE ERRO 4 %
ELEITORES PESQUISADOS 504 ELEITORES PESQUISADOS 504 INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE* INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE** REGISTRO NO TRE-TO 00083 - 2012 REGISTRO NO TRE-TO 00286 - 2012 PERÍODO DA PESQUISA 27 a 2 9 /8/2012 PERÍODO DA PESQUISA 15 a 17 / 9 / *IBOPE/TV Anhanguera/Jornal do Tocantins ** IBOPE/TV Anhanguera/Jornal do Tocantins
CANDIDATO PERCENTUAL CANDIDATO PERCENTUAL MARCELO LELIS 41% MARCELO LELIS 39 % LUANA RIBEIRO 29% CARLOS AMASTHA 26 % CARLOS AMASTHA 8% LUANA RIBEIRO 1 7% DOUTOR LUCIANO 1% DOUTOR LUCIANO 1% FÁBIO RIBEIRO 1% PROFESSOR ADAIL 1% PROFESSOR ADAIL 0,5% FÁBIO RIBEIRO 1 % ABELARDO GOMES 0,5% ABELARDO GOMES 1 % INDECISOS 13% INDECISOS 11% BRANCO/NULO 6% BRANCO/NULO 3% MARGEM DE ERRO 3,5% MARGEM DE ERRO 3,5% ELEITORES PESQUISADOS 700 ELEITORES PESQUISADOS 700 INSTITUTO DE PESQUISA VOPE* INSTITUTO DE PESQUISA VOPE** REGISTRO NO TRE-TO -----/---- REGISTRO NO TRE-TO 00098 - 2012 PERÍODO DA PESQUISA 6 a 8/8/2012 PERÍODO DA PESQUISA 3 a 5 /9/ *VOPE/Jornal Primeira Página - Ed. 1036, 12 a 18/8/2012 *VOPE/ Jornal Primeira Página *VOPE/Jornal Primeira Página - Ed. 1037, 19 a 25/8/
CANDIDATO PERCENTUAL CANDIDATO (ESPONTÂNEA) PERCENTUAL CARLOS AMASTHA 43,3% CARLOS AMASTHA 42,30% MARCELO LELIS 35,3% MARCELO LELIS 35,00% LUANA RIBEIRO 9,2% LUANA RIBEIRO 8,80% DOUTOR LUCIANO 0,6% DOUTOR LUCIANO 0,60% PROFESSOR ADAIL 0,2% PROFESSOR ADAIL 0,20% FÁBIO RIBEIRO 0,2% FÁBIO RIBEIRO 0,20% ABELARDO GOMES 0 ,0% ABELARDO GOMES 0 ,00% INDECISOS 8,9% INDECISOS 10,50% BRANCO/NULO 2,4% BRANCO/NULO 2,50% MARGEM DE ERRO 3,09% MARGEM DE ERRO 3,09% ELEITORES PESQUISADOS 1001 ELEITORES PESQUISADOS 1001 INSTITUTO DE PESQUISA SERPES* INSTITUTO DE PESQUISA IBOPE** REGISTRO NO TRE-TO 00294 - 2012 REGISTRO NO TRE-TO 00294 - 2012 PERÍODO DA PESQUISA 18 a 22/ 9 /2012 PERÍODO DA PESQUISA 18 a 22 / 9 / *SERPES/Jornal do Tocantins **SERPES/Jornal do Tocantins
CANDIDATO (ESPONTÂNEA) PERCENTUAL CANDIDATO (ESPONTÂNEA) PERCENTUAL MARCELO LELIS 32 % CARLOS AMASTHA 46 % CARLOS AMASTHA 25 % MARCELO LELIS 28 % LUANA RIBEIRO 15 % LUANA RIBEIRO 6 % DOUTOR LUCIANO 1 % DOUTOR LUCIANO 1 % PROFESSOR ADAIL 1 % PROFESSOR ADAIL 0 %
muito pequena. O tamanho dessas amostras escolhidas (pesquisadas) não se mostra como adequada, ideal e suficiente para certas conclusões, por exemplo: os candidatos que figura nos 2º e 3º lugares nas pesquisas, pode tornar-se, 1º e 2º colocados nos resultados da eleição, isto é, pode haver uma reversão entre os candidatos que figuram nos três primeiras colocações em função de que a quantidade de eleitores que declaram suas intenções de voto branco/nulo e dos eleitores que não sabem ou não responderam (indecisos), são percentuais bastante significativos tanto em Estatística quanto em Matemática. Por outro lado, os institutos de pesquisas não adotaram um parâmetro correto, hábil e ideal para aferir-se o tamanho certo para uma amostra adequada e suficiente para extrair as conclusões divulgadas, pois os critérios definidos pelos institutos, por exemplo: nível de confiança e margem de erro, conforme utilizadas pelos institutos corresponde a uma amostra com uma quantidade maior de eleitores, porém fora pesquisada uma quantidade menor de eleitores do que a quantidade ideal (tamanho da amostra coerente e correta). Ao final, teremos os cálculos para demonstrar qual seria o tamanho da amostra ideal com os critérios de nível de confiança e margem de erro, utilizados pelos institutos. Assim, poderão ocorrer erros quanto à veracidade da informação do entrevistado: a) o informante pode mentir em relação aos dados demo-sócio-econômicos; b) o informante pode mentir em relação a sua intenção de voto; c) o informante pode mudar de opinião com ou sem novo cenário político. Também podem ter erros quanto à qualidade do levantamento de campo. Com qualquer método de amostragem, o procedimento do levantamento da informação é fundamental, isto é, a seriedade, a forma criteriosa e a competência da equipe que faz o levantamento dos dados é o ponto crítico da pesquisa. O projeto da obra civil pode ser perfeito, mas se o mestre e seus operários não forem competentes, com certeza, cai por desequilíbrio. Ainda podem ter erros inerentes à metodologia estatística. A estatística não tem pretensão de fazer estimativas exatas, admite o erro como sendo fato inerente e inevitável nos seus procedimentos de estimação. O erro é um parceiro constante na atividade do profissional estatístico, mesmo na estimação de aspectos concretos da população, onde se podem usar instrumentos de medida e avaliação. A estimativa por amostragem nestas situações mais simples estaria sujeita a erros. Aliás, mesmo que se fizesse um censo, que no caso eleitoral ocorre no dia da eleição, não há como eliminar erros. Não há medida sem erro. A pesquisa é a técnica de conseguir uma prévia com erro previsto, de custo baixo e rapidamente. Em uma pesquisa de opinião onde o aspecto a ser determinado tem natureza intangível e invisível, se aglutinam em volta da sua estimativa todas as fontes de erros: a inépcia do entrevistador, a mentira do entrevistado, alteração do cenário político, a mudança de opinião e o erro amostral, como consequência dessas ações têm-se inevitavelmente avaliações esfumaçadas da realidade. No caso da pesquisa de opinião inclusive os cálculos dos parâmetros: erro e confiabilidade podem ser considerados como sendo ordem de grandeza dos verdadeiros valores. Portanto, pesquisa de opinião é uma área da estatística sujeita a resultados “não precisos”, inclusive do ponto de vista da medida do erro e da confiabilidade. Mas, para ter uma avaliação da opinião eleitoral em certo momento, com rapidez, com baixo custo e com alguma confiabilidade, a pesquisa por amostragem é o melhor procedimento que se pode lançar mão. Um caso típico de amostra selecionada indevidamente é a pesquisa-estatística resultante da coleta de dados realizada ao entrevistado que passa pela rua - pergunta típica do entrevistador à pessoa entrevistada: Qual à sua preferência de candidato à Prefeitura de Palmas (apresenta uma relação de prováveis candidatos). Neste aspecto o entrevistador,
rotineiramente, não questiona se a pessoa entrevistada é eleitora do Município de Palmas, simplesmente solicita a opinião do entrevistado no mesmo instante. Neste tipo de procedimento de pesquisa-estatística, o percentual de pessoas que efetivamente respondem aos questionários do entrevistador, costuma ser representativo, mas não respondem todas as perguntas, também não são obedecidos os critérios, parâmetros e variáveis imprescindíveis para uma aferição mais coesa e fidedigna estatística e matematicamente, tornando a pesquisa viciada. O fantasma das fraudes está relacionado à metodologia, se for correta, se a população (universo) for bem delimitada, se a tabulação (mensuração) dos dados pesquisados for boa, o resultado será fidedigno. Como é difícil errar pesquisa planejada com metodologia científica, nascem suspeitas de que um ou outro instituto frauda resultados. O caso de pequena amostra, no caso em referência da pesquisa-estatística de intenções de voto à Prefeitura de Palmas, os institutos de pesquisas: T1 Notícias, Stylo, IBOPE (duas pesquisas) e VOPE (duas pesquisas), tão somente, entrevistaram: 1.102, 680, 504, 504, 700 e 700 eleitores, com margem de erro de: – 3,0% e +3,0%; – 3,5% e +3,5%; – 4,0% e +4,0%; – 4,0% e +4,0%; – 3,5% e +3,5%;–3,5% e +3,5%, respectivamente. Todos estes institutos adotaram um nível de confiança de 95%, com isso, demonstra algumas contradições e incoerências, porque com margem de erro de 3,0% o nível de confiança tem que ser de 97%; com margem de erro de 3,5% o nível de confiança tem que ser de 96,5%; com margem de erro de 4% o nível de confiança tem que ser de 96%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Palmas têm uma população de 223.817 habitantes ( www.censo2010.ibge.gov.br/dados ), porém uma população estimada até 1º de julho de 2011 de 228.332 habitantes. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Tocantins – TRE/TO, Palmas tem um eleitorado de 150.526 eleitores aptos ( www.tre-to.jus.br ), dos quais 77. são femininos (51,6575%) e 72.768 são masculinos (44,3425%). De acordo o Tribunal Regional Eleitoral este eleitorado está distribuído em relação à faixa etária e sexo, conforme planilha:
Faixa Etária Homens Porcentagem (%) Mulheres Porcentagem (%) Subtotal 16 anos 883 46,352 1.022 53,648 1. 17 anos 1.173 47,975 1.272 52,025 2. 18 a 20 anos 5.299 47,056 5.962 52,944 11. 21 a 24 anos 7.596 46,616 8.699 53,384 16. 25 a 34 anos 21.359 46,854 24.227 53,146 45. 35 a 44 anos 16.565 48,167 17.826 51,833 34. 45 a 59 anos 14.211 50,429 13.969 49,571 28. 60 a 69 anos 3.839 54,323 3.228 45,677 7. 70 a 79 anos 1.401 53,311 1.227 46,689 2. Mais de 79 anos 442 57,552 326 42,448 768 TOTAL 72.768 48,342 77.758 51,658 150.
Quando à amostra é muito pequena, é necessária maior cautela e precaução para se evitar vício ou macula na afirmação conclusiva da pesquisa-estatística. Por exemplo, uma pesquisa-estatística em uma amostra de 504 (IBOPE), 680 (STYLO), 700 (VOPE), 1. (SERPES) e 1.102 (IPT1) pessoas eleitoras (conforme considerou alguns dos institutos), os erros ocorrerão por ser provocada pela insistência destes institutos de pesquisa na utilização de amostragem por quota, técnica que trabalha com um sistema em que se tenta escolher uma quantidade ínfima da população a ser pesquisada.
grau completo), faixa etária - idade (16 a 17 anos, 18 a 25 anos, 26 a 35 anos, 36 a 45 anos, 46 a 55 anos, acima de 55 anos), setor residencial (norte, centro norte, centro, centro sul, sul, zona rural, zona suburbana), sexo (masculino, feminino, homo-afetivo), religião (ateu, budista, católico, espírita, evangélico, entre outros), dentre outros. A inferência estatística é o processo de se obter informações para tomar decisões sobre uma população. Inferência estatística é o processo pelo qual estatísticos extraem conclusões acerca da população usando informação de uma amostra. A população se refere a todos os casos ou situações as quais o pesquisador quer fazer inferências ou estimativas. Uma amostra é um subconjunto da população usado para obter informação acerca do todo. Características de uma população que diferem de um indivíduo para outro e as quais se tem interesse em estudar são chamadas variáveis. Cada unidade - membro da população que é escolhido como parte de uma amostra fornece uma medida de uma ou mais variáveis, chamadas observações. Nas pesquisas eleitorais, quase todos os institutos de pesquisas, utilizam estimativas de uma amostra como “melhor chute” para os verdadeiros valores populacionais. Exemplos são a média amostral, a mediana amostral, o desvio padrão amostral, o erro padrão amostral, os quais estimam a verdadeira média, mediana, desvio padrão e erro padrão da população ou da amostra, que são desconhecidos. Os verdadeiros desconhecidos são valores populacionais ou amostrais chamados parâmetros. Devemos realizar cautelosamente o teste de hipótese que é a verificação das hipóteses sobre a população, mediante os critérios e variáveis estatísticas. O erro é cumulativo na estatística, por isso requer um cuidado maior. O erro surge quando se elimina ou rejeita alguma casa decimal ou centesimal que deveria considerá-la. A não significância consiste no valor da probabilidade de se cometer um erro. O poder do teste consiste na probabilidade de rejeição. As influências mais relevantes que se observam com os resultados das pesquisas eleitorais que se divulgam, costuma ocorrer em três campos do processo eleitoral: a) no ânimo da militância quando o pleito envolve candidatos com algum enraizamento em segmentos sociais organizados; b) na capacidade de captação de financiamento privado para a disputa; c) no trabalho do marketing político e desempenho midiático que as intenções de votos publicadas por meio de pesquisas migram de uma zona de influência para outra. Para os dois últimos campos, a difusão das pesquisas de intenção de voto cumpre um papel fundamental na elaboração e desenvolvimento do programa de campanha. A margem de erro é calculada erroneamente. Por exemplo, no caso da eleição municipal, a margem de erro é muito menor para os candidatos: Dr. Luciano, Professor Adail, Fábio Ribeiro e Abelardo Gomes, conforme considerou todos os institutos, aqui citados. Tudo depende do procedimento amostral. Matematicamente, quanto mais próximo da faixa percentual de 50%, maior a margem de erro, quanto mais próximo do percentual de 100% ou 0%, menor a margem de erro. As pesquisas de opinião eleitoral baseiam-se no fundamento da análise estatística que para se obterem indicadores de uma população, basta consultar somente uma parte - amostra, representativa dessa população. Os resultados derivados são chamados de estimativas dos parâmetros populacionais. Portanto, passíveis de erro, o chamado erro amostral. Assim, toda e qualquer pesquisa que não entrevista o conjunto do universo tem erro de estimativa, que é calculado em função principalmente do tamanho da amostra e da maior ou menor homogeneidade da população pesquisada. Para um mesmo desenho de amostra, há uma relação inversa entre erro amostral e tamanho da amostra, isto é, quanto maior é o tamanho da amostra, menor é o erro amostral, vice-versa. A mesma relação inversa se dá entre o nível de homogeneidade do universo pesquisado e o erro amostral: quanto mais homogêneo é o conjunto da população, tanto menor é o erro amostral, vice-versa.
A técnica estatística permite que se possa calcular e circunscrever esse erro a um dado intervalo de variabilidade. A maneira como se interpretam os resultados de uma pesquisa eleitoral depende, dentre outros fatores, da magnitude do erro incorrido nas estimativas. Por exemplo, o candidato que obteve nas duas últimas pesquisas divulgadas pelos institutos: IBOPE e SERPES afetos a uma pesquisa eleitoral estimulada de 7% (Luana Ribeiro) de intenção de voto, em um levantamento cujo erro, para mais ou para menos, a conhecida “margem de erro”, foi somente de – 4,0% e +4,0% podem ter 3% ou 11% dessas intenções; 9,20% (Luana Ribeiro) de intenção de voto, em um levantamento cujo erro, para mais ou para menos, a conhecida “margem de erro”, foi somente de – 3,09% e +3,09% podem ter 6,11% ou 12,29% dessas intenções. Caso considere a pesquisa eleitoral espontânea divulgada pelos institutos: IBOPE e SERPES, de 6% (Luana Ribeiro) de intenção de voto, com margem de erro de – 4,0% e +4,0% poderão ter 2% ou 10% dessas intenções; 8,80% (Luana Ribeiro) de intenção de voto, com margem de erro de – 3,09% e +3,09% poderão ter 5,71% ou 11,89% dessas intenções. Estes intervalos de variabilidade das intenções de voto para erros amostrais entre:
2
2 / 2
n→ tamanho da amostra; Zα/2→ valor crítico da distribuição normal padrão correspondente ao nível de confiança desejado (Tabela Normal Padrão); p→ proporção que certa resposta terá na população; q→ proporção que certa resposta terá na população (1 – p); e→ margem de erro pretendida. Alguns valores da Tabela Z com seus respectivos valores:
Nível de Confiança Zα/2 Nível de Confiança Zα/ 50% 0,67 60% 0, 68% 1,00 70% 1, 78% 1,23 80% 1,
Esta é a razão pela qual uma pesquisa eleitoral pode ter um resultado diferente, mesmo com a amostragem, sendo bem realizada, com estratos bem definidos. A pesquisa pode errar ou se contradizer, isso é fato. Mesmo sendo bem feita, mas não sempre é o caso. Vamos fazer os cálculos para determinar o tamanho da amostra ideal para as situações consideradas pelos institutos de pesquisas: Se fizermos os cálculos com 96% de nível de confiança e margem de erro com 4% para encontrar o tamanho da amostra ideal:
2
2 / 2
2
0 , 04
n → 0 , 001600
n → n = 664 eleitores.
Para que a pesquisa eleitoral pudesse ser confiável e fidedigna, deveria ter sido pesquisado, no mínimo, 664 eleitores pelo IBOPE.
Ep → 100 602
Ep → Ep = 2,04%.
Como o valor encontrado da margem de erro corresponde a um desvio, para dois desvios (96%), temos: 2,04%× 2 = 4,08%. Nível de confiança de 96% e a margem de erro mínima deveria ser de 4,08%. Se fizermos os cálculos com 96,5% de nível de confiança e margem de erro com 3,5% para encontrar o tamanho da amostra ideal:
2
2 / 2
2
0 , 035
n → 0 , 001225
n → n = 909 eleitores.
Para que a pesquisa eleitoral pudesse ser confiável e fidedigna, deveria ter sido pesquisado, no mínimo, 909 eleitores pelo STYLO.
Ep → 100 800
Ep → Ep = 1,77%.
Como o valor encontrado da margem de erro corresponde a um desvio, para dois desvios (96,5%), temos: 1,77%× 2 = 3,54%. Nível de confiança de 96,5% e a margem de erro mínima deveria ser de 3,54%. Se fizermos os cálculos com 97% de nível de confiança e margem de erro com 3% para encontrar o tamanho da amostra ideal:
2
2 / 2
2
2
0 , 03
n → 0 , 000900
n → n = 1.308 eleitores.
Para que a pesquisa eleitoral pudesse ser confiável e fidedigna, deveria ter sido pesquisado, no mínimo, 1.308 eleitores pelos Institutos: IPET1 e SERPES.
Ep → 100 1070
Ep → Ep = 1,53%.
Como o valor encontrado da margem de erro corresponde a um desvio, para dois desvios (97%), temos: 1,53%× 2 = 3,06%. Nível de confiança de 97,01% e a margem de erro mínima deveria ser de 3,06%, porém o Instituto SERPES adotou-se a margem de erro correta, mas o tamanho da amostra não é ideal e coerente, por ter pesquisado somente 1.001 pessoas. Há uma maneira de encontra o tamanho mínimo de uma amostra, quando se tratar de uma população infinita (aquela superior a 100.000 indivíduos), baseando-se nos parâmetros da margem de erro pretendida (e) e no nível de confiança desejado (Zα/2): I- e = 3,5% e Z = 2,11 (96,5%):
2
n
→ 7 n 211 → 7
n →
2
7
n →n = 909 eleitores.
II- e = 3,0% e Z = 2,17 (97,0%):
2
n
→ 6 n 217 → 6
n →
2
6
n →n = 1.308 eleitores.
III- e = 4% e Z = 2,06 (96%):
2
n
→ 8 n 206 → 8
n →
2
8
n → n = 664 eleitores.
Nestes casos as pesquisas realizadas por todos os institutos de pesquisas eleitorais, aqui citados deveriam ter adotado uma margem de 5% e um nível de confiança de 95% para que pudesse ter mais confiabilidade, credibilidade e fidelidade nos dados divulgados. Mas qual é a segurança que se tem de que as estimativas dessas pesquisas de intenção de voto retratem a verdadeira preferência de toda a população (eleitores aptos a votarem de Palmas-TO), quer dizer, como ter certeza de que as intenções de voto da população por aquele candidato situam-se entre os percentuais consignados nas planilhas? Fazendo a pergunta de outra forma: Se a eleição fosse hoje (nas datas das pesquisas) como se poderia assegurar que o certo candidato receberia uma votação de, no mínimo, suas intenções de voto subtraída da margem de erro ou suas intenções de voto somada da margem de erro? Certeza absoluta não se tem, mas podemos estabelecer estatisticamente, certo nível de confiança que indique uma alta probabilidade de aquelas estimativas espelharem a realidade. O nível de confiança é determinado de comum acordo entre o instituto de pesquisa e o cliente (quem contratou a pesquisa). Uma pesquisa realizada praticamente um mês antes da eleição é somente um indicativo do grau de conhecimento do eleitorado em relação aos candidatos e uma medida da simpatia ou antipatia ou aceitação ou rejeição que cada uma das pessoas pesquisadas desperta em relação aos candidatos. Afirmamos com certeza, o cenário de hoje não será o do dia da votação (eleição: 7/outubro/2012). Mas, diante desta ressalva, a pesquisa mostra tendências, dificuldades e incoerências bem divergentes da realidade, por si só, cria um fato político.
CONCLUSÕES As pesquisas eleitorais sempre foram tema de polêmica desde que começaram a ser realizadas pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística - IBOPE em 1945. Desta época em diante, as pesquisas de intenção de voto passaram a ser comuns nas eleições brasileiras. Muitos institutos surgiram e as técnicas e métodos por eles utilizados foram se aperfeiçoando. Mas, sempre que o Brasil passa por um novo processo eleitoral, as mesmas polêmicas, envolvendo as pesquisas, voltam à mídia. Se surgir a pergunta: Qual o melhor tamanho da amostra em uma população infinita? A resposta mais coerente em função da análise estatística é, se a amostra for grande é dispendiosa e demanda mais tempo de mensuração e estudo; se a amostra for pequena é menos precisa e pouco confiável. O tamanho da amostra depende do grau de confiança desejado, da margem de erro pretendida e do desvio padrão que está correlacionado diretamente com a margem de erro. Concluímos que a inferência estatística deve considerar, sobretudo, a variável qualitativa e quantitativa conduzidas na população para se extrair uma amostra considerável para realização da análise da estatística descritiva em função da probabilidade de um evento (atributo ou estrato) ocorrer e que possa ou não resultar em erro.
As pesquisas eleitorais traduzem em argumentação. A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado (acompanhar a opinião divulgada pela pesquisa). Sempre que faço alguma argumentação, tem-se o intuito de convencer alguém a pensar como penso. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que se apresenta, com o propósito de defender a ideia e convencer o leitor de que essa argumentação é a correta.
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Data Instituto
Carlos Amastha (PP)
Marcelo Lelis (PV)
Luana Ribeiro (PR)
Dr. Luciano (PRP)
Prof. Adail (PSDC)
Fábio Ribeiro (PT do B)
Abelardo Gomes (PSOL)
Brancos / nulos/nen hum
Não sabem / não responder am 18 a 22.set.2012 Serpes 43,3 35,3 9,2 0,6 0,2 0,2 0 2,4 8, 15 a 17.set.2012 Ibope 47 30 7 1 1 0 0 3 11 3 a 5.set.2012 Vope 26 39 17 1 1 1 1 3 11 27 a 29.ago.2012 Ibope 26 36 16 1 1 1 0 7 13 27 a 28.ago.2012 Stylo 23,91 43,88 18,53 1,47 0,74 0,29 0,15 0,00 11, 22 a 24.ago.2012 IPET1 20,96 40,20 19,69 0,64 0,64 1,27 0,36 6,90 9, 11 a 13.ago.2012 Ibope 12 47 16 1 - 0 0 10 13 27 e 28.jul.2012 Stylo 16,86 45,43 22 1,14 1,43 1,71 0,29 - - 24 a 26.mai.2012 Ibope 1 45 14 - - - - 9 13 24 a 26.mai.2012 Ibope - 42 13 - - - - 13 15 24 a 26.mai.2012 Ibope 2 43 13 - - - - 13 16 16 a 18.dez.2011 Ibope 2 52 10 - - - - 11 8 16 a 18.dez.2011 Ibope 2 54 - - - - - 13 10 16 a 18.dez.2011 Ibope 1 56 - - - - - 13 9 16 a 18.dez.2011 Ibope 1 55 - - - - - 12 9 16 a 18.dez.2011 Ibope 2 52 10 - - - - 12 9
Data Instituto
Contratante (quem pagou a pesquisa)
Nº Pessoas pesqui- sadas
Margem de erro (%)
Local de registro
N° de registro 18 a 22.set.2012 Serpes Jornal do Tocantins 1001 3,09 TRE-TO
00294/ 12 15 a 17.set.2012 Ibope TV Anhanguera 504 4,00 TRE-TO
00286/ 12 3 A 5.set.2012 Vope Jornal Primeira Página 700 3,50 TRE-TO
00098/ 12 27 e 29.ago.2012 Ibope Centro Norte Comunicação 504 4,00 TRE-TO
00083/ 12 27 e 28.ago.2012 Stylo Jornal Stylo 680 3,50 TRE-TO
00081/ 12 22 e 24.ago.2012 IPET1 Jornal T1 Notícias 1102 3,00 TRE-TO
00070/ 12