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Este documento aborda os principais mecanismos de ação e aplicações farmacológicas dos agonistas e antagonistas colinérgicos. Ele explica como esses fármacos atuam no sistema nervoso autônomo parassimpático, estimulando ou bloqueando os receptores muscarínicos e nicotínicos. São discutidos os efeitos cardiovasculares, gastrointestinais e urinários desses compostos, bem como suas aplicações terapêuticas, como no tratamento da hipertensão, arritmias cardíacas, bexiga hiperativa e reações alérgicas. O documento também compara a ação dos agonistas colinérgicos de ação direta e indireta. Além disso, são abordados os antagonistas adrenérgicos alfa e beta e seus usos clínicos. Com informações detalhadas sobre os mecanismos de ação e efeitos farmacológicos, este documento pode ser útil para estudantes de farmacologia, medicina e áreas afins.
Tipologia: Resumos
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Aula 1: Agonista e antagonista colinérgicos Relembrando parassimpático e simpático: Relembrando: Neurônio pré e pós sináptico, seus neurotransmissores e seus receptores - do sistema nervoso parassimpático. Neurotransmissor: Acetilcolina Receptores: nicotínico e muscarínico Os receptores muscarínicos são classificados em: M1 ou neural, M2 ou cardíacos e M3 ou glandular. Existem mais dois tipos de receptores muscarínicos que ainda não estão bem caracterizados. Internet: Os receptores M1 (neurais): produzem excitação dos neurônios do SNC e SNP e células parietais (estômago) Os receptores M2 (cardíacos): são encontrados nos átrios e provocam a redução da frequência cardíaca e força de contração dos átrios. Esses receptores também agem na inibição pré-sináptica Os receptores M3 (glandulares ou musculares lisos): causam a secreção, contração da musculatura lisa vascular e relaxamento vascular (agindo no endotélio vascular)
Os agonistas e antagonistas colinérgicos têm como ação principal estimulação ou bloqueio das células efetoras (pós ganglionares) do SNA parassimpático, respectivamente. Relembrando agonista e antagonista: Agonista: O mesmo efeito da Acetilcolina com seus receptores. Ele mimetiza a acetilcolina. Antagonista: causam o efeito oposto, ou seja, bloqueiam o receptor. No exemplo do receptor M2 (coração), o agonista estimula o M2, ou seja, ocorre a diminuição da frequência cardíaca, enquanto o antagonista bloqueia esse receptor, tendo o efeito oposto.
Os fármacos que produzem resposta semelhantes àquelas obtidas após estimulação do SNA parassimpático (AGONISTAS) são denominadas:
- Drogas Colinérgicas - Mesmo efeito da acetilcolina - Drogas Colinomiméticas - Mimetiza a acetilcolina - Drogas Parassimpatomiméticas - Mimetizam o sistema nervoso parassimpático Agonistas de receptores Muscarínicos e/ou Nicotínicos. Os agonistas colinérgicos são divididos em: Drogas Colinérgicas de Ação Direta; Drogas Colinérgicas de Ação Indireta Ação direta: se ligam diretamente ao receptor Ação indireta: ligação irreversível ao receptor = veneno. Drogas Colinérgicas de Ação Direta (Classificação): → Alcalóides Naturais e Análogos Sintéticos → Ésteres da Colina Drogas Colinérgicas de Ação Indireta (Classificação): → Inibidores Reversíveis das Colinesterases → Inibidores Irreversíveis das Colinesterases
Os fármacos que produzem bloqueio dos receptores do SNA parassimpático (ANTAGONISTAS) são denominadas:
- Drogas Anticolinérgicas: Bloqueiam a ação da acetilcolina - Drogas Parassimpatolíticas: Inibem/causam a lise do parassimpático - Drogas Antimuscarínicas: Bloqueia o receptor muscarínico Antagonistas de receptores Muscarínicos e/ou Nicotínicos - Drogas Antimuscarínicas (Classificação):
Arecolina: É um alcalóide obtido das nozes de betel, Areca catechu. É uma amina terciária.
Acetilcolina: É um neurotransmissor endógeno das sinapses e junções neuroefetoras dos sistemas nervosos central e periférico. Não possuem aplicação terapêutica devido à rápida hidrólise pela acetilcolinesterase. Por esta razão se utilizam derivados sintéticos com ação mais seletiva e efeitos mais prolongados. Sua estrutura é um composto de amônio quaternário. Não ultrapassa a barreira hematoencefálica. O primeiro derivado da acetilcolina é a metacolina, que possui afinidade muito grande com o receptor M2 (coração), por isto os indivíduos começaram a ter elevada diminuição da frequência cardíaca, fazendo a droga deixar de ser utilizada.
Metacolina: Possui uma ação mais prolongada porque é hidrolisada pela Acetilcolinesterase em uma taxa mais lenta. Apresenta discreta ação nicotínica, atuando preferencialmente em receptores muscarínicos. (Não é mais utilizada devido a seus efeitos colaterais). Carbacol: É resistente à hidrólise pela acetilcolinesterase e apresenta ação nicotínica e muscarínica. Apresenta importante efeito de contração uterina por estímulo de receptores M3. Betanecol: Assim como o Carbacol, é resistente à hidrólise pela acetilcolinesterase. Dessa forma, sua meia-vida é mais longa e assim como o Carbacol, pode ser distribuído para áreas ou estruturas com menor circulação sanguínea. Atua principalmente em receptores muscarínicos. Conduz ao aumento de motilidade do trato gastrointestinal e ao aumento da motilidade vesical, favorecendo evacuação e micção. Em situações em que ocorre a lesão da inervação da bexiga (parte sacral da coluna) o betanecol auxilia os nervos para permitir a micção. Essa perda da inervação da bexiga pode ser por causa de hormônio ou trauma ou … Bexiga obstruída: se for dado betanecol pode ocorrer a ruptura da vesícula urinária. Uso Terapêutico: O uso de drogas colinérgicas da classe dos ésteres da colina, visando efeitos terapêuticos, é relativamente limitado em M.V.
São chamados de anticolinesterásicos A acetilcolina ou se liga ao receptor, ou é destruída pela enzima, ou é recaptada. Se bloqueio a enzima tenho o aumento da disponibilidade de acetilcolina na fenda. → Inibidores Reversíveis das Colinesterases →Inibidores Irreversíveis das Colinesterases
paralisia neuromuscular. Principalmente a Neostigmina e Piridostigmina.
São agentes de longa duração São líquidos altamente lipossolúveis, mas que também podem ser voláteis, absorvidos pelas vias cutâneas, mucosas do sistema digestório e do sistema respiratório. É uma classe formada por inúmeros agentes denominados de ORGANOFOSFORADOS. Exemplo: Malatol, Folidol. Como estes agentes são altamente lipossolúveis, podem se depositar no tecido adiposo e retornar à circulação posteriormente. Mecanismo de Ação:
- ORGANOFOSFORADOS Se ligam tanto no local aniônico como esterásico da acetilcolinesterase. Formam uma ligação COVALENTE e bastante estável. Por isso promovem uma ligação irreversível. Efeitos Farmacológicos : Seus efeitos farmacológicos são consequência do acúmulo de Acetilcolina em todos os locais em que este neurotransmissor é liberado. Efeitos colinérgicos muscarínicos e nicotínicos: - Junção Neuromuscular: Aumento da contração da musculatura esquelética Excitação assincrônica e fibrilação das fibras musculares. (fasciculações musculares) - Sistema Gastrointestinal: Aumento de secreções, contração da musculatura lisa e relaxamento dos esfíncteres. (aumento peristaltismo e motilidade) - Sistema Respiratório: Broncoconstrição e aumento das secreções - Sistema Cardiovascular: Há tendência do predomínio do tônus Parassimpático (vasodilatação e bradicardia). - SNC: Os organofosforados são apolares e atravessam a barreira hematoencefálica, podendo conduzir a excitação e convulsões - Olhos: Contração da musculatura ciliar e do músculo esfíncter pupilar (miose), facilitando a drenagem do humor aquoso. - Glândulas Exócrinas: Aumento da atividade secretora das glândulas salivares, brônquicas, lacrimais, sudoríparas, gástricas, pancreáticas
Efeitos farmacológicos:
Efeitos Adversos:
Aula 2: Questionário em aula 1) Referente ao Sistema Nervoso Autônomo, determine as suas divisões, bem como os neurotransmissores atuantes em cada divisão e seus respectivos receptores. Em adicional, de maneira fisiológica, em que situações essas divisões se tornam mais ativas? SNAP: Neurotransmissores → Acetilcolina Receptores → Nicotínico e muscarínico (M1, M2, M3, M4 e M5) M1: SNC e estômago M2: Coração, nervos e Músculo Liso M3: Glândulas, pulmão, músculo liso e endotélio M4: SNC e gânglios M5: SNC e gânglios SNAS: Neurotransmissores → Acetilcolina e noradrenalina Receptores → Nicotínico e Adrenérgico (alfa ou beta) O Sistema Nervoso Parassimpático se torna mais ativo em situações de repouso e digestão. O Sistema Nervoso Simpático se torna mais ativo em situações de luta ou fuga.
4) Como podem ser classificados os fármacos agonistas adrenérgicos? Cite um exemplo de cada grupo. Os medicamentos simpaticomiméticos podem ser classificados em duas classes:
ativa para atuar em receptores colinérgicos, exercendo seu efeito. 8) Em um paciente com asma, podemos utilizar como tratamento algum fármaco agonista adrenérgico? Por quê? Podemos também, como opção terapêutica, utilizar no tratamento desse mesmo paciente, algum fármaco antagonista colinérgico? Por quê? Podemos utilizar um fármaco agonista adrenérgico pois produzem respostas semelhantes àquelas obtidas após estimulação do SNA simpático, ou seja, irá ocorrer a broncodilatação, relaxamento do tônus muscular. Podemos utilizar um fármaco antagonista colinérgico pois irá causar efeito oposto ao parassimpático, ou seja, irá causar a broncodilatação. 9) Sabendo que o Glicopirrolato promove efeito oposto ao da acetilcolina, cite 3 efeitos adversos que podem ser observados com o seu uso. Midríase (dilatação da pupila), aumento da frequência cardíaca e inibição da salivação.
Aula 3: Agonistas e antagonistas adrenérgicos Introdução: Em 1896 Oliver e Schafer observaram que extratos da glândula adrenal promoviam o aumento da pressão arterial Em 1913, Dale isolou a Epinefrina (que causava o aumento da pressão arterial)
São os fármacos que produzem resposta semelhantes àquelas obtidas após estimulação do SNA simpático (AGONISTAS) São denominados:
Os fármacos que produzem bloqueio dos receptores do SNA simpático (ANTAGONISTAS) são denominados:
Os agonistas adrenérgicos podem ser divididos em 2 classes, são elas:
Ação mista: atuando tanto aumentando a oferta de NE como se ligando a receptores diretamente.
Alfa 1:
Parada cardíaca: Os simpatomiméticos com afinidade por Alfa 1 e Beta 1 podem ser utilizados como conduta para reanimar o paciente no processo de reanimação cardiopulmonar. (Adrenalina)
Antagonistas alfa: Receptores Alfa 1 são abundantes no endotélio vascular; Quando estimulados causam contração da musculatura vascular e consequente vasoconstrição. Ao utilizarmos um antagonista de receptores alfa 1 (prazosina), inibimos a contração da musculatura vascular, impedindo a ação da catecolamina sobre o receptor Dessa forma, reduzimos a resistência vascular (vasodilatação) → Redução da pressão arterial (anti-hipertensivos). Os antagonistas alfa 1 são, em sua maioria, agentes hipertensivos.
receptores Alfa 1 Adrenérgicos (prazosina), têm sido utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva, principalmente em medicina humana, melhorando o débito cardíaco e reduzindo a congestão pulmonar. Na veterinária são utilizados principalmente no tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica.
receptores Alfa 2 adrenérgicos são alvos de estímulo da Xilazina e de outros fármacos Alfa 2 adrenérgicos. A Xilazina especificamente pode causar importante depressão cardiorespiratória como um de seus efeitos colaterais. Nesses casos, podemos reverter a ação cardiorespiratória depressora da Xilazina com o uso de um fármaco antagonista Alfa 2 Adrenérgico, como por exemplo a Ioimbina e o Atipamezole. Xilazina causa depressão cardiorespiratória, se observo que a mesma só cai, tenho que impedir a ligação alfa 2 da xilazina, administrando um antagonista de alfa 2 (ioimbina ou atipamezole) Efeitos relacionados ao coração sobressai a xilazina
antagonistas Alfa 2 Adrenérgicos podem ser utilizados para reverter a ação do fármaco Agonista Alfa 2 Adrenérgico (Xilazina), que são fármacos que podem causar sedação e depressão cardiorespiratória importantes.
hipotensão e congestão nasal. O principal efeito adverso ao uso dos antagonistas Alfa adrenérgicos está relacionado à diminuição do tônus simpático em receptores Alfa.
A utilização dos antagonistas Alfa 2 adrenérgicos para reverter a ação dos agonistas Alfa 2 adrenérgicos tem sido associada a fatalidade em ovinos e bovinos, e excitação em equinos.
receptores Beta 1 Adrenérgicos são utilizados no tratamento de certas arritmias cardíacas, na angina estável e no tratamento do período pós-infarto. Na veterinária os antagonistas de receptores Beta 1 adrenérgicos são utilizados principalmente no tratamento de doenças cardíacas obstrutivas (estenose pulmonar/estenose subaórtica), na cardiomiopatia Hipertrófica Felina e na hipertensão sistêmica