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Padrões de Qualidade e Classificação das Águas, Notas de aula de Tratamento de Água

Definições e padrões de qualidade para diferentes tipos de águas, como águas doces, salobras e salinas. Além disso, fornece informações sobre a classificação de águas em função dos usos preponderantes e limites para diferentes parâmetros de qualidade, como coliformes termotolerantes, turbidez, dbo, ph e cor verdadeira.

Tipologia: Notas de aula

2024

Compartilhado em 08/04/2024

elmer-a-camacho-g-2
elmer-a-camacho-g-2 🇧🇷

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PADRÕES
DE
QUALIDADE
E
C
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ASSIFICAÇÃO
DAS
ÁGUAS
Indicadores
de
Qualidade
Física
mm1
Indicadores
de
Qualidade
Química
Indicadores
de
Qualidade
Bioló
ica
CLASSIFICAÇÃO
DAS
ÁGUAS
DOCES
1.
Classe
especial
Abastecimento
para
consumo humano
com DESINFECCÃO;
Preservac,ão
do
equilíbrio natural
das
comunidades aquáticas;
Preservac,ão
dos ambientes aquáticos.
li.
Classe
1
Abastecimento para consumo humano,
após tratamento SIMPLIFICADO;
Protec,ão das comunidades aquáticas;
Recreac,ão de cantata primário;
lrrigac,ão
de
hortalic,as e frutas que
são consumidas cruas e/ou sem
remoc,ão
de
película;
Protec,ão das comunidades aquáticas
em
terras indígenas.
TEMPERATURA
TURBIDEZ
SABOR
E
ODOR
pH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro e manganês,
cloretos, fluoretos, Oxigênio Dissolvido (OD),
Demanda Química de Oxigênio (DOO), Demanda
Bioquímica de Oxigênio (DBO), Carbono Orgânico
Total
(COT),
nitrogênio
e
fósforo.
Presença
de
bactérias
patogênicas
e
de
algas,
bem
como
contaminação
fecal
pela
presença
de
poluentes
orgânicos
de
origem
humana.
Resolução
357
/2005
do
Conselho
Nacional
do
Meio Ambiente (CONAMA)
111.
Classe
2
IV.
Classe
3
V.
Classe
4
Abastecimento para
consumo
humano,
após
tratamento
CONVENCIONAL;
Protec,ão das comunidades aquáticas;
Recreac,ão de
contato
primário;
lrrigac,ão de hortalic,as, plantas
frutíferas e de parques;
Aquicultura e à atividade de pesca.
Abastecimento para consumo humano,
após tratamento CONVENCIONAL ou
AVANÇADO;
lrrigac,ão de culturas arbóreas,
cerealíferas e forrageiras;
Pesca amadora;
Recreac,ão de contato secundário;
Dessedentac,ão de animais.
Navegac,ão;
Harmonia paisagística.
Dica do professor
O vídeo traz uma breve apresentação desta Unidade de Aprendizagem: características, padrões de
qualidade e classificação das águas de acordo com a Resolução no 357/2005 do CONAMA.
_1.2_
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Baixe Padrões de Qualidade e Classificação das Águas e outras Notas de aula em PDF para Tratamento de Água, somente na Docsity!

PADRÕES DE QUALIDADE E C l!r'ASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS

Indicadores de Qualidade Física mm

Indicadores de Qualidade Química

Indicadores de Qualidade Bioló ica

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS DOCES

1. Classe especial
  • Abastecimento para consumo humano com DESINFECCÃO;
  • Preservac,ão do equilíbrio natural das comunidades aquáticas;
  • Preservac,ão dos ambientes aquáticos.
li. Classe 1
  • Abastecimento para consumo humano, após tratamento SIMPLIFICADO;
  • Protec,ão das comunidades aquáticas;
  • Recreac,ão de cantata primário;
  • lrrigac,ão de hortalic,as e frutas que são consumidas cruas e/ou sem remoc,ão de película;
  • Protec,ão das comunidades aquáticas em terras indígenas.
TEMPERATURA TURBIDEZ SABOR E ODOR

pH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro e manganês, cloretos, fluoretos, Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Química de Oxigênio (DOO), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Carbono Orgânico Total (COT), nitrogênio e fósforo.

Presença de bactérias patogênicas e de algas, bem como contaminação fecal pela presença de poluentes orgânicos de origem humana.

Resolução nº 357 /2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)

111. Classe 2

IV. Classe 3

V. Classe 4
  • Abastecimento para consumo humano, após tratamento CONVENCIONAL;
  • Protec,ão das comunidades aquáticas;
  • Recreac,ão de contato primário;
  • lrrigac,ão de hortalic,as, plantas frutíferas e de parques;
  • Aquicultura e à atividade de pesca.
    • Abastecimento para consumo humano, após tratamento CONVENCIONAL ou AVANÇADO;
    • lrrigac,ão de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
    • Pesca amadora;
    • Recreac,ão de contato secundário;
    • Dessedentac,ão de animais.
  • Navegac,ão;
  • Harmonia paisagística.

Dica do professor

O vídeo traz uma breve apresentação desta Unidade de Aprendizagem: características, padrões de qualidade e classificação das águas de acordo com a Resolução no 357/2005 do CONAMA.

1.2

https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/ cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/442c4c7a566a91ffb4a5caf02c

8min

Exercícios

Os indicadores físicos de qualidade da água incluem:

A) a) Cor, turbidez e pH.

B) b) Turbidez, odor e algas.

C) c) Turbidez, odor e cor.

D) d) pH, algas e bactérias patogênicas.

E) e) pH, ferro e fósforo.

1.2

Os indicadores biológicos de qualidade da água incluem:

A) a) Algas, bactérias e contaminação fecal.

B) b) pH, temperatura e algas.

C) c) Cor, dureza e sabor.

D) d) pH, odor e oxigênio dissolvido (OD).

E) e) Bactérias, algas e oxigênio dissolvido (OD).

De acordo com a Resolução no 357/2005 do CONAMA, que dispõe sobre a classificação dos

  1. corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, a classe de água que

permite a preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral é a:

A) a) Classe 4.

B) b) Classe 2.

C) c) Classe 3.

D) d) Classe Especial.

E) e) Classe 1.

Na prática

Indústrias, colégios e condomínios devem passar por análise referente à água. Nesse sentido, alguns cuidados são fundamentais para que se complete uma análise adequada da água.

1.2

CUIDADOS REFERENTES À VIGILÂNCIA SANITÁRIA:

A inspeção periódica é obrigatória de acordo com a lei no. 3718 de 19/01/83, é garantida a sanidade da água que pode vir tanto da rede hidráulica quanto de um poço ou fonte, e deve ser indicado também o prazo de realização de lavagem de caixas d'água.

CUIDADOS REFERENTES À POTABILIDADE DA ÁGUA:

A água é analisada para indicar a segurança (ou não) do consumo, se haverá algum risco à saúde da população afetada.

Duas análises definem a verificação da potabilidade:

A análise físico-química, que aponta a composição química da água e suas características orgnolépticas, e A análise bacteriológica, que demonstra as possibilidades de infestações através de micro-organismos.

Padrões de potabilidade da água:

A Portaria no. 518 de 25 de março de 2004 oficializou os padrões de potabilidade requeridos pelo Ministério da Saúde e a NTA 60 - Águas de Consumo Alimentar - Decreto Estadual no. 12.486 de 20/10/78. Tais indicações oficiais devem ser seguidas.

Saiba +

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Meio Ambiente e Sustentabilidade

Rosa, André Henrique; Fraceto, Leonardo Fernandes; Moschini-Carlos, Viviane

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

1.2

elm = livro da bib virtual, mesmo usado no tópico "Conteúdo do livro" desta aula!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E CRÉDITOS DE IMAGENS ROSA, André Henrique; FRACETO, Leonardo F.; MOSCHINI-CARLOS, Viviane. Meio ambiente e sustentabilidade. Porto Alegre: Bookman, 2012. Banco de imagens Shutterstock. SAGAH, 2015.

EQUIPE SAGAH Coordenadora de Curso Vanessa de Souza Machado Professor Daniel Araújo Gerente Unidade de Negócios Rodrigo Severo Analista de Projetos Fernanda Osório

Desafio

Considerando que você está atuando para uma indústria de alimentos e que todo sistema de tratamento de efluente está sob sua responsabilidade, faça uma breve explanação quanto ao conceito de efluente industrial, abordando quais são os parâmetros indicadores de qualidade física da água e suas características.

2.1

elm = Consultar / atender a RESOLUÇÃO CONAMA N° 357 / 2005, que:

Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento; Estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.

Padrão de resposta esperado

Efluentes são os resíduos provenientes das indústrias, dos esgotos e das redes pluviais, que são lançados no meio ambiente, na forma de líquidos ou de gases. Efluente líquido industrial é o rejeito líquido advindo da indústria, compreendendo o processo industrial, as águas de refrigeração poluídas, as águas pluviais poluídas, assim como o esgoto doméstico. Além disso, o aluno deve abordar os principais indicadores de qualidade física da água, sendo elas: cor, temperatura, turbidez, sabor e odor. A cor resulta da existência de substâncias em solução, como ferro, manganês, corantes, matéria orgânica e algas. A temperatura tem importância, uma vez que influi nas propriedades da água (solubilidade de substâncias e gases), nas velocidades das reações químicas e bioquímicas e, principalmente, no metabolismo dos microrganismos nela presentes. A turbidez da água está relacionada com a atenuação de intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la devido à presença de sólidos em suspensão. É um parâmetro que indica a qualidade estética das águas. O sabor e o odor das águas naturais se originam da presença de diversas substâncias químicas (provenientes de esgotos domésticos e efluentes industriais), de gases dissolvidos e de microrganismos (principalmente algas e cianobactérias).

Infográfico

O infográfico a seguir ilustra os indicadores físicos e químicos para caraterização dos efluentes discutidos nesta Unidade de Aprendizagem.

2.1

CARACTERÍSTICA DO EFLUENTE

Indicadores Físicos

Cor Temperatura Turbidez Sabor Odor

Indicadores Químicos

pH Alcalinidade Acidez Dureza Ferro e Manganês Cloretos Fluoretos Fósforo Nitrogênio OD - Oxigênio Dissolvido DQO - Demanda Química de Oxigênio DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio COT - Carbon Orgânico Total Elementos potencialmente tóxicos

SUMÁRIO

  • [lh.idade
    • Poluição, energia e m eio ambiente - Poluição do ambiente e energia Raquel Finkler - Aspectos tecnológicos relacionados aos im pactos e processos indust riais - Aspectos legais relacionados aos im pactos e processos industriais
    • Identificação, cl ass ifi cação e aná li se de resíd uo s. - Resíduos sólidos: problemas atuais Raquel Finkler - Classificação e identificação de resídu os de acordo com as no rmas em vigor.
  • L Análise de resíduos: impor tância para sua gestão. - Características dos efluentes - Efluentes: conceitos e classificação..... Raquel Finkler - As principais características dos efluentes - Indicadores de qualidade de efluentes..................................................... - Unidade - Características gerais da at mo sfera e fontes de po luição - Atmosfera: defin ições ge rais Ronei Tiago Stein - Composição do ar - Fontes de poluição atmosférica - Rec ur sos hídricos - Distri bu ição da água no planeta Raquel Finkler - Impactos antrópicos nos recursos hídricos - Poluição dos recur sos hídricos - Evo lução da atmosfe ra terrestre. - Evolução da atmosfera terrestre Agnes Caroline dos Reis - Transformações qu ímicas da atmosfera terrestre................................ - Perigos associados às alterações químicas da atmosfera - Unidade - Direito e legislação amb ie ntal - Principais leis ambientais e sua relevância Roger San tos Camargo - Importância das leis para o planejamento ambiental - Princípios ambientais da legislação
llfnidade 4

Conceituação de im pactos a mbientais ...... ....................... .............. ........ 127 Ronei Tiago Stein Importânc ia da identificação dos im pactos amb ienta is ..... .... .............. ..... .... ..... .... .................... 127 Análi se dos impactos amb ientais em processos de AIA ............................................................. 130 Pertinência dos im pactos ambientais na AIA................................ ..................................................... 134

Agentes soci ais ...... ............. .... .................... ............. ........ ................ ............. .... 141 Agnes Caroline dos Reis Agentes amb ientais no contexto da engenharia ambiental.......... .......................................... 141 Agentes sociais, conceito de percepção ambiental com a gestão ambiental ............. 145 Ação dos dife rentes agentes sociais na condução de um processo de avaliação ambiental ........................................ .............................................................................. ............... ........... ... .... ....... 149

Sistema de Gestão Ambiental 1 .. ... ........... ... .......... ........ ... ....... ... ... ........... .. 155 Agnes Caroline dos Reis Gestão Amb iental Pública: aspecto b ás ico da gestão ambienta l .. ......... .... ............ .. .. .. ........ 155 El ementos básicos dos zoneamentos amb iental, ind ustr ia l e urbano ............................... 158 Estratégias de sustentabilidade urba na e desenvolvimento sustentável das c idades brasileiras .... ...... .. ................................................................................... .. ................................. 161

~ b a ritos .......... ..................... ........................ ............. ........................ ................ 1 ~

Poluição, energia e meio ambiente

1. e 2. c 3. e 4. a 5. d

Identificação, classificação e análise de resíduos

1. d 2. a 3. e 4. c 5. b Características dos efluentes 1. b 2. a 3. e 4. a 5. a

Características gerais da atmosfera e fontes de poluição

1. a 2. b 3. c 4. e 5. b

Recursos hídricos

1. d 2. c 3. a 4. e 5. b

Evolução da atmosfera terrestre

1. c 2. a 3. b 4. c 5. e Direito e legislação ambiental 1. e 2. a 3. c 4. b 5. b Conceituação de impactos ambientais 1. c 2. d 3. a 4. d 5. c

Agentes sociais

1. c 2. a 3. c 4. d 5. e

Sistema de Gestão Ambiental I

1. e 2. b 3. d 4. e 5. b

1 Outro aspecto se refere à conce pção de produtos com baixa vida úti l (obso-

lescência programada), razão pela qual rapidame nte são descartados. Podemo s p erceber, d essa forma, que os produtos e os be n s ~ após o uso, são desprezados, sem inclusão desses materiais em novos ciclos produtivos e, muitas vezes, sendo dispostos de forma inade quada, resultando em sérios problemas ambi entais, sociais e, também , econômicos.

Saiba mais

A aná li se de ciclo de vida é uma ferramenta que busca comp reender e avaliar os impactos ambientais associados a um produto ou serviço. Es sa aná li se parte do princípio da avaliação de todos os impactos amb ienta is envolvidos em todas as fases do seu c iclo de vida, começando na extração da matéria-pr im a, passando pela produção, d istribuição e ut il ização, até o destino fina l.

1 Considerando o exposto, é importante anali sarmos criticamente os seguintes conceitos: lixo e resíduos sólidos. De um a fo rm a genérica, lixo e resí duo têm o mes mo significado, o qual compr ee nde todos os mate ri ais resultantes da s atividades humanas. Contudo, lixo é comumente a denominação dada àqueles materiais que já não têm mais se r ventia e são descartados. Já os resídu os têm conotação t éc nica da po ssibilidade de r eaproveitamento e reincorporação ao c icl o de vida do produto. Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (BRASIL, 2010, doc umento on-line), res íduos sólidos são co ns iderados:

[...]material , sub stância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proce- der ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, b em como g ases contidos em rec ipientes e líquidos cujas particularidades tornem in v iável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponíve l.

Cabe a ind a r essa l tar a co nce it uação da da pel a P NRS (B RA S IL , 2010, documento on-line) aos rejeites. Conforme esse refer enc ial, r eje ito são:

[...] resíduos sólidos que, depois de esgota da s todas as possibilidades de tra- tamento e recuperação por processos tecnológicos disponíve is e economica- mente v iáveis, n ão apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequ ad a. _J

Assim, podemos perceber que as diferenças entre lixo, resíduos sólidos e rejeitos estão relacionadas ao significado dos bens pó s-uso para cada indivíduo, bem como com a sua destinação final. Ne sse sentido, Barros (2012) comenta q ue a palavra "resíduo" denota a possibilidade de valorização, enquanto lixo ou dejeto costum am ser considerados como dest inados à disposição final, se não houver tecnologias para seu aproveitamento integral de maneira econo- micamente viável e tecnologicamente factível. A análise dos conceitos nos permite identificar que as mudanças quanto à questão de resíduos sólidos depende m não só da revisão dos processos produtivos, que preci sa m in co rporar conceitos de análise de ciclo de vida do produto, ma s também de todos os indivíduos repen sa ndo seus hábitos de consumo e descarte e do Poder Público, no que tange à destinação am - bientalmente correta. Desse modo, cabe a necessidade de cr iar alternativas que viabilizem uffil ciclo de produção e consumo com reutilização e di s po sição adequ ada dos resíduos. Com base nessa premissa, há a PNRS (BRASIL, 2010), qu e traça definições, princípios, objetivos, dire triz es e in s trum entos co m vistas ao gerenciamento e à gestão integrada dos resíduos sólidos. Além disso, atribui respon sabilidade àqueles que de alguma fo rm a estejam envolvidos com a produção, o consumo, a gestão ou o gerenciamento de mater iais e/ou serviços que poss am gerar resíduos sólidos. Assim, é impor ta nte te rmos clara a diferenciação dos conceitos de gestão e gerenciame nto. Conforme a PNRS (BRAS IL , 2010, documento on-line) , em seu a rt. 3°:

X - ge renciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e 1 d es t inação fin al ambientalmente adequada d os res íduos só lidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo co m plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou co m plano de gere nciam ento de resí duos só lidos, exigidos na forma de sta Lei; Xl - gestão integrada de resíduos só lidos: co njunto de ações vo ltadas para a busca de soluções para os resíduos sól idos, de forma a co nsiderar as d imensões política, econô mica, ambiental, cultu ral e soc ia l, com controle socia l e sob a premissa do desenvolvimento s usten tável.

De ssa fo rm a, podemo s perceber que a palav ra "gestão" es tá relacio- nada a q uestões envolvendo di versas esferas (soc ial, ambie nt al, cultural, po líti ca , cconômica, e ntre out ras), repre se ntando um desafio, cm especial para o Pod er Público, que deve de finir políticas públicas e plancjamc nt o (Plano de Gestão Integrada de Resíduos Só lidos) que cons id ere to dos es - ses aspectos com indicação, inclusive, de programas, ações e me ta s. Já a palavra "gc rcnciamcnto" se relaciona à operacionali zação da s etapa s de manejo considerando as políticas e os critérios de plancjamcnto definidos pelo Poder Públi co.

1 Segundo Philippi Jr. (2012), a geração dos resíduos domiciliares faz parte do cotidiano do ser humano, sendo inimaginável um modo de vida se m a sua geração. Dessa fo rma, na sociedade de consumo qu e vivemos, é cada vez maior a produção de r es íduos d escart ados diariamente, aumentando os impactos causados pela sua geração. Nessa categoria de resíduos, estão contidos: restos de alimentos, r es íduos sanitá ri os, recicláveis e resíduos perigosos. Al ém do fator de geração considerado, existem outras condicionantes, como o manejo inadequado dos resíduos, o que ocasiona a presença de vetores, pelas altas concentrações de orgânicos, e a formação de lixiviados que levam à contaminação do solo e das águas subterrânea s. De acordo com Philippi Jr. e Aguiar (2005), a limpeza urbana refere-se ao conjunto de atividades que visam a manter a cidade limpa, afastando, dessa forma, os m ate riais que po ssam causar incômodos ou problemas à saúde pública. Ainda, os mesmos autores relacionam os serviços de limpeza urbana como se ndo: varrição de vias públicas e logradouros, ra spagem de sarje tas, limpeza de praças e jardins, remoção de entulhos (dependendo da quantidade e da or igem), remoção de a nimais mortos, limpeza de te rrenos baldios, e ntre outros.

Resíduos industriais

De acordo com a PNRS (BRASIL, 2010), os resíduos sólidos industriais são aqueles gerados nos processos produtivos e instalaçõ es industriais. Já de acordo com Philippi Jr. (2012), esses resíduos incluem ainda as atividades auxiliares, como manutenção, operação de área de utilidades, limpeza, obras ~outro s serviços.

1 Dessa forma, as atividades industriais devem ser planejadas e opera d as 1 a fim de re duzir a geração de resíduos nos processos. O mes mo autor cita co mo atividades que influenciam na geração de resíduos industriais: projeto do processo, aqu isição e armaze n ame nto da s maté rias-pr im as, operação da produção , limp eza e manut en ção de eq uipamento s, de rramamentos e vazamentos, e ntr e outras. A ii nda, salienta que as características dessa tipo- log ia de resíduos são amp lamente va riáveis, dependendo do segmento da indústria em questão.

1 Resíduos de serviços de saúde

l Segundo a PNRS (BRASIL, 2010), os res íduos de serviços de saúde são os gerados nos se rviços de sa úde, co nforme definido em regulam e nto ou em normas estabelecidas pe los órgãos do Sisnama e do SNVS. Conforme a Reso- lução RD C nº 222 (AGÊNCIA .. ., 2018), esses res íduos referem- se aos gerados públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. _J

1 Resíduos de construção civil

l São considerados resíduos de con strução civil aqueles gerados em constr u- ções, reformas, reparos e demolições de obras de co nstrução civ il , incluídos os resu lta ntes de terraplanagem para obras civis ( BRAS IL , 20 10 ). Segundo a Resolução CONAMA nº 307 (CONOMA, 2 00 2, do cume nto on-line), os !resíduos de construção civ il são aqueles _J [...] p rovenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, cal iça ou metralha.

A mesma resolução relac iona, aind!a, que o sistema de gestão desses re- síduos visa a re duzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, res ponsabilidad es, práti cas~ pro ced im entos e rec ur sos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das e tapas previstas em

1 programas e planos. _J

Resíduos agrossilvopastoris l De acordo com a PNRS (BRASIL, 2010 ), os resíduos agrossilvopastoris são os gerados nas atividades agropecuárias e sil viculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades, que se referem a resíduos associados a culturas da agroindústria.

Resíduos de mineração

Os resíduos de mine ração, conforme a PNRS (BRASIL, 2010), são aqueles 1 gerados na atividade de pesq ui sa, extração ou beneficiamento de minérios._J

1 Resíduos de serviços de transporte

Os resíduos de se rviços de tran s port es sã o aqueles originários de porto s, aeropo rto s, te rmin ais alfan degár ios, rodoviários e fe rrovi ár i os e p assa - gens de frontei ra ( BRAS IL , 2010). Esses res íduos carac teri za m-se pela

heterogeneidade na sua composição, podendo conter agentes patológicos e

disse min ar doenças. A Reso lu ção RD C nº 56 (AGÊNC IA ... , 2001) define que esses resíduos

devem es tar acondicionados adequadamente e separados de acordo com a

sua classificação. Ainda, determina que as instalações que recebem e arma- zenam os resíduos sólidos dos terminais rodoviários e ferroviár io s devem ter capac id ade de pe rmanência de 48 horas e recolhimento d iári o. Já os veículos te rr estres de tran sporte coletivo inte rn acional devem co mprovar o descarte 1 dos resíduos antes de passarem pela fronteira.