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Documento contendo análise matemática de campos elétricos, incluindo equações relacionadas à densidade de fluxo elétrico, intensidade de campo elétrico, potencial elétrico e corrente elétrica. O texto também aborda a relação entre vetores e gradientes, além de fornecer exemplos de cálculos.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Faculdade de Engenharia Elétrica
Eletromagnetismo
2
Faculdade de Engenharia Elétrica
Eletromagnetismo
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r s A B r A B s A B
rA rB sA sB
A divisão de um vetor por um escalar é meramente a multiplicação do vetor pelo inverso do
escalar.
A multiplicação de um vetor por outro vetor será discutida mais adiante ainda neste capítulo.
Para podermos descrever rigorosamente um vetor, alguns comprimentos, direções, ângulos,
projeções ou componentes específicos devem ser dados. Há três métodos simples de fazê-lo, os
quais serão esmiuçados neste capítulo. O mais simples destes é o sistema de coordenadas
cartesianas ou retangulares. Neste sistema estabelecem-se três eixos coordenados que formam
ângulos retos entre si, denominados de eixos x, y e z.
Na figura abaixo (a) tem-se um sistema de coordenadas cartesianas do tipo triedro direito,
em que se usando a mão direita, então o polegar, o indicador e o dedo médio podem ser
identificados, respectivamente, como os eixos x , y e z. Nesta mesma figura podemos identificar
os planos x = 0 , y = 0 e z = 0.
Tomando-se os ponto
P 1, 2,3 e
Q 2, − 2,1 como exemplo, poderemos identificá-los no
sistema de coordenadas cartesianas conforme figura (b) a seguir. P está, portanto, localizado no
ponto comum da interseção dos planos x = 1 , y = 2 e z = 3 , enquanto que o ponto Q está
localizado na interseção dos planos x = 2 , y = − 2 e z = 1.
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Podemos, conforme a figura (c) acima, deslocar um ponto
P x , y z,
levemente para um
ponto
P ' x + dx y, + dy z, + dz adicionando-se diferenciais de comprimento. O dois pontos P e
P 'formam 6 planos, conforme já falado, os quais definem um paralelepípedo retângulo cujo o
diferencial de volume é dv = dx dy dz; as superfícies possuem áreas diferenciais dS de dx dy ,
dy dz e dz dx. E finalmente, a distância dL
de P a P 'é a diagonal do paralelepípedo e possui um
comprimento de ( ) ( ) ( )
2 2 2
dx + dy + dz.
Para descrever um vetor no sistema de coordenadas cartesianas, consideremos primeiro um
vetor r
partindo da origem até um ponto P qualquer. Se as componentes vetoriais de r
são x
, y
e z
, então r = x + y +z
, conforme mostrado na figura (a) abaixo.
Observação importante: na figura a seguir, extraída do livro de Eletromagnetismo de Jr. W.
H. Hayt e J. A. Buck, a notação de vetor é dada por meio da letra em negrito, enquanto que em nosso
curso usaremos a seta sobre a letra para designação de vetor.
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2 2 2
x y z
Cada um dos três sistemas de coordenadas a serem discutidos tem seus três vetores
unitários fundamentais e mutuamente independentes que são usados para analisar qualquer vetor
em suas componentes vetoriais. Contudo, os vetores unitários não são limitados a esta aplicação,
todo vetor tem seu vetor unitário que é facilmente encontrado dividindo o vetor por seu módulo.
Então o vetor unitário de B
é
2 2 2
B
x y z
a
A notação empregada para todo vetor unitário neste curso será o acento circunflexo sobre a
letra do vetor, já no livro usa-se a letra “a” para identificar o mesmo.
Especifique o vetor unitário, em coordenadas cartesianas, dirigido da origem ao ponto
Dados os pontos
N 3, −3, 0 e
P − 2, −3, − 4 , determine:
a)
MN
;
b)
MN MP
;
c)
M
r
;
d)
MP
a ;
e) 2 3
P N
r + r
.
Um campo (escalar ou vetorial) pode ser definido matematicamente como função de um
vetor que liga uma origem arbitrária a um ponto genérico no espaço. Note que o conceito de campo
invariavelmente está relacionado a uma região.
Em geral para o campo vetorial, o módulo e a direção da função irão variar à medida que nos
movemos através da região, e o valor da função vetorial deve ser determinado utilizando-se os
valores das coordenadas do ponto em questão. Como consideramos apenas o sistema de
coordenadas cartesianas, devemos esperar que o vetor seja função das variáveis x, y e z.
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Se, novamente, representarmos o vetor posição por r
, então o campo vetorial G
pode ser
havendo
variação apenas do módulo da função.
Pode-se citar como exemplos de campo escalar o campo da temperatura de um líquido no
interior de um prato de sopa em função do vetor posição, ou ainda, o campo potencial elétrico de
uma carga pontual. Por outro lado, são exemplos de campo vetorial a velocidade da corrente de água
de um rio em função do vetor posição, o campo elétrico de uma esfera carregada e o campo
magnético de um fio conduzindo corrente contínua.
Um campo vetorial S
é expresso em coordenadas cartesianas como
2 2 2
x y z
S x a y a z a
x y z
.
a) Calcule S
no ponto
b) Determine o vetor unitário que fornece a direção de S
em P ;
c) Especifique a superfície
f x y z, , na qual S = 1
.
Dados dois vetores A
e B
, o produto escalar, ou produto interno, é definido como o
produto entre o módulo de A
, o módulo de B
e o cosseno do menor ângulo entre eles. Assim,
cos
AB
O ponto aparece entre os dois vetores e deve ser forte para dar mais ênfase, lê-se “ Aescalar
B ”. O produto escalar tem como resultado um escalar, como o próprio nome indica, e obedece à
propriedade comutativa, pois o sinal do ângulo não afeta o termo cosseno.
A determinação do ângulo entre dois vetores no espaço tridimensional é muitas vezes um
trabalho que se prefere evitar. Por essa razão, a definição de produto escalar normalmente não é
usada em sua forma básica. Um resultado mais útil é obtido considerando-se dois vetores cujas
componentes cartesianas são dadas por
x x y y z z
A = A a + A a +A a
e
x x y y z z
B = B a + B a +B a
. O
produto escalar também obedece à propriedade distributiva, portanto, A B⋅
fornece uma soma de
nove termos escalares, cada um envolvendo o produto escalar de dois vetores unitários. Então,
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Considere um campo vetorial ˆ 2, 5 ˆ 3 ˆ
x y z
G = ya − xa + a
e o ponto
Q 4,5, 2. Deseja-se encontrar:
a) O vetor G
no ponto Q ;
b) A componente escalar de G
no ponto Q na direção de
( )
1
3
N x y z
a = a + a − a ;
c) A componente vetorial de de G
no ponto Q na direção de ˆ
N
a ;
d) O ângulo
Ga
( ) Q
G r
e ˆ
N
a.
Os três vértices de um triângulo estão localizados em
B −2,3, − 4 e
Determine:
a)
AB
;
b)
AC
;
c) O ângulo
BAC
d) A projeção de
AB
em
AC
;
e) O vetor projeção de
AB
em
AC
.
Dados dois vetores A
e B
, definiremos agora o produto vetorial, ou produto cruzado, de A
e B
, escrito com uma cruz entre os dois vetores, como A ×B
, e lido “ A vetorial B ”.
O produto vetorial A ×B
é um vetor; o módulo de A ×B
é igual ao produto dos módulos de
e o seno do menor ângulo entre A
e B
; a direção de A ×B
é perpendicular ao plano que
contém A
e B
e está ao longo de duas possíveis perpendiculares que estão no sentido do avanço de
um parafuso direito à medida que A
é girado para B
, conforme figura a seguir.
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Na forma de equação, podemos escrever
N AB
Outra forma de determinar o sentido do vetor
N
a é por meio da regra da mão direita. O
produto vetorial não é comutativo, já que
.
Se a definição de produto vetorial é aplicada aos vetores unitários
x
a e ˆ
y
a , encontramos
ˆ ˆ ˆ
x y z
a × a = a , onde cada vetor possui módulo unitário, os dois vetores são perpendiculares e a
rotação de
x
a para ˆ
y
a indica a direção positiva de z pela definição do sistema de coordenadas do
tipo triedro direito. De maneira semelhante, ˆ ˆ ˆ
y z x
a × a = a e ˆ ˆ ˆ
z x y
a × a = a.
O cálculo do produto vetorial por meio de sua definição exige mais trabalho do que o cálculo
do produto escalar, porém este trabalho pode ser evitado usando-se as componentes cartesianas
para os dois vetores A
e B
e expandindo-se o produto vetorial como a soma de nove produtos
vetoriais, cada um envolvendo dois vetores unitários.
( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
x x x x x y x y x z x z
y x y x y y y y y z y z
z x z x z y z y z z z z
A B A B a a A B a a A B a a
A B a a A B a a A B a a
A B a a A B a a A B a a
Já vimos que ˆ ˆ ˆ
x y z
a × a = a , ˆ ˆ ˆ
y z x
a × a = a e ˆ ˆ ˆ
z x y
a × a = a. Os três termos remanescentes são
iguais a zero, pois o produto vetorial de qualquer vetor por ele mesmo é igual a zero, já que o seno
do ângulo envolvido é nulo. Estes resultados podem ser combinados para se obter
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Os vetores unitários apontam na direção crescente dos valores das coordenadas e são
perpendiculares à superfície na qual esta coordenada é constante, sendo os três vetores
especificados como: aˆ
ρ
, aˆ
φ
e
z
a. A figura (b) anterior mostra estes três vetores.
Os vetores unitários são novamente mutuamente perpendiculares, pois cada um é normal a
uma das três superfícies mutuamente perpendiculares, definindo-se, um sistema de coordenadas
cilíndricas do tipo triedro direito, no qual ˆ ˆ ˆ
z
a a a
ρ φ
× = ou um sistema no qual o polegar, o indicador
Um elemento diferencial de volume em coordenadas cilíndricas pode ser obtido
“elevações” z e z + dzlimitam um pequeno volume, como mostrado na figura (c) anterior. Note
muito pequeno, aproxima-se à de um paralelepípedo.
As variáveis dos sistemas de coordenadas retangular e cilíndrico são facilmente relacionadas
umas com as outras. Temos que
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x cos
y sen
z z
ρ φ
ρ φ
Do outro ponto de vista, podemos expressar as variáveis cilíndricas em temos de x , y e z
2 2
arctan
x y
y
x
z z
encontrar o quadrante do ângulo.
Dado o vetor cartesiano
x x y y z z
A = A a + A a +A a
desejamos encontrar o mesmo vetor, porém em coordenadas cilíndricas, do tipo
z z
A A a A a A a
ρ ρ φ φ
Para determinar qualquer componente de um vetor em uma direção desejada basta fazer o
produto escalar entre o vetor e o vetor unitário na direção desejada. Assim,
z z
A A a
A A a
A A a
ρ ρ
φ φ
desenvolvendo-se as equações, tem-se
x x y y
x x y y
z z
A A a a A a a
A A a a A a a
ρ ρ ρ
φ φ φ
Analisando-se a figura abaixo, podemos identificar o ângulo entre
x
a e
ˆ a
ρ
assim, ˆ ˆ cos
x
a a
ρ
⋅ = φ; já o ângulo entre ˆ
y
a e aˆ
ρ
y
a a sen
ρ
⋅ = φ. Os
produtos escalares entre os vetores unitários estão resumidos na tabela abaixo.
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Tranforme para coordenadas cilíndricas:
a)
x y z
F = a − a + a
no ponto
x y
G = x + y a − y − x a
c) Determine as componentes cartesianas do vetor 20 ˆ 10 ˆ 3 ˆ
z
H a a a
ρ φ
em
P x = 5, y = 2, z= − 1.
A figura (a) abaixo mostra o sistema de coordenadas esféricas sobre os três eixos cartesianos.
Inicialmente, definimos a distância da origem a qualquer ponto como r. A superfície r = constante é
uma esfera.
A segunda coordenada é o ângulo θ entre o eixo z e a linha desenhada da origem ao ponto
em questão. A superfície θ = constante é um cone.
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cilíndricas. Ele é o ângulo entre o eixo x e a projeção no plano z = 0 da linha desenhada da origem
ao ponto. A superfície
constante é um plano que passa pelo eixo z.
Podemos novamente considerar qualquer ponto como a interseção de três superfícies
mutuamente perpendiculares – uma esfera, um cone e um plano – cada uma orientada na maneira
descrita anteriormente e mostrada na figura (b) acima.
Os três vetores unitários são ˆ
r
a , aˆ
θ
e aˆ
φ
. Os mesmos encontram-se mutuamente
perpendiculares e definem um sistema de coordenadas esféricas do tipo triedro direito, em que
ˆ ˆ ˆ
r
a a a
θ φ
× =. Pela regra da mão direita o polegar, o indicador e o dedo médio indicam,
não o 2º.
Um elemento diferencial de volume pode ser construído em coordenadas esféricas
aumentando-se r , θ e
por dr , d θ e
, como mostra a figura (d) anterior. A distância entre as
duas superfícies de raios r e r + dr é dr ; a distância entre os cones com ângulos de geração θ e
θ + dθ
sendo
. O volume aproximado do elemento será
2
A transformação de escalares do sistema de coordenadas esféricas para cartesianas pode ser
feita usando-se
cos
cos
x r sen
y r sen sen
z r
θ φ
θ φ
θ
A transformação no sentido inverso é realizada com a ajuda de
2 2 2
2 2 2
arccos 0º 180º
arctan
r x y z r
z
x y z
y
x
A transformação dos vetores requer a determinação dos produtos vetoriais entre os vetores
unitários das coordenadas cartesianas e esféricas. Os produtos são obtidos de maneira análoga ao
exposto para as coordenadas cilíndricas. Os mesmos podem ser observados na tabela a seguir.
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Dados dois pontos,
A −3, 2,1 e
B 5, 20º , −70º , determine:
a) As coordenadas esféricas de A ;
b) As coordenadas cartesianas de B ;
c) A distância entre A e B.
Transforme os seguintes vetores para suas coordenadas esféricas nos pontos dados:
a) 10 ˆ
x
a em
b) 10 ˆ
y
a em
c)
z
a em
Transforme os seguintes vetores para suas coordenads esféricas nos pontos dados:
a)
15 a
ρ
em
b)
15 a
φ
em
c)
z
a em
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Lei de Coulomb: a força elétrica aplicada por um corpo carregado em outro, depende
diretamente do produto das intensidades das duas cargas e inversamente do quadrado de suas
distâncias, ou ainda,
1 2
2
[N]
Onde k é chamada de constante de Coulomb. Esta equação é aplicada para objetos
carregados cujo tamanho é muito menor que a distância entre estes, ou seja, somente para cargas
pontuais.
A constante k
é dada por
0
onde
0
SI (Sistema Internacional), igual a
12 2 2
0
ε 8,85418781762 10 C /N m
−
9 2 2
k = 8,99 × 10 N m⋅ /C
A lei de Coulomb é agora
1 2
2
0
πε R
Para podermos representa o vetor força da lei de Coulomb, precisamos saber se a força que
atua sobre as cargas é de repulsão ou atração. Pois, como é sabido, cargas de mesmos sinais se
repelem e cargas de sinais contrários se atraem.