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APOSTILA DE MÁQUINAS TÉRMICAS
Tipologia: Notas de estudo
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Compartilhado em 09/08/2010
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3 ª edição Jaraguá do Sul, 2009
O aquecimento de um corpo provoca o aumento da sua energia interna, as moléculas que o compõem passam para posições de equilíbrio mais afastadas que as originais, o que produz sua dilatação em todas as direções.
Dilatação linear
É a variação no comprimento, ou de uma medida linear do corpo devido à mudança de temperatura.
Em que:
∆l = dilatação linear [m] ; [mm]
α = coeficiente de dilatação linear [ ˚C¯¹]
lo = comprimento inicial do corpo [m] ; [mm]
∆t = variação da temperatura [˚C]
O coeficiente de dilatação linear α depende da natureza do material.
MATERIAL α
Alumínio (^) 2,4x10ˉ⁵
Aço (^) 1,2x10ˉ⁵
Aço Inox (^) 1,8x10ˉ⁵
Ferro Fundido (^) 1,2x10ˉ⁵
Cobre 1,7x10ˉ⁵
Latão (^) 2,0x10ˉ⁵
Vidro (^) 0,9x10ˉ⁵
O efeito da dilatação deve ser previsto durante o projeto do produto.
As dilatações dos componentes de um produto devem estar livres, o que normalmente é obtido através de folgas na montagem.
Exemplo:
Um trilho de aço possui um comprimento de 20m em uma temperatura de 5° C. Calcule a variação no comprimento do trilho quando, ao sol, atingir uma temperatura de 45°C.
αaço = 1,2x10ˉ⁵
Δt = 45°C - 5°C = 40°C
= 9,6 mm
Deve-se observar que dois materiais diferentes, com as mesmas medidas, poderão sofrer dilatações diferentes com o mesmo aquecimento, porque o coeficiente de dilatação α é varia para cada material.
Uma aplicação deste princípio é a lâmina bimetálica de aço e latão, utilizada em dispositivos como o ferro elétrico de passar roupa.
Quando o ferro se aquece o latão da lâmina se dilata mais que o aço, ela se curva, interrompendo a passagem da corrente e controlando a temperatura do ferro, conforme figura a seguir.
Este tipo de dispositivo também está presente no termopar, utilizado em diversas aplicações, podendo ter a forma de espiral.
Figura: Lâmina bimetálica
MATERIAL
C C
Água 4,18 1
Álcool 2,4 0,
Ferro 0,46 0,
Alumínio 0,9 0,
Cobre 0,386 0,
Gelo 2 ,05 0,
Ouro 0,126 0,
Vidro 0,84 0,
Zinco 0,387 0,
Obs: Como a água possui um calor específico C elevado, ela é excelente para armazenar energia térmica, pois absorve maior quantidade de calor Q.
Ex) Que quantidade de calor é necessário para elevar de 15 para 35 a temperatura
de:
a) 3 kg de cobre b) 3 litros de água
∆t = 35 -15 = 20
∆t = 20 K
a) Cobre:
b) Água:
Para 3litros: m =3 Kg
Conclusão: A água absorve maior quantidade de calor.
Dois corpos com temperaturas diferentes colocados em contato trocam calor entre si até atingir o equilíbrio térmico.
A quantidade de calor ∆Q trocada entre os corpos é tal que a soma da quantidade de calor recebida com a quantidade de calor cedida é nula.
Ex) Uma panela de ferro com massa de 2,5 Kg está a uma temperatura de.
Derrama-se nela 1 litro de água a 80. Qual a temperatura final de equilíbrio? Não
considerar a perda de calor para o ambiente.
Ti água = 80˚C
Ti panela= 20˚C
Um corpo, ao receber ou ceder calor pode sofrer dois efeitos diferentes: Variação de temperatura ou mudança de fase.
Calor sensível é a quantidade de calor necessária para variar a temperatura de um corpo em um valor ∆t. É calculada por:
Ex) Qual a quantidade de calor necessária para derreter 2 kg de gelo a 0˚C até água a 0˚C? E o calor necessário para aquecer até 40˚C?
Q = 667 + 334,
Q = 1001,4 KJ
Um gás sofre uma transformação gasosa quando se modificam pelo menos duas entre as três variáveis: Pressão(P), volume (V), e temperatura (T).
Gas perfeito
De acordo com a lei de Boyle e Gay-Lussac, a relação entre P,V,T de um gás é dada por:
Em que:
P1,P2 = Pressão do gás no estado 1 e 2.[Atm] [Pa]
V1, V2 = Volume do gás no estado 1 e 2.[dm3]; [m3]
T1, T2 = Temperatura absoluta do gás no estado 1 e 2. [ Kelvin ]
a) Transformação Isotérmica
É quando ocorre a transformação com a temperatura constante, variando o volume e a pressão para a mesma massa de gás.
Nesse caso tem-se:
Representando graficamente;
b) Transformação Isobárica
Ocorre quando a variação d e volume e temperatura se dá com a pressão constante.
Nesse caso tem-se:
Representando graficamente,
Trabalho e variação de volume em um processo isobárico
O trabalho realizado pela variação de volume em um processo isobárico ( pressão constante) é:
A primeira lei da termodinâmica está fundamentada no princípio da conservação da energia, que afirma que a energia não pode ser criada ou destruída, somente transformada ou transferida.
A primeira lei da termodinâmica afirma que:
“ O calor recebido por um sistema é igual à soma entre a variação da energia interna do sistema, e o trabalho efetuado no processo.”
Convenção de sinais:
Sistema
ΔU
Calor entrando
Q positivo.
Trabalho saindo
W positivo.
A segunda lei da termodinâmica estabelece as condições em que é possível a transformação de calor em trabalho.
Enunciado de Kelvin e Plank:
“Uma transformação cujo único resultado final seja transformar em trabalho o calor extraído de uma fonte que esteja em todos os pontos à mesma temperatura é impossível.” ( Kelvin e Plank)
Enunciado de Clausius:
“Não há nenhum processo cujo único efeito seja o da transferência de energia de um corpo frio para outro quente.” (Clausius)
As figuras a seguir mostram que, de acordo com a segunda lei da termodinâmica, para haver trabalho, deve existir um corpo frio e um quente, sendo que a energia existente no corpo quente é transferida uma parte para a realização do trabalho, e outra é perdida para o corpo frio (meio ambiente).
Máquina térmica real Máquina térmica ideal
Todo o calor transformado
em trabalho. ( Impossível)
Ex) 1- Uma máquina térmica absorve 200J de calor de um reservatório quente, efetua trabalho, e rejeita 160J de calor para um reservatório frio.
a) Qual o trabalho realizado. b) Qual o rendimento máximo desta máquina.
2 – Uma máquina a vapor absorve calor de uma caldeira a 200˚C (p=15atm), e descarrega no ar (p=1tam) a 100˚C.
Qual o rendimento máximo possível?
T1 = 200˚C = 473,15K
T2= 100˚C = 373,15K
“Nenhuma máquina térmica, operando entre dois reservatórios térmicos, pode ser mais eficiente do que uma máquina reversível que opere entre os mesmos dois reservatórios.”
A máquina reversível é a ideal, cujo rendimento não pode ser superado.
Processo:
1 -2 Absorção de calor da fonte quente e expansão isoterma.
2-3 Expansão adiabática (sem troca de calor com o meio)
3-4 Gás cede calor a um reservatório frio Tf, em uma compressão isotérmica, quase estática.
4-1 Compressão adiabática, quase estática, até a temperatura atingir Tquente.
Exercícios
Motores de combustão interna são máquinas térmicas que transformam a energia química dos combustíveis em trabalho mecânico.
Os motores de combustão podem ser classificados de diversas formas, entre as quais:
a) Quanto às propriedades dos gases de admissão: ar (diesel), mistura ar combustível (motores ciclo Otto).
b) Quanto à disposição dos cilindros: Em linha, em V, radial, cilindros opostos.
c) Quanto ao ciclo: Dois tempos, quatro tempos.
d) Quanto ao movimento do pistão: Rotativo, alternativo.
e) Quanto à utilização:
Motores estacionários: Trabalham em aplicações com rotação constante, por exemplo, máquinas de solda, geradores, bombas.
Motores industriais: Utilizados em máquinas de construção, tratores, guindastes, compressores de ar.
Motores veiculares: Destinados a veículos, automóveis, ônibus, caminhão.
Motores marítimos: Utilizados em barcos, e uso naval (existem vários tipos, conforme aplicação).
Os motores podem ser classificados de acordo com a quantidade e disposição dos cilindros, da seguinte forma:
O ciclo OTTO mostra o funcionamento do motor quatro tempos à gasolina.
Cada tempo do motor é representado no diagrama P V ( pressão x volume)