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Apostila de Sistemas de Potência, Notas de estudo de Engenharia Elétrica

Cap. 1 - Representação de Sistemas de Potência Cap. 2 - Cálculo de Redes Cap. 3 - Fluxo de Carga Cap.4 - Operação Economica de SP

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 05/11/2009

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Profª. Carmen Lucia Tancredo Borges
Edição: Prof. Sergio Sami Hazan
Leonardo Ney de A. Guerra
EE - UFRJ
Departamento de Eletrotécnica
Março 2005
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AnAnáálliissee ddee SSiisstteemmaass ddee PPoottêênncciiaa

Profª. Carmen Lucia Tancredo Borges

Edição: Prof. Sergio Sami Hazan

Leonardo Ney de A. Guerra

EE - UFRJ

Departamento de Eletrotécnica

Março 2005

PROGRAMA

  1. Modelos de Redes de Potência em Regime Permanente

1.1.Modelos dos Componentes de Redes. 1.2.Equações nodais. 1.3.Matrizes de admitância e impedância nodal. 1.4.Métodos de modificação e redução dos modelos das redes.

  1. Estudos de Fluxo de Potência

2.1.Formulação do problema. 2.2.Métodos de solução: Gauss-Seidel, Newton-Raphson, Desacoplado Rápido e Linearizado. 2.3.Utilização do fluxo de potência: controle do fluxo de potência ativa, controle de tensão, etc.

  1. Estudos de Estabilidade

3.1.Tipos de estudos de estabilidade. 3.2.Modelos de geradores e cargas; equações de oscilação. 3.3.Estabilidade em regime permanente: coeficiente de sincronização. 3.4.Estabilidade transitória: critério de áreas iguais; solução numérica da equação de oscilação; introdução ao estudo de sistemas multimáquinas.

  1. Programação da Geração

4.1.Operação ótima de geradores ligados a uma barra. 4.2.Programação ótima da geração em sistemas térmicos; fórmula de perdas. 4.3.Introdução à programação ótima de geração em sistemas hidrotérmicos.

Bibliografia

  1. John J. Grainger e William D. Stevenson, Power System Analysis , Mc Graw-Hill Ed., 1994.
  2. W.D. Stevenson Jr., Elements of Power System Analysis, 4th Edition, McGraw-Hill,

1982 [Tradução, 2º edição] (Cap. 7, 8, 9 e 14).

  1. O. Elgerd, Electric Energy System Theory: An Introduction, McGraw-Hill, 1971

(Cap. 7, 8 e 12).

  1. A. Monticelli, Fluxo de Carga em Redes de Energia Elétrica, Edgar Blucher, 1983 (Cap. 1-6).

4.10.2 – Ângulo crítico de eliminação da falta para potência elétrica nula transmitida durante a falta

Capítulo 1

Modelo dos Componentes de um Sistema Elétrico de Potência

1.1Elementos de um sistema elétrico de potência

a) Linha de transmissão; b) Transformador de potência; c) Gerador; d) Carga.

Existe mais de um modelo para cada um dos elementos listados. Para cada tipo de estudo existe um modelo específico do elemento.

Os modelos apresentados a seguir consideram:

a) A rede em regime permanente; b) O sistema elétrico simétrico e equilibrado, logo somente componentes de seqüência positiva; c) Valores em por unidade.

A Figura 1.1 mostra um pequeno sistema elétrico de potência onde T 1 e T 2 são transformadores.

Figura 1.1Sistema elétrico de potência

1.2Modelos da linha de transmissão

O modelo da linha de transmissão depende do comprimento da mesma. A seguir a modelagem de cada um dos três comprimentos típicos.

1.2.1Modelo da linha curta (até 80 km)

Neste caso a capacitância da linha, por ser pequena, é desprezada, sendo a linha representada pelos parâmetros série, ou seja, a resistência e a indutância. A Figura 1.2 mostra o modelo da linha curta.

Figura 1.2Modelo da linha curta

G

Linha de transmissão

T 1 T^2

Gerador

Cargas

j ω× L

I & S^ IR

r &

VS

& V & R

Da Figura 1.2 pode-se tirar as seguintes equações:

z = r + j ω× L

I S I R

VS VR z I R

& = & + ×&. (1.2)

Explicitando-se as variáveis da receptora vem:

I R I S

VR VS z I S

& = & − ×&.

1.2.2Modelo de linha média (entre 80 km e 240 km)

Neste caso considera-se a capacitância da linha concentrada em ambas as extremidades da mesma. A linha é representada pelo modelo pi-nominal, mostrado na Figura 1.3.

Figura 1.3Modelo da linha de comprimento médio

Da Figura 1.3 pode-se tirar as seguintes equações:

V & (^) S^ = V & R + z × I & 1 ,

R V R

y I &^ = I & + ×& (^1 )

Substituindo-se a corrente I & 1 na equação acima e agrupando termos vem:

S VR z I R

y V &^ z ⎟×& + ×& ⎠

= + ×

S V S

y I &^ = I &+ ×& 2

Substituindo-se na equação de I & S^ a corrente I & 1 e a tensão V & S^ e agrupando termos vem:

⎟× + ×

= + × + ×⎛^ + ×

S R R VR z IR

y z y V y I & I & & & & 2

S R I R

y V z y y I &^ z & ⎟×& ⎠

× +⎛^ + ×

+ ×⎛

= ×⎛

2

. (1.4)

Explicitando-se as variáveis da receptora, considere o sistema formado pelas Equações 1.3 e 1.4.:

V & S^ = a × V & R + b × I & R , I & (^) S^ = c × V & R + d × I & R.

a d b c c d

a b Δ = = × − × ,

V & S

I & 1

z

IS

& I & R

V R

y /2 y /

1.3Modelo do transformador

1.3.1Transformador monofásico de dois enrolamentos

A Figura 1.5 mostra o modelo completo de um transformador monofásico de dois enrolamentos.

Figura 1.5Modelo completo do transformador monofásico de dois enrolamentos

A Figura 1.6 mostra o modelo completo do transformador monofásico de dois enrolamentos com todos os parâmetros referidos ao primário, onde a grandeza com primo designa grandeza refletida.

Figura 1.6Modelo completo do transformador com parâmetros referidos ao primário

Considerando-se que a corrente de magnetização do transformador é muito menor que a corrente de carga, e também considerando-se que o transformador é um equipamento de rendimento elevado, maior que 98%, pode-se, sem perda de exatidão, desprezar o ramo paralelo e a resistência série do transformador, resultando no modelo da Figura 1.7, onde x (^) eq = x 1 + x ' 2.

Figura 1.7Modelo do transformador monofásico desprezando-se o ramo paralelo e a resistência dos enrolamentos

I & 1

r 1 x 1

V 1

& V & 2

r 2 I & 2 x 2

r (^) f x (^) m

I 1

& r^1 x^1

V 1

& V ' 2

I & 2

r ' 2 x ' (^2)

r (^) f (^) x (^) m

V & 2

I & 2

V 1

I & 1

x (^) eq

V ' 2

V & 2

1.3.2Transformador monofásico de três enrolamentos

A Figura 1.8 mostra o esquema de um transformador monofásico de três enrolamentos.

Figura 1.8Construção do transformador monofásico de três enrolamentos

Dos ensaios de curto-circuito tem-se:

xPS = xP + x ' S , as grandezas base são do enrolamento primário, x (^) PT = xP + x ' T , as grandezas base são do enrolamento primário, xST = xS + x ' T , as grandezas base são do enrolamento secundário.

Referindo-se todos os parâmetros ensaiados a uma mesma base tem-se xPS , x (^) PT , x (^) ST e,

resolvendo-se o sistema de três equações vem que:

x (^) P = 0 , 5 ×( xPS + xPTxST ) xS = 0 , 5 ×( xPS + xSTxPT ) xT = 0 , 5 ×( xPT + xSTxPS )

A Figura 1.9 mostra o circuito equivalente do transformador de três enrolamentos, onde o ponto de encontro dos três enrolamentos é fictício e não tem qualquer relação com o neutro do sistema.

Figura 1.9Circuito equivalente de um transformador de três enrolamentos

Exemplo 1.1. Um transformador trifásico de três enrolamentos com tensões 132/33/6,6 kV tem as seguintes reatâncias em pu, medidas entre enrolamentos e referidas a 30 MVA, 132 kV: x (^) PS = 0 , 15 , xPT = 0 , 09 ,

x (^) ST = 0 , 08. O enrolamento secundário de 6,6 kV alimenta uma carga balanceada com corrente de

2.000,0 A com fator de potência em atraso de 0,8 e o enrolamento terciário de 33 kV alimenta um reator de j 50 , 0 Ω/fase conectado em estrela. Calcular a tensão no enrolamento primário de 132 kV para que a

tensão no enrolamento secundário seja de 6,6 kV.

V & T

V P

VS

V & P V &^ S

x (^) P

x (^) S

x (^) T

VT

P S

T

Outro método de solução: O potencial do ponto M é: V & (^) M^ = V & S + xS × I & 2 , V & (^) M^ = 1 , 0 ∠ 00 + j 0 , 07 × 0 , 76 ∠− 36 , 870 = 1 , 0 + 0 , 05 ∠ 53 , 130 = 1 , 03 ∠ 2 , 360 = 1 , 03 + j 0 , 04.

Corrente no enrolamento terciário: 0 0

0 0 3 0 ,^7487 ,^63 1 , 39 90

x x j j

V

I

T L

& & P.

A corrente no enrolamento primário é: 0 0 0 I 1 (^) = I 2 + I 3 = 0 , 76 ∠− 36 , 87 + 0 , 74 ∠− 87 , 63 = 0 , 64 − j 1 , 20 = 1 , 36 ∠− 61 , 93

Tensão na reatância de dispersão do enrolamento primário: 0 0 V & (^) XP^ = xP × I & 1 = j 0 , 08 × 1 , 36 ∠− 61 , 93 = 0 , 11 ∠ 28 , 07.

Tensão nos terminais do enrolamento primário: V & (^) P^ = V & XP + V & M = 0 , 11 ∠ 28 , 070 + 1 , 03 ∠ 2 , 370 = 1 , 13 + j 0 , 09 = 1 , 13 ∠ 4 , 76 °, logo a tensão primária deve ser de 132 × 1 , 13 = 149 , 4 kV.

1.3.3Transformador trifásico ou banco de três transformadores monofásicos.

A modelagem do transformador trifásico em estudos de curto-circuito é, em geral, diferente da modelagem de três transformadores monofásicos. Na construção do transformador trifásico tipo núcleo envolvido, diferentemente do transformador tipo núcleo envolvente, é suposto que a soma dos fluxos das três fases é instantaneamente nulo, não havendo, portanto caminho de retorno para estes fluxos. Para regime permanente simétrico e equilibrado os modelos são iguais. Atenção deve ser dispensada com relação à defasagem entre as tensões de linha primária e secundária. Sob condições balanceadas não existe corrente de neutro, logo os elementos de circuito que por ventura estão conectados ao neutro não são representados no diagrama de impedâncias. Se o transformador estiver ligado em delta-delta (Δ-Δ) ou estrela-estrela (Y-Y), a modelagem é idêntica ao modelo monofásico. Se o transformador estiver ligado em estrela-delta (Y-Δ) ou delta-estrela (Δ-Y), existe defasagem de 30 0 entre as tensões terminais primárias e secundárias. A norma brasileira diz que, independentemente do tipo da ligação ser Y-Δ ou Δ-Y, as tensões de linha secundárias devem estar atrasadas de 30 0 em relação às tensões de linha primárias. A Figura 1.11 mostra um transformador trifásico Y-Δ com relação de transformação monofásica N 1 : N 2. Determinação do ângulo das tensões de linha na ligação Y-Δ, seqüência de fase abc. É suposto que o lado estrela seja o enrolamento primário.

Figura 1.11Transformador Y- Δ e diagramas fasoriais das tensões terminais

V ab

V & bc

V & ca

V & AN

V & CN

V & BN

V & AB

A

B

C

a

b

c

N

N 1 : N 2

N 1 : N 2

N 1 : N 2

A Figura 1.11 mostra que as tensões V & AN^ , V & BN^ , V & CN^ do lado Y estão em fase com as tensões V & ab^ , V & bc^ , V & ca^ do lado delta, respectivamente. Relação de transformação monofásica: N 1 : N 2. Relação de transformação das tensões de linha N 1 Y-Δ N 2 ; 3 × N 1 (^) ∠+ 300 : N 2 ∠ 00. Se V & AN^ está em fase com V & ab^ , = × 3 ∠+ 300 VAB VAN

1

2 N

N

V & (^) ab^ = V & AN × ,

0 2

= ×^1 ×^3 ∠+ 30

N

N

V & (^) AB^ V & ab ,

0 1

×

= ×

N

N

V & (^) ab^ V & AB.

A Figura 1.12 mostra o modelo do transformador em pu escolhendo-se as bases de tensão com a mesma relação de transformação das tensões de linha.

Figura 1.12Transformador trifásico Y- Δ e seu modelo equivalente em pu

Da Figura 1.12 vem: 0 V & 1^ = V & 2 ∠ 30 ,

2

1 ( ) 2

( ) 1 3 N

N

V

V

base

base (^) × = ,

x (^) eq do modelo do transformador trifásico em pu não muda com o tipo de ligação do transformador

trifásico, pois esta reatância vem do ensaio em curto.

1.3.4Transformador com comutação automática de tape - modelo pi

LTC: load tap change ou TCAT: transformador com comutação automática de tape. O tape passa a ser uma variável do modelo. A admitância do modelo pode ser colocada do lado unitário ou do lado do tape. Assume-se que o valor da admitância não varia com a posição do tape. A Figura 1.13 representa um transformador com comutação automática de tape com relação 1: t. A seguir a dedução do modelo equivalente do TCAT a partir da Figura 1.13, que será igualado ao circuito pi da Figura 1.14, onde A , B e C são admitâncias.

Figura 1.13Diagrama esquemático de um transformador com tape

1: t

V & i

V & j

I i

Ik

y I &^ j Vk

V & 1

Y-Δ

V & 2

x (^) eq

V & 1 V & 2

1.4Modelo do gerador

A Figura 1.17 mostra o modelo do gerador síncrono de rotor cilíndrico (pólos lisos).

Figura 1.17Modelo do gerador de rotor cilíndrico

r (^) a = resistência da armadura, X (^) S = reatância síncrona, que é a soma da reatância X (^) a , devido a reação da armadura e da reatância X (^) l devido a dispersão. Pode-se desprezar a resistência da armadura nas máquinas em que a resistência da armadura é muito menor que X (^) S. Regime permanente: X (^) S , Regime transitório ou dinâmico: reatância transitória ( x ' d ) ou sub-transitória ( x '' d ).

1.5Modelo da carga

A representação da carga depende muito do tipo de estudo realizado. A carga pode ser representada por potência constante, corrente constante ou impedância constante. É importante que se conheça a variação das potências ativas e reativas com a variação da tensão. Em uma barra típica a carga é composta de motores de indução (50 a 70%), aquecimento e iluminação (20 a 30%) e motores síncronos (5 a 10%). Embora seja exato considerar as características PV e QV de cada tipo de carga para simulação de fluxo de carga e estabilidade, o tratamento analítico é muito complicado. Para os cálculos envolvidos existem três maneiras de se representar a carga.

1.5.1Representação da carga para fluxo de potência

A Figura 1.18 mostra a representação da carga como potência ativa e reativa constantes.

Figura 1.18Representação da carga com potência constante para estudo de fluxo de potência

1.5.2Representação da carga para estudo de estabilidade

Neste caso a atenção não é com a dinâmica da carga, mas sim com a dinâmica do sistema. Por esta razão a carga é representada por impedância constante como mostra a Figura 1.19.

Figura 1.19Representação da carga para estudo de estabilidade com impedância constante

P (^) L + jQ (^) L

k

z

k

E & V & t

r (^) a jX (^) S

1.5.3Representação da carga para estudo de curto-circuito

Cargas estáticas e pequenas máquinas são desprezadas. Somente as máquinas de grande porte contribuem para o curto, logo apenas estas máquinas são consideradas.

1.5.4Representação da carga pelo modelo ZIP

Neste modelo parte da carga é representada por impedância constante, parte da carga é representada por corrente constante e parte da carga é representada por potência constante.

Carga = Z (^) cte + Icte + Pcte , ( 2 ) ( no min al ) P = pz × V + pi × V + pp × P , pz + pi + pp = 1 , 0 , onde: p (^) z é a parcela da carga representada como Z constante, p (^) i é a parcela da carga representada como I constante, p (^) p é a parcela da carga representada como P constante.

( 2 ) ( no min al ) Q = qz × V + qi × V + qp × Q , qz + qi + qp = 1 , 0 , onde: q (^) z é a parcela da carga representada como Z constante, q (^) i é a parcela da carga representada como I constante, q (^) p é a parcela da carga representada como P constante.

2.3.2 – Equações nodais da rede quando modelada por admitâncias

Seja o sistema da Figura 2.2, onde E 3 representa um motor.

Figura 2.2 – Sistema exemplo para as equações nodais da rede

Utilizando-se o modelo de cada elemento, o sistema fica como mostra a Figura 2.3.

Figura 2.3 – Sistema exemplo com os modelos dos elementos da rede

A Figura 2.4 mostra o diagrama da rede da Figura 2.3 em que cada fonte de tensão em série com impedância foi transformada em fonte de corrente em paralelo com a admitância e as impedâncias das linhas foram transformadas em admitâncias.

E 2 & E (^1) ∼ &

z (^) g 1 z (^) t 1 z^ t 2 z^ g 2

∼ (^) E & 3

z 11 z 22

z 33

z (^) t 3

z (^) m 3

z 13

z 12

z 23

T 1 T 2

E & 1

E & 2

E & 3 ∼

T 3

Figura 2.4 – Diagrama unifilar do sistema exemplo com admitâncias

1 1

1 11

1 1 zg z t

E

z

E

I

11 1 1

1

z zg z t

y

2 2

2 22

2 2 zg z t

E

z

E

I

22 2 2

2

z zg z t

y

3 3

3 33

3 3 zm z t

E

z

E

I

33 3 3

3

z zm z t

y

12

4

z

y = , 23

5

z

y = , 13

6

z

y =.

Equações nodais do circuito da Figura 2.4. Barra 1: I & 1^ = y 4 ×( V & 1 − V & 2 )+ y 6 ×( V & 1 − V & 3 )+ y 1 ×( V & 1 − V & 0 ), Barra 2: I & (^) 2 = y 5 ×( V & 2 − V & 3 )+ y 4 ×( V & 2 − V & 1 )+ y 2 ×( V & 2 − V & 0 ), Barra 3: I & (^) 3 = y 5 ×( V & 3 − V & 2 )+ y 6 ×( V & 3 − V & 1 )+ y 3 ×( V & 3 − V & 0 ).

Barra 0: ( − I & 1^ − I & 2 − I & 3 )= y 1 ×( V & 0 − V & 1 )+ y 2 ×( V & 0 − V & 2 )+ y 3 ×( V & 0 − V & 3 ).

A equação da barra 0 é linearmente dependente das outras três equações. Basta somar as equações das barras 1, 2, 3 para verificar. Agrupando-se termos das equações das barras 1, 2, 3 vem:

I & 1^ = ( y 1 + y 4 + y 6 )× V & 1 − y 4 × V & 2 − y 6 × V & 3 , I & (^) 2 = − y 4 × V & 1 +( y 2 + y 4 + y 5 )× V & 2 − y 5 × V & 3 , (2.1) I & (^) 3 = − y 6 × V & 1 − y 5 × V & 2 +( y 3 + y 5 + y 6 )× V & 3.

Colocando-se as Equações 2.1 na forma matricial, tem-se para a matriz admitância nodal YBARRA :

×

3

2

1

6 5 3 5 6

4 2 4 5 5

1 4 6 4 6

3

2

1

V

V

V

y y y y y

y y y y y

y y y y y

I

I

I

A Equação 2.2 é da forma I &^ = YBARRA × V &, onde: I &^ é o vetor de injeção de corrente na rede por

fontes independentes, V &^ é o vetor de tensão nas barras em relação à referência e YBARRA é a matriz de

admitância de barra ou matriz de admitância nodal.

y 1 I & 1 I 3

I 2

y 2 y 3

y 4 y 5

y 6