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Apostila de desenho técnico, Notas de estudo de Engenharia Mecânica

Direcionado a área civil.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 14/08/2010

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paulo-henrique-100 🇧🇷

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CURSO DE ENGENHARIA
DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO II
APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO
PROFESSORA ENGa. CIVIL MARTA M. K. DE SIQUEIRA
CAPÍTULO 2
1. NORMAS DE DESENHOS TÉCNICOS
As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico
de modo a facilitar a execução ( uso ) , a consulta ( leitura ) e a classificação .
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CURSO DE ENGENHARIA

DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO II

APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO

PROFESSORA ENG a. CIVIL MARTA M. K. DE SIQUEIRA

CAPÍTULO 2

1. NORMAS DE DESENHOS TÉCNICOS

As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico de modo a facilitar a execução ( uso ) , a consulta ( leitura ) e a classificação.

A Norma Brasileira de Desenho Técnico é a NB 8 R , que trata de assuntos que serão estudadas adiante como : Legendas , convenções de traços , sistema de representação , cotas , escalas. I. LINHA - ESPESSURA Linha grossa Linha média ( metade da anterior ) Linha fina ( metade da anterior )

TIPOS DE LINHA A- Linhas gerais B- Linhas principais C- Linhas auxiliares ( cota , ladrilhos , etc. ) D- Partes invisíveis _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ E- Eixos de simetria F- Seções G- Interrupções

  1. FORMATO É a dimensão do papel. Os formatos de papel para execução de desenhos técnicos são padronizados. A série mais usada de formatos é originária da Alemanha e conhecida como : série DIN - A ( Deutsch Industrien Normen - A ) , cuja base é o formato Ao ( A zero ) , constituído por um retângulo de 841 mm x 1189 mm = 1 m2 , aproximadamente. Mediante uma sucessão de cortes , dividindo em duas partes iguais os formatos , a partir do Ao, obtém-se os tamanhos menores da série. Veja pelas figuras abaixo , que a maior dimensão de um formato obtido corresponde à menor do formato anterior. O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens , que variam de dimensões , dependendo do formato usado. A margem esquerda , entretanto , é sempre 25 mm a fim de facilitar o arquivamento em pastas próprias.

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j- Conteúdo da prancha

4. REPRESENTAÇÃO EM CORES - CONVENÇÃO

Na representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as seguintes convenções:

obs. Essa pintura deve ser feita , na cópia heliográfica , contínua e em tom suave; ou diretamente no desenho feito com o AUTOCAD.

5. ETAPAS DE UM PROJETO

5.1. Estudo Preliminar Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção , fornecer um programa ou lista de necessidades , fixar o tempo que gastará para construir e o custo máximo para a obra No diálogo cliente - engenheiro vão surgindo problemas e soluções. Ao mesmo tempo o engenheiro estará fazendo suas pesquisas e anotações de modo a orientar suas primeiras idéias ( croquis ). A partir da localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia na prefeitura, que é um documento obrigatório para aprovação de projetos. Este documento fornece os parâmetros mínimos recomendados pela prefeitura, como: recuos, altura máxima da edificação, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento... Logo depois o projeto vai tomando forma em esboços.

5. 2. O Anteprojeto

Do esboço passado a limpo surge o anteprojeto , feito geralmente no papel sulfurizê a mão livre ou com instrumentos , em cores , perspectivas internas e externas , localização de mobílias etc.

5. 3. O Projeto Discutido o anteprojeto junto com o cliente , e feito as modificações necessárias , parte-se para o desenho definitivo o projeto , o qual é desenhado com instrumentos e deve ser apresentado às repartições públicas e servirá de orientação para a construção.

5.4. Os detalhes e os projetos complementares O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas , janelas , balcões, armários , e outros ) e de especificações de materiais ( piso , parede , forros , peças sanitárias , coberturas, ferragens ,etc. ). Com estes dados preparam-se o orçamento de materiais, e os projetos complementares como : projetos estrutural , elétrico , telefônico , hidro-sanitário, prevenção contra incêndio e outros. Todos estes projetos ,chamados de originais , chegam à construção sob forma de cópias , em geral feitas em papel heliográfico ou sulfite (AUTOCAD). O papel heliográfico ( tipo azul ou preto ) é o resultado da ação química do amoníaco em presença da luz ou vice-versa.

5. 5. Tipos de papel Atualmente o papel mais utilizado para anteprojetos é o papel sulfurizê , que são transparentes apesar de opacos , recomendados para desenhos coloridos e desenhos a lápis. São vendidos em rolo ou em folha padronizada. Para os desenhos feito a tinta ( nanquim ) , são utilizados o papel vegetal, semitransparente e seu peso varia de 50 a 120 g por m2. Não pode ser dobrado. É o mais indicado para o desenho de projetos por ser resistente ao tempo e por permitir correções e raspagens. É vendido em rolo de 20 m nas larguras de 1.10m ou 1.57m e também nos formatos recomendados pela ABNT , tendo as margens já impressas. O Papel heliográfico encontra-se nas cores azul marrom ou preto. Uma de suas faces é tratada por processo químico e reage em presença do

  1. Tanto as linhas de chamada como as linhas de cota se desenham com traço contínuo fino. As linhas de chamada devem , em princípio , ser perpendiculares ao elemento a cotar , mas em casos excepcionais , podem haver conveniência em que sejam desenhadas obliquamente , preferindo-se nesses casos inclinações de 60F 0B 0 ou 75F 0B 0 ;.
  2. As linhas de cota não devem ser escritas muito próximo das linhas de contorno , dependendo a distancia a que se colocam as dimensões do desenho e do tamanho do algarismo das cotas ;
  3. Os ângulos serão medidos em graus , exceto em coberturas e rampas que se indicam em porcentagem ( % ).
  4. As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente.
  5. Colocar as linhas de referencia de preferencia fora da figura.
  6. Evitar repetições de cota.
  7. Todas as cotas necessárias serão indicadas.
  8. Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura.
  9. As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas no desenho.
  10. As cotas de um desenho devem ser expressas na mesma unidade.
  11. A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral usa-se 2.5 a 3mm.
  12. No caso de divergência entre cotas de desenhos diferentes , prevalece a cota do desenho feito na escala maior.
  13. As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção de medida.

7. SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

As projeções ortogonais da geometria descritiva são usadas no desenho arquitetônico apenas mudando os termos técnicos.

Um objeto pode ficar claramente representado por uma só vista ou projeção ( ex. lâmpada incandescente ). Outros ficarão bem mais representados por meio de 3 projeções ou vistas. Haverá casas ou objetos que somente serão definidos com o uso de maior numero de vistas , como mostra a fig. abaixo.

As Normas Brasileiras NB- 8R estabelecem a convenção usada também pelas normas italianas , alemãs , russas e outras , em que se considera o objeto a representar envolvido por um cubo. O objeto é projetado em cada uma das seis faces do cubo e , em seguida , o cubo é aberto ou planificado , obtendo-se as seis vistas.

A vista de frente é também chamada de elevação , a qual deve ser a vista principal. Por esta razão , quando se pensa obter as vistas ortográficas de um objeto , é conveniente que se faça uma analise criteriosa do mesmo , a fim de que se eleja a melhor posição para a vista de frente. Para essa escolha , esta vista deve ser : a. Aquela que mostre a forma mais característica do objeto; b. A que indique a posição de trabalho do objeto , ou seja como ele é encontrado , isoladamente ou num conjunto c. Se os critérios acima continuarem insuficientes , escolhe -se a posição que mostre a maior dimensão do objeto e possibilite o menor numero de linhas invisíveis nas outras vistas.

Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho ; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 a 2 cm pelo menos. Por esta razão as portas de sanitários desenham se como as externas.

  1. Outros tipos de porta :
    • De correr ou corrediça
      • Porta pantográfica
        • Porta pivotante
          • Porta basculante
  • Porta de enrolar

III. JANELAS

O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sendo estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas em que o plano horizontal não o corta , a representação é feita com linhas invisíveis.

V. MOVEIS - SALA/QUARTO/COZINHA

VI. NA ÁREA DE SERVIÇO

VIII. CONCRETO

As seções das lajes de piso ou cobertura , assim como seções de vigas , sapatas das fundações etc., de concreto , deverão ser pintadas de verde ou recorrer aos símbolos gráficos.

9. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

Todo compartimento deve ter, em plano vertical , ao menos uma abertura para o exterior. Estas aberturas devem ser dotadas de persianas ou dispositivos que permitam a renovação do ar. Nos compartimentos destinados a dormitórios não será permitido o uso de material translúcido , pois é necessário assegurar sombra e ventilação simultaneamente. As áreas destas aberturas serão proporcionais às áreas dos compartimentos a iluminar e ventilar , e variáveis conforme o destino destes compartimentos. As frações que representam as relações entre áreas de piso e de esquadrias que apresentaremos , são as mínimas. Por isso sempre que houver disponibilidade econômica , os vãos devem ter as maiores áreas possíveis.

I. DORMITÓRIOS ( local de permanência prolongada , noturna ) A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/6 da área do piso.

II. SALAS DE ESTAR , REFEITÓRIOS , COPA , COZINHA , BANHEIRO , WC etc. ( local de permanência diurna )

Quando houver mais de uma janela em uma mesma parede , a distancia recomendável entre elas deve ser menor ou igual a ¼ da largura da janela , a fim de que a iluminação se torne uniforme.

Com janelas altas conseguimos iluminar melhor as partes mais afastadas das janelas.

As oficinas bem iluminadas geralmente possuem janelas altas , de pequena altura de verga e de grande altura de peitoril.

Exercícios :

  1. Um quarto tem ( 3.00 x 4.00 ) m , possui pé direito de 2.80 m. Calcular a área de iluminação e ventilação mínima, sabendo - se que a altura máxima da janela deverá ser a mesma da altura da porta ( 0.80 x 2.10 )m.
  2. Qual o coeficiente de iluminação e ventilação de uma sala com (4. x5.30) m e 2 janelas de ( 1.00 x 1.80 ) m cada uma? 3. Calcular uma janela com formato circular para um banheiro de (2. x 1.20 )m , sabendo se que o coeficiente de iluminação e ventilação é de 1/.

CAPÍTULO 3

MONTAGEM GRÁFICA DE UM PROJETO

O projeto relativo a qualquer obra de construção , reconstrução , acréscimo e modificação de edificação , constará , conforme a própria natureza da obra que se vai executar , de uma série de desenhos :

  1. Plantas cotadas de cada pavimento , do telhado e das dependências a construir , modificar ou sofrer acréscimo. Nessas plantas devem ser indicados os destinos e áreas de cada compartimento e suas dimensões.
  2. Desenho da elevação ou fachada ou fachadas voltadas para vias públicas. Num lote de meio de quadra é obrigatório a representação de apenas uma fachada. No caso de lote de esquina é obrigatório a representação de pelo menos duas fachadas.
  3. A planta de situação em que seja indicado : a. Posição do edifício em relação às linhas limites do lote b. Orientação em relação ao norte magnético c. Indicação da largura do logradouro e do passeio , localizando as árvores existentes no lote e no trecho do logradouro , poste e outros dispositivos de serviços de instalações de utilidade publica.
  4. Cortes longitudinal e transversal do edifício projetado. No mínimo representa-se 2 cortes , passando principalmente onde proporcione maiores detalhes ao executor da obra ou dos projetos complementares.
  5. Escalas mais utilizadas : a. (^) Planta baixa ..............1: b. Cortes........................1: c. Fachadas....................1: d. Situação.....................1:200 / 1: 500 e. (^) Localização................1:1000 / 1: f. Cobertura...................1:

obs: A escala não dispensará a indicação de cotas.

I. PLANTA BAIXA

As seções ou cortes são obtidas por planos verticais que interceptam as paredes , janelas , portas e lajes com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra. Devemos passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados e cujas paredes sejam revestidas por azulejos ( mínimo 1,50 m ). Na maioria dos casos somos obrigados a mudar a direção do plano da seção a fim de mostrar um maior numero de detalhes , evitando assim novas seções. Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens :

a. Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço grosso ;

b. Representação das paredes em que o plano vertical não corta , com traço fino ;

c. Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada , com as devidas medidas ( altura )

d. Indicação somente das cotas verticais , indicando alturas de peitoris , janelas, portas , pé direito , forro ...

e. Representação da cobertura (esquemática )

f. Representação e indicação do forro. Se for laje a espessura é de 10 cm.

g. Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm

h. Indicação de desníveis se houver ( verificar simbologia )

i. Indicar revestimento ( azulejos ) com a altura correspondente

j. Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando ( geralmente indica-se um pouco acima do piso )

k. Indicar o desvio do corte , quando houver ,através de traço e ponto com linha média.

l. Indicar o beiral , platibandas , marquises , rufos e calhas se houver necessidade

m. Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente

O corte é obtido através da passagem do plano vertical pela edificação, dividindo-o em duas partes. Escolhe-se a parte onde se quer detalhar o corte, eliminando a outra parte. O corte vertical corta a edificação desde a sua fundação até a sua cobertura, como mostra a figura:

III - FACHADA

Fachada ou elevação é considerada uma vista frontal da obra ; ou seja , é como se passasse um plano vertical rente à obra e se observasse do “infinito “, assim o desenho não seria tridimensional e sim bidimensional ( planificado ). Para a representação da fachada é necessário observar :

a. A fachada não deve constar cotas como no corte , somente em alguns casos excepcionais.

b. Indicar através de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento , pintura ... ( se quiser )

j- Indicação da localização do lixo

VI - LOCALIZAÇÃO

a- É a representação do lote dentro da quadra. b- É necessário indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em questão, assim como o seu numero e o numero da quadra. c- Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra, d- Indicar também o norte magnético. obs. É cotado somente o lote em questão.

VII- TITULO

O titulo do projeto geralmente é a finalidade da obra , ou seja se a construção é para fins residenciais , comerciais , assistências , religiosos ...,seguido da localização da obra ( lote / quadra / bairro / cidade / estado ) Ex.: Projeto destinado a construção de uma residencia em alvenaria, situado sobre o lote X, quadra Y, bairro W, Cidade/Estado.

VIII- ESTATÍSTICA

A estatística do projeto geralmente é colocado pouco acima da legenda, se possível. Nela colocamos :

a. Área do lote em m b. Área da construção ( térreo , superiores ... , todos em separado ) em m2; c. Área total da construção em m d. coeficiente de aproveitamento = área da construção total : área do lote e. Taxa de ocupação = ( área da construção térrea : área do lote ) x 100 %

Obs.: Caso haja construções existentes, indicar também a área correspondente com o respectivo número do protocolo de aprovação.