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Cálculo numérico para alunos do ensino superior
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Cálculo Numérico, par- te integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis- ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple- mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
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INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), Esta apostila destina-se a estudantes de graduação para os cursos de Engenharia Ambiental, Enge- nharia de Produção ou afins, para o acompanhamento do conteúdo de Cálculo Numérico, nos cursos a distância.
Nela, você lerá a respeito de assuntos referentes a noções básicas sobre erros, zeros reais de equa- ções algébricas e transcendentes, e resolução de sistemas de equações lineares.
Com o intuito de simplificar a exposição dos tópicos abordados, procurou-se, por meio de uma lin- guagem simples, clara e direta, expor o conteúdo de forma sucinta e objetiva. Em todos os capítulos, são apresentadas questões resolvidas, para auxiliar na compreensão do conteúdo teórico e orientar a resolu- ção das atividades propostas. Para complementar a teoria e auxiliar na fixação do conteúdo apresentado, são propostas, ao final de cada tópico abordado, várias atividades com grau de dificuldade crescente.
Espera-se que você tenha facilidade na compreensão do texto apresentado, bem como na realiza- ção das atividades propostas.
Finalmente, desejamos que faça um excelente módulo, estude bastante e aprofunde seu conheci- mento consultando as referências indicadas no final da apostila.
Mauro Noriaki Takeda Aparecido Edilson Morcelli
Mauro Noriaki Takeda e Aparecido Edilson Morcelli
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Ao tentar obter a solução para um problema por meio de um modelo matemático, incorremos em erros na fase de modelagem e de resolução. Na fase de modelagem, geralmente, o erro decor- re da simplificação do fenômeno, que não tem uma descrição completa, ao criar o modelo ma- temático para descrever o fenômeno. Na fase de resolução, decorre da necessidade da utilização de instrumentos de cálculo que necessitam, em algumas situações, de aproximações, como, por
exemplo, o valor de π a ser utilizado: 3,14; 3, ou 3,14159265358979323846264338327. Esses er- ros tendem a se propagar ao longo da resolução do problema e determinam o erro no resultado final obtido. Esse conceito de propagação de erros é muito importante, pois, além de determinar o erro no resultado final obtido, também indica a sensibilidade de um determinado método numé- rico.
Erro Absoluto
É o módulo da diferença entre um valor verdadeiro de um número e seu valor aproximado.
erro absoluto = |valor verdadeiro - valor aproximado|
E (^) A (^) x = xverdadeiro-x aproximado
Representando xverdadeiro = xe xaproximado = x, podemos escrever o erro absoluto como:
E (^) A (^) x = x- x
Erro Relativo
O erro relativo é o erro absoluto dividido pelo valor verdadeiro:
x
E x A R (^) x =
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x
x x E (^) Rx
Frequentemente, o erro relativo é expresso também como erro percentual, chamado taxa de erro. Para isso, basta multiplicar o erro relativo por 100:
erro percentual = erro relativo x 100
Erro percentual=ER (^) x ⋅ 100
x
x x Erro percentual ⋅
No nosso dia a dia, utilizamos o sistema de numeração decimal, que é adotado em todas as operações matemáticas. Esse sistema, como o
nome sugere, é de base 10, podendo todos os múltiplos e submúltiplos ser expressos como uma combinação linear de potências de 10. Exemplos:
1 0 1 0 1 2 2 2 2
Apesar de utilizarmos o sistema de numera- ção decimal no cotidiano, esse tipo de representa- ção numérica é inadequado para a representação da informação em calculadoras ou computado- res. Um número é representado, internamente, na
máquina de calcular ou no computador, por meio do sistema binário, ou seja, na base 2, por meio dos algarismos 0 e 1. Uma sequência de impulsos elétricos indica dois estados: desligado – tensão baixa (0) – ou ligado – tensão alta (1).
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Como vimos, nem todos os números reais têm representação no sistema de base 2. Ao utilizar as calculadoras e os computadores, incorremos nos chamados erros de arredondamento.
De maneira geral, podemos representar um número x em qualquer base β por:
1 2 3 exp 2 3
t t
β β β β
Em que:
di são números inteiros contidos no intervalo 0 ≤ di ≤ β - 1, com i = 1, 2, ..., t;
exp é o expoente de β e assume valores entre LI ≤ exp ≤ LS, sendo LI e LS os limites inferior e superior, respectivamente, para a variação do expoente;
1 2 3 2 3
t t
β β β β
dígitos significativos;
é chamada mantissa, sendo a parte do número que representa seus dígitos significativos;
t é o número de dígitos do sistema de representação, também chamado precisão da máquina.
Quando representamos um número dessa forma, a mantissa é um número entre 0 e 1, e dizemos que os números estão normalizados. Por exemplo, no sistema decimal, temos β = 10; desse modo, pode- mos escrever:
3 3 (^10 2 )
1 2 5 125 10 0,125 10 (^10 10 10) mantissa mantissa
= (^) + + (^) ⋅ = ⋅
AtençãoAtenção
Nem todos os números reais na base decimal po- dem ser representados no sistema binário.
Saiba maisSaiba mais Nas calculadoras e nos computadores, quando não é possível representar na base binária o número real inserido, utiliza-se o número real mais próximo que se consegue representar.
Mauro Noriaki Takeda e Aparecido Edilson Morcelli
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No sistema binário, temos β = 2; desse modo, podemos escrever:
4 4 (^10 2 2 3 )
1 1 0 0 12 1100 0,1100 2 2 2 2 2 2 mantissa
= = ⋅ = (^) + + + (^) ⋅ (^)
O erro de truncamento é um erro proveniente da utilização de processos que, na teoria, são infini- tos ou muito grandes para a determinação de um valor, sendo truncados devido ao método de aproxi- mação empregado para o cálculo de uma função exata. Esses processos infinitos aparecem muito em funções matemáticas, como exponenciação, logarit- mos e funções trigonométricas.
A função seno pode ser calculada pela série:
( )
3 5 7 3! 5! 7!
x x x sen x = x - + - +
A função ex^ pode ser calculada pela série: 2 3
0
i x i
∞
= + + + + = (^) ∑
A função ln(1+x) pode ser calculada pela série:
Atenção Atenção
Truncar um número na casa d (^) i é desconsiderar as casas di+j, com (j = 1, 2, ..., ∞).
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O limite para diminuir o erro de truncamento é até chegar à ordem do erro de arredondamento. A partir daí, não tem sentido continuar a diminuir o erro de truncamento, pois o erro de arredondamento será predominante. Os objetos de nosso estudo, neste capítulo, são os erros de arredondamento e de truncamento.
Atenção Atenção
Eliminar os erros na resolução de problemas por meio de métodos numéricos é praticamente im- possível, mas o que pode ser feito é minimizar os efeitos da propagação desses erros.
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos noções básicas sobre erros, conversão de bases, tipos de erro que ocor- rem e de que maneira eles afetam os resultados numéricos por meio da sua propagação, iniciando pelo tratamento dos erros, definição de erro absoluto e erro relativo, conversão de bases, conversão de nú- mero decimal para binário, erros de arredondamento, erros de truncamento, além de exemplos comen- tados.
, empregando a série (^ )^
3 5 7 3! 5! 7!
sen x = x -^ x^ + x^ - x + , truncada de 2ª ordem.
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Caro(a) aluno(a), Você já ouviu falar em equação linear? Toda equação da forma a 11 x 1 + a 12 x 2 + a 13 x 3 + ... + a1nxn = b 1 é denominada equação linear, na qual:
x 1 , x 2 , x 3 , ..., xn são as incógnitas; a 11 , a 12 , a 13 , ..., a1n são os coeficientes; b 1 é o termo independente.
Você deve ficar atento(a), pois, numa equação linear, os expoentes das incógnitas são todos iguais a 1 e cada termo da equação tem uma única incógnita, ou seja, equações do tipo:
2x 1 – 3x 2 + 7x 3 = 17; 4x – 2y + z + 3t = 9.
Equações que apresentam termos da forma x^21 , x.y, x não são lineares, ou seja, equações do tipo:
2 x 1^2 - 3 x 2 = 10 2x ∙ y + z – t = 3.
Saiba maisSaiba mais
Quando o termo independente b 1 é igual a zero, a equação linear é chamada equação linear homogê- nea, ou seja, equações do tipo:
Cálculo Numérico
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Agora, vamos, juntos, definir um sistema de equações lineares.
Denomina-se sistema de equações lineares ou sistema linear um conjunto de duas ou mais equações lineares, ou seja, formado apenas por
equações do tipo a 11 x 1 + a 12 x 2 + a 13 x 3 + ... + a1nxn = b 1 , na qual a 11 , a 12 , a 13 , ..., a1n ∈ IRsão os coeficientes e x 1 , x 2 , x 3 , ..., xn são as incógnitas. Um sistema linear de n equações a n incóg- nitas é representado da seguinte maneira:
11 1 12 2 13 3 1 1 21 1 22 2 23 3 2 2 31 1 32 2 33 3 3 3
1 1 2 2 3 3
n n n n n n
n n n nn n n
Ou:
1
, 1, 2, 3, ,
n ij j i j
= (^) ∑ ⋅ = =
Se uma ênupla ordenada de números reais (α 1 , α 2 , α 3 , ..., αn) tornar verdadeiras todas as equa- ções do sistema linear de n incógnitas, ela é uma solução do sistema linear. Professor, agora eu já
sei o que é uma ênupla! Agora entendi! Resolver um sistema linear significa determinar o conjunto de todas as soluções desse sistema.
Agora, estamos diante de um grande desa- fio. Como classificar um sistema linear quanto ao número de soluções? Um sistema linear pode ser classificado, quanto ao número de soluções, em compatível (ou possível) e incompatível (ou impos- sível).
Um sistema linear compatível (ou possível), quando tem uma única solução, é chamado siste- ma compatível e determinando (ou sistema possí- vel e determinado). No sistema linear (^3)
1
x y x y
+ = (^) - = -
pode-se observar, no gráfico, que há ponto de interseção das retas, que
corresponde a uma única solução do sistema, ou seja, o par ordenado (1, 2).
Um sistema linear compatível (ou possív
Mauro Noriaki Takeda e Aparecido Edilson Morcelli
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Um sistema linear compatível (ou possível), quando tem várias soluções, é chamado sistema compatível e indeterminando (ou sistema possível e indeterminado). No sistema linear 3 2 2 6
x y x y
pode-se observar, no gráfico, que as retas são coincidentes e que há infi- nitos pontos de interseção, que correspondem às várias soluções do sistema.
tema linear compatível (ou possível), quando tem várias soluções, é
compatível e indeterminando (ou sistema possível e indeterminado). No
, pode-se observar, no gráfico, que as retas são coincidentes e
ntos de interseção, que correspondem às várias soluções do sistema.
tema linear é incompatível (ou impossível) quando não tem solução, ou
nupla ordenada de números reais (α 1 , α 2 , α 3 , ..., α (^) n ) que torne verdadeiras
s do sistema linear simultaneamente. No sistema linear °¯
no gráfico, que as retas são paralelas entre si; portanto, não há pontos
e elas, ou seja, o sistema linear é incompatível.
AtençãoAtenção
Um sistema linear pode ser classificado, quan- to ao número de soluções, em compatível e de- terminando (ou sistema possível e determinado), compatível e indeterminando (ou sistema possível e indeterminado) e incompatível (ou impossível).
Atenção Um sistema linear pode ser classificado, quanto ao determinando (ou sistema possível e determinado), c possível e indeterminado) e incompatível (ou imposs
2.6 Sistema Linear Homogêneo
Você já ouviu falar em sistema linear
homogêneo quando bi = 0, ou seja, os termos ind
iguais a zero.
Q Q Q
Todo sistema linear homogêneo é co
Um sistema linear é incompatível (ou impos- sível) quando não tem solução, ou seja, não há uma ênupla ordenada de números reais (α 1 , α 2 , α 3 , ..., αn) que torne verdadeiras todas as equações do sistema linear simultaneamente. No sistema li- near
3 2
x y x y
^ +^ = (^) + = , pode-se observar, no gráfico, que as retas são paralelas entre si; portanto, não há pontos de interseção entre elas, ou seja, o sistema linear é incompatível.
Você já ouviu falar em sistema linear ho- mogêneo? Um sistema linear é dito homogêneo quando bi = 0, ou seja, os termos independentes de todas as equações são iguais a zero.
11 1 12 2 13 3 1 21 1 22 2 23 3 2 31 1 32 2 33 3 3
1 1 2 2 3 3
n n n n n n
n n n nn n
Todo sistema linear homogêneo é compa- tível, pois admite como solução a ênupla (0, 0, 0, ..., 0), que é chamada solução trivial. Se o sistema linear homogêneo admitir outra solução na qual as incógnitas não sejam todas nulas, a solução é denominada solução não trivial.
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Você já deve ter estudado vários métodos de resolução de sistemas lineares, como o méto- do da adição, o método da substituição e a regra de Cramer. Dando continuidade a esse assunto, serão abordados outros métodos de resolução de sistema linear normal de n equações a n incógni- tas, com n ≥ 2. Iniciaremos falando do método de triangu- lação de Gauss. Este método consiste em trans- formar o sistema linear original em um sistema linear triangular, com matriz dos coeficientes triangulares superiores que seja equivalente ao sistema dado, isto é, que tenha a mesma solução, mediante permutações e combinações lineares de linhas.
Para transformar o sistema dado num sis- tema triangular equivalente, usam-se operações que não alteram a solução de um sistema linear, tais como:
multiplicar ou dividir todos os elemen- tos de uma equação por um número di- ferente de zero; permutar duas equações; substituir uma equação pela soma al- gébrica dela com um múltiplo de outra qualquer do sistema.
Resolução: Representam-se os elementos da matriz dos coeficientes e da matriz dos termos independentes no dispositivo prático a seguir, que torna mais compacta a triangulação da matriz dos coeficientes. Os coeficientes e o termo independente da equação 1 estão dispostos na linha 1 (L 1 ); os da equação 2, na linha 2 (L 2 ); e os da equação 3, na linha 3 (L 3 ).
Linha Multiplicador Matriz dos coeficientes Termos independentes L 1 2 3 -1 4 L 2 4 -3 1 2 L 3 1 -1 1 1
Cálculo Numérico
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Escolhe-se o elemento a 11 da matriz dos coeficientes como pivô (2).
Linha Multiplicador Matriz dos coeficientes Termos independentes L 1 2 3 -1 4 L 2 4 -3 1 2 L 3 1 -1 1 1
Em seguida, calcula-se o multiplicador m 1 , que será m 1 =-. 21 11
a a
, que é utilizado para eliminar a
incógnita x na equação 2, ou seja, tornar o coeficiente de x nulo (igual a zero).
Linha Multiplicador Matriz dos coeficientes Termos independentes
L 1 2 3 -1 4
L 2 4 -3 1 2 L 3 1 -1 1 1
Para eliminar a incógnita x na equação 2, fazendo o coeficiente de x igual a zero, deve-se substituir
' L 2 (^) , obtida por meio da seguinte combinação linear:
multiplica-se m 1 pela equação 1 (linha pivotal) e soma-se a equação 2, ou seja, '
Para obter '
Copia-se a primeira equação L 1 abaixo da última equação do sistema L 3.
Linha Multiplicador Matriz dos coeficientes Termos independentes
L 1 2 3 -1 4
L 2 4 -3 1 2 L 3 1 -1 1 1 L 1 2 3 -1 4
m 1 =- =-
m 1 =- =-