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aplicação de defensivos, Notas de estudo de Engenharia Agronômica

aplicação de defensivos

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 18/12/2009

marcelo-agua-nova-da-rocha-12
marcelo-agua-nova-da-rocha-12 🇧🇷

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O segredo do sucesso é a combinação

Marca registrada ou usada nos países do mundo pela Pioneer Hi-bred International Tecnologia Que Rende www.pioneer.com/brasil

A partir desta safra, o Sistema de Combinação de Híbridos Pioneer na sua lavoura está ainda mais completo com os lançamentos: 30R50, 30F53 e 30F87. O é um híbrido precoce com alto potencial produtivo e recomendado para a época normal de plantio no Sul do país. O é precoce, com elevado potencial produtivo, alta resposta ao manejo e indicado para a época normal de plantio no Sul e para as primeiras épocas de plantio nas terras altas do Brasil Central. Já o é um híbrido defensivo indicado para as terras baixas e altas do Brasil Central e apresenta elevada tolerância às principais doenças tropicais, em especial à Cercospora e ao. Amplie as possibilidades de combinação e alcance maior estabilidade na sua lavoura.

30R

30F

30F

Turcicum

Safra após safra, o segredo é o Sistema de Combinação da Pioneer.

Sistema de Combinação de Híbridos:

segurança e estabilidade, ano após ano

Dentre os vários eventos que constituem o processo de produ- ção de grãos e fibras, a aplicação de defensivos é um dos mais importantes. Ele é diretamente res- ponsável pela produtividade e exige cuidados com a preservação do meio ambiente e segurança dos operadores. Trabalhos recentes de avaliação de pulverizadores no Brasil têm mos- trado que, de modo geral, a qualida- de de nossas pulverizações está mui- to abaixo dos padrões desejáveis. Isso ocorre em função do mau estado dos pulverizadores, da falta de treina- mento dos operadores e da falta de consciência dos produtores a respeito da importância do assunto.

Princípios gerais da

tecnologia de aplicação

A aplicação de defensivos envolve a atuação de várias áreas do conhecimento humano. E uma apli- cação de qualidade garante maior eficiência do produto, maiores pro- dutividades das lavouras e menores riscos ambientais. A Pioneer e a DuPont esperam contribuir para a melhoria desse processo, trazendo através desta publicação uma sínte- se de conhecimentos e recomenda- ções básicas a respeito da Tecnologia de Aplicação de Defensivos.

Alvo Biológico

Retenção

Cobertura

É o alvo escolhido para ser atingido pelo processo de aplica- ção: planta hospedeira ou suas partes, organismo nocivo, planta daninha, solo, etc. Em função do tipo de alvo - forma, tamanho, posição, etc. -, a pulverização a ser realizada deverá ter caracterís- ticas específicas para melhor atin- gí-lo. O conhecimento do ciclo evolutivo da praga e, também, da planta cultivada é um aspecto importante para se definir o melhor momento de controle.

É a percentagem da pulveri- zação que atingiu o alvo. Para oti- mizar a retenção, todos os cuida- dos serão citados em , p. 7 a 9.

Refere-se ao recobrimento do alvo pela pulverização. Ela pode ser quantificada em gotas/cm² (= densidade de gotas), ou em percentagem da área recoberta. A cobertura pode ser avalia- da de maneira prática com o uso de papéis sensíveis posicionados no alvo. Em casos experimentais, pode se determinar a quantidade de princípio ativo que atingiu o alvo, através de processos de colo- rimetria com adição de corantes à calda de pulverização, ou de espectrofotometria.

Qualidade em Aplicação

Figura 1 - Exemplos de diferentes coberturas obtidas com diferentes tipos de pontas

Quadro 1 - Resultados de avaliação de qualidade de 395 pulverizadores em quatro estados, em 2003. (CORDEIRO, 2004)

Estado Condições gerais das máquinas avaliadasCondições gerais das máquinas avaliadas Ruim MG GO MS MT

MG GO MS MT

Razoável Boa 31,6% 34,5% 33,3% 18,8%

31,6% 34,5% 33,3% 18,8%

36,8% 39,1% 39,1% 54,0%

36,8% 39,1% 39,1% 54,0%

31,6% 26,4% 27,6% 27,2%

31,6% 26,4% 27,6% 27,2%

Estado

Qualidade da distribuição sob a barra de pulverização

Qualidade da distribuição sob a barra de pulverização Boa MG GO MS MT

MG GO MS MT

Razoável Ruim 31,6% 34,5% 33,3% 18,8%

31,6% 34,5% 33,3% 18,8%

36,8% 39,1% 39,1% 54,0%

36,8% 39,1% 39,1% 54,0%

31,6% 26,4% 27,6% 27,2%

31,6% 26,4% 27,6% 27,2%

Distribuição no Alvo

Diâmetro Mediano Volumétrico

Refere-se a quão bem foi distri- buída a pulverização no alvo. Espe- cialmente no caso de fungicidas, o ideal é que tenhamos uma penetra- ção para as folhas inferiores das plan- tas, onde algumas doenças fúngicas tendem a se proliferar mais intensa- mente.

O Diâmetro Mediano Volumétrico ( D M V ) , t a m b é m c h a m a d o d e Diâmetro 50% Volumétrico (DV0.5) pode ser definido como o tamanho da gota que divide o volume pulverizado em duas metades. A primeira metade é constituída por gotas de tamanho infe- rior a este DMV e a outra metade cons- tituída por gotas de tamanho superior a este DMV. O DMV é expresso em micrôme- tros - μm, um micrômetro representa 1 milésimo de milímetro. Um fio de cabe- lo, por exemplo, tem a espessura de 100 micrômetros. O DMV é determinado utilizando- se aparelhagem de laboratório que analisa o jato pulverizado. São apare- lhos altamente sofisticados, que utili- zam feixe de raios para a análise, e determinam não apenas o DMV como também uma série de outras características da pulverização. Pode ainda ser determinado pela análise de imagem de papéis sensíveis por soft- wares apropriados como o "e-Sprinkle" (Figuras 3 a 5).

laser

Perdas em Aplicação As perdas podem ser definidas como tudo aquilo que não atinge o alvo, e ocorrem principalmente por:

É o movimento das gotas pulveri- zadas para fora do alvo no momento da aplicação, ou imediatamente após ela. Normalmente, é causado pelo vento que desvia as gotas menores. Ela pode ser facilmente visualizada quando ocorre em excesso. Entre os principais fatores que interferem na estão: tamanho da gota produzida, velocidade de lançamento, velocidade do vento e sua direção. A evaporação interfere na intensidade da pois à medida que a gota evapora diminui seu diâmetro, ficando mais propensa a se desviar do alvo.

Ocorre com a volatilização - mudança do estado líquido para gasoso - do defensivo com movimento subseqüente para fora da área designada. A de vapor só se torna uma preocupação se o produto aplicado for altamente volátil e as condições atmosféricas forem favorá- veis à vaporização rápida do defensi- vo.

As gotas da calda, que normal- mente são uma mistura de água + defensivos + adjuvantes, podem sofrer maior ou menor perda por evaporação, em função de:

Deriva Aerotransportada

deriva

deriva,

Deriva de Vapor

deriva

Evaporação

Escorrimento

Aplicação fora do Alvo

Equipamentos em mau estado

Quando aplicamos excesso de calda, ou quando as folhas do alvo apresentam excesso de cerosidade, ou já se apresentam molhadas pelo orvalho, parte do produto aplicado pode escorrer para o solo.

Ocorrem por erro do operador ou piloto, ou pelo fato de fazer uma aplicação em área total e o alvo, às vezes, representar apenas uma fração da área que está sendo tratada, como é o caso de aplicações de inseticidas em lavouras ainda novas.

Comumente geram vazamentos ou gotejamentos da calda.

O PRD significa a percentagem do volume pulverizado que pode ser per- dido pela deriva e conseqüente eva- poração destas gotas derivadas. O PRD representa a percentagem do volume pulverizado produzido com gotas de tamanho inferior a 150 μm. Na Europa, o padrão do BCPC é 141 μm. O PRD é determinado por meio das análises em laboratório do jato pulverizado, ou ainda, por meio da análise das imagens de papéis sensí- veis por softwares como o "e-Sprinkle".

Foi estabelecido por órgãos normatizadores (BCPC - Conselho Bri- tânico de Proteção às Lavouras - Inglaterra e ASAE - Associação Ameri- cana de Engenheiros Agrícolas - EUA) uma metodologia de classificação de pulverizações geradas por diferentes equipamentos. Estipularam-se cinco c a t e g o r i a s d e " Q u a l i d a d e d e Pulverização":

Potencial de Risco de Deriva (PRD)

Classes de Tamanhos de Gotas

Figura 2 - Software e-Sprinkle e papel sensível sendo digitalizado para utilização do software

Figura 3 - Esquema de uma população de gotas de pulverização divididas em duas partes iguais em volume

Conceito do DMV

e Analisadores

da Pulverização

Figura 4 - Analisador de gotas a laser PDPA

Figura 5 - Analisador de gotas a laser PMS OBS.: Na ASAE (Norma ASAE S-572) ocorre ainda a Classe Extremamente Grossa.

Muito Fina Fina Média Grossa Muito Grossa

Alta Deriva Média Deriva Baixa Deriva Muito Baixa Deriva Muito Baixa Deriva

Tamanho das gotas

Temperatura do ar

Umidade relativa do ar

Tensão superficial da mistura

Viscosidade da mistura

Tempo de permanência da gota no ar

Velocidade do Vento

Menor tamanho maior evaporação;

Maior temperatura maior evaporação;

Menores umidades maior evaporação;

Menor tensão maior evaporação;

Menor viscosidade maior evaporação;

Maior tempo maior evaporação;

Maiores velocidades maior evaporação.

Consiga uma cobertura adequada do alvo Em função do modo de ação do produto, a eficiência de sua apli- cação está associada ao número de gotas por cm² que atingem o alvo. Pro- dutos de contato exi- gem maior número de gotas por cm² que pro- dutos sistêmicos. Uma referência pode ser dada no Quadro 5 (acima).

A água pode ser classificada de acor- do com os teores de sais dissolvidos em água mole, média ou dura. Teores eleva- dos de sais resultam em água dura (salo- bra). Em períodos de seca, o volume de águas subterrâneas geralmente diminui, causando aumento da concentração de sais (aumento da dureza da água) e em dias chuvosos aumenta a solubilização de sais e presença de elementos em sus- pensão em águas superficiais. A dureza total está relacionada aos teores de bicarbonatos, sulfatos, clore- tos e nitratos de Ca e Mg. O determinan- te da dureza, quase sempre, refere-se ao teor de cálcio na forma de carbonato de cálcio (CaCO ), sendo chamado de dure- za cálcica. Quando são avaliados outros componentes além do Ca, como os demais íons alcalino-terrosos, é determi- nada a "dureza total" da água.

Na solução, parte das substâncias solúveis está dissociada em íons. Eles estão livres para combinar-se com outros íons presentes na solução. Por exemplo, íons do ingrediente ativo do herbicida 2, D podem combinar-se com íons de Ca e Mg, provocando a aglutinação de partí- culas e formando precipitados no fundo do tanque, obstruindo filtros e bicos, redu- zindo a quantidade de ingrediente ativo e aumentando a possibilidade de fitotoxici- dade ou de ineficiência do produto. O herbicida glifosato (formulação tra- dicional), ao ser acrescentado à água no tanque de pulverização, é dissociado em íons de carga positiva (cátion) e negativa (ânion), sendo sua resultante elétrica deter- minada pelo pH da água. A carga iônica será de -1 quando o pH variar de 2,3 a 4, de -2 em pH de 4 a 8 e de -3 em pH de 8 a

  1. O somatório de cargas citado indica a disposição do glifosato a reagir com os componentes positivos (cátions) da água, sendo que do pH de 8 a 12 a possibilidade de inativação do produto é muito elevada. Conhecendo a dureza da água e o pH, pode-se calcular o índice aproximado da reação do produto (inativação) com os íons de cálcio presentes na solução.

3

Para ser considerada água potável são aceitos até 550 ppm de sólidos totais dissolvidos.

Aplique o defensivo no momento adequado As pragas, as doenças ou mesmo as plantas daninhas têm momentos mais oportunos e limites - antes do nível de dano econômico - para se realizar as aplicações de controle ou prevenção. As aplicações após estes momentos irão comprometer o resul- tado do controle. Por isso, deve-se es- tar constantemente atualizado com re- lação aos conhecimentos dessa área, especialmente no caso de controle de novas doenças e pragas que estejam surgindo, como o caso recente da fer- rugem da soja, por exemplo (Fig. 10).

Garanta a segurança do operador

Mantenha o pulverizador regulado e calibrado

Utilize água limpa, com dureza e pH adequados ou corrigidos para elaborar a calda

Uso do EPI apropriado, presença de tanque de água limpa para lavar as mãos e de detergente no pulverizador são, antes de uma exigência legal, um sinal de respeito ao ser humano e ao operário. O treinamento dos operado- res, também, é um fator de segurança e garantia de maior produtividade e eficiência dos tratamentos.

A correta regulagem e calibração garantirão a taxa correta de aplicação e a escolha adequada das pontas que irão garantir as gotas no tamanho adequado a cada aplicação e situação de alvo e cli- ma. Há pouco tempo, a única preocupa- ção, quando se falava em regular um pulverizador, resumia-se em conferir a vazão dos bicos com os famosos cane- cos de calibração, mas hoje, isto deve ser visto sob um novo enfoque:

Se a água apresentar elevada quan- tidade de partículas de terra em suspen- são ou matéria orgânica, pode reduzir a meia vida - tempo para inativar 50 % do produto - de herbicidas, como o para- quat e o glifosato.

A presença de elementos minerais na água é um dos responsáveis pela va- riabilidade da eficácia que se encontra na aplicação de defensivos na agricultu- ra. Uma vez atingindo níveis de qualida- de adequados na regulagem do pulveri- zador, treinamento do aplicador e pon- tas (bicos) de pulverização sem desgaste, devemos partir para água adequada à mistura com agroquímicos.

Limpeza da água

Dureza da água

Vol (ha) x dureza (ca) x 0,00047Vol (ha) x dureza (ca) x 0, Dose de glifosato (kg/ha)Dose de glifosato (kg/ha)

= % inativado= % inativado

Regular um pulverizador é prepa- rá-lo para conseguir o tamanho de gotas desejado, dentro de uma determinada taxa de aplicação, o mais bem-distribuído possível sob a barra, e com um mínimo risco de deriva.

Regular um pulverizador é prepa- rá-lo para conseguir o tamanho de gotas desejado, dentro de uma determinada taxa de aplicação, o mais bem-distribuído possível sob a barra, e com um mínimo risco de deriva.

Figura 10 - Curva de progresso de doenças tropicais, adaptada para a Ferrugem da Soja, em associação ao controle químico e "pedágio" de produtividade em função do atraso de controle. (CAMARGO, 2004)

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Severidade da doença

Tempo

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Severidade da doença

Tempo

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Severidade da doença

Tempo

CONTROLE IDEAL

CONTROLE IDEAL

CONTROLE DIFÍCIL

CONTROLE DIFÍCIL

FORA DE CONTROLE

FORA DE CONTROLE

Como reduzir a

deriva nas aplicações

Adote bicos que façam gotas maiores

Utilize menores pressões

Trabalhe com menor altura de barra

Produza gotas que sejam grandes o suficiente para redu- zir a deriva, mas num tamanho que forneça uma boa cober- tura (Quadros 3, 4 e 5, p. 6 e 7). Sempre que o produto a ser aplicado e a situação do alvo permitirem, utilize as pontas, leque com pré-orifício ou com indução de ar.

Altas Pressões geram maior número de gotas pequenas. Na maioria dos casos, não é necessário mais de 40-45 PSI. Lembre-se, porém, que pontas de indução de ar necessitam de, no mínimo, 30 PSI para funcionarem bem: aspirar o ar e abrir adequadamente o leque, garantindo boa distribuição.

Isto reduz o tempo de exposição das gotas ao vento. A altura mínima de trabalho deve garantir um cruzamento ade- quado dos leques na barra. O leque de uma ponta deve reco- brir de 30 a 50% o leque da ponta ao lado (Quadro 11).

Aumente o tamanho do Bico Bicos de maior capacidade produzem gotas maiores e menor deriva do que bicos de menor capacidade, trabalhan- do com maior pressão.

Quadro 11 - Altura mínima recomendada da barra ao alvo em função do ângulo dos leques e do espaçamento entre bicos na barra.

Ângulo da Pulverização 80º 110º 120º

80º 110º 120º

Espaçamento 35 cm

Espaçamento 35 cm 55 cm 35 cm 35 cm

55 cm 35 cm 35 cm

Espaçamento 50 cm

Espaçamento 50 cm 75 cm 50 cm 50 cm

75 cm 50 cm 50 cm

Espaçamento 75 cm

Espaçamento 75 cm 110 cm 75 cm 75 cm

110 cm 75 cm 75 cm

Espaçamento 100 cm

Espaçamento 100 cm NR* NR* 100 cm

NR* NR* 100 cm

Quadro 12 - Tipos de Pontas, tamanho de gotas obtidas e velocidades máximas de vento sugeridas.

Tipos de PontaTipos de Ponta Indução de Ar Pré-orifício Leque comum

Indução de Ar Pré-orifício Leque comum

Tamanho de GotasTamanho de Gotas Grossa / Muito Grossas Grossa / Média Médias / Finas

Grossa / Muito Grossas Grossa / Média Médias / Finas

Vento MáximoVento Máximo 15 km/h 9 km/h 6 km/h

15 km/h 9 km/h 6 km/h

Pulverize com ventos menores Evite pulverizar com ventos acima de 15 km/h. Sugerimos os padrões a seguir:

Pulverize quando o vento estiver contra culturas vizinhas sensíveis

Não pulverize quando o ar estiver muito calmo

Deixe uma faixa de segurança se o vento estiver a favor e pulverize-a depois, quando o vento mudar.

O ar parado, em uma inversão térmica, reduz a troca de ar entre camadas verticais, significando que a névoa pulveri- zada permaneça estacionada sobre a lavoura, podendo se mover lentamente com o vento por longas distâncias. A inversão normalmente ocorre de madrugada ou à tarde, nos dias frios, ou próximo a corpos de água. A maneira prática de se confirmar a ocorrência de inversão térmica, caso não esteja ventando, é acender um fogo e observar o comporta- mento do movimento da fumaça. A fumaça subindo nor- malmente indica que não está ocorrendo inversão atmosfé- rica. Se a fumaça estiver inclinada para o lado, fazendo uma camada horizontal bem definida, é sinal que está havendo a inversão atmosférica e deve-se interromper a pulverização com gotas finas ou muito finas até a situação se alterar.

Exija, do fabricante, garantias da eficiência do produto (trabalhos de pesquisa, etc).

Use um aditivo antideriva quando necessário

Ângulo da pulverização

Ângulo da pulverização

Recomendações para aplicações

terrestres de inseticidas

Tamanho e densidade de gotas Assim como os fungicidas, as apli- cações de inseticidas necessitam de gotas menores (finas/muito finas), para garantir boa penetração na copa das plantas e realizar boa cobertura, uma vez que muitos insetos como per- cevejos na soja e lagarta do cartucho do milho se "escondem" no interior das plantas. Neste caso, o esquema de dois leques angulados ("Twincap" da Hypro, Figura 15, p. 12) são mais eficientes do que leques simples. Caso a lavoura ainda esteja nova, sem problemas de penetração na folhagem, gotas mé-

dias podem ser utilizadas para melhor controle de deriva e evaporação. Não se recomenda pontas de indução de ar para estas aplicações, mesmo que sejam de leque duplo com indução de ar. Veja indicação de parâmetros e pon- tas de pulverização sugeridas no qua- dro 13.

Devem garantir a boa cobertura do alvo. Para lavouras novas com baixo índice de área foliar - IAF, entre 80 a 100 litros/ha, e lavouras mais fechadas (IAF acima de 3), entre 100 a 200 l/ha.

Volumes de Calda

Para percevejos na soja, lagarta do cartucho no milho e aplicações em algodão já fechado, recomenda-se acima de 150 l/ha.

Seguir sempre a regra geral de se evitar temperaturas acima de 30 ºC e umidades do ar inferiores a 55%. No caso dos percevejos da soja, como os mesmos permanecem nas partes mais baixas das plantas durante as horas quentes do dia, entre 10 e 16 horas, deve se evitar as aplicações nestes horá- rios para o controle dos mesmos.

Horário das aplicações

Recomendações para aplicação

de herbicidas pré-emergentes

Tamanho das gotas Os herbicidas pré-emergentes podem ser aplicados com gotas maio- res a partir de 20 gotas/cm² (Quadros 4 e 5, p. 7). Para se obter essas gotas, deve se utilizar as pontas recomenda- das no quadro 14.

Aplicação antes do plantio: as plantas daninhas não sofreram nenhum dano mecânico, favorecendo o tratamento do dessecante. Por outro lado, o tratamento residual poderá ser afetado com a operação do plantio, pelo revolvimento do solo na linha de plantio, favorecendo a germinação

das sementes infestantes. as plantas daninhas presentes sofreram danos mecânicos, podem estar reco- bertas pelo solo, que poderá afetar a dessecação. Nessas circunstâncias, recomenda-se que a aplicação seja feita 24 horas após o plantio, para per- mitir a recuperação das plantas. O tra- tamento residual neste caso é favore- cido, pois o produto é colocado no local correto, sem interferência das rodas de corte da plantadeira

Aplicação depois do plantio:

Nível de Cobertura verde do solo Caso o solo apresente mais de

30% de cobertura, com ervas ou palha, não se recomenda a aplicação de her- bicidas pré-emergentes.

Pa r a a a p l i c a ç ã o d e p r é - emergentes uma chuva leve após a mesma pode ser benéfica por permitir que o produto seje levado das palha- das, descendo para o perfil do solo. No caso de mistura com produtos pós- emergentes, o mesmo poderá ser lava- do. Glifosato, por exemplo, necessita cerca de 6 horas sem chuva após a apli- cação.

Chuva logo após a aplicação

Condição do alvo

Condição do alvo

HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES Pontas recomendadas

Pontas recomendadas

Taxa de Aplicação

Taxa de Aplicação

Cobertura mínima

Cobertura mínima

Condições climáticasCondições climáticas Favoráveis Desfavoráveis

Solo descoberto

Solo descoberto

Gotasmuito grossasa extr.grossas

Gotasmuito grossasa extr.grossas

Gotasmuito grossasa extr.grossas

Gotasmuito grossasa extr.grossas

Lequecom induçãodear

Lequecom induçãodear 60a120l/ha^ 20gotas/cm²

Solocomalguma cobertura(efeito "guarda-chuva")

Solocomalguma cobertura(efeito "guarda-chuva")

Gotasmédias afinas

Gotasmédias afinas

Gotas finasou médias

Gotas finasou médias

Lequecom pré-orifício

Lequecom pré-orifício

Quadro 14Quadro 14 - Recomendações de parâmetros de aplicação de herbicidas pré-emergentes- Recomendações de parâmetros de aplicação de herbicidas pré-emergentes

60a120l/ha 20gotas/cm²

Quando aplicar, antes ou depois do plantio? No caso de aplicações conjuntas de pré-emergentes com herbicidas de manejo (glifosato), as duas alternativas apresentam vantagens e desvantagens:

Quando aplicar, antes ou depois do plantio? No caso de aplicações conjuntas de pré-emergentes com herbicidas de manejo (glifosato), as duas alternativas apresentam vantagens e desvantagens:

Recomendações para aplicação

de herbicidas pós-emergentes

Os herbicidas pós-emergentes devem ser separados em dois grupos para se definir a maneira de aplicação:

No caso do glifosato, do 2.4 D e outros herbicidas sistêmicos podem ser aplicados com gotas grossas a extrema- mente grossas. Neste caso, as pontas de indução de ar ULD são as mais indicadas (Figura 17), garantindo bom controle da deriva, c

Ocorrendo o efeito guarda-chuva (dificuldade de penetração da pulveriza- ção pela presença de muita palha ou plantas maiores, recobrindo as plantas menores), deve-se produzir gotas médias utilizando pontas leque com pré-orifício, como a LD da Hypro (Figura 13, p. 12) ou finas, utilizando pontas leque simples como a TR da Hypro (Figura 18) para obter-se melhor penetração. Em casos extremos de efeito guar- da-chuva e se as condições climáticas per- mitirem, poderão ser utilizadas ainda as pontas duplo leque, sem indução de ar, produzindo gotas finas ou médias, (ca- pa dupla com pontas TR, para gotas finas ou LD, para gotas médias) . Uma possibilidade de se aumentar o rendimento de trabalho no caso de apli- cação de gotas muito grossas com terre- no plano e topo da cultura/mato a desse- car uniforme é o uso de pontas descen- tradas na extremidade da barra como a XT da Hypro, mostrada na Figura 19. Ela é uma ponta que fará uma faixa de 4 a 6 metros. Mas, colocando-se uma ponta em cada extremidade da barra, passa-se de 8 a 12 metros de largura de aplicação na barra, com significativo ganho de ren- dimento de trabalho e economia de com- bustível na operação, pela redução de número de passadas e de manobras

. O uso de tal esquema fica depen- dente da orientação de passadas por Barra de Luzes (DGPS) ou por se riscar a área previamente para marcar as passa- das do pulverizador.

Pós-emergentes sistêmicos

aso não ocorra problemas de efeito guarda-chuva.

para se garantir melhor penetração

na área

Pós-emergentes de contato Gramoxone e outros herbicidas de contato exigirão gotas de médias a finas, conforme o clima permitir (utili- ze pontas leque simples TR da Hypro, Figura 18, ou com pré-orifício LD da Hypro, Figura 13, p. 12).

No caso de mistura com produtos pré-emergentes ou sistêmicos, deve- rão ser produzidas gotas médias a finas e não grossas ou muito grossas, para não comprometer o funciona- mento do produto de contato. No Quadro 16, síntese e sugestão de pontas para atingir estes objetivos.

Revista Tecnologias Integradas Qualidade em Aplicação de Defensivos

Situação do alvo

Situação do alvo

Situação do alvo

Situação do alvo

HERBICIDAS PÓS-EMERGENTES SISTÊMICOS

HERBICIDAS PÓS-EMERGENTES DE CONTATO

Pontas recomendadas

Pontas recomendadas

Pontas recomendadas

Pontas recomendadas

Taxa de Aplicação

Taxa de Aplicação

Taxa de Aplicação

Taxa de Aplicação

Cobertura mínima

Cobertura mínima

Cobertura mínima

Cobertura mínima

Condições climáticasCondições climáticas

Condições climáticasCondições climáticas

Favoráveis

Favoráveis

Desfavoráveis

Desfavoráveis

Comefeito guarda-chuva

Comefeito guarda-chuva

Comefeito guarda-chuva

Comefeito guarda-chuva

Gotasfinas

Gotasfinas

Gotasmédias

Gotasmédias

Duploleque Lequecom pré-orifício

Duploleque Lequecom pré-orifício

Duploleque Lequesimples

Duploleque Lequesimples

60a120l/ha

60a120l/ha

20gotas/cm²

20gotas/cm²

Semefeito guarda-chuva

Semefeito guarda-chuva

Semefeito guarda-chuva

Semefeito guarda-chuva

Gotasmédias agrossas

Gotasmédias agrossas

Gotasmédias

Gotas grossasamuito grossas

Gotas grossasamuito grossas

Gotasmédias

Lequecompré-orifício Lequecomindução dear

Lequecompré-orifício Lequecomindução dear

Lequecompré-orifício

Quadro 16 - Recomendações de parâmetros de aplicação de herbicidas pós-emergentes de contato

60a120l/ha

60a120l/ha

20gotas/cm²

20gotas/cm²

Quadro 15 - Recomendações de parâmetros de aplicação de herbicidas pós-emergentes sistêmicos

Figura 17 - Ponta de indução de ar ULD - Hypro. Gotas grossas a muito grossas

Figura 18 - Ponta leque TR - Hypro. Gotas médias a finas

Figura 19 - Pontas leque excêntrico XT - Hypro e esquema de sua montagem na extremidade na barra Figura 20^ - Teste de distribuição da Ponta XT

70 cm

40 cm