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Aneurisma cerebral, Notas de estudo de Semiologia

Seminário apresentado a ESEFAP como requisito parcial à conclusão da disciplina de Semiologia e Semiotécnica sob a orientação da Professora Esp. Enf. Roberta Stephanie Sumac Zancanaro.

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 17/01/2010

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E S E F A P
Bacharelado em Enfermagem
ANDRÉIA GONÇALVES
ERIKA DORETTO BLAQUES
ANEURISMA CEREBRAL
TUPÃ-SP
2007
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E S E F A P

Bacharelado em Enfermagem

ANDRÉIA GONÇALVES

ERIKA DORETTO BLAQUES

ANEURISMA CEREBRAL

TUPÃ-SP

E S E F A P

Bacharelado em Enfermagem

ANDRÉIA GONÇALVES

ERIKA DORETTO BLAQUES

ANEURISMA CEREBRAL

Seminário apresentado a ESEFAP como requisito parcial à conclusãoda disciplina de Semiologia e Semiotécnica sob a orientação da ProfessoraStephanie Sumac Zancanaro. Esp. Enf. Roberta

TUPÃ-SP 2007

SUMÁRIO

O presente trabalho tem por objetivo a finalização das Práticas Supervisionadas de Enfermagem, realizadas nos dias 13, 20e 27 de agosto e 03 e 10 de setembro de 2007 no Hospital São Francisco de Tupã, sob a orientação e supervisão da Professora Esp. Enfermeira Roberta Stephanie Sumac Zancanaro. Tem por objeto também proporcionar a nós discentes a vivenciação da realidade dos serviços, uma vez que participamos dos processos de trabalho na área hospitalar e de saúde pública. O tema aneurisma cerebral abordado neste trabalho foi escolhido por nós alunos através de uma seleção entre as patologias que acometiam os pacientes internados na UTI neste período em que lá estivemos estagiando. O presente trabalho explicará a patologia em si,sendo o aneurisma uma dilatação anormal e frágil da parede de uma artéria do cérebro, popularmente falando é uma bolha de sangue. Abordará a etiologia, que são as causas e como a doença se desenvolve, os sinais e sintomas presentes na mesma. Explicará também o tratamento farmacológico indicado ao paciente, as possíveis complicações potenciais,o diagnóstico, o histórico e a prescrição de enfermagem.

PATOLOGIA: ANEURISMA CEREBRAL

È uma patologia grave provocada pela dilatação segmentar, em formato variável. De um vaso no encéfalo, geralmente arterial-artéria-ou menos freqüentemente venoso-veia-como,

por exemplo, o raro aneurisma da veia de Galeno.Os aneurismas do encéfalo humano mais freqüentes são conhecidos como aneurismas cerebrais congênitos e são mais encontrados na face interior do encéfalo, na rede circulatória dos grandes vasos conhecida polígono de Willis.

ETIOLOGIA A causa do Aneurisma é desconhecida, embora a continuidade das pesquisas tenha tentado compreender este problema. Na verdade, o que ocorre é que o encéfalo não possui um hilo de vasos sangüíneos como o pulmão ou o rim. As artérias dessa rede são nutridas por duas artérias carótidas (na região anterior da base do crânio) e mais duas artérias vertebrais (na região posterior do crânio. Na época da formação do feto, uma das três camadas de um ou mais vasos arteriais do polígono de Willis, nas regiões das bifurcações, nasce sem a camada média muscular. Ao longo dos anos, o aneurisma se forma às custas da dilatação das outras duas outras camadas, as quais não tem efeito mecânico restritivo. Geralmente os aneurismas se manifestam na vida adulta e são raramente encontrados nas autópsias de crianças. O aneurisma cerebral se forma ao longo da vida pessoal, a pessoa não nasce com o aneurisma e sim com a condição pré-existente. O Aneurisma pode ser devido à aterosclerose, resultante de um defeito da parede do vaso com subseqüente enfraquecimento da parede; um defeito congênito da parede do vaso; doença vascular hipertensiva; traumatismo craniano ou idade avançada.As artérias mais comumente afetadas pelo aneurisma são a carótida interna, cerebral anterior, comunicante anterior e artérias cerebrais médias. Uma pequena percentagem desenvolve-se na área vertebrobasilar. Os aneurismas cerebrais múltiplos não são raros.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A ruptura do aneurisma comumente produz uma cefaléia intensa repentina, incomum e, com freqüência, perda de consciência por um período variável. Pode haver rigidez de nuca e coluna devido à irritação meníngea. Os distúrbios visuais como perda visual, diplopia,

delineada para bloquear ou antagonizar esta ação, podendo prevenir ou reverter à ação da vasoconstrição já presente. Os bloqueadores do cálcio são aprovados e disponíveis, incluindo o verapanil (Isoptin) e a nifedipina (Procardia). Outra terapia para a vasoconstrição é alcançada pela minimização dos efeitos deletérios da isquemia cerebral associada e inclui os expansores de volume hídrico e a hipertensão arterial induzida, normotensão ou hemodiluição. O uso da papaverina e do ativador plasminogênio recombinante de tecido está sendo investigado. O Manitol é usado como uma medida em longo prazo para controlar a PIC (Pressão Intracraniana), age fazendo a retirada osmótica de água para fora do cérebro, bem como pela redução de água total do corpo através da diurese. O paciente é monitorado para sinais de desidratação e para elevação da PIC em rebote. Se a cirurgia é adiada ou contra-indicada, agentes antifibrinolíticos (ácido aminocapróico e ácido tranexâmico) podem ser administrados para retardar ou prevenir a dissolução do coágulo no sítio da ruptura aneurística. São feitos esforços para evitar a hipertensão sistêmica repentina, se a PA se eleva, a terapia anti-hipertensiva (nitroprussiato) pode ser prescrita. É implementada a monitorização hemodinâmica via acesso arterial para detectar e evitar a precipitação em queda da PA, o que pode produzir isquemia cerebral. Como as convulsões causam elevação da PA, agentes anticonvulsivantes são administrados profilaticamente. Amaciadores fecais são usados para prevenir o esforço, o que também pode elevar a PA. Analgésicos (codeína, acetaminofenol) podem ser prescritos para dor de cabeça e na nuca.

COMPLICAÇÕES Com base nos dados do histórico, as complicações potenciais que podem se desenvolver incluem as seguintes: vasoespasmo; convulsões; hidrocefalia e novo sangramento aneurístico.

Vasoespasmo→ O paciente deve ser avaliado para os sinais de possível vasoespasmo: cefaléias intensificadas, uma diminuição no nível de responsividade (confusão, desorientação, letargia), ou evidência de afasia ou paralisia parcial. Esses sinais podem desenvolver-se vários dias depois da cirurgia ou no inicio do tratamento e devem ser relatados de imediato. Quando o vasoespasmo é diagnosticado, os bloqueadores dos canais de cálcio ou os expansores do volume hídrico podem ser prescritos. Convulsões→ as precauções são mantidas para todo paciente que possa estar em risco de atividade convulsiva. Se uma convulsão acontecer, a manutenção da via aérea do paciente e a prevenção contra a lesão constituem as metas primárias. A terapia medicamentosa é iniciada nesse momento, quando já não foi prescrita. O medicamento de escolha é a fenitoína (Dilantin) porque, em geral, esse agente produz ação anticonvulsivante adequada, embora não provoque sonolência nos níveis terapêuticos. Hidrocefalia→pode ocorrer dentro das primeiras 24 horas (aguda) depois da hemorragia subaracnóide ou em dias (subaguda) a várias semanas (tardia) depois. Os sintomas variam de acordo com o momento do estabelecimento e podem ser inespecíficos. A hidrocefalia aguda caracteriza-se pelo início súbito do torpor ou coma e é controlada com um dreno de ventriculostomia para diminuir a PIC. Os sintomas da hidrocefalia aguda e tardia incluem o estabelecimento gradual de sonolência, alterações de comportamento e marcha atáxica. Um shunt ventriculoperitoneal é cirurgicamente posicionado para tratar a hidrocefalia crônica. As alterações na responsividade do paciente são relatadas de imediato. Novo sangramento do aneurisma→ acontece mais amiúde nas 2 primeiras semanas depois da hemorragia inicial e é considerado uma complicação importante. Os sintomas do novo sangramento incluem a cefaléia grave repentina, náuseas, vômitos, nível de consciência diminuído e déficit neurológico. Um imageamento na TC é realizado para confirmar um novo sangramento. A pressão arterial é cuidadosamente mantida com medicamentos. Os medicamentos antifibrinolíticos (ácido epsilon-aminocapróico) podem ser fornecidos para

Com base nos dados dos histórico de enfermagem, os principais diagnósticos de enfermagem do paciente incluem:

  • (^) Perfusão cerebral alterada devido a sangramento do aneurisma
  • Alteração sensorial ou perceptiva devido às restrições impostas pelas precauções subaracnóides
  • Ansiedade devido à doença ou restrições impostas pelas precauções subaracnóides. PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Melhorando a Perfusão nos tecidos cerebrais→ o paciente é monitorizado continuamente para deterioração do estado neurológico como resultado da recorrência do sangramento, aumento da PIC ou vasoconstrição. Mantém-se o registro do fluxo sangüíneo. A pressão arterial, pulso, nível de responsividade (um indicador da perfusão cerebral), resposta pupilar e função motora são verificados a cada hora. O estado respiratório é monitorizado porque, devido à redução na PO 2 em áreas cerebrais com comprometimento da auto-regulação, há um aumento das chances de enfarte cerebral. Quaisquer alterações são imediatamente relatadas. As precauções são implementadas para fornecer um ambiente não-estimulante e evitar o aumento na pressão intracraniana e mais sangramento. O paciente é colocado em repouso absoluto e imediato em uma sala silenciosa, sem estresse, porque atividade, dor e ansiedade em demasia elevam a pressão arterial, que aumenta o risco de sangramento.AS visitas são restritas, exceto a família. A cabeceira do leito é elevada moderadamente para fornecer uma drenagem venosa e reduzir a PIC. Alguns neurologistas, entretanto, preferem que o paciente permaneça na horizontal para aumentar a perfusão cerebral.

Qualquer atividade que, repentinamente, cause aumento da PA ou obstrua o retorno venoso é evitada. Isto inclui a manobra de valsalva, esforço, espirro forçado, levantar-se bruscamente do leito, flexão ou rotação aguda da cabeça e pescoço (que compromete as veias jugulares) e fumar cigarro. Qualquer atividade que requeira exercício está contra-indicada. O paciente é instruído a exalar pela boca, durante a micção ou defecção, para reduzir esforço. Nenhum tipo de enema é permitido, mas os emolientes fecais e os laxantes leves são prescritos. Ambos previnem a constipação, o que causaria um aumento na PIC, presente com o uso de enemas. Recomenda-se o uso de luz fraca porque a fotofobia (intolerância visual) é comum. O café e o chá comumente são eliminados, a menos que descafeinados. Todos os cuidados pessoais são feitos pelo enfermeiro. Faz-se o banho no leito para evitar esforço do paciente, o que poderia elevar a PA. Os estímulos externos são mantidos ao mínimo, incluindo televisão e rádio desligados, nenhuma forma de leitura e manutenção da restrição de visitas. A visita é restrita como uma forma de manter o paciente o mais silencioso possível. Esta precaução deve ser individualizada com base na condição do paciente e respostas às visitas. Um aviso indicando esta restrição deve ser colocado na porta do quarto, e as restrições devem ser discutidas com o paciente e família. O propósito das precauções subaracnóides deve ser completamente explicado para o paciente (se possível) e família. Avaliando a Privação Sensorial e Ansiedade→ a estimulação sensorial é mantida ao mínimo. Para os pacientes lúcidos, alertas e orientados, uma explicação das restrições ajuda a diminuir o sentimento de isolamento experimentado. A orientação quanto à realidade em que está imerso é oferecida para ajudar o paciente a manter a orientação.Manter o paciente bem informado do plano de cuidado oferece tranquilização e ajuda a minimizar a ansiedade< ajudando também a aliviar os medos do paciente e a ansiedade, a família também precisa de informação e apoio.

b. verbaliza compreensão das precauções adotadas para convulsão c. exibe ausência de vasoconstrição d. apresenta estados mental, motor e sensorial normais e. relata ausência de alterações visuais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

SMELTZER, Suzane C.,BARE, Brenda G.ed. vol.4. Rio de Janeiro: Guanabara. P. 1643-1644. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica.

TIMBY, Bárbara K., Smith, Nancy E. Enfermagem Médico-Cirúrgica. 8 ed. Rev. Eampl. Barueri, SP: Manole,2005.

ANEURISMA cerebral. Disponível em http://www.wikipedia.org/wiki/aneurismaAcesso em 04. setembro. 2007.