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ANESTESIOLOGIA 06 - Anestesia subaracnóidea - MED RESUMOS (SET-2011)
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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NETTO, Arlindo Ugulino.
A anestesia subaracnidea e a anestesia peridural consistem em mtodos anestsicos para bloqueio regional do neuroeixo. A anestesia peridural tambm pode ser chamada de epidural, e resulta da administrao de anestsico local no espao peridural da coluna vertebral. Diferentemente da raquianestesia (que restritamente indicada para punes lombares), a anestesia peridural pode ser executada em n vel cervical, torcico, lombar ou sacral (nesse caso, denominada de anestesia caudal), dependendo da experincia do anestesista.
1884 Corning, acidentalmente realizou uma anestesia epidural, mas s utilizado na cl nica a partir de 1901. 1901 Cathelin realizou anestesia peridural sacral. 1921 Pags quem primeiro realizou uma cirurgia com peridural 1931 Dogliotti estabeleceu e divulgou os princ pios da tcnica de anestesia epidural 1949 Curbelo Introduziu a tcnica cont nua (peridural) na poca utilizando catter ureteral atravs de uma agulha de Tuohy Dcada de 50: grandes avanos da tcnica e uso lidoca na (anestsico local)
O espao peridural se situa entre a dura-mter e o canal vertebral. limitado externamente pelo peristeo do canal vertebral, pelo ligamento longitudinal posterior e pelo ligamento amarelo, posteriormente. Internamente, limitado pela dura- mter. preenchido por tecido adiposo frouxo, onde encontram inmeras veias que drena para a veia zigos. O espao peridural mais largo posteriormente que anteriormente, em especial entre L3 – L5, o que favorece a execuo do bloqueio neste n vel, muito embora o procedimento possa ser praticado em qualquer altura.
OBS^1 : A elevao da presso venosa, ingurgitando os vasos peridurais, diminui o espao peridural, aumentando o risco de puno vascular. O espao peridural est diminu do na gravidez, na grande obesidade e nos pacientes com tumor abdominal, devido ao aumento da preso venosa pela elevao da presso abdominal.
Vrios anestsicos locais podem ser usados na anestesia peridural, dependendo a escolha do agente das caracter sticas mais adequadas cirurgia como eficcia, latncia e durao. Pode-se optar por um agente de curta durao como a lidoca na, ou de mais longa durao, como a bupivaca na ou a ropivaca na. Substancias adjuvantes podem ser muito teis, no s para prolongar a durao do bloqueio, como a epinefrina, mas tambm para melhorar a sua qualidade, como os opiides. Com a lidoca na, o bloqueio se estabelece rapidamente, entre 3 a 5 minutos, progredindo at cerca de 20 minutos quando se estabiliza e comea a regredir, entre 90 a 120 minutos. A soluo anestsica injetada no espao peridural espalha-se tanto ceflica quanto caudalmente a partir do ponto de administrao, assim como escapa pelos orif cios de conjugao. Parte absorvida pelos tecidos locais e pelo plexo venoso. O local de ao do anestsico local na anestesia peridural controverso. Mais de um local alvo do efeito bloqueador da conduo dos anestsicos locais: (1) nervo espinhal em seu segmento intraforaminal; (2) gnglio dorsal; (3) ra zes sensitivas e motora; (4) prpria medula.
Como em todo procedimento anestésico que implique risco para o paciente, é necessário preparo clínico adequado, compreendendo história clínica, exame físico, avaliação do estado físico (ASA) e do risco cardiológico. Assepsia e anti-sepsia: o procedimento deve ser antecedido pelas medidas de assepsia e anti-sepsia cirúrgicas convencionais, a fim de evitar contaminação do espaço peridural ou, potencialmente, do LCR.
O material para punção deve estar em bandeja esterilizada a ser aberta na hora do procedimento e deve constar de: cuba, seringa de vidro de 10 mL, campo fenestrado e pinça, agulhas de punção tipo Tuohyh ou Weiss calibre 12, gaze e anestésico. Vários tipos de agulhas peridurais foram criados, porém as mais utilizadas são as de Tuohy e Weiss (com borboleta), caracterizadas pela sua ponta arredondada com abertura lateral, que não apenas diminui a chance de punção acidental de dura-máter, mas também facilita a introdução de cateter.
MÉTODO O paciente deve estar de preferência em decúbito lateral em flexão forçada (posição fetal). O bloqueio também pode ser feito em posição sentada com o tronco fletido, mas essa é menos confortável para o paciente. Após identificação do espaço interespinhoso pela palpação, em geral L3-L4 e L4-L5 procede-se à infiltração cuidadosa dos planos de punção com pequeno volume de anestésico local (3 a 4 mL). O processo espinhoso de L4 ou o espaço L4-L5 normalmente está na altura de uma linha que une as duras espinhas póstero-laterais das cristas ilíacas. Embora os locais mais comuns de punção sejam os interespaços L4-L5 e L3-L4, devido à maior largura do espaço peridural, o bloqueio pode ser feito em qualquer nível até C7. A punção pode ser feita por via mediana ou paramediana (a 1cm da linha mediana) no espaço interespinhoso, e com o bisel da agulha orientado na direção das fibras da dura-máter (voltado para o lado), pois no caso de perfuração acidental, apenas um pequeno orifício é produzido. Na via mediana , a agulha atravessa a pele, TCSC, os ligamentos supra e interespinhosos e amarelo, até atingir o espaço epidural. Pela via paramediana (de execução mais fácil em pacientes idosos), a agulha não atravessa os ligamentos supra e interespinhosos, mas sim, a musculatura paravertebral para depois atingir o ligamento amarelo e, só então, o espaço peridural. Isto tem como vantagem menor desconforto durante a infiltração (pois não há distensão do ligamentar que causa dor) e menor dificuldade para a passagem da agulha.
Após a introdução da agulha no ligamento supraespinhoso, ou sua inserção no plano muscular paravertebral, retira-se o mandril de agulha, conecta-se a seringa de vidro de 10 mL com 3 a 5 mL de ar ou solução salina e, mantendo-se pressão constante no êmbolo, introduz-se a agulha lentamente.
OBS^2 : O uso de dose teste é recomendável. Esta consiste na injeção inicial de 3mL de lidocaína a 2% com epinefrina, e somente 2 a 3 minutos de observação, sem que suja sinais de bloqueio subaracnóideo (hipoestesia) ou injeção intravascular (taquicardia e hipertensão pelo efeito sistêmico da epinefrina), é que deve ser completada a dose total.