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Guias e Dicas
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Anestésicos intravenosos - 018, Notas de estudo de Medicina Veterinária

capítulo 12 Spinosa

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 26/02/2014

patricia-r-8
patricia-r-8 🇧🇷

2.4

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136 capítulo 11 / Anestésicos Intravenosos e Outros Parenterais bem como elevação de ACTH. A inibição enzimática causada pelo etomidato parece estar relacionada com radicais livres originários da estrutura molecular do etomidato, os quais se ligam ao citocromo P450. Essa inibição resulta na diminuição da ressíntese do ácido ascórbico, o qual é requerido para a síntese de esteroides. Em cães, observou-se que seu empre- go na indução da anestesia na dose de 2,0 mg/kg reduziu a resposta adrenocortical à anestesia e à cirurgia entre 2e 6h após a administração. Seu índice terapêutico é 16 no cão, o que significa que a dose letal é 16 vezes a dose hipnótica. Em contrapartida, o índice terapêutico do tiopental é de apenas 7. O etomidato fica praticamente restrito aos cães portadores de cardiopatias que justifiquem seu emprego, tendo-se em vista os efeitos desagradáveis observados após seu uso. Sabe-se que sua administração lenta, bem como a associação com opioides ou benzadiazepínicos, minimiza a ocorrência de efeitos ad- versos e potencializa sua ação. Atualmente, o etomidato não é utilizado em equinos e ruminantes pelo alto custo e, também, por não haver no mercado formulação adequada, = Alquil-fenóis Anestésico intravenoso de curta duração, o propofol pode ser utilizado em injeção contínua ou em doses repetidas, sem que o despertar ocorra tardiamente. A indução e a recupe o da anestesia geralmente ocorrem de forma bastante satisfatória; observa se ausência de fenômenos excitatórios quando sedativos são utilizados na medicação pré-anestésica. Dor à injeção pode ocorrer, mas somente quando o propofol é injetado em veia de pequeno calibre; não promove lesão tecidual se administrado fora da veia. Não ocorre analgesia com este agente e o grau de relaxamento muscular é mo- derado No sistema respiratório, causa depressão semelhante à verifi- cada com o tiopental. Após administração do propofol ocorrem apneia transitória, diminuição do volume-minuto e da frequén cia respiratória com aumento da PaCO, e diminuição da PaO , sendo a incidência destes efeitos diretamente proporcional à dose administrada, assim como à velocidade de aplicação do fármaco, à medicação pré-anestésica utilizada e à presença de hiperventilação e hiperóxia. O propofol provoca hipotensão sistêmica resultante da re- dução da resistência vascular periférica de modo mais acentu- ado que o tiopental em doses equipotentes. O índice cardíaco não é afetado de forma acentuada. Seu uso deve ser evitado em individuos com função cardiovascular comprometida e no pa- ciente geriátrico ou hipovolêmico. O propofol promove efeitos adversos mínimos na função hepática, fato evidenciado pela ausência de alterações nos testes de função hepática (alanina aminotransferase — ALT; aspartato aminotransferase - AS; fosfatase alcalina); o mesmo ocorre com a função renal. Alravessa a barreira placentária, não promovendo efeitos teratogênicos ou depressão importante que inviabilize os fetos. Os filhotes de mães submetidas a cesariana com este agente mostram se deprimidos, sendo o grau de depressão dose-de- pendente. Pode ser empregado em pequenos e grandes animais e é especialmente útil em situações nas quais a administração de anestesia inalatória é difícil, como, por exemplo, nas salas de radiologia e quando se necessita prolongar a anestesia com do- ses subsequentes. Nestes casos, a recuperação ocorre no mesmo período de tempo que aquele após administração de dose única, sendo a marcha rapidamente readquirida e quase desprovida de incoordenação motora. Apesar de o propofol scr considerado atualmente o medi- camento hipnótico mais indicado para a anestesia intravenosa total em cães, seu perfil farmacocinético não é o ideal, pois seu volume de distribuição é superior ao do tiopental sódico. Apr senta como grande vantagem uma taxa de depuração elevada com sua biotransformação rápida pelas vias hepática e extra- hepática, possibilitando que o período de recuperação anesté sica seja curto, dependendo da duração da infusão. As taxas de infusão de propoíol para a manutenção da anestesia em cães e gatos variam entre 0,2 e 0,8 mg/kg/min, de acordo com o anal- gésico associado, a medicação pré-anestésica administrada e a duração da manutenção da anestesia. = Derivados da fenciclidina A cetamina e a tiletamina são os dois únicos representan- tes da classe das fenciclidinas que se encontram atualmente em uso clínico. O amplo emprego destes agentes em medicina veterinária deve-se ao fato de possuírem elevada margem de segurança, quando comparados aos barbitúricos, por haver a possibilidade de administração por outras vias além da intra- venosa e por serem ulilizados em inúmeras espécies de animais domésticos e silvestres. Os anestésicos dissociativos promovem um tipo de aneste- sia que difere completamente daquele observado com outros agentes anestésicos. Não se verifica perda de reflexos prote tores, os olhos permanecem abertos, as pupilas midriáticas e há ausência de relaxamento muscular. A hipertonia muscular é comum com cetamina, sobretudo se administrada isolada mente. A sialorreia é frequente, principalmente em felinos e ruminantes. A administração prévia de anticolinérgicos para antagonizar este efeito foi prática muito comum, porém não é mandatória. A taquicardia que se observa quando estes dois agentes são associados é extremamente deletéria para o sistema cardiovascular, sobretudo em animais idosos ou portadores de cardiopatias. A cetamina c a tiletamina promovem analgesia intensa no sistema muscular esquelético. Podem ocorrer movimentos involuntários bruscos durante o ato operatório, sem que estejam associados a dor. A recupe- ração da anestesia pode ocorrer de forma súbita c acompanha- da de excitação. Como os anestésicos dissociativos estimulam determinadas áreas do SNC, são comuns reações de delírio e alucinações no despertar. Em felinos, observa-se frequentemen te catalepsia, seguida de ataxia e aumento da atividade motora. Verificam-se hiper-reflexia e sensibilidade ao toque também. lim alguns casos, as manifestações de delírio ou excitação po- dem ocorrer muitas horas após a recuperação da anestesia. Esta reação retardada nunca foi evidenciada com outros agentes anestésicos. Com o intuito de incrementar o grau de relaxamento mus- cular, geralmente associa-se à cetamina benzodiazepínicos (mi- dazolam, diazepam), agonistas de receptores «.,-adrenérgicos ou, eventualmente, os fenotiazínicos (para mais detalhes, ver Capítulo 14). Em pequenos animais e animais de laboratório, a associação de xilazina e cetamina é prática bastante comum, embora o grau de analgesia obtido não seja intenso e possa ocorrer depressão cardiorrespiratória. Acepromazina intra- muscular ou intravenosa, seguida da administração de mida zolam e cetamina, tem sido empregada rotineiramente em cães e gatos para indução da anestesia com anestésicos inalatórios ou procedimentos de curta duração. À recuperação anestésica em geral é isenta de fenômenos excitatórios. Esta associação