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Protocolo de investigacao cientifica de TCC
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Universidade Lúrio Faculdade de Ciências de Saúde Curso de Licenciatura em Nutrição 4 o^ Ano, I Semestre Protocolo de investigação Conhecimento dos factores de risco da anemia gestacional em pacientes do Centro de Saúde Muhala expansão, Nampula, 2020 Discente : Orientadora : José Victor Opete MSc. Cecília Boaventura Co-orientadora: MSc. Brígida Macaza Nampula, Junho de 2020
1.2.Causas Pelo menos metade dos casos pode ser atribuída à deficiência de ferro, com os demais resultantes de outras condições como deficiência de folato, vitamina B12 ou vitamina A, inflamação crónica, infecções parasitárias e distúrbios hereditários.(2) As gestantes têm suas necessidades de ferro aumentadas e geralmente iniciam essa fase com as taxas reduzidas, pois os hábitos alimentares costumam não fornecer quantidades suficientes de ferro e também pelas perdas sanguíneas menstruais, o baixo nível socioeconómico, baixa escolaridade, idade gestacional mais avançada, maior número de partos influenciam no aumento da prevalência de anemia nas gestantes.(4) 1.3.Sintomas Nos quadros leves, sintomas como mal-estar, cansaço, fadiga podem se confundir aos apresentados na gestação normal. Taquicardia, palidez cutânea, dispneia aos esforços, ou mesmo ao repouso, indicam anemias moderadas ou severas.(3,4,5) 1.4.Diagnostico O diagnóstico da anemia é realizado por meio do hemograma, do esfregaço sanguíneo periférico, da contagem dos reticulócitos e pela dosagem da quantidade do ferro sérico. O quadro laboratorial do inicio anemia ferropriva pode ser definido como uma anemia normocítica ou levemente microcítica, com anisocitose precoce e característica. Com o aumento da severidade do quadro, a anemia torna-se microcítica e hipocrômica, tão intensa quanto maior for à diminuição nos níveis de hemoglobina, aumento do grau de anisocitose e poiquilocitose.(3) A determinação da hemoglobina e hematócrito constituem exames simples, rápidos e de baixo custo, sendo acessível para a maioria da população. Estes exames não devem ser considerados isoladamente, pois, além de subestimar a prevalência da patologia, podem também não esclarecer sua etiologia.(3,4) O Center of Disease Control (CDC), com base em dados obtidos de mulheres norte-européias não suplementadas e gestantes norte-americanas em início de gestação, propõe uma curva normal de hemoglobina com diferentes pontos de corte, de acordo com o período da gestação, admitindo um limite inferior, em torno de 10,3 g/dl entre 20 e 24 semanas de gestação, o que corresponderia a meados do segundo trimestre.(3)
Puolakka et al., utilizam pontos de corte da hemoglobina para definir anemia de acordo com o trimestre de gestação, sendo 11,0 g/dl para o primeiro e terceiro trimestre e 10,5 g/dl para o segundo.(5) Marinho e Chaves, consideram anemia na gestação quando a concentração de hemoglobina está abaixo de 11,0 g/dl ao término do primeiro trimestre e abaixo de 10,0 g/dl, no segundo e terceiro trimestres.(5) 1.5.Tratamento As gestantes anémicas devem ser tratadas imediatamente através da modificação dos hábitos alimentares, fortificação de alimentos e suplementação medicamentosa com sais de ferro.(5,6) Para gestantes, a dose de ferro para o tratamento é de 60 mg/Kg/dia. Por mais que a melhora clínica e a normalização das concentrações de glóbulos vermelhos e de hemoglobina ocorram precocemente com a reposição de ferro, a dose terapêutica deve ser mantida durante 3 a 4 meses para a reposição dos estoques deste mineral. Alguns cuidados devem ser tomados para aumentar a absorção do ferro, como: ingerir 30 a 60 minutos antes das refeições; não diluir o medicamento em nenhum líquido e ingerir suco de frutas cítricas após a administração do medicamento. O sulfato ferroso pode provocar alguns eventos adversos com o seu uso como: náuseas, indigestão, constipação e diarreia que, em geral, são proporcionais à quantidade de ferro ingerida.(6) A terapia por via oral é a primeira opção de tratamento. No entanto, recomenda-se dose de 120 a 180mg de ferro elementar (2 a 5mg/kg/dia), administrada duas ou três vezes, de preferência uma hora antes das principais refeições.(6) 1.6.Complicações da anemia durante a gravidez A anemia reduz a resistência da grávida a infecções, aumenta as taxas de hemorragias ante e pós-parto e de parto pré-termo e eleva o risco de mortalidade materna. Além disso, a deficiência de ferro e a anemia ferropriva que não são tratadas no terceiro trimestre levam a repetição do quadro no pós-parto. Nessa fase, a deficiência de ferro e a anemia estão associadas à diminuição das habilidades físicas, à instabilidade emocional, ao estresse e à redução dos níveis cognitivos quando testados.(7,8)
No organismo, o ferro constitui um elemento fundamental da hemoglobina e mioglobina e está envolvido em muitas funções importantes, tais como: transporte e distribuição de oxigénio, transferência de electrões, hidroxilação, catalizacão da oxigenação.(10) As reservas de ferro variam entre os sexos e a idade. O conteúdo total de ferro em adultos, do sexo masculino, é em torno de 4.000 mg, enquanto nas mulheres adultas normais varia de 2 a 2,500 mg. Para gestantes, a necessidade de ferro durante todo o período gestacional é de 1. mg. Deste total, 300 mg são transferidos activamente para o feto e placenta, 200 mg são perdidos através de várias vias de excreção normal e 500 mg são consumidos na segunda metade da gestação. Nesse período, a gestante utiliza mais ferro, em torno de 6 a 7 mg por dia. Entretanto, a quantidade de ferro absorvido na dieta, juntamente com o ferro mobilizado das reservas, geralmente é insuficiente para atender à demanda imposta pela gravidez.(10)
2. Identificação da investigabilidade do problema. A prevalência mundial de anemia na mulher grávida é de aproximadamente 40%, e em mais de 50% dos casos é por deficiência de ferro. Na Ásia, a anemia é a segunda causa de mortalidade materna, com incidência de 14%.(7,10) Uma revisão bibliográfica que realizou um levantamento da prevalência de anemia em gestantes adultas no Brasil, analisando os resultados de estudos realizados a partir da década de 70 até os anos 2000, encontrou prevalências variando de 8,9 a 57,1% (CÔRTES et al., 2009). Em mulheres em idade reprodutiva não grávidas, a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS) de 2006 encontrou 29,4% de anemia nas mulheres brasileiras, sendo as maiores prevalências encontradas no Nordeste (39,1%) e as menores no Centro-Oeste (20,1%), apresentando na região Sul prevalência de 24,8% (PNDS, 2009).(5) Conforme estudos realizados por Fujimori et al.10 e Nogueira, ambos mostraram que a ferro- depleção atingia 25% das gestantes adolescentes no primeiro trimestre, 48,4% no segundo e 60,6% no terceiro trimestre. Nogueira apresentou resultados ainda mais preocupantes em Terezina, pois entre 75 gestantes com idade entre 13 e 18 anos, 52% eram ferro depletadas na primeira metade da gestação.(12)
2.1.Formulação e delimitação do problema 2.1.1.Justificativa da investigação A anemia, principalmente por carência alimentar de ferro biodisponível, representa o problema nutricional hegemónico em nível de saúde colectiva, no mundo actual, estimando-se sua ocorrência em 2.100.000.000 de casos, ou seja, mais de 1/3 de toda a população mundial. Entre os segmentos biológicos mais vulneráveis ao problema acham-se as mulheres no período reprodutivo, particularmente durante a gestação, e as crianças nos primeiros anos de vida.(6) A anemia na gravidez é uma condição frequente, comum e perigosa. "Em países desenvolvidos, estima-se que aproximadamente 18% das gestantes apresentem anemia durante a gravidez. Nos países em desenvolvimento, o índice aumenta de maneira significante, variando de 35% a 75%", casos severos de anemia na gravidez estão associados a uma acentuada taxa de mortalidade entre as gestantes.(13) O diagnóstico da anemia bem como seu tratamento e profilaxia devem ser considerados em todo acompanhamento pré-natal. A gestação, por suas características fisiológicas próprias, pode predispor a mulher a desenvolver quadro anémico, que pode ser agravado pelo curto intervalo gestacional, bem como pele carência nutricional. Considerando que este problema afecta na maior parte os países em desenvolvimento e Moçambique sendo um desses países, torna-se imprescindível fazer esse estudo na província de Nampula, cidade de Nampula, concretamente no Centro de saúde Muhala Expansão que recebe gestantes oriundas das zonas rurais, como forma de expandir informações sobre tudo de prevenção dessa patologia que tem consequências fatais para o feto assim como para a mãe. 2.1.2.Pergunta de investigação Qual é o conhecimento que as gestantes do Centro de Saúde Muhala expansão têm em relação aos factores de risco que levam a anemia no período da gestação?
3. Definição conceptual e operacional do problema Morte materna
em que irá apenas se descrever, razão pela qual é descritiva e será transversal por causa do curto tempo de estudo e de recolha de dados.
7. Definição do universo e escolha da amostra 7.1.Universo e amostra O universo será constituído por mulheres que estiverem a fazer consulta pré – natal, no entanto, a escolha da amostra será não probabilística. O investigador far-se-á presente no local 4 dias úteis da semana para a colheita de dados. O cálculo do tamanho da amostra será feito de acordo com as formulas com 95% de intervalo de confiança e 5% de erro amostral de Eduardo Moresi para estudos quantitativos cuja fórmula é: n = z 2_. p. q. N e_ 2 ( N − 1 ) + z 2_. p. q_ Onde: n = amostra z = z crítico e = erro amostral N = população p = probabilidade de 1/ q = probabilidade de 1/ 7.2.Critérios de inclusão Todas as mulheres gestantes inscritas no Centro de Saúde Muhala Expansão que estiverem a fazer consulta pré – natal. 7.3.Critérios de exclusão As mulheres gestantes inscritas no Centro de Saúde Muhala Expansão que no dia de recolha de dados se mostrarem indisponíveis.
8. Definição de variáveis e suportes de informação 8.1.Variáveis independentes Nível académico, idade, estado civil, ocupação, género. 8.2.Variáveis dependentes Conhecimento da anemia, idade gestacional. 9. Selecção e caracterização dos instrumentos de intervenção e medida Para a colheita dos dados aplicar-se-á um questionário semi-estruturado, constituído por perguntas fechadas e aberta cujas características do questionário estão descritas a seguir: Parte 1: apresentará perguntas pessoais da gestante. Parte 2 : relatar-se-á os conhecimentos teóricos sobre a anemia ferropriva. 10. Tratamento de dados Para análise e tratamento de dados serão feitos na planilha electrónica Excel, posteriormente, transportados para o banco de dados Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 20.0 para Windows para fazer a analise dos dados quantitativos. A análise descritiva será efectuada para as variáveis independentes em função das suas frequências e percentagens, onde as que são numéricas serão descritas por meio de gráficos de barra e as categóricas em tabelas de frequência. Para a construção de gráficos e tabelas, usar-se-á o Microsoft Excel
11. Questões éticas Para a realização do estudo sera necessario os princípios éticos que dizem respeito a pesquisa em humanos, tal como diz a declaração de Helsínquia. Todas as participantes terão de assinar um termo de consentimento que coloca em concordância a aplicação do estudo pelas ambas partes e que será composto por uma parte informativa que irá apresentar informações detalhadas sobre o propósito da realização do estudo. Para respeitar a confidencialidade, o instrumento de recolha de dados (questionário)
resultados Fonte : Autor
14. Estudo piloto: pré-teste dos instrumentos de medida Para a validação do questionário, será aplicado o mesmo questionário que vai ser usado no estudo, no Centro de Saúde de Marrere que também apresenta a mesma característica em estudo. 15. Divulgação do estudo Após terminar o estudo, a divulgação do resultado será feita nas jornadas científicas da Universidade Lúrio, Faculdade de ciências de Saúde no ano 2021. Beneficiar-se-ão destes resultados, entidades públicas e privadas interessadas no estudo. Também por outro lado, irá beneficiar aos os profissionais de saúde da área de Nutrição e áreas relacionadas a ciências médicas e outras áreas afins na definição de estratégias e política de saúde publica com vista a melhorar a situação de anemia em gestantes. Referências bibliográficas 1.WHO – Word Health Organization. Anaemia. Disponível em http://www.who.int/topics/anaemia/en/. Acesso em 20 de Maio de 2020.
Anexo II TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO Pesquisador: José Victor Opete, estudante do Curso de Nutrição Endereço : Bairro de Muahivire, Contacto : 844956684: correio electrónico: Joseopete@gmail.com
Este estudo foi elaborado com vista a obtenção do grau de licenciatura em nutrição na Universidade Lúrio, tendo como avaliar o conhecimento das gestantes sobre os factores de risco da anemia gestacional em gestantes do Centro de saúde Muhala expansão. Deste modo gostaria de convidá-la a participar do estudo, que vai consistir no preenchimento de uma ficha com dados pessoais e posteriormente realização de uma entrevista. Ao participar do estudo a senhora não terá nenhum custo ou vantagem financeira, o mesmo não proporciona nenhum risco para ti, apenas será pedido um pouco do seu tempo e paciência para fornecer a informação solicitada agradecendo se desde já que responda com máximo rigor e honestidade. Você será esclarecida sobre o estudo em qualquer aspecto que desejar e está livre para participar ou recusar-se a participar. Poderá retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. Não serão mencionados os nomes das participantes no estudo e assim sendo na ficha de identificação serão preenchidas usando números (Ex.: 01, 02, etc.). Entrevistado Entrevistador