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Guias e Dicas
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Ambiguidade, Notas de estudo de Direito

Ambiguidade

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 24/03/2010

junior-9
junior-9 🇧🇷

4.6

(5)

12 documentos

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Ambigüidade
Tânia Serrano Nakamura
Especial para o UOL
A função da ambigüidade é sugerir signicados diversos para uma mesma
mensagem. É uma gura de palavra e de construção. Embora funcione
como recurso estilístico, a ambigüidade também pode ser um vício de
linguagem, que decorre da colocação da palavra na frase. Nesse caso,
deve ser evitada, pois compromete o signicado da oração.
Exemplo: " (...) os corpos do casal B serão exumados pela segunda vez
nesta semana." (Folha de S.Paulo)
Comentário: os corpos serão exumados pela segunda vez desde que foi
iniciado o inquérito ou os corpos serão exumados duas vezes numa mesma
semana, "nesta semana"? (Unicamp)
Exemplo: "O presidente americano (...) produziu um espetáculo
cinematográco em novembro passado na Arábia Saudita, onde comeu um
peru fantasiado de marine no mesmo bandejão em que era servido aos
soldados americanos." (Veja, 09/01/91)
Comentário: Às vezes, quando um trecho é ambíguo, é o conhecimento
que o leitor tem dos fatos que lhe permite fazer uma interpretação
adequada do que lê. Um bom exemplo é o trecho acima, no qual duas
ambigüidades, uma decorrente da ordem das palavras e a outra, de uma
elipse do sujeito.
Exemplo: "... onde comeu peru fantasiado de marine ..."
"... no mesmo bandejão em que era servido ..."
Comentário: Pode-se entender que o peru estivesse fantasiado de marine
(fuzileiro naval), e não o presidente. Por outro lado, é possível entender que
o presidente estivesse sendo servido aos soldados no bandejão, e não o
peru.
Correção: O presidente americano, fantasiado de marine, produziu um
espetáculo cinematográco em novembro passado na Arábia Saudita,
quando comeu peru no mesmo bandejão de que se serviam os soldados
americanos.
Comentário:
O leitor deve levar em conta o fato de que o peru não estaria fantasiado de
marine, nem o presidente poderia ser servido aos soldados americanos em
um bandejão.
Exemplo: "O ministro Adib Jatene pediu no Senado a volta do Imposto
Provisório sobre Movimentação Financeira e disse que " o Congresso não
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Ambigüidade

Tânia Serrano Nakamura

Especial para o UOL

A função da ambigüidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de palavra e de construção. Embora funcione como recurso estilístico, a ambigüidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois compromete o significado da oração.

Exemplo: " (...) os corpos do casal B serão exumados pela segunda vez nesta semana." (Folha de S.Paulo)

Comentário: os corpos serão exumados pela segunda vez desde que foi iniciado o inquérito ou os corpos serão exumados duas vezes numa mesma semana, "nesta semana"? (Unicamp)

Exemplo: "O presidente americano (...) produziu um espetáculo cinematográfico em novembro passado na Arábia Saudita, onde comeu um peru fantasiado de marine no mesmo bandejão em que era servido aos soldados americanos." (Veja, 09/01/91)

Comentário: Às vezes, quando um trecho é ambíguo, é o conhecimento que o leitor tem dos fatos que lhe permite fazer uma interpretação adequada do que lê. Um bom exemplo é o trecho acima, no qual há duas ambigüidades, uma decorrente da ordem das palavras e a outra, de uma elipse do sujeito.

Exemplo: "... onde comeu peru fantasiado de marine ..." "... no mesmo bandejão em que era servido ..." Comentário: Pode-se entender que o peru estivesse fantasiado de marine (fuzileiro naval), e não o presidente. Por outro lado, é possível entender que o presidente estivesse sendo servido aos soldados no bandejão, e não o peru. Correção: O presidente americano, fantasiado de marine, produziu um espetáculo cinematográfico em novembro passado na Arábia Saudita, quando comeu peru no mesmo bandejão de que se serviam os soldados americanos.

Comentário: O leitor deve levar em conta o fato de que o peru não estaria fantasiado de marine, nem o presidente poderia ser servido aos soldados americanos em um bandejão.

Exemplo: "O ministro Adib Jatene pediu no Senado a volta do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira e disse que " o Congresso não

deve se vincular aos interesses da equipe econômica do Governo". Jatene quer utilizar em sua área os recursos do IPMF, que vigorou em 94 e descontava 0,25% de qualquer movimento bancário. A equipe econômica é contra."

Comentário: A leitura do título independente da notícia revela nele uma ambigüidade, pois pode-se interpretar "pede que a equipe econômica resista". A ambigüidade instaurada pelo título da matéria não explica se o pedido do ministro tem como destinatário o Senado ou a equipe econômica do governo. O texto, todavia, esclarece que o congresso deve resistir à oposição da equipe econômica, contrária à volta do IPMF.

Exemplo: "Calheiros participou da reunião ministerial com FHC no Palácio do Planalto, na qual ele voltou a pedir unidade no governo. Comentário: A frase acima é ambígua porque não deixa claro quem voltou a pedir unidade no governo - Calheiros ou FHC?

Exemplo: "A principal notícia foi o bate-boca entre os presidentes do Senado e da Câmara que chocou a todos." Comentário: A ambigüidade na frase acima pode ser desfeita com a seguinte reescritura: a principal notícia, que chocou a todos, foi o bate-boca entre os presidentes do Senado e da Câmara.

Ambigüidade

Evite-a para fazer uma boa redação

Nilma Guimarães

Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

A ambigüidade é um dos problemas que podem ser evitados na redação. Ela surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode suscitar dúvidas no leitor e levá-lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto.

A inadequação ou a má colocação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. Observe os exemplos que seguem:

"O professor falou com o aluno parado na sala"

Neste caso, a ambigüidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar "parado na sala" logo ao lado do termo a que se refere: "Parado na sala, o professor falou com o aluno"; ou "O professor falou com o aluno, que estava parado na sala".