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Recreio Escolar: Atividades Preferidas e Brincadeiras em Escola e Casa, Notas de estudo de Educação Física

Um estudo sobre as atividades preferidas e realizadas por alunos das séries iniciais do ensino fundamental em duas escolas de rio pardo-rs. O objetivo é identificar as atividades livres, dirigidas ou supervisionadas, individuais ou em grupo, utilizando materiais esportivos, brinquedos ou eletrônicos, lúdicas ou jogos competitivos, e comparar as brincadeiras realizadas na escola com as feitas em casa. O documento também discute a importância do espaço destinado ao recreio na desenvolvimento de crianças.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

VictorCosta
VictorCosta 🇧🇷

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Amanda Borba Alves
RECREIO ESCOLAR, JOGOS E BRINCADEIRAS: atividades preferidas nas séries
iniciais do ensino fundamental do município de Rio Pardo RS
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO
Santa Cruz do Sul, RS Brasil
2015
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Amanda Borba Alves

RECREIO ESCOLAR, JOGOS E BRINCADEIRAS: atividades preferidas nas séries iniciais do ensino fundamental do município de Rio Pardo– RS

MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO

Santa Cruz do Sul, RS – Brasil 2015

RECREIO ESCOLAR, JOGOS E BRINCADEIRAS: atividades preferidas nas series iniciais do ensino fundamental do município de Rio Pardo– RS

Por Amanda Borba Alves

Monografia em forma de artigo, apresentada ao curso de Educação Física na Universidade de Santa Cruz do Sul, como requisito parcial para a obtenção do grau de licenciatura em Educação Física. Orientadora: Profª. Drª. Miria Suzana Burgos

Santa Cruz do Sul, RS – BRASIL.

SUMÁRIO

  • APRESENTAÇÃO...........................................................................................................
  • PROJETO DE PESQUISA............................................................................................... CAPITULO I
    1. JUSTIFICATIVA, DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E OBJETIVOS...........................
    1. A CRIANÇA, O LÚDICO E O RECREIO ESCOLAR...............................................
    1. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO................................................................................
  • REFERENCIAS................................................................................................................
  • ARTIGO............................................................................................................................ CAPITULO II
  • ANEXOS...........................................................................................................................
  • ANEXO A – Instrumento de coleta de dados...................................................................
  • ANEXO B – Normas da revista........................................................................................

APRESENTAÇÃO

A presente monografia de Graduação, apresentada ao curso de Educação Física da Universidade de Santa Cruz do Sul, é divido em dois capítulos. O capítulo I apresenta o projeto de pesquisa. No Capítulo II, incluiu-se o artigo com os principais dados, de acordo com as normas da revista para publicação. Constam também os anexos, que apresentam os instrumentos de coletas de dados e as normas da revista para publicação.

1 JUSTIFICATIVA, DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E OBJETIVOS

Por ser considerada uma grande precursora e facilitadora na qualidade de vida dos indivíduos, a recreação tem se tornado cada vez mais importante. As atividades recreativas tornam-se cada vez mais procuradas diante da ligação entre o bem estar e a ludicidade, considerando que as pessoas não destinam tempo para diversão e lazer por conta da vida agitada (RODRIGUES; MARTINS, 2002). Para Pereira (2006), a recreação é definida como momento de descanso ou repouso, sendo que para as crianças, é o momento ativação e movimentação. Para o mesmo autor, o momento de descanso da criança é imediato, ela não precisa de muito tempo para realizar outra atividade. Atualmente, os momentos de lazer estão sendo esquecidos na escola, onde a preocupação é somente ler, escrever e calcular. Segundo Olivier (2003), a vida escolar é praticamente a base para o futuro, por isso é muito importante e necessário que a criança tenha uma boa base para que ao enfrentar os desafios da vida ela esteja de fato preparada. Desta maneira, Rodrigues e Martins (2002) afirmam que cada vez mais vem sendo provado que o brincar traz diversos benefícios para a mente e para o corpo. Levar a sério o brincar pode desenvolver na criança e no adolescente, aspectos motores, físicos, psicológicos e principalmente despertar o desafio de conhecer algo novo. O intervalo ou recreio escolar faz parte da vida de todo estudante, desde a educação infantil até a graduação. É no recreio que a criança interage com os colegas, cria brincadeiras, incentiva seu cérebro a novos desafios e, com isso, faz novas descobertas tornando-se capaz de desenvolver variados tipos de atividades (NEUENFELDT, 2008). Maluf (2009) afirma que além de ser uma atividade prazerosa e espontânea a brincadeira está disponível a todos independente da idade, classe social ou econômica, sendo possível a execução em qualquer lugar. Esta mesma autora diz que o ato de brincar faz com que se compare a brincadeira com a realidade, tornando a capaz de pensar e agir diante dos fatos. O recreio escolar é o momento mais esperado pelas crianças, pois é nesse período que elas se divertem sem cobranças, com alegria e liberando a energia que estava guardada nas aulas anteriores, realizando brincadeiras divertidas, possibilitando a aprendizagem, evidenciando o convívio com os demais alunos e transformando a fantasia em uma ferramenta fundamental para a brincadeira (SOECKI, 2013).

Marques e Ferreira Neto (2001) afirmam que é muito importante o espaço destinado ao recreio, para que ocorra um bom desenvolvimento, pois o aprendizado do recreio é diferente do aprendizado em sala de aula, tendo também contato com os demais colegas e outros alunos da escola. A grande preocupação, atualmente, é a maneira como o recreio acontece, para que não acabe se transformando em violência ou bullying , por não haver observação de um adulto ou de um responsável (SOECKI, 2013). Segundo Marques e Ferreira Neto (2001), o recreio pode ser um momento tanto de prazer quanto de terror. As brincadeiras quase sempre não possuem nenhum tipo de regras, isso pode fazer com que as crianças não entrem em acordo e acabem brigando. Neuenfeldt (2008) afirma que o recreio é o único momento além da aula de Educação Física que a criança pode se movimentar, saltar, correr e pular. Por isso, o sinal sonoro para o recreio é tão esperado. O sinal avisa a hora de se divertir e deixar a imaginação aflorar. A partir de tais premissas, o presente trabalho buscará responder a seguinte problemática : quais são as atividades realizadas e preferidas por escolares durante o período do recreio escolar ou intervalo? Desse modo, o estudo tem como objetivo geral verificar quais são as atividades preferidas e realizadas por escolares durante o período de recreio escolar livre. O presente estudo ainda tem como objetivos específicos :

  • Identificar as atividades preferidas e realizadas por alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental do município de Rio Pardo;
  • Verificar se as atividades são livres, dirigidas ou supervisionadas, se brincam individualmente ou em grupo, se utilizam algum tipo de material esportivo, brinquedo ou eletrônicos, se realizam atividades lúdicas ou jogos competitivos;
  • Avaliar se as brincadeiras em casa e na escola são de fato ativas;
  • Comparar as atividades realizadas na escola com as atividades feitas em casa.

escola é vista como forma de atividade física durante a Educação Física, apresenta caráter de influência de valores morais e físicos, evidencia o respeito e pode apresentar também um caráter preventivo, no sentido em que a criança ocupa seu tempo “livre” para realizar algo prazeroso, sadio e que venha a fazer bem para a saúde (BELTRAMI, 2008). Etchepare, Pereira e Zinn (2003), afirmam que na escola a recreação se constitui em brincadeiras com bola, uso de materiais alternativos, uso de cordas, podendo também permitir com que os alunos fiquem livres para realizarem as atividades de vontade própria no pátio. Desta forma, Reis e Santos (2012) afirmam que os momentos recreativos são os que proporcionam mais prazer e satisfação para os alunos, pois nas brincadeiras podem fazer coisas que não estão inseridas diretamente em seu meio.

2.3 Importância do lúdico e das brincadeiras Segundo Maluf (2009), é brincando que a criança aprende a se comunicar e se expressar, de forma que venha a associar pensamentos e ações, sendo também o momento em que a criança desenvolve valores mentais, emocionais, sociais e físicos de forma involuntária. Brincar é necessário para toda criança se tornar adulta, pois interfere diretamente no desenvolvimento cognitivo e motor. A recreação auxilia diretamente no aprendizado pedagógico das crianças, pois o real interesse dos alunos é estimulado e aguçado na hora das atividades de jogos e brincadeiras. Desta maneira, os alunos aprendem brincando de uma maneira divertida. Toda criança vive de forma agitada e com explosões de energias, sendo que isso faz parte de seu desenvolvimento corporal, mental e cognitivo. Os estímulos internos que chamam a atenção das crianças nas brincadeiras e não os fatores externos, ou seja, é de forma involuntária e sequencial que ocorre a evolução de cada criança. Encontrando o fator necessário para que desenvolva o jogo ou brincadeira de forma que ela consiga realizar (ANTUNES, 2011). Bregolato (2005) afirma que o jogo envolve as pessoas de forma lúdica, que por sua vez passam a interagir no meio em que vivem. O jogo é uma ferramenta para a renovação da cultura, pois o ser humano descobre novas formas de pensar e agir diante dos fatos, utilizando a imaginação em contato com a capacidade de ser espontâneo e de expressar seus pensamentos por meio de movimentos corporais, com o sentimento de descoberta e liberdade. Para Awad (2012), o lúdico tem uma importância enorme e não deve ser visto somente como momento de diversão ou curtição, levando em conta todos os benefícios que as atividades lúdicas trazem para as crianças. As atividades lúdicas têm influência direta no desenvolvimento, social, cultural e pessoal, assim como colaboram também para uma boa

saúde física e mental. O lúdico facilita todos os processos relacionados a comunicação, sociabilização, expressão e construção do conhecimento em geral. Segundo Kleinert (2012), é brincando que a criança vive novas experiências, realiza trocas afetivas e sociais, auxiliando diretamente no seu desenvolvimento integral. As brincadeiras servem para instigar a criança, a renovar criar, recriar e assim desenvolver sua imaginação, destreza e fantasia, além de desenvolver capacidades de características físicas, emocionais e cognitivas.

2.4 A criança e o recreio Para Soecki (2013), o recreio é o momento em que a criança pode brincar, pular, correr, falar e se divertir com alegria sem nenhum tipo de cobrança, deixando aflorar todas suas fantasias diante das mais variadas atividades e brincadeiras. Por isso, o recreio passa a ser um dos momentos mais esperado pelas crianças durante o período escolar. As atividades recreativas deveriam ser utilizadas durante todos os intervalos escolares, por trabalharem aspectos de grande importância no processo de desenvolvimento dos alunos, tais como: desenvolvimento físico, mental e social, utilizando o método da ludicidade, proporcionando atividades que colaborem para o bem estar físico, obtendo prazer na realização de trabalho mental e satisfação ao agir em grupos, aproveitando a hora do recreio escolar de forma prazerosa (REIS; SANTOS, 2012). Marques e Ferreira Neto (2001) afirmam que, por ser diferente do aprendizado em sala de aula, o aprendizado no recreio é de muita importância, por isso o espaço destinado ao recreio escolar é fundamental para que ocorra um bom desenvolvimento. O recreio é visto também como momento de interação entre todos da escola, onde a criança não fica em contato com sua turma apenas e, sim, com os demais estudantes. Neuenfeldt (2008) afirma que, além da educação física, o recreio ou intervalo é um dos poucos momentos em que a criança pode se movimentar. Para a maioria dos alunos, o sinal sonoro que anuncia o recreio, é o mesmo que anuncia a hora da diversão, em que eles podem brincar, pular e correr livremente. O recreio escolar faz parte de todos os tipos de lembranças, sendo elas boas, para os mais espertos e ruins para quem passava vergonha ou quem tenha sido alvo de gozação de alguma forma. Todas essas lembranças fazem parte da vida dos adultos, o que as diferencia são as experiências vividas, afinal, mesmo sendo um tempo curto de intervalo, o recreio pode deixar marcas para sempre na vida de um aluno, de forma que venha a ajudar ou atrapalhar no desenvolvimento da criança (SOECKI, 2013).

Porém, Reis e Santos (2012) ressaltam que o recreio escolar deveria ser acompanhado por um professor ou responsável para que haja organização e assim venha a evitar brigas, discussões e até mesmo agressões. Por não brincarem sozinhas, as crianças, em algum momento, vão discordar mesmo sendo por motivos tolos; isso pode resultar em briga. É nessa hora que o adulto responsável se faz presente exigindo respeito e calma para que tudo se resolva da forma mais pacífica possível. Ao agir assim, a escola talvez consiga fazer com que o recreio seja um momento agradável e de prazer para todos, tendo em destaque o divertimento com qualidade e a socialização com respeito aos de mais integrantes da escola. O recreio integra uma parte importante no desenvolvimento cognitivo e social da criança, pois é neste que ela tem a liberdade de escolher suas amizades e de realizar suas atividades preferidas, mas é durante esse período que ocorre a maior incidência de agressões no contexto escolar (MAYER, 2000). O recreio em certas ocasiões representa um espaço ocioso, uma interrupção do processo de aprendizagem que deveria ser constante, ou seja, o recreio deveria ser também um momento educativo, que proporcione as crianças conhecer novas brincadeiras, novos materiais, novas formas de aprender e se desenvolver, tudo isso realizado com supervisão, com intuito de preservar o direito de brincar e a integridade física e moral da criança (NEUENFELDT, 2008). Segundo Lopes, Lopes e Pereira (2006), o recreio possibilita aprofundar o conhecimento, do que as crianças aprendem em sala de aula e oferece-lhes a oportunidade de descobrirem seus interesses e paixões. O recreio apresenta muitos benefícios para a criança dentre eles estão: desenvolvimento social por meio da interação com as demais crianças presente no espaço do recreio; desenvolvimento emocional; desenvolvimento físico; e desenvolvimento cognitivo.

3 MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO

3.1 Caracterização dos sujeitos da pesquisa

Serão sujeitos da pesquisa 80 crianças, com idades entre 7 e 12 anos, estudantes dos anos iniciais de duas escolas do município de Rio Pardo– RS.

3.2 Abordagem metodológica

O presente estudo caracteriza-se como descritivo-exploratório, sendo considerado um delineamento que relata as investigações, tendo como objetivos analisar acontecimentos, como também definir características específicas de um determinando grupo (GAYA, 2008).

3.3 Procedimentos metodológicos

O estudo seguirá as seguintes etapas: Etapa n° 1: contato com os sujeitos do estudo, na escola; Etapa n° 2: seleção do instrumento de coleta e dados; Etapa n° 3: aplicação do questionário; Etapa n° 4: organização, análise e discussão dos dados coletados; Etapa n° 5: elaboração do artigo; Etapa n° 6: defesa do Trabalho de Conclusão.

3.4 Técnicas de coletas de dados

Será utilizado um Check List na observação do intervalo escolar e um questionário adaptado com questões refrentes a jogos e brincadeiras realizados no recreio escolar e em casa. O questionário original foi utilizado por Burgos et al. (2003) no projeto de pesquisa “Brinquedos e brincadeiras no sul do Brasil: uma interpretação na abordagem da teoria dos sistemas ecológicos”, o qual encontra-se no anexo A.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. O jogo e o brinquedo na escola. In: SANTOS, Santa Marli Pires dos (Org.). Brinquedoteca : a criança, o adulto e o lúdico. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2011. p.37-42.

AWAD, Hani Zehdi Amine. Brinque, jogue, cante e encante com a recreação. 4. ed. Jundiaí: Fontoura, 2012.

BELTRAMI, Dalva Marim. Dos fins da educação física escolar. Revista da Educação Física/UEM , v.12, n.2, p. 27 - 33. 2008.

BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura corporal do jogo. São Paulo: Ícone, 2005.

BURGOS, M.S. et al. Projeto de Pesquisa Brinquedos e brincadeiras tradicionais no sul do Brasil : uma interpretação na abordagem da teoria dos sistemas ecológicos. Santa Cruz do Sul: UNISC, 2003.

ETCHEPARE, L.S.; PEREIRA, E.F.; ZINN, J.L. Educação física nas séries iniciais do ensino fundamental. Revista da Educação Física/UEM, v. 14, n. 1, p. 59 - 66 , 2003.

GAYA, Adroaldo. Ciência do movimento humano: introdução à metodologia da pesquisa. Porto Alegre: Artmed, 2008.

KLEINERT, D.L. et al. Saúde e ludicidade: um estudo sobre a intensidade da frequência cardíaca em crianças de 6 a 9 anos em Santa Cruz do Sul-RS. Cinergis , v. 13, n. 2, p. 27-33,

LOPES, L.; LOPES, V. P.; PEREIRA, B. Atividade física no recreio escolar: estudo de intervenção em crianças dos seis aos 12 anos. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte , São Paulo, v. 20, n. 4, p. 271-80, 2006.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. 7. ed. Petrópolis: Vozes,

MARQUES, A. M.; FERREIRA NETO C.A. As características dos recreios escolares e os comportamentos anti-sociais em crianças do 1º ciclo. Cinergis, v.2, n.2, p.59-74, 2001.

MAYER, Sandra Mara. Comportamento Agressivo em Escolares de 1º a 8º série do Ensino Fundamental de Santa Cruz do Sul: uma abordagem através da Teoria dos Sistemas Ecológicos, 2000. 196 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional área de concentração: sócio cultural) – Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, 2000.

MORENO, Suelly Therezinha Santos. Lazer/Recreação e Formação Profissional. 2005. 69 f. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Educação Física – Mestrado) – Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 2005.

NEUENFELD, Derli Juliano. Recreio escolar: o que acontece longe dos olhos dos professores? Revista da Educação Física/UEM , v. 14, n. 1, p. 37-45, 2008.

OLIVIER, Giovanina Gomes de. Lúdico e escola: entre a obrigação e o prazer. In: MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, educação e educação física. Ijuí: Unijui, 2 ed., 2003 p.15-

PEREIRA, Edson Scardovelli. Recreação na Educação Infantil. In: CAVALLARI, Vania Maria (Org.). Recreação em Ação. São Paulo: Ícone, 2006. p.37-60.

REIS, C. C., SANTOS, M. S. Atividades recreativas durante os intervalos escolares. Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas da FAIT. 2 ed. 2012.

RODRIGUES, L.G.C.; MARTINS, J.L. Recreação: trabalho sério e divertido. São Paulo: Ícone, 2002.

SANTOS, Denise Guerra dos. A recreação na educação especial infantil com o portador de Síndrome de Down: contextualizando o desenvolvimento psicomotor. 2004. 92 f. Monografia (Graduação em Educação Física) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2004.

SOECKI, A.M.; ANTONELLI, M.A.; ROTHERMEL, L.A. Recreio Dirigido Escolar. Nativa- Revista de Ciências Sociais do Norte de Mato Grosso. v.1, n.2, p. 1-16, 2013.

SPRÉA, Nélio Eduardo_. A Invenção das Brincadeiras: Um estudo sobre a produção das culturas infantis nos recreios de escolas de Curitiba_. 2010. 240 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.

RECREIO ESCOLAR, JOGOS E BRINCADEIRAS: atividades preferidas nas séries iniciais do ensino fundamental do município de Rio Pardo– RS Amanda Borba Alves¹, Miria Suzana Burgos²

RESUMO: O objetivo do estudo é descrever as atividades realizadas por escolares durante o período de recreio escolar, bem como analisar as atividades preferidas dos alunos de duas instituições de ensino no município de Rio Pardo - RS. O estudo, de caráter descritivo- exploratório, teve como sujeitos 80 escolares, de ambos os sexos, com idades entre 7 a 12 anos, os quais responderam os questionários adaptado de Burgos como instrumento de avaliação. A análise estatística dos resultados foi realizada no programa SPSS 20.0. Verifica- se que os alunos gostam de brincar no recreio escolar junto com seus amigos e o local de preferência de ambas escolas é o pátio. As atividades preferidas das crianças foram as brincadeiras ativas na escola e inativas em casa, tendo destaque para as brincadeiras como o futebol, pracinha, boneca e computador.

Palavras-chave: recreio escolar, jogos, brincadeiras.

ABSTRACT: The goal of this study is to describe the activities performed by students during the school recess period, and to analyze the preferred games of students from two institutions in the city of Rio Pardon – RS. The study, of a descriptive-exploratory kind, had as its subjects, 80 students, belonging to both sexes, with ages between 7 and 12, who answered the Burgos adapted questionnaire as an instrument of evaluation. The statistical analysis of the results was completed in the program SPSS 20.0. It was concluded that the students like to play with friends during school recess, and the preferred area in both institutions was the school yard. The preferred games were those of an active nature while at school, and innactive while at home, with special attention to activities such as soccer, playground, doll-playing and computer.

KEYWORDS: school recess, games, activities.


¹ Acadêmica do Curso de Educação Física da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC. E-mail: amandaborbaalves@hotmail.com ² Docente do Departamento de Educação Física e Saúde e do Programa de Pós-graduação – Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul, RS (UNISC). E- mail: mburgos@unisc.br

INTRODUÇÃO

O brinquedo, as brincadeiras e os jogos possuem um valor enorme na vida da criança, seja ela de forma individual ou em grupo, pois desenvolvem aspectos sócioafetivos e cognitivos da mesma. È com base nos momentos de diversão que a criança desenvolve o hábito de participar, criar, observar, imaginar e gostar do que faz desenvolvendo o senso de responsabilidade¹. A recreação contribui na formação motora, possibilitando a criança expressar seus sentimentos, naturais e espontâneos. A seriedade da recreação se relaciona ao entretenimento, ao brincar e ao lúdico, aumentando as experiências e o desenvolvimento de cada criança suprindo as necessidades biológicas das mesmas². Toda criança necessita tomar parte de atividades e jogos que favoreçam seu desenvolvimento e que proporcionem prazer¹. A recreação esta diretamente ligada a educação de todo indivíduo, pois além da satisfação pessoal, possibilita o contato com movimentos, descontração, alegria e prazer, necessários a vida, que por muitas vezes se tornam ausentes por falta de tempo². A brincadeira para a criança é o mais importante, pois é brincando que a criança expressa um alto grau de alegria e felicidade. O ato de brincar acaba se tornando importante para estabelecer a formação como ser humano, promovendo o desenvolvimento saudável³. Brincar é a arte mais natural para o ser humano, brincando a criança conhece seu próprio corpo, é a maneira mais simples de autoconhecimento e autoconstrução da personalidade integral do ser humano^4. As crianças e adolescentes aprendem a escolher atividades e a tomar decisões, respeitando as diferenças desenvolvendo capacidades físicas, cognitivas e sociais^5. O recreio é importante para a integração dos alunos, e essencial para a formação dos mesmos. Ele representa um espaço significativo na vida da criança, assim como a casa. O recreio é identificado na maioria das vezes como um lugar positivo onde há alegria, novas amizades e diversão. As brincadeiras no recreio favorecem e possibilitam relações interpessoais onde a criança se desenvolve exercitando a mente e vivenciando experiências de movimento. As maiores manifestações lúdicas são observadas no recreio escolar, por ser onde os participantes praticam pelo prazer em brincar e jogar^6. A palavra recreio é sinônimo de liberdade, lazer e euforia, é também o espaço onde as crianças ampliam suas dimensões. O recreio é lugar de desenvolvimento integral motor, intelectual, social e emocional, podendo ser transformado em espaço de prática de atividades lúdicas^7. Em certas ocasiões ele representa o espaço de interrupção do processo de aprendizagem que deveria ser constante, ou seja, o recreio deveria ser um momento de aprendizagem, que proporcione as crianças novas brincadeiras, novas formas de pensar e desenvolver^8. É durante o recreio que ocorrem maiores manifestações lúdicas, pois este momento é o que mais permite a interação entre os alunos em contato com a liberdade, desenvolvendo jogos e brincadeiras pelo simples prazer de brincar^9. O recreio é o momento mais esperado pelas crianças, pois é nesse momento em que elas têm a oportunidade de liberar as energias que estavam acumuladas durante as demais disciplinas em sala de aula. É o momento onde a criança brinca se divertindo e liberando suas fantasias^10. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo verificar quais são as atividades preferidas e realizadas por escolares durante o período de recreio escolar livre.

MÉTODO O presente estudo, de caráter descritivo exploratório, foi realizado com 80 estudantes, sendo 35 do sexo masculino e 45 do sexo feminino, dos anos iniciais do ensino fundamental das turmas da manhã e tarde, com idades entre 7 a 12 anos, de duas escolas estaduais, do município de Rio Pardo - RS.