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Anatomia da Coluna Cervical: Formato, Funções e Nervos, Trabalhos de Ortopedia

Uma descrição detalhada da anatomia da coluna cervical, incluindo sua forma, funções e nervos. A coluna cervical é uma subdivisão da coluna vertebral e tem a função de sustentar o crânio, proteger a medula espinhal e permitir movimentos. É composta por sete vértebras, cada uma com características específicas. Os nervos envolvidos, como o nervo suboccipital, o plexo cervical e os ramos cutâneos, são também abordados.

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 10/06/2020

afonso-henrique-53
afonso-henrique-53 🇧🇷

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3 REFERENCIAL TEORICO
Anatomia Coluna Cervical
A coluna vertebral é formada por trinta e três vértebras com o sacro e o
cóccix que é considerado como vértebras falsas ou imóveis por serem coladas umas nas
outras, dividida em quatro regiões sendo a cervical constituída por sete vértebras, a
torácica sendo doze vértebras a lombar composta por quatro vértebras e a coccígena
com cinco vertebras (TITTEL, 2006; AMARAL, 2007).
Toda coluna vertebral tem seu formato normal em curvas sendo na região
lombar e cervical formam a curva lordose na região torácica e sacral formam a curva
chamada de cifose, para alguns autores a coluna vertebral só tem tres curvas normais
levando em conta as vértebras moveis sendo elas a da região torácica é côncava
anteriormente e convexa posteriormente, enquanto a cervical e lombar são côncavas
posteriormente e convexas anteriormente (BRADFOR, 1994 FLOYD, 2011).
Sabemos que entre as vértebras existem os discos chamados de disco
intervertebrais que são compostos por duas estruturas principais. Tendo o núcleo
pulposo que é uma massa semelhante a um gel, situada no centro do disco. Limitado por
uma camada de fibrocartilagem resistente conhecido como anel fibroso. Os músculos
que atuam sobre a coluna vertebral podem inicialmente ser divididos em duas
categorias: agonistas e antagonistas. Os músculos de ambas as categorias existem em
pares bilaterais embora possam e de fato funcionem de modo independente. Como regra
geral os músculos da categoria anterior causam flexão da coluna vertebral, enquanto os
da categoria posterior são responsáveis pela extensão (Rasch et al, 1991)
A coluna cervical é uma das subdivisões da coluna vertebral ela tem como
função a sustentação do crânio, proteção da medula espinhal e movimentação. É
composta por sete vértebras, cada vértebra cervical tem três forames um vertebral e dois
transversais por onde passam vasos sanguíneos e nervos, duas dessas vértebras são
consideradas atípicas, a Atlas (C1) e a Axis (C2), C1 não possui disco vertebral tem o
formato de um anel e se liga ao occipital formando articulação atlantoccipital,
permitindo movimentos livres no plano sagital (DRAKE; MITCHELL; VOGL, 2005).
A axis (C2) é responsável por transmitir o peso do crânio para a coluna
vertebral ligando – se diretamente a C1 por meio do dente do axis que se projeta desde a
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3 REFERENCIAL TEORICO

Anatomia Coluna Cervical A coluna vertebral é formada por trinta e três vértebras com o sacro e o cóccix que é considerado como vértebras falsas ou imóveis por serem coladas umas nas outras, dividida em quatro regiões sendo a cervical constituída por sete vértebras, a torácica sendo doze vértebras a lombar composta por quatro vértebras e a coccígena com cinco vertebras (TITTEL, 2006; AMARAL, 2007). Toda coluna vertebral tem seu formato normal em curvas sendo na região lombar e cervical formam a curva lordose na região torácica e sacral formam a curva chamada de cifose, para alguns autores a coluna vertebral só tem tres curvas normais levando em conta as vértebras moveis sendo elas a da região torácica é côncava anteriormente e convexa posteriormente, enquanto a cervical e lombar são côncavas posteriormente e convexas anteriormente (BRADFOR, 1994 FLOYD, 2011). Sabemos que entre as vértebras existem os discos chamados de disco intervertebrais que são compostos por duas estruturas principais. Tendo o núcleo pulposo que é uma massa semelhante a um gel, situada no centro do disco. Limitado por uma camada de fibrocartilagem resistente conhecido como anel fibroso. Os músculos que atuam sobre a coluna vertebral podem inicialmente ser divididos em duas categorias: agonistas e antagonistas. Os músculos de ambas as categorias existem em pares bilaterais embora possam e de fato funcionem de modo independente. Como regra geral os músculos da categoria anterior causam flexão da coluna vertebral, enquanto os da categoria posterior são responsáveis pela extensão (Rasch et al, 1991) A coluna cervical é uma das subdivisões da coluna vertebral ela tem como função a sustentação do crânio, proteção da medula espinhal e movimentação. É composta por sete vértebras, cada vértebra cervical tem três forames um vertebral e dois transversais por onde passam vasos sanguíneos e nervos, duas dessas vértebras são consideradas atípicas, a Atlas (C1) e a Axis (C2), C1 não possui disco vertebral tem o formato de um anel e se liga ao occipital formando articulação atlantoccipital, permitindo movimentos livres no plano sagital (DRAKE; MITCHELL; VOGL, 2005). A axis (C2) é responsável por transmitir o peso do crânio para a coluna vertebral ligando – se diretamente a C1 por meio do dente do axis que se projeta desde a

superfície superior do áxis e se conecta na C1, formando a articulação atlantoaxial sendo a articulação mais móvel da cervical que nos permite girar a cabeça para um lado e para outro, essa articulação realiza flexão lateral (HAMILL, 2012). As vértebras cervicais típicas apresentam processos espinhosos bífidos ou bifurcados e o forame vertebral possui forma de triangulo. Sendo elas as vértebras C3, C4, C5 e C6 que são semelhantes e apresentam as características típicas das vértebras cervicais. A C7 última vértebra cervical possui processo espinhoso não bipartido e aumentando, sendo por este motivo conhecida como vértebra proeminente. (GRAY, GARDNER, O’ RAHILLY, 1988). As vértebras articulam-se umas com as outras sobrepondo um forame ao outro formando o canal medular e os forames de conjugação, onde se encontra a medula espinhal e por onde passam as raízes nervos espinhais assim é criada a proteção da medula espinhal, ela comanda todos os nossos movimentos, sensações, é ela quem nos liga ao meio ambiente. É da medula na região crânio-cervical que saem 8 raízes nervosas que se ramificam para a cabeça, pescoço, membros superiores, ombros e parte ântero-superior do tórax. (RASCH; BURKE, 1997; Sobotta, 2000;DANGELO; FATTINI, 2007; MOORE; DALLEY, 2007). O nervo suboccipital (NC1) é o único ramo da primeira divisão posterior; é o nervo com ação motora do músculo trigono suboccipital, com algumas tem poucas fibras sensitivas. As separações primárias anteriores dos quatro primeiros nervos cervicais constituem o plexo cervical. Juntamente com os quatro últimos, com a união da raiz do nervo torácico, formam o plexo braquial. (SOBOTTA, 2000.) O plexo Cervical (C1 - C4) É constituído pelo cruzamento dos ramos ventrais dos quatro primeiros nervos cervicais (C1 a C4) em alças irregulares das quais se originam os ramos. Eles inervam áreas cutâneas por ramos de mais de um nervo espinhal. O primeiro nervo cervical alcança o plexo formando uma alça com fibras do segundo nervo cervical. Desta alça ou diretamente de C2 que surgem fibras que e fundem ao nervo craniano hipoglosso. Ramos do segundo e terceiro nervos cervicais se unem no terceiro ramo que forma a raiz inferior da alça cervical. Deste modo, a alça cervical se completa com a união de suas raízes superior e inferior. Existem ramos que partem da alça cervical e sua raiz superior inervam os músculos infra-hióideos. (SOBOTTA, 2000.)

Nos ramos musculares tem origem em C2 e C3 inerva os dois ventres do omo-hióideo e juntam-se ao hipoglosso descendente para formar a alça do hipoglosso. um ramo vai para o músculo esternocleidomastóideo originado em C2 e ramos para os músculos trapézio (C3 e C4) via plexo subtrapézico. Ramos para a musculatura vertebral adjacente que inervam o reto lateral da cabeça e o reto anterior da cabeça, o longo da cabeça (C2 e C4), o longo do pescoço (C1- C4), o escaleno médio (C3 e C4), o escaleno anterior (C4) e o elevador da escápula (C3-C5) (SOBOTTA, 2000; MOORE; DALLEY, 2007). O nervo frênico é composto por fibras de C4 tendo como raiz principal, e por fibras de C3 e C5 como acessórias, é predominantemente motor. Desce pelo pescoço justaposto à face anterior do escaleno anterior, dispõe-se em seguida entre a artéria e a veia subclávia, penetra na cavidade torácica e, aplicado à face lateral do pericárdio, atinge o diafragma (SOBOTTA, 2000). Plexo Braquial um dos mais importantes em casos clínicos é formado por ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores saídos de C5,C6,C7,C8 e do primeiro torácico T1. O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e esta entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo. Passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral maior. Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior o ramo anterior do sétimo nervo cervical (C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo De acordo com Kapanji (2000) o grupamento formado por coluna vertebral cervical, disco articulares, cartilagens e ligamentos são responsável por dar estabilidade e flexibilidade a este seguimento. Desta forma a região cervical é muito móvel, permitindo, a partir de suas mobilidades combinadas, grandes amplitudes de movimentos de Flexão, Extensão, Flexão lateral (inclinação) e Rotação direita e esquerda (DUTTON, 2006 MAGEE, 2005). Entendemos também que o ligamento longitudinal anterior se destaca na cervical, ele se liga à anterior dos corpos vertebrais prevenindo lesões que possam acontecer ter quando o individuo realize uma lesões hiperextensão, o ligamento longitudinal posterior, que se liga na parte posterior dos corpos vertebrais e nos anel

fibrosos, o ligamento amarelo, tem características elásticas e fica localizado sob as lâminas vertebrais, os ligamentos interespinhosos e intertransversos, as articulações zigoapofisárias e os discos intervertebrais, compostos de núcleo pulposo e ânulo fibroso (CLEMENTE, 1985). Segundo Umphred, 2004, o comprometimento da coluna cervical mais encontrado se dá no nível baixo, nas vértebras C5, C6 e C7 apresentando como sintomas na região cervicobraquial, geralmente unilateral, mas quando bilateral se dá de forma assimétrica com presença de parestesia, que pode aumentar no período da manhã ou do sono, à noite podem estar presentes também as sensações de frio calor aumento da sudorese e de peso. A dor se espalha pelo membro superior, conforme a raiz nervosa que esta comprometida. CERVICALGIA Cervicalgia é uma síndrome dolorosa que acomete diretamente a região do pescoço, ela geralmente ocorre devido a disfunções musculoesqueléticas derivada de vícios posturais diários, excesso de movimentos fraqueza muscular entre outros, ela geralmente acomete a região posterior da cervical, zona superior da escapula ou região torácica alta, gerando grande incapacidade de movimento afetando a qualidade de vida do individuo (SATO, 2010; MONTENEGRO, 2016). As cervicalgias podem ser classificadas em agudas ou crônicas quando torna-se persistente estão relacionadas a desordens biomecânicas e musculares, resultando quadros de algias, inflamações e perda de amplitude de movimento. Quanto à etiologia, pode ser considerada idiopática, quando não possui causa aparente ou ser uma dor decorrente de um trauma (SILVA et al. 2012; SOARES,2017). Segundo Emilia Sato 2010 existe uma grande relação entre dor musculoesquelética e ocupação. A incidência mais baixa é encontrada entre trabalhadores sedentários, e a mais alta, entre os que realizam trabalhos bruscos e pesados. São considerados fatores de riscos determinadas posturas ou atitudes no trabalho, como carregar peso sobre a cabeça ou permanecer várias horas em uma mesma posição.

A mobilização articular é uma técnica de movimento passivo, no a qual articulação é movida de modo rítmico dentro de sua amplitude normal e em velocidade que o paciente possa resistir ou impedir voluntariamente o movimento (CORRIGAN; MAITLAND,2000). Os movimentos que são feitos nas articulações devem ser sentidos e não vistos. Se a oscilação implicada em uma técnica for muito rápida ou muito lenta é impossível ter a sensação apropriada do movimento na articulação, e o movimento parece um estiramento outremor. Não há uma velocidade determinada, mas o comum são duas ou três oscilações por segundo (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). A quantidade de movimento utilizada no tratamento de mobilização articular deve ser modificada de acordo com a dor, com a restrição de movimento e com o espasmo muscular. Os movimentos podem ser graduados de acordo com sua amplitude e com a posição que tem dentro da amplitude que ocupam (CORRIGAN; MAITLAND, 2000). No grau I o movimento é de pequena amplitude, realizado na posição de início da amplitude. O grau II seu movimento é de grande amplitude que tem bom desempenho dentro dessa amplitude. Pode ocupar qualquer parte da amplitude, mas não atinge seu limite. O grau III também é um movimento de grande amplitude dentro de seu limite, e no grau IV é um movimento de pequena amplitude no final dessa amplitude (CORRIGAN; MAITLAND,2000). referencias 1-HAMILLl, Joseph, 1946. Bases biomecânicas do movimento humano. 3. Ed. Barueri, SP: - Editora Manole, 2012. 2- DRAKE, R. L.; VOGL, W.; MITCHELL, A. W. M. Gray’s anatomia para estudantes. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 3 Clemente, C.D. Gray’s anatomy of the human body. 30.ed. Philadelphia, Lea & Febiger, 1985 Bailey, R.W. The cervical spine. Philadelphia, Lea & Febiger, 1974. BAILEY, R.W. The cervical spine. Philadelphia, Lea & Febiger, 2006.