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AHAI - Anemia Hemolitica Autoimune, Resumos de Hematologia

Hematologia - resumo sobre anemia hemolítica autoimune

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 04/11/2019

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camila-oliveira-2 🇧🇷

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Camila Oliveira - Hematologia
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A hemólise pode ser induzida pela ligação de anticorpos e/ou componentes do complemento à membrana
da hemácia. Geralmente ela é ocasionada por autoanticorpos, que reagem com determinados antígenos
de membrana que constituem os grupos sanguíneos , como o sistema Rh;
Os aloanticorpos adquiridos por transfusões prévias e gravidez podem desencadear reação hemolítica
transfusional;
O mecanismo de hemólise da A.H.A.I depende de um fenomeno denominado “opsonização” -> ao
revestirem a membrana eritrocítica, os anticorpos IgG se ligam a receptores específicos dos macrófagos
esplênicos, permitindo a fagocitose das hemácias (hemólise extravascular) -> É como se as moléculas de
IgG “temperassem” as hemácias para que elas sejam deglutidas;
O componente C3b do sistema complemento também é capaz de opsonizar as hemácias. Os macrófagos
esplênicos e hepáticos (células de Kupffer) possuem receptores para C3b.
Na AHAI por anticorpos quentes, os autoanticorpos são do tipo IgG. Eles se ligam à superfície do eritrócito
na temperatura corpórea (37 graus), por isso são “quentes”;
Na AHAI por anticorpos frios, os autoanticorpos são do tipo IgM, e reagem com as hemácias em baixas
temperaturas (10 graus) (CRIOAGLUTININAS). Os anticorpos IgM, diferente do IgM, não servem como
agentes opsanizantes diversos, mas são potentes ativadores do sistema complemento, desencadeando a
formação de C3b;
Os macrófagos hepáticos (células de Kuppfer) são os grandes responsáveis pela destruição das hemácias
revestidas por C3b.
AHAI POR IGG (ANTICORPOS QUENTES)
ETIOLOGIA:
o 50% dos casos são idiopáticos;
NOTA: Se houver um grande numero de
moléculas de IgG na superfície da hemácia,
o complemento é ativado, e então a
hemácia passa a ser revestida tanto por
IgG quanto por C3b, aumentando a
gravidade da hemólise.
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  • A hemólise pode ser induzida pela ligação de anticorpos e/ou componentes do complemento à membrana da hemácia. Geralmente ela é ocasionada por autoanticorpos, que reagem com determinados antígenos de membrana que constituem os grupos sanguíneos , como o sistema Rh;
  • Os aloanticorpos adquiridos por transfusões prévias e gravidez podem desencadear reação hemolítica transfusional;
  • O mecanismo de hemólise da A.H.A.I depende de um fenomeno denominado “opsonização” - > ao revestirem a membrana eritrocítica, os anticorpos IgG se ligam a receptores específicos dos macrófagos esplênicos, permitindo a fagocitose das hemácias (hemólise extravascular) - > É como se as moléculas de IgG “temperassem” as hemácias para que elas sejam deglutidas;
  • O componente C3b do sistema complemento também é capaz de opsonizar as hemácias. Os macrófagos esplênicos e hepáticos (células de Kupffer) possuem receptores para C3b.
  • Na AHAI por anticorpos quentes, os autoanticorpos são do tipo IgG. Eles se ligam à superfície do eritrócito na temperatura corpórea (37 graus), por isso são “quentes”;
  • Na AHAI por anticorpos frios, os autoanticorpos são do tipo IgM, e reagem com as hemácias em baixas temperaturas (10 graus) ( CRIOAGLUTININAS ). Os anticorpos IgM, diferente do IgM, não servem como agentes opsanizantes diversos, mas são potentes ativadores do sistema complemento, desencadeando a formação de C3b;
  • Os macrófagos hepáticos (células de Kuppfer) são os grandes responsáveis pela destruição das hemácias revestidas por C3b. AHAI POR IGG (ANTICORPOS QUENTES)
  • ETIOLOGIA : o 50% dos casos são idiopáticos; NOTA : Se houver um grande numero de moléculas de IgG na superfície da hemácia, o complemento é ativado, e então a hemácia passa a ser revestida tanto por IgG quanto por C3b, aumentando a gravidade da hemólise.

o Os outros 50% podem estar relacionados a: ▪ Drogas (alfametildopa, fludorabina); ▪ Lúpus eritematoso sistêmico; ▪ Outras colagenoses; ▪ Artrite reumatoide; ▪ Retocolite ulcerativa; ▪ LLC; ▪ Linfoma não Hodgkin; ▪ Outras neoplasias.

  • CLINICA E LABORATÓRIO: o A forma idiopática é mais comum em mulheres entre 50-60 anos; o Em mulheres jovens, pode se acentuar na gestação; o As manifestações variam de assintomáticas e sem anemia até episódios hemolíticos agudos graves, com anemia profunda, insuficiência cardíaca congestiva e colapso pulmonar; o No exame físico, há icterícia leve e esplenomegalia discreta; o Nas crianças, os episódios geralmente seguem quadros virais respiratórios, com inicio da doença sendo repentino e severo; o As plaquetas e os neutrófilos também podem ser atacados por autoanticorpos; o Os achados laboratoriais incluem: anemia de variada intensidade, reticulocitose, macrocitose ou normocitose e pode haver bicitopenia ou até mesmo pancitopenia; o O esfregaço de SP pode ser idêntico ao da esferocitose hereditária, com presença de microesferócitos e reticulócitos.
  • DIAGNOSTICO : o Confirmado pelo teste de Coombs direto, que identifica a presença de anticorpos com complemento ligados à superfície das hemácias do paciente.
  • TRATAMENTO : o A hemólise clínica significativa de ser tratada com glicocorticoides: prednisona 1 - 2mg/kg/dia; o Para pacientes que não respondem ou não toleram o corticoide, deve usar rituximab ou fazer esplenectomia ; o Prescrever ácido fólico ; o Sobre a transfusão, o paciente com AHAI tem anticorpos contra um antígeno básico do grupo Rh que esta presente nas hemácias de quase todos os indivíduos, ou seja, ele não será compatível como ninguém. O que fazer? Informar ao banco de sangue sobre o diagnostico do paciente (confirmado pelo Coombs direto) e transfundir o sangue que, na teoria, seria compatível, mesmo com a “prova cruzada” mostrando aglutinação. AHAI POR IGM (ANTICORPOS FRIOS):
  • A forma predominante é a AHAI por IgM idiopática, sinônimo de “ Doença da Crioaglutinina ”;
  • Pode se relacionar com doenças linfoproliferativas, como linfomas não Hodkin e a macroglobulinemia;
  • Quando uma causa especifica é identificada, a mais comum é a infecção por Mycoplasma pneumoniae - > paciente apresenta um quadro de pneumonia atípica, evoluindo com discreta anemia e icterícia após a primeira semana da doença.
  • CLINICA E LABORATÓRIO: o Costuma ser mais brando e indolente com a AHAI por IgG; o Os casos relacionados à infecção são autolimitados, mas a forma idiopática e a secundaria a neoplasia linfoproliferativa não melhoram espontaneamente e não tem bom prognostico; o Para diagnostico: colhe o sangue do paciente em um tubo contendo anticoagulante, em seguida coloca o tudo na geladeira (4 graus) - > na presença de crioaglutininas em títulos satisfatórios, vão se formar diversos grumos na parede do tubo, que se desfazem após o aquecimento à temperatura corpórea (na mão);