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Um estudo parasitológico realizado em 27 núcleos de caprinos residentes no parque nacional da peneda-gerês, incluindo cabras-montesas, cabras domésticas e cabras assilvestradas. O estudo identificou 98% de amostras positivas para pelo menos um dos 9 géneros/espécies de parasitas, com prevalências variadas para cada tipo de caprino e parasita. A presença de gado doméstico e assilvestrado é uma ameaça significativa à conservação da cabra-montesa, e este estudo contribui para a monitorização e controlo de rebanhos.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 07/11/2022
4.5
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Agradecimentos
Esta dissertação de mestrado é o resultado de muitas horas de trabalho e é importante exprimir os meus sinceros agradecimentos a algumas pessoas que me ajudaram em mais uma etapa da minha vida. Ao meu orientador, o Dr. Nuno Santos, pela paciência, por todo o conhecimento transmitido, pelo enorme entusiasmo pela Natureza que me contagiou, pela amizade e apoio em todos os momentos. Ao meu co-orientador, o Professor Doutor Luís Madeira de Carvalho, por me ter sugerido este projecto e pelo apoio e sabedoria que foram um pilar essencial para que este trabalho fosse possível. Ao pessoal que integra o PNPG, que me recebeu tão bem e acompanhou nesta “aventura”, ao Francisco Neto, pela amizade e pela disponibilidade e interesse em transmitir a sua sabedoria, à Sr.ª Alice, pelo apoio e carinho. Um agradecimento especial ao Sr. António Rebelo, pela sua ajuda indispensável na recolha das amostras. À Marta Mosquera, colega de trabalho e amiga, com quem partilhei conhecimentos preciosos para a minha vida profissional. Ao Professor Doutor Jésus Maria Pérez da Universidade de Jáen (Espanha), que prontamente facultou muita bibliografia sobre as cabras-montesas. À Professora Doutora Isabel Pereira da Fonseca, pela importante contribuição com dados e outras informações relativas à criptosporidiose. Tenho de fazer um agradecimento especial ao Zé e à Rosa Lobo, que foram a minha segunda casa, que me “adoptaram” como um membro da família e cuja amizade manterei para sempre. Agradeço ao Gerês e aos geresianos, pela hospitalidade e generosidade demonstradas, fazendo-me orgulhar de pertencer a um país que alberga tantas maravilhas naturais. Aos investigadores dos projectos que tive a oportunidade de acompanhar, Helena Rio Maior, Mónia Nakamura, Pedro Monterroso e Pedro Rebelo, pela sabedoria e entusiasmo que foram uma influência muito positiva na minha formação. À Dr.ª Lídia Gomes, pela paciência e pela ajuda indispensáveis durante todo o trabalho de laboratório. Ao David, pela pessoa inspiradora que é. Ao Dr. Telmo Nunes, pela sua generosidade em disponibilizar o seu tempo para me ajudar na etapa final do meu trabalho. À Andreia Medeiros, colega e amiga que me acompanha nesta “luta” há 6 anos e cujo apoio tem sido crucial na minha vida. Um muito obrigado à minha “sis”, Ana, ao Fraga, à Carol, cuja amizade é um verdadeiro porto de abrigo. Os últimos são os primeiros, portanto, quero agradecer à minha família, a quem dedico este trabalho, pois sempre me apoiou nas minhas decisões, mesmo naquelas que menos compreendiam, e fez inúmeros sacrifícios para que eu pudesse hoje estar aqui.
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**Rastreio parasitológico em populações de caprinos silvestres, assilvestrados e domésticos no PNPG
Resumo** A cabra-montesa ( Capra pyrenaica ) é uma espécie endémica da Península ibérica, uma das mais emblemáticas do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Contam-se 13 anos desde o regresso deste ungulado silvestre a território português depois de a espécie ser considerada extinta em 1890. A presença crescente de gado doméstico e assilvestrado, sobretudo de caprinos, nas áreas ocupadas pelas cabras montesas constitui uma das principais ameaças à conservação da espécie, quer devido ao aumento da prevalência e transmissão de doenças, quer devido à competição pelos recursos naturais. Posto isto, torna-se importante a monitorização e controlo deste tipo de rebanhos. Neste contexto, elaborou-se um estudo sobre a parasitofauna de 27 núcleos de caprinos residentes na área do PNPG através da recolha de 50 amostras de fezes, pertencentes a cabras-montesas ( Capra pyrenaica , n =22), cabras domésticas ( Capra hircus , n =20) e cabras assilvestradas ( Capra hircus , n =8). Em Portugal, é a primeira vez que se realiza um estudo deste género na cabra-montesa. No total das 50 amostras, 98% ( n =49) apresentaram formas parasitárias pertencentes a pelo menos um dos 9 géneros/espécies identificados e com as seguintes prevalências: Muellerius capillaris (100%, n =22 cabra-montesa, n =20 cabra doméstica, 75%, n =6 cabra assilvestrada), Nematodirus (100%, n =20 cabra doméstica, 95,5%, n =21 cabra-montesa, 25%, n =2 cabra assilvestrada), Teladorsagia (65%, n =13 cabra doméstica, 22,7%, n =5 cabra-montesa, 12,5%, n =1 cabra assilvestrada) Trichostrongylus (45%, n =9 cabra doméstica, 13,6%, n =3 cabra-montesa, 12,5%, n = cabra assilvestrada), Moniezia benedeni (35%, n =7 cabra doméstica, 22,7%, n = cabra-montesa, 12,5%, n =1 cabra assilvestrada), Dicrocoelium dendriticum (5%, n = cabra doméstica), Trichuris ovis (5%, n =1 cabra doméstica), Eimeria (70%, n =14 cabra doméstica, 59,1%, n =13 cabra-montesa, 37,5%, n =3 cabra assilvestrada) e Cryptosporidium (20%, n =4 cabra doméstica, 13,6%, n =3 cabra-montesa, 12,5%, n = cabra assilvestrada). De uma forma geral, a parasitofauna encontrada nas 3 populações foi muito semelhante, tendo-se registado intensidades parasitárias baixas, o que não invalida a necessidade da continuação de estudos de monitorização destas populações de caprinos.
Palavras-chave: cabra-montesa; cabra doméstica; cabra assilvestrada; Parque Nacional da Peneda-Gerês; rastreio; parasitofauna.
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17. Ovo de Moniezia benedeni. Técnica de Willis ....................................................... 65 18. a,b. Larvas (L1) de M.capillaris. Método de Baerman ........................................... 66 19. a, b. L3 de Teladorsagia spp................................................................................. 66 20. L3 de Trichostrongylus sp ..................................................................................... 66 21. a,b. L3 de Nematodirus spp .................................................................................. 67 22. Ovo de Nematodirus sp. Técnica de Willis ............................................................ 67 23. Ovo de Nematodirus sp. com larva embrionada. Técnica de Willis ....................... 67 24. Ovo de Dicrocoelium sp na técnica de Sedimentação Natural .............................. 67 25. L1 de M.capillaris corada acidentalmente por Ziehl-Neelsen ................................ 67 26. Oocistos esporulados de Eimeria spp. Técnica de Willis....................................... 68
1. Ingressos de animais no CRFS por grupo de espécies ............................................. 5 2. Evolução dos casos admitos no CRFS em 2010 e que transitaram de 2009 ............ 6 3. Estado de conservação geral das amostras colhidas.............................................. 51 4. Prevalência do número de amostras positivas para cada uma das populações em estudo ......................................................................................................................... 53 5. Prevalências globais dos parasitas identificados no total das amostras .................. 54 6. Distribuição das prevalências dos parasitas nos núcleos de cabras-montesas, domésticas e assilvestradas, no total das amostras ................................................... 55 7. Valores de o.p.g. médios das amostras recolhidas nos meses mais frios (Novembro, Dezembro, Janeiro e Fevereiro) e nos meses mais quentes (Outubro, Abril, Maio, Junho) ........................................................................................................................ 60 8. Valores médios de o.p.g. referentes aos vários meses de colheitas (Outubro de 2010 – Junho de 2011) e valores médios da precipitação total nos últimos 30 anos (p.m.) .......................................................................................................................... 61 9. Rendimento de coprocultura médio (%) por população ........................................... 62
1. Número de ingressos de animais, por espécie, no CRFS ......................................... 4 2. Interpretação do valor k no intervalo [0,1] sugerida por Landis & Koch (1977) e Fleiss (1981) ............................................................................................................... 49 3. Núcleos de cabras-montesas, domésticas e assilvestradas do PNPG .................... 50 4. Classificação do estado de conservação das amostras dos núcleos de caprinos em estudo ......................................................................................................................... 52 5. Prevalências de parasitas nos núcleos de cabras-montesas, assilvestradas e domésticas, no total das amostras .............................................................................. 55 6. Tabela de dupla entrada correspondente ao resultado, para Teladorsagia , das amostras analisadas consoante a população em estudo ............................................ 56 7. Resultados globais das análises coprológicas para helmintes e coccídeas nos rebanhos de cabras-montesas nos diferentes núcleos ............................................... 57 8. Resultados globais das análises coprológicas para helmintes e coccídeas nos rebanhos de cabras assilvestradas nos diferentes núcleos......................................... 58 9. Resultados globais das análises coprológicas para helmintes e coccídeas nos rebanhos de cabras domésticas nos diferentes núcleos ............................................. 59
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10. Intensidades médias de o.p.g. por núcleo e por população obtidas pela técnica de McMaster .................................................................................................................... 60 11. Distribuição das abundâncias relativas (em percentagem) dos géneros de L identificados nas coproculturas para cada núcleo e valores globais para as três populações de caprinos .............................................................................................. 63 12. Tabela de dupla entrada com os resultados e isolamento de Cryptosporidium obtidos pelo método de SDR e pelo método de EFD .................................................. 62
CRFS – Centro de Recuperação de Fauna Selvagem EFD – Esfregaço Fecal Directo ELISA – Enzyme-linked immunosorbent assay EUA – Estados Unidos da América FMV-UTL – Faculdade de Medicina Veterinária – Universidade Técnica de Lisboa GPS – Global Positioning System HCl – Ácido clorídrico ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade ICN – Instituto da Conservação da Natureza IFI – Imunofluorescência indirecta IUCN – International Union for Conservation of Nature L1 – Larva de 1º estadio L2 – Larva de 2º estadio L3 – Larva de 3º estadio L4 – Larva de 4º estadio L5 – Larva de 5º estadio PCR - reacção em cadeia da polimerase PNPG – Parque Nacional da Peneda-Gerês PNBLSX – Parque Natural Baixa-Limia – Serra do Xurés Rpm – rotações por minuto SDR – Sedimentação Difásica de Ritchie SEPNA - Serviço de Protecção da Natureza da Guarda Nacional Republicana SPOC - Sociedade Portuguesa de Ovinotecnia e Caprinotecnia UTMx - Universal Transverse Mercator latitude UTMy - Universal Transverse Mercator longitude vs – versus