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Administração da produção vol 3, Notas de estudo de Administração Empresarial

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Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 12/08/2008

guilherme-joaquim-6
guilherme-joaquim-6 🇧🇷

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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO VOL 3
3.1 - Planejamento e Controle da Produção
O QUE É PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
O setor de Planejamento e Controle de Produção de uma empresa é um setor-meio que serve
como transformador de informações entre vários setores de uma empresa e tem um papel de
conciliador entre aqueles departamentos que eventualmente tenham alguns atritos.
Atualmente, onde a tecnologia está bastante disseminada, qualquer inovação desencadeia um
espantoso e infindável leque de outras inovações que são amplamente testadas até que
possam ser aplicadas com confiabilidade pelos administradores das empresas modernas.
Administrar, nos dias de hoje, é algo onde os riscos são muito menores que antigamente,
porém a responsabilidade se redobra exatamente pela existência de todo o aparato tecnológico
que cerca uma decisão administrativa.
No planejamento e controle da produção foi desenvolvida uma série de diversas técnicas de
Administração nas últimas décadas; e da sua correta aplicação, em conjunto com a
indispensável capacidade empresarial do administrador moderno, depende o sucesso do
mundo contemporâneo no que concerne ao atendimento das necessidades materiais da
humanidade.
Vamos neste trabalho abordar o Planejamento e Controle da Produção de uma forma simples
e objetiva, visando facilitar a compreensão.
OBJETIVO DO PLANEJAMENTO E CONTROLE
O objetivo do planejamento e controle é garantir que a produção ocorra eficazmente e produza
produtos e serviços como deve. Isto requer que os recursos produtivos estejam disponíveis
· Na quantidade adequada;
· No momento adequado; e
· No nível de qualidade adequado.
Uma forma de caracterizar todas as decisões de planejamento e controle é fazer uma
conciliação do potencial da operação de fornecer produtos e serviços com a demanda de seus
consumidores.
Embora sejam teoricamente separáveis, o planejamento e controle, são usualmente tratados
juntos:
· Planejamento: é o ato de estabelecer as expectativas de o que deveria acontecer;
· Controle: é o processo de lidar com mudanças quando elas ocorrem.
TAREFAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE
O planejamento e controle requer a conciliação do fornecimento e da demanda:
· Em termos de volume;
· Em termos de tempo;
· Em termos de qualidade.
1 - Carregamento
O carregamento define qual a quantidade de trabalho que deve ser alocada a cada parte da
produção. Este carregamento pode ser feito de forma finita ou infinita.
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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO VOL 3

3.1 - Planejamento e Controle da Produção

O QUE É PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

O setor de Planejamento e Controle de Produção de uma empresa é um setor-meio que serve como transformador de informações entre vários setores de uma empresa e tem um papel de conciliador entre aqueles departamentos que eventualmente tenham alguns atritos.

Atualmente, onde a tecnologia está bastante disseminada, qualquer inovação desencadeia um espantoso e infindável leque de outras inovações que são amplamente testadas até que possam ser aplicadas com confiabilidade pelos administradores das empresas modernas. Administrar, nos dias de hoje, é algo onde os riscos são muito menores que antigamente, porém a responsabilidade se redobra exatamente pela existência de todo o aparato tecnológico que cerca uma decisão administrativa.

No planejamento e controle da produção foi desenvolvida uma série de diversas técnicas de Administração nas últimas décadas; e da sua correta aplicação, em conjunto com a indispensável capacidade empresarial do administrador moderno, depende o sucesso do mundo contemporâneo no que concerne ao atendimento das necessidades materiais da humanidade.

Vamos neste trabalho abordar o Planejamento e Controle da Produção de uma forma simples e objetiva, visando facilitar a compreensão.

OBJETIVO DO PLANEJAMENTO E CONTROLE

O objetivo do planejamento e controle é garantir que a produção ocorra eficazmente e produza produtos e serviços como deve. Isto requer que os recursos produtivos estejam disponíveis

· Na quantidade adequada; · No momento adequado; e · No nível de qualidade adequado.

Uma forma de caracterizar todas as decisões de planejamento e controle é fazer uma conciliação do potencial da operação de fornecer produtos e serviços com a demanda de seus consumidores.

Embora sejam teoricamente separáveis, o planejamento e controle, são usualmente tratados juntos:

· Planejamento: é o ato de estabelecer as expectativas de o que deveria acontecer; · Controle: é o processo de lidar com mudanças quando elas ocorrem.

TAREFAS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE

O planejamento e controle requer a conciliação do fornecimento e da demanda:

· Em termos de volume; · Em termos de tempo; · Em termos de qualidade.

1 - Carregamento

O carregamento define qual a quantidade de trabalho que deve ser alocada a cada parte da produção. Este carregamento pode ser feito de forma finita ou infinita.

O carregamento finito é um conceito que somente aloca trabalho a um centro de trabalho, como por exemplo, uma pessoa, uma máquina, ou então um grupo de pessoas ou de máquinas) até um limite estabelecido. O carregamento finito é relevante para operações em que:

· É possível limitar a carga; · É necessário limitar a carga; · custo da limitação da carga não é proibitivo.

O carregamento infinito tenta corresponder à aceitação do trabalho. O carregamento infinito é relevante para operações em que:

· Não é possível limitar o carregamento; · Não é necessário limitar o carregamento; · custo de limitação é proibitivo.

2 – Seqüenciamento

O seqüenciamento decide a ordem em que o trabalho será executado na operação. Existem muitas regras de decisão diferentes quanto a prioridades, que podem ajudar as operações a tomar essas decisões.

As prioridades dadas ao trabalho em uma operação são, freqüentemente, estabelecidas por um conjunto predefinido de regras.

3 - Programação

A programação determina quando as atividades serão iniciadas e terminadas.

A programação pode ser feita tanto para trás como para frente.

A programação também pode ser classificada como programação empurrada e puxada:

· Programação empurrada: é um sistema centralizado em que as decisões de planejamento e controle são emitidas para centros de trabalho, que devem desempenhar suas tarefas e mandar suas peças para a estação de trabalho seguinte;

· Programação puxada: é um sistema no qual a demanda é acionada a partir de requisições de centros de trabalho.

PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO

Planejar a produção significa decidir antecipadamente o que deve ser feito para alcançar determinado fim. O planejamento da produção compreende decidir sobre a produção a ser efetivada pela empresa industrial.

Para tanto, nesta fase, deve-se levar em conta:

· Previsão da procura ou demanda dos produtos ou mercadorias; · Previsão dos insumos, da mão-de-obra e dos equipamentos; · Previsão dos custos decorrentes da alocação dos recursos materiais e humanos descritos.

a) A Previsão De Vendas

O planejamento das vendas é indispensável para o planejamento da produção eficaz. É em função das previsões de vendas que se elabora os planos de fabricação e, conseqüentemente,

O estoque é usualmente gerenciado através de sistemas computadorizados, que têm algumas funções, como atualização dos registros de estoque, geração de pedidos, geração de relatórios de estoque, previsão de demanda etc.

CONTROLE DA PRODUÇÃO

O controle da produção tem por finalidade verificar se o que foi planejado está sendo realmente executado; daí a necessidade de um perfeito trabalho de acompanhamento de todas as operações industriais.

Compete ao controle de produção acusar as falhas e distorções e estabelecer as medidas corretivas, visando à normalidade do processo produtivo. Para tanto, o retorno de informações (feedback) constitui prática salutar para a normalidade do processo.

O controle de produção deve responder às seguintes questões:

· Os insumos de produção estão sendo entregues dentro dos prazos certos? · A mão-de-obra está sendo realmente empregada? · Os equipamentos de produção são adequados e estão sendo utilizados eficientemente? · Os estoques de produtos acabados (ou semi-acabados) estão em níveis planejados? · O rítmo de produção está sendo desenvolvido de acordo com o planejamento?

a) Relação Custo X Benefício Do Controle

Embora aparentemente todos os controles sejam imprescindíveis, na prática nem sempre isto é verdade. Antes de se implantar um novo controle, é recomendável verificar se os seus custos não serão superiores aos benefícios. Embora seja raro, existem casos em que se pode mensurar tanto os custos como os benefícios de um controle, mas geralmente a decisão sobre a viabilidade ou inviabilidade vai depender da sensibilidade do administrador.

b) Sistema De Controle

O sistema de controle é constituído por um conjunto de regras preestabelecidas que permitem o exercício do controle, ele deve conter os seguintes elementos:

1 - Um plano

O controle só é possível quando existe um plano. Se não existiu o plano como saberia o que deveria estar sendo feito?

2 - Regras e dispositivos para medir o realizado

Somente através de dispositivos e regras bem definidos é possível efetuar a medição dos eventos realizados, para posterior confronto com o planejado. Um bom instrumento para essa medição são as ordens de produção, que, com suas regras bem definidas, servem como excelentes centralizadoras de informações relativas a prazos, custos, quantidades, tempos e eficiência.

3 - Instrumentos de controle

As empresas modernas dispõem dos mais diversos tipos de controles, que vão desde a observação visual até os sofisticados controle mecanizados.

A informática trouxe os sistemas informatizados, que geram relatórios com gráficos e informações gerenciais sobre orçamentos, análise de operações etc., tornando a tomada de decisões mais rápida e eficiente.

c) Controle De Custos

O objetivo de uma empresa é vender seu produto por um preço que cubra seus custos e lhe dê algum lucro.

Controlar custos no processo produtivo pressupõe controlar todos os fatores geradores de gastos, como os salários, insumos e todos os recursos necessários à existência e o funcionamento da empresa.

É necessário fazermos uma distinção entre custo e despesa:

· Custo é todo gasto que está diretamente relacionado ao processo produtivo; · Despesa é todo gasto relacionado à administração, às vendas e aos financiamentos.

Até o momento em que os produtos estão prontos para a venda, os gastos são custos, e daí para a frente passam a ser despesas.

d) Controle De Qualidade

O controle de qualidade tem por finalidade principal determinar as causas relevantes de variações de qualidade. Às vezes, as causas são chamadas “acidentais”, não provocando maiores conseqüências, porquanto as variações são insignificantes na qualidade do produto.

A qualidade de um produto ou serviço é medida pela satisfação total do consumidor. Não se pode confundir qualidade com luxo: um automóvel luxuoso pode ser de péssima qualidade e um simples pode ter ótima qualidade.

A globalização da economia, o aumento da competitividade e as estratégias empresariais levam as empresas a alcançarem níveis de excelência, principalmente em relação aos seus clientes. As linhas de ações que as empresas aplicam hoje começam a convergir para um foco único, conquistar: satisfazer e manter clientes, fazendo as coisas certas e com qualidade.

A qualidade total no atendimento ao cliente ocorre quando a empresa enfoca seus esforços em serviços com qualidade, fazendo conscientemente a escolha em investir na satisfação do cliente e em tornar isso a meta da empresa.

Algumas técnicas para satisfação do cliente envolvem dedicação de tempo dos administradores, enquanto que outros enfocam na monitoração extensiva das necessidades e atitudes dos clientes.

O atendimento à necessidade do cliente produz recompensas reais para a empresa em termos de imagem da empresa e lealdade dos clientes, que retornam, muitas vezes, porque já conhecem a qualidade, confiam nas pessoas que trabalham e sabem que obtém serviços consistentes.

  • Círculo de controle de qualidade (CCQ)

O CCQ é a organização de pequenos grupos de pessoas (5 a 12), devidamente treinados, que normalmente trabalham em conjunto para prever e resolver vários problemas associados ao seu ambiente de trabalho.

O raciocínio para se referir à viabilidade da idéia é simples, pois as pesquisas revelam que os funcionários de uma empresa conhecem cerca de 70% dos problemas dela. Assim, quando devidamente treinados, motivados e conscientizados, esses funcionários poderão solucionar grande parte desses problemas ou fazer melhoramentos que evitem a reincidência dos mesmos.

Resultados positivos do CCQ

teriam que parar, caso não houvesse estoque suficiente para que o fluxo de produção continuasse, até que a máquina fosse reparada e entrasse em produção normal novamente. Nesta situação o estoque também gera independência entre os estágios do processo produtivo;

  1. Problemas de preparação de máquina: quando uma máquina processa operações em mais de um componente ou item, é necessário preparar a máquina a cada mudança de componente a ser processado. Esta preparação representa custos referentes ao período inoperante do equipamento, à mão-de-obra requerida na operação, entre outros. Quanto maiores estes custos, maior tenderá a ser o lote executado, para que estes custos sejam rateados por uma quantidade maior de peças, reduzindo por conseqüência , o custo por unidade produzida. Lotes grandes de produção geram estoques, pois a produção é executada antecipadamente à demanda, sendo consumida por esta em períodos subseqüentes.
  • Vantagens do JIT

As vantagens do sistema de administração da produção Just in Time podem ser mostradas através da análise de sua contribuição aos principais critérios competitivos:

· Custos no JIT: dados os preços já pagos pelos equipamentos, materiais e mão-de-obra, o JIT, busca que os custos de cada um destes fatores seja reduzido ao essencialmente necessário. As características do sistema JIT, o planejamento e a responsabilidade dos encarregados da produção pelo refinamento do processo produtivo favorecem a redução de desperdícios. Existe também uma grande redução dos tempos de setup, interno e externo, além da redução dos tempos de movimentação, dentro e fora da empresa;

· Qualidade no JIT: o projeto do sistema evita que os defeitos fluam ao longo do fluxo de produção; o único nível aceitável de defeitos é zero. A pena pela produção de itens defeituosos é alta. Isto motiva a busca das causas dos problemas e das soluções que eliminem as causas fundamentais destes problemas. Os trabalhadores são treinados em todas as tarefas de suas respectivas áreas, incluindo a verificação da qualidade. Sabem, portanto, o que é uma peça com qualidade e como produzi-la. Se um lote inteiro for gerado de peças defeituosas, o tamanho reduzido dos lotes minimizará o número de peças afetadas. O aprimoramento de qualidade faz parte da responsabilidade dos trabalhadores da produção, estando incluída na descrição de seus cargos.

· Flexibilidade no JIT: o sistema just in time aumenta a flexibilidade de resposta do sistema pela redução dos tempos envolvidos no processo. Embora o sistema não seja flexível com relação à faixa de produtos oferecidos ao mercado, a flexibilidade dos trabalhadores contribui para que o sistema produtivo seja mais flexível em relação às variações do mix de produtos.

Através da manutenção de estoques baixos, um modelo de produto pode ser mudado sem que haja muitos componentes obsolescidos. Como o projeto de componentes comprados é geralmente feito pelos próprios fornecedores a partir de especificações funcionais, ao invés de especificações detalhadas e rígidas de projeto, estes podem ser desenvolvidos de maneira consistente com o processo produtivo do fornecedor;

· Velocidade no JIT: a flexibilidade, o baixo nível de estoques e a redução dos tempos permitem que o ciclo de produção seja curto e o fluxo veloz. A prática de diferenciar os produtos na montagem final, a partir de componentes padronizados, de acordo com as técnicas de projeto adequado de manufatura e projeto adequado à montagem, permite entregar os produtos em vários prazos mais curtos;

· Confiabilidade no JIT: a confiabilidade das entregas também é aumentada através da ênfase na manutenção preventiva e da flexibilidade dos trabalhadores, o que torna o processo mais robusto. As regras do KANBAN e o princípio da visibilidade permitem identificar rapidamente os problemas que poderiam comprometer a confiabilidade, permitindo sua imediata resolução.

  • Fim aos desperdícios e a melhoria contínua no JIT: o sistema JIT pode ser definido como um sistema de manufatura cujo objetivo é otimizar os processos e procedimentos através da redução contínua de desperdícios. Os desperdícios atacados podem ser de várias formas:
  • Desperdício de transporte;
  • Desperdício de superprodução;
  • Desperdício de material esperando no processo;
  • Desperdício de processamento;
  • Desperdício de movimento nas operações;
  • Desperdício de produzir produtos defeituosos;
  • Desperdício de estoques.

As metas colocadas pelo JIT em relação aos vários problemas de produção são:

  • Zero defeitos;
  • Tempo zero de preparação (“setup”);
  • Estoque zero;
  • Movimentação zero;
  • Quebra zero;
  • LEAD TIME zero;
  • Lote unitário (uma peça).

3.2 - Localização Industrial

O QUE É LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL

A localização das dependências de uma empresa, seja ela uma indústria de manufatura ou uma empresa de serviços, é uma decisão de longo prazo a ser tomada pelo administrador de produção.

Uma vez escolhido o local a empresa lá permanece por muito tempo e nesse período terá tranqüilidade para desenvolver suas atividades ou irá arcar com os custos e demais problemas gerados pela escolha inadequada.

É, portanto, uma decisão tomada basicamente no sentido de procurar o menor custo para a instalação de uma nova unidade ou para a mudança de instalações já existentes, bem como devem ser levados em consideração outros fatores não econômicos.

CUSTOS DA LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL

No que se refere ao aspecto custo, o administrador de produção vai deparar-se com três tipos básicos:

1 - Custos tangíveis

São aqueles que podemos medir diretamente, tais como:

· Custo da aquisição do terreno (se a opção for construir - determinados tipos de negócios admitem edifícios construídos especificamente para seu uso, tais como: aeroportos, estações de TV, hidroelétricas, ambulatórios médicos, etc); · Custo do aluguel de um edifício pronto (caso exista um que se adapte as necessidades da indústria em questão); · Custo de transporte de matérias-primas, combustíveis e outros insumos necessários à produção (ver: localização pela entrada); · Custo de transporte do produto acabado até os pontos de distribuição ao mercado consumidor; · Custo da água e energia elétrica; · Custo dos impostos federais, estaduais e municipais;

quebrada, transformada e decomposta em vários produtos e subprodutos e consumida em grandes quantidades. São exemplos mais importantes: Petroquímica, Refinarias, Siderúrgicas e Indústrias pesadas em geral.

b) Localização "Pela Saída": Este critério de avaliação do local a ser escolhido como futuro endereço da empresa é utilizado quando nossa importância maior está na posição em relação aos clientes. Neste caso os processos são ditos "sintéticos", isto é, as várias partes componentes do conjunto e outros materiais necessários a sua forma final são juntados à corrente principal, onde são trabalhados para formar o produto final. São exemplos mais importantes: Indústrias de confecção, autopeças e principalmente as empresas de serviços.

Existem ainda empresas cuja natureza das atividades torna difícil distinguir entre processos "analíticos" e "sintéticos". Nestes casos, a análise feita pelo administrador de produção deve ser ainda mais criteriosa no levantamento dos custos envolvidos. Um dos critérios de desempate pode ser, por exemplo, a análise do custo da mão-de-obra nas regiões candidatas à sede da empresa. Dependendo da natureza do produto/serviço da empresa deve ser feita a correspondente análise da mão-de-obra mais adequada: As empresas de serviço necessitam de mão-de-obra especializada e em pouca quantidade; já as empresas de produção "pesada", exigem grandes contingentes de mão-de-obra em geral pouco qualificada.

c) Localização pela exigência do processo: Neste caso o nível de responsabilidade do administrador sobre o local onde será localizada a empresa é minimizado pelo menor número de opções a considerar. Os locais tem que obrigatoriamente preencher certos pré-requisitos indispensáveis, como, por exemplo, proximidade a grandes quantidades de água, de fornecimento de energia elétrica, de minérios ou carvão, plantações, criações de animais, etc.

Evidentemente, não devemos esquecer que quaisquer processos que gerem poluição nas suas variadas formas devem ser colocados a uma distância adequada das comunidades vizinhas, evitando assim os transtornos comentados acima. Construir, comprar ou alugar?

Finalmente, devemos observar a conveniência de construir, alugar ou comprar um imóvel pronto. Se não existem instalações adequadas a solução e construir, este é o caso dos aeroportos, estações de teve e hidroelétricas. Quando há imóveis disponíveis, a decisão entre alugar ou construir depende do confronto custo x benefício entre as duas.

Se a decisão for construir deve ser feito um planejamento completo das obras onde estejam previstas além das áreas necessárias a produção, outras como ambulatório médico ou pelo menos uma enfermaria; restaurantes de um mais tipos; salas para reuniões, que possam atender desde uma reunião de diretoria até reuniões de C.I.P.A., C.C.Q.; e, conforme o caso, até a instalação de uma creche, de forma a atender a legislação vigente. Para maior conforto dos funcionários, o projeto pode incluir estacionamento, locais abrigados para a entrada dos ônibus que servem as linhas mantidas pela empresa ou portarias próximas de locais de serviços de transporte coletivo.

LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL HOJE

A localização da fábrica é hoje função do mercado a ser atendido. Muito mais que considerações sobre incentivos fiscais, importa às empresas agilidade de entrega de seus produtos, sejam eles dirigidos ao consumidor final ou a um transformados e/ou montador.

Daí a proliferação por todo o mundo de fábricas de automóveis, mesmo com a permanência dos centros de excelência - como encarregados do desenvolvimento de produtos, projetos de ferramentas e equipamentos, especificações técnicas - e das sedes em países desenvolvidos, carregando consigo as fábricas de fornecedores (parceiros) e reservando a essas instalações regionais apenas o aspecto operacional de montagem. A palavra de ordem é reduzir inventários, a ponto de ser comum o conceito de que o próprio meio de transporte é um mini-

armazém.

LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL NO BRASIL

Ao longo dos últimos anos a proliferação dos “Distritos Industriais”, levou grupos de empresas a fixarem-se em determinados municípios, conforme a melhor oferta de cessão de terrenos e isenção de impostos. Existem casos especiais de concentração de empresas em função de condições favoráveis de isenção de impostos, como a Zona Franca de Manaus, e casos em que a concentração se dá em um segmento apenas, como os Pólos Petroquímicos (Camaçari, Cubatão, etc).

Ultimamente, em virtude da necessidade de agilidade na informação, algumas empresas tem procurado locais servidos de boa rede de telecomunicações; outras, afetadas fortemente pelo nível de qualidade final de seus produtos, tem procurado locais onde a mão-de-obra apresente melhor qualificação.

Apesar dessas mudanças, uma boa escolha do local onde instalar uma empresa levará em conta uma avaliação ponderada de todos esses fatores que levem a melhor opção de custo.

3.3 – Logística

O QUE É LOGÍSTICA

De acordo com o dicionário Aurélio, logística vem do francês “logistique” e tem como uma de suas definições “parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operativos ou administrativos)”

O termo Logística foi desenvolvido pelos militares para designar estratégias de abastecimento de seus exércitos nos "fronts" de batalha, com intuito de que nada lhes faltasse. Armamentos, munições, medicamentos, alimentos, vestuários adequados, nas quantidades certas e ao tempo certo, eram de suma importância, pois não adiantaria absolutamente nada se os soldados recebessem tudo aquilo que necessitavam depois de derrotados pelo inimigo. A Logística então surge aí. Em tempo de globalização e de alta competitividade empresarial.

A logística, hoje em dia é sem sombra de dúvida o grande diferencial em termo de gestão administrativa. Em termos atuais, podemos dizer, em poucas linhas, que logística é a arte da preparação da produção que cuida:

  1. Do planejamento dos materiais;
  2. Da obtenção de materiais;
  3. Do planejamento da linha de produção;
  4. Da alimentação das linhas de produção;
  5. Da distribuição dos produtos finais.

Após o "boom" de desenvolvimento e melhorias do processo produtivo e da qualidade, as atenções se voltaram para este segmento como sendo uma das áreas restantes que poderiam reduzir custos, aumentar produtividade e, principalmente, trazer melhor atendimento aos clientes.

A logística tem sido foco de atenções, de cursos e sua grande amplitude tem despertado interesse em muitos estudiosos. Novos processos, novos estudos e testes têm criado novas ferramentas de trabalho, que colaboram ainda mais para o amadurecimento do reconhecimento da logística como aumento no pacote de valor oferecido ao cliente.

produção e mesmo com atividades logísticas das firmas, além dos limites da própria empresa.

O tipo de distribuição depende em grande parte da natureza do produto movimentado, do padrão de sua demanda, dos custos relativos das várias opções de distribuição física e das exigências de nível de serviço.

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

De muitas formas, a administração de materiais é o inverso da distribuição física. Trata do fluxo de produtos para a firma ao invés de a partir dela. Muitas atividades da administração de materiais são compartilhadas com a distribuição física. Entretanto, existem algumas diferenças que são a chave da boa administração do fluxo de suprimento. Essas diferenças enfocam principalmente o modo pelo qual os fluxos são iniciados e sincronizados e a seleção das fontes de fornecimento.

A movimentação de bens na parte do abastecimento da empresa, a atividades de suprimento físico são bastante semelhantes àquelas da distribuição física, sendo as diferenças uma questão de grau e da maneira com que os fluxos são iniciados. Devido a estas similaridades, pode-se argumentar que a administração integrada do suprimento físico e da distribuição faz sentido para a maior parte das companhias.

Atividades Da Administração De Materiais

As atividades-chave para a administração de materiais sãs as mesmas da distribuição física:

· Processamento de pedidos; · Transporte; · Controle de estoques.

As atividades que apóiam estas funções-chave são:

· Obtenção; · Armazenagem; · Manuseio de materiais · Projeto de embalagem; · Sistema de informação logística (SIL).

O gerente de materiais utiliza essas atividades para suprir a operação da produção com peças e materiais necessários. Isto é realizado pelo abastecimento para estoque em antecipação a essas necessidades. O gerente de materiais procura oferecer bom nível de serviço de maneira eficiente.

Administração de materiais é função dentro da organização que tem diversos significados, dependendo de quem a define. Aqueles que a enxergam a partir do ponto de vista da distribuição física freqüentemente a vêem como atividade de compras. Aqueles com visão de compras a vêem como uma função que engloba, além das atividades de movimentação do fluxo de suprimento da organização, muitas das atividades da distribuição física.

A Administração de materiais tem a conotação de gerenciar as atividades de movimentação e estoque no lado do suprimento da organização. A função deveria incluir não apenas aquelas atividades que resultam no movimento de peças e materiais para a firma, mas também aquelas atividades preocupadas com a disposição de rejeitos e o retorno de materiais insatisfatórios aos fornecedores. Dessa forma, a administração de materiais vai além das atividades de compras e está voltada principalmente com o movimento de bens para o abastecimento da empresa.

1 - Processamento de pedidos

O primeiro elemento-chave das atividades logísticas primárias, é a entrada e processamento de

pedidos. É uma atividade importante, pois sua duração faz parte do tempo de ciclo total, que é elemento-chave do nível de serviço oferecido aos clientes. Sua velocidade e precisão são itens importantes para a administração desta função. O fluxo de informações de pedidos é fator a ser considerado no projeto e operação do sistema logístico.

O processamento de pedidos subdivide-se em tarefas como:

· Entrada de pedidos · Ttratamento; · Verificação de crédito; · Relatórios de andamento; e · Cobrança.

Nem todos estes processos afetam a duração do tempo de ciclo. O bom projeto do sistema minimiza o número destas tarefas a serem completadas em seqüência, de forma a abreviar o tempo de ciclo o máximo possível.

O ditado "tempo é dinheiro" está no coração das atividades de entrada e processamento de pedidos no composto logístico. A velocidade com que as informações precisas de vendas são comunicadas pelo sistema logístico freqüentemente determina a eficiência das suas operações do mesmo, sendo o fator-chave no nível de serviço finalmente oferecido ao cliente. Assim, comunicações lentas e imprecisas podem custar muito caro para a organização, pois consumidores irados transformam-se em vendas perdidas, os estoques tornam-se excessivos, o transporte fica imprevisível e a programação da produção pode gerar preparações desnecessárias e custosas. Processamento rápido e exato dos pedidos minimiza o tempo de resposta ao cliente e suaviza o comportamento do fluxo de mercadorias pelo sistema logístico.

Características da entrada e processamento de pedidos

As características essenciais da entrada e processamento de pedidos são:

  1. A natureza da entrada e processamento dos pedidos;
  2. As atividades básicas do sistema de entrada de pedidos;
  3. Os enfoques alternativos para a entrada e processamento de pedidos;
  4. Os procedimentos operacionais do sistema de entrada de pedidos.

O projeto e a operação do sistema de entrada e processamento de pedidos têm sido afetados pela moderna tecnologia mecânica e eletrônica. A decisão de optar-se pela automação deve ser cuidadosamente avaliada em função do volume de ordens a serem processadas e da flexibilidade necessária.

2 - Transporte

O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico, na maior parte das firmas. O frete costuma absorver dois terços do gasto logístico e entre 9% a 10% do produto nacional bruto para a economia americana como um todo. Por esta razão, o especialista em logística deve ter bom conhecimento deste tema.

  • Administração de transportes

A administração de tráfego ou de transportes é o braço operacional da função de movimentação realizada pela atividade logística. Sua principal responsabilidade é garantir, todo dia, que as operações de transporte sejam executadas eficaz e eficientemente.

· Quando são utilizados transportadores contratados, as principais preocupações estão no uso eficiente deles, em negociar os melhores fretes possíveis e na documentação necessária para iniciar o movimento de mercadorias, que serve para cobrança dos pagamentos e para estabelecer responsabilidade pelas mercadorias em trânsito;

1973 e também pela qualidade das hidrovias e redes de canais de navegação.

As perspectivas futuras do transporte ferroviário no Brasil dependem dos programas de privatização, dos investimentos em novas ferrovias, frente à uma eventual e necessária recuperação de rodovias e da modernização dos portos.

  1. HIDROVIÁRIO - Existem duas modalidades:

· Marítima - oceânica, costeira · Fluvial - rios, canais de navegação e lacustre.

Esta modalidade tem possibilidades futuras positivas, embora não apresente flexibilidade de rotas e terminais. Depende, portanto, de soluções intermodais, da expansão do uso de containers, e de legislação que possibilite maior agilidade do processamento em armazéns alfandegados (dry-docks)

Com a inclusão de novos membros no MERCOSUL, principalmente aqueles situados na orla do pacífico e que poderão realizar exportações para a costa da Ásia, deve-se prever um aumento do transporte intermodal nesta região, com uso de rodovias até o Chile e containers embarcados para os mercados asiáticos. A tecnologia atual permite que sejam utilizados métodos como o "roll on - roll off" para remessa de veículos ou o "TOB ou COB", que tornam possíveis, rápidas e seguras operações de embarque e desembarque.

  1. AEROVIÁRIO - modalidade rápida,. segura, com nível de perdas e danos baixo, custos altos; devendo ser escolhido para médias e longas distâncias, para os produtos de alta densidade na relação: TAER = f(peso x volume x valor)

Adota-se também esta modalidade para remessas de urgência e cargas complementares de baixa durabilidade. A definição de fretes e cargas aérea deve ser sempre negociada, porque muitas vezes as companhias aéreas aceitam cargas de mais volume e menos peso, premidos pela necessidade de completar a carga da aeronave.

O transporte aéreo apresenta tempo de viagem rápido, pois as aeronaves, como o Boeing 747, deslocam-se com velocidade entre 800 a 900 km/h. Esta vantagem pode, em muitos casos, ser prejudicada com um "time lag" maior em decorrência de poder haver congestionamento nos terminais, associados às demoras de alfândega e manuseio de palets nos pátios.

Em resumo, a seleção e o uso de transporte dentro do conceito moderno de logística, deve seguir um esquema que de maneira geral examina os seguintes pontos:

· Escolha da modalidade de transporte; · Seleção do transportador (próprio ou terceiros); · Operações executadas internamente ou externamente:

  • Equipamento a ser utilizado;
  • Contratos ou tarifas;
  • Informações, sistemas e administração;
  • Termos gerais dos fretes;
  • Terminais de origem e destino;
  • Recursos humanos internos e externos;
  • Métodos e amplitude dos controles.
  • Transporte internacional

O transporte internacional é uma área de interesse crescente e interessa ao profissional de logística. O equipamento utilizado domesticamente, com exceção de certos elementos, têm sua importância relativa alterada. Por exemplo, o container é popular no transporte internacional.

As rotas, naturalmente, são diferentes daquelas usadas internamente. O usuário de transporte internacional pode sentir-se sufocado pela maior documentação, pelas diferenças na responsabilidade do transportador, pelos vários procedimentos aduaneiros; todos eles

complicados, porque dois ou mais governos têm jurisdição sobre a movimentação. Por sorte, existe um excesso de intermediários, agentes, despachantes de frete e comissariarias para auxiliá-lo.

3 - Controle de estoques

"Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca podemos ser pegos com algum estoque" é uma frase que descreve bem o dilema da administração de estoques. O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa.

Os estoques se encaixam no composto de atividades logísticas. O inventário consome grandes somas de capital, que poderiam ser usadas em outros projetos da empresa. Também ele é necessário para manter o nível de serviço ao cliente, assim como a operação eficiente das atividades de produção e distribuição. Bom gerenciamento de estoques é essencial.

O enfoque apropriado para controlar os níveis de estoques deveria ser cuidadosamente desenvolvido a partir do padrão particular de demanda que cada produto apresenta. Apesar de muitas destas técnicas exigirem certos conhecimentos avançados de estatística e programação matemática, os casos mais importantes das técnicas de empurrar ou puxar estoques foram descritos em nível básico. Eles servem como métodos fundamentais para gerar procedimentos mais complicados de gestão: o enfoque just in time, que minimiza a necessidade de estoques de produtos acabados.

A administração de estoque tem como tarefa minimizar o investimento em inventário, ao mesmo tempo que providencia os níveis de disponibilidade almejados. Este é um problema de encontrar o balanço ótimo dos custos de aquisição, manutenção de estoque e faltas. Tanto os métodos teóricos como práticos, para controle de inventário, têm esta finalidade.

  • Programação da produção e aquisição

No afã de garantir o fluxo de produtos numa organização, os profissionais de logística podem ter necessidades de coordenar seus esforços com atividades que não estão totalmente sob seu controle. A aquisição, suprimento, obtenção, ou qualquer que seja o título dado, é basicamente uma função de compras. A programação da produção é tradicionalmente uma responsabilidade da manufatura ou operação. Apesar disso, a administração destas áreas pode ter impacto significativo nos objetivos logísticos e estão mais e mais tornando-se parte das responsabilidades do pessoal de logística. Por isso, estes devem preocupar-se com aqueles aspectos da aquisição e da programação da produção que podem afetar o fluxo de materiais.

A aquisição e a programação da produção são duas atividades que afetam substancialmente o fluxo de materiais de e para a organização. Elas podem não ser responsabilidade total do pessoal de logística, mas existem sobreposições suficientes para que elas sejam tratadas pelo menos como atividades de interface e, no máximo, como parte da organização logística. De qualquer forma, a área de logística deveria estar envolvida no processo de decisão dessas funções, que afetam a programação e o volume do fluxo de bens.

a) Programação da produção

A programação da produção é o planejamento do sistema produtivo para atender às necessidades de venda. A programação do fluxo de materiais é a principal decisão após o estabelecimento da capacidade produtiva e de sua localização. O cálculo de necessidades gera os sinais de quando comprar ou produzir e em que quantidade. Assim, a programação da produção e a aquisição estão estreitamente relacionadas.

A inclusão ou não da programação da produção e da aquisição no composto de atividades logísticas ainda é questão de debate. Entretanto, deve-se reconhecer que a coordenação entre essas áreas é essencial.

Contudo, movimentação de materiais, armazenagem e projeto de embalagem não devem ser encarados como atividades restritas apenas ao depósito. O profissional deve permanecer atento aos benefícios potenciais quando especificar essas funções, de maneira a alcançar o máximo grau de compatibilidade ao longo de todo o canal de distribuição ou suprimento, mesmo quando parte deste pode ficar fora do controle direto da companhia.

d) Sistema de Informação Logística (SIL)

"As informações não podem ser melhores que os dados que as geraram" é uma máxima freqüentemente citada sobre a qualidade da informação que alimenta o processo decisório. Reconheceu-se há muito tempo que o desempenho do planejamento e controle gerencial depende da quantidade, forma e precisão das informações disponíveis. Até alguns anos atrás, os dados na organização eram classificados, recuperados e manipulados manualmente. Com a introdução e disseminação dos computadores nos negócios, o manuseio da informação ficou bem mais formalizado. Elaborados sistemas de informação são hoje lugar-comum.

O sistema de informações logísticas (SIL) é um subsistema do sistema de informações gerenciais (SIG), que providencia a informação especificamente necessária para a administração logística.

Boa informação é um ingrediente vital no planejamento, operação e controle de sistemas logísticos. Com a crescente popularidade dos computadores na comunidade de negócios, eles transformaram-se nos principais guardiães e manipuladores de boa parte do sistema de informações operacionais de uma organização. As atividades de armazenagem de dados, classificação, manipulação e análise são designadas aos sistemas de informações gerenciais. A estrutura composta por pessoas, equipamentos, métodos e controle dirigidos para problemas específicos de fluxo de materiais é chamada de “Sistema de Informações Logísticas”. O sistema gera informação que é utilizada por grande variedade de pessoas na organização, desde a alta administração até o pessoal operacional, sendo empregado para planejar, operar e controlar o sistema logístico.

O sistema em si tem três partes básicas:

  1. A entrada;
  2. Processamento;
  3. A saída.

A complexidade do sistema, não importando se ele é computadorizado ou manual, rápido ou lento, depende de a administração conhecer suas necessidades dos diversos tipos de informação para tomada de decisão, do formato da informação e da rapidez com que ela deve ficar disponível. Sistemas de informação estão ficando tão importantes para o planejamento e controle da logística que a administração tem dado um espaço organizacional especial para seu cuidado e manutenção.

O PRODUTO

Toda logística gira em torno do produto. Suas características freqüentemente moldam a estratégia logística necessária para deixar o produto disponível para o cliente. Compreender a natureza do produto pode ser valioso para o projeto do sistema logístico mais apropriado. O produto também é elemento sobre o qual a logística exerce controle apenas parcial.

O produto, tanto um bem como um serviço, é o objeto do esforço logístico. Compreender a natureza do produto em seu ambiente econômico dá ao especialista indicações úteis para o planejamento da estratégia de suprimento e distribuição do produto.

a) Classificação dos produtos

A classificação dos produtos auxilia a agrupá-los conforme o comportamento de seus

consumidores. Clientes de bens finais têm necessidades de nível de serviço logístico diferentes daquelas dos clientes industriais. Mesmo clientes dentro de uma mesma classe podem ter diferenças significativas em suas necessidades de serviço. Uma boa estratégia de distribuição fica muitas vezes óbvia quando se faz identificações e classificação cuidadosas para o produto.

b) Ciclo de vida do produto

O ciclo de vida do produto descreve o nível de atividades das vendas que a maioria dos produtos alcança com o tempo. Os quatro estágios do ciclo de vida são:

  1. Introdução;
  2. Crescimento;
  3. Maturidade
  4. Declínio.

Cada estágio pode requerer estratégias diferentes para distribuição.

c) Curva ABC

A curva ABC expressa o fato de que a grande maioria das vendas de uma empresa é derivada de apenas relativamente poucos de seus produtos. Esta curva pode ser simplesmente o resultado de diferentes produtos em diferentes estágios de seu ciclo de vida. Esta desproporção entre vendas e número de produtos pode ser muito útil quando se decide a localização de produtos dentro do sistema de distribuição e quais produtos devem ser estocados num dado depósito. d) Características dos produtos

As características do produto centram-se em determinados atributos físicos e econômicos que influenciam substancialmente o projeto do sistema logístico. Essas características são expressas como:

  1. Relação peso-volume;
  2. Relação valor-peso;
  3. Substitutibilidade;
  4. Característica de risco.

e) Dimensões adicionais do produto

· A embalagem: é uma das duas dimensões adicionais do produto, pode alterar as características do produto e, portanto, os requisitos para o sistema de distribuição;

· A formação de preço: como os clientes tendem a estar geograficamente dispersos e os custos variam em base geográfica, determinados aspectos da formação de preços são do interesse da logística. Apesar de o especialista da área não se envolver normalmente com questões de preço, o uso de incentivos no preço é mais facilmente justificado com base nos custos logísticos do que em outros fatores.

SISTEMA LOGÍSTICO

Raramente clientes desejam comprar bens ou serviços nos locais onde é mais econômico produzi-los. O especialista em logística deve projetar e especificar:

  1. As maneiras pelas quais produção e demanda devem ser compatibilizadas;
  2. Como suas diferenças geográficas devem ser transpostas..

Planejamento Logístico