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resumo sobre acidente vascular cerebral
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
O Acidente Vascular Cerebral é a segunda maior causa de morte no mundo e a principal causa de morte no Brasil. É definido como um déficit neurológico geralmente focal, de instalação súbita ou com rápida progressão, sem outra causa aparente que não vascular, com duração maior de 24 horas. O AVC pode ser isquêmico (AVCI), o que corresponde a cerca de 80% dos casos ou hemorrágico (AVCH), 20% dos casos. O AVCH pode se apresentar como Hemorragia Intraparenquimatosa (HIP) ou Hemorragia Subacacnóidea (HSA), como detalharemos mais adiante.
No AVC isquêmico, a interrupção do fluxo sanguíneo é causada pela obstrução de uma artéria cerebral por um coágulo de sangue ou pela redução do calibre do vaso sanguíneo. Já no AVC hemorrágico, o sangramento ocorre dentro do cérebro devido à ruptura de um vaso sanguíneo. Em ambos os casos, a falta de oxigênio e nutrientes nas células cerebrais leva a uma série de alterações fisiopatológicas. Inicialmente, ocorre uma resposta inflamatória com liberação de citocinas e quimiocinas, o que leva a um aumento da permeabilidade vascular e da entrada de células inflamatórias no tecido cerebral. Isso é seguido por um aumento do edema cerebral, que é a acumulação de líquido nos tecidos cerebrais devido ao aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos e à redução da drenagem linfática. O edema cerebral pode causar compressão dos tecidos cerebrais e aumento da pressão intracraniana, o que pode levar a danos ainda maiores no tecido cerebral. Além disso, a falta de oxigênio e nutrientes leva à ativação de vias de morte celular, como a apoptose e a necrose, o que pode levar a danos irreversíveis no tecido cerebral.
A apresentação clínica do paciente com AVC pode ser muito variável, já que os sintomas dependem região acometida. Porém sempre devemos suspeitar de AVC em: ❥Déficit neurológico, súbito ou com rápida progressão ❥Paralisia em um lado do corpo ❥Dificuldade para falar ou compreender a fala ❥Perda de visão em um ou ambos os olhos ❥Tontura ou vertigem súbita ❥Dificuldade de marcha
os sintomas mais comuns de acordo com a artéria acometida (lembrando que a mais afetada é a artéria cerebral média). ARTÉRIA ACOMETIDA QUADRO CLÍNICO Artéria Cerebral Média (ACM) Déficit motor (predomínio braquiofacial), déficit sensitivo, afasia Artéria Cerebral Anterior (ACA) Déficit motor (predomínio em MMII), déficit sensitivo, sinais de frontalização (reflexos de preensão palmar, de sucção e de projeção tônica dos lábios.) Artéria Cerebral Posterior (ACP) Alterações de campo visual, rebaixamento do nível de consciência, déficit sensitivo Artéria basilar Déficit motor, déficit sensitivo, rebaixamento do nível de consciência, alteração de nervos cranianos Artéria vertebral Náuseas, vômitos, tonturas; alteração de nervos cranianos baixos, alterações cerebelares
Déficit neurológico focal súbito Cefaleia, náuseas e vômitos Redução do nível de consciência Níveis pressóricos muito elevados Crise Cefaleia súbita (em geral intensa e holocraniana) Náuseas e vômitos Tonturas Sinais convulsiva em alguns casos de irritação meníngea
O diagnóstico é baseado no exame físico, história clínica direcionada e exame de imagem, sendo a tomografia de crânio o mais utilizado. O exame de neuroimagem é fundamental para estabelecer o diagnóstico e a partir daí, iniciar as condutas terapêuticas desses pacientes.
Durante a anamnese, o médico irá perguntar sobre os: ❥Sintomas do paciente, incluindo a duração, a intensidade e a evolução dos sintomas ❥Informações sobre o histórico médico ❥Doenças preexistentes ❥Medicações em uso ❥Histórico familiar de doenças cerebrovasculares.
O exame físico é realizado para avaliar a função neurológica do paciente, incluindo o nível de consciência, a força muscular, a sensibilidade e a fala. O médico também pode realizar testes para avaliar a coordenação e o equilíbrio do paciente. Alguns dos testes que podem ser realizados durante o exame físico incluem: ❥Teste de força muscular: o médico pede ao paciente para mover os membros superiores e inferiores para avaliar a força muscular.
❥Cirurgia para remover o sangue acumulado no cérebro.
❥Anticoagulação oral e tempo de protrombina > 15 seg (RNI > 1,7) ❥Uso de heparina nas últimas 48 horas com TTPa (É um exame indicado em casos de suspeita de problemas na coagulação e antes de procedimentos cirúrgicos). elevado ❥Plaquetas < 100.000/mm³ ❥AVCI ou TCE (trauma crânio encefálico) grave nos últimos 3 meses ❥Punção liquorica e arterial a menos de 7 dias ❥Persistência da PAS > 180 mmHg ou PAD > 105 mmHg, ou necessidade de medidas para reduzir a PA ❥Melhora rápida dos sinais neurológicos ❥AVCH prévio ❥Sangramento interno ativo (exceto menstruação)
❥Sangramento urinário ou TGI (trato gastrointestinal) nos últimos 21 dias ❥Cirurgia de grande porte nos últimos 14 dias ❥IAM (infarto agudo do miocárdio) nos últimos 3 meses ❥Pericardite pós IAM ❥HGT (glicemia)< 50 mg/Dl ou > 400 mg/dL ❥AVCH – HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA Abordagem inicial do AVC na emergência Pode-se utilizar o seguinte fluxograma para melhor orientação:
MRA, masc, 66 anos, apresenta dificuldade para falar e mexer o lado do corpo direito ha meia hora com desvio de rima para esquerda. Negava cefaléia, convulsão ou outros déficits neurológicos. Tabagismo, etilismo, HAS (Losartana) e DMII (Metformina + Glicazida), Lasix e Carvedilol 1 80×105 mmHg, Pulso: 89 A, FR: 16ipm. Qual o diagnóstico e quais são as metas de tempo para o atendimento inicial dele? Resposta: O paciente foi diagnosticado com AVC isquêmico. O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o AVC é responsável por cerca de 11% de todas as mortes no mundo, totalizando cerca de 6 milhões de mortes por ano.