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A eletroterapia é uma importante ferramenta na fisioterapia para o tratamento de diversas condições, como dor, edema, espasmos musculares e para o fortalecimento muscular. Saiba sobre os diferentes tipos de correntes utilizadas, suas aplicações e contraindicaçõeses.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
O uso das ondas elétricas como forma de terapia é antiga. Os estudos datam de anos antes de Cristo, quando os médicos da época usavam o peixe-elétrico para reduzir a dor em pacientes, principalmente os acometidos pela gota. Com o avançar dos anos e da tecnologia, a eletroterapia passou a se tornar ainda mais importante dentro da fisioterapia, contribuindo não apenas para a analgesia, mas também para a estimulação muscular, auxiliando no tratamento de fraquezas musculares e até de incontinência urinária. Justamente por ser uma área tão ampla e com tantas formas de uso é que a eletroterapia tem se tornado uma aliada cada vez mais forte nas propostas terapêuticas. E conhecer exatamente as possibilidades que essa área apresenta pode ajudar você a planejar tratamentos ainda mais precisos para os seus pacientes. Quer saber mais sobre a eletroterapia e tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto? Então, continue a leitura!
A eletroterapia, como o próprio nome sugere, é a terapia por meio da aplicação de ondas elétricas. Apesar disso, é importante ressaltar que essas correntes são, na grande maioria das vezes, em intensidades muito baixas, na casa dos miliamperes ou microamperes. Hoje, existe uma variedade muito ampla de aparelhos de eletroterapia e cada qual é capaz de trabalhar com um tipo variado de energia eletromagnética, com indicações e aplicações bastante distintas. As correntes emitidas por esses aparelhos também são variadas e podem ser indicadas para a redução da dor ou do edema, para auxiliar na cicatrização da pele, para fortalecer
uma musculatura, para melhorar a oxigenação do tecido, entre muitas outras indicações. Quanto mais o fisioterapeuta conhecer o funcionamento dessas correntes e a sua aplicabilidade, mais fácil será pensar em formas de usar a eletroterapia na fisioterapia, criando programas de tratamento que realmente reabilitem o paciente e ajudem-no a ter uma qualidade de vida muito melhor. Lembrando que, na maioria das vezes, apenas a eletroterapia não é suficiente como tratamento único, já que ela não costuma tratar das causas do problema, apenas funciona como um tratamento adjacente, que auxilia o paciente a sentir menos dor ou a ter uma qualidade de vida melhor. Justamente por isso é fundamental aliar essa técnica com outras terapêuticas, como os exercícios, a mecanoterapia, o uso de outros aparelhos etc. Entre os benefícios da eletroterapia podemos citar: relaxamento muscular: reduzindo a tensão muscular, melhorando a circulação sanguínea e promovendo a redução das dores; redução de edemas: determinadas correntes são capazes de realizarem uma contração muscular, impulsionando os vasos linfáticos e estimulando a reabsorção da linfa em excesso; controle da dor: criada tanto pelo relaxamento muscular quanto pela ação de determinados aparelhos que “enganam” o cérebro, bloqueando a informação da dor e ainda favorecendo a produção de hormônios analgésicos, como as encefalinas e as endorfinas.
Como dissemos, não é de hoje que a eletroterapia é utilizada como terapêutica na reabilitação de pacientes. Com tantos avanços e possibilidades, a eletroterapia se tornou um campo extremamente importante para a fisioterapia, auxiliando na reabilitação de inúmeras patologias.
ganha-se também tempo, reduzindo o tratamento e o número de intervenções necessárias. Fortalecimento muscular Existem inúmeras situações que podem levar à fraqueza de determinada musculatura e até mesmo à sua posterior atrofia. Em pessoas acamadas, vítimas de AVC ou de outras complicações neurológicas, por exemplo, resguardar a força de um grupo muscular é de suma importância no pleno restabelecimento do paciente e na busca por uma melhor qualidade de vida. Nesse sentido, a eletroterapia pode ser uma aliada importante, agindo em um grupo muscular específico e promovendo a contração por meio dos impulsos elétricos. Outra possibilidade é o uso do FES (Estimulação Elétrica Funcional) para a contração de músculos comprometidos. Com esse aparelho, as contrações são obtidas por meio de pulsos elétricos em micro ou milissegundos e com uma frequência controlada, resultando em contrações mais fisiológicas e que recrutam as unidades motoras dos músculos. Ainda falando sobre fortalecimento e contração muscular, um uso muito interessante nesse sentido é para a melhora dos quadros de incontinência urinária, por meio da estimulação da musculatura pélvica em mulheres que sofrem do problema. Estética Além dos vários fins terapêuticos que relatamos, a eletroterapia também tem sido usada para fins estéticos, como reduzindo a flacidez, as rugas, as olheiras, as celulites e até auxiliando na revitalização facial, usando para isso uma corrente galvânica capaz de estimular a regeneração da pele. Outros benefícios conseguidos com a eletroterapia também trazem ganhos importantes na estética, como a desobstrução dos gânglios linfáticos, a produção de colágeno, a oxigenação da pele, e o fortalecimento de músculos da face (ajudando na redução da flacidez que pode levar ao aparecimento de rugas).
Existem muitas técnicas que podem ser usadas para esses fins, como: a eletroestimulação, a eletrolipoforese, a eletroporação, a endermologia, a radiofrequência, a corrente russa, a galvanopuntura, o ultrassom, as microcorrentes, entre outras. Correntes mais usadas para fins terapêuticos Como você pôde notar, existem inúmeras vantagens do uso da eletroterapia na fisioterapia, assim como vários tipos de correntes, com finalidades diversas. Algumas mais usadas são: TENS: analgesia; galvânica: analgesia, anti-inflamatória e para a permeação de ativos; interferencial: anti-inflamatória e analgesia; diadinâmicas: analgesia e anti-inflamatória; FES: fortalecimento muscular; russa: fortalecimento muscular; polarizada: permeação de ativos; farádica: relaxamento muscular e analgesia; microcorrentes: cicatrizante, anti-inflamatório, bactericida e antiedematosa.
Como falamos, a eletroterapia tem inúmeras aplicações na fisioterapia, ajudando na reabilitação dos pacientes, na redução das dores e até mesmo com fins estéticos. Justamente por essa gama de aplicações é que hoje o mercado tem inúmeros aparelhos de eletroterapia, cada qual utilizando um tipo diferente de corrente e com aplicações e indicações igualmente distintas. Veja alguns. Ultrassom O ultrassom trabalha com movimentos ondulatórios na forma de vibração mecânica que produzem ondas no sentido longitudinal. É o número de ondas que determina a frequência do aparelho, que costumam variar entre 3 MHz e 1 MHz,
Esse é um dos aparelhos mais comuns quando falamos em eletroterapia, e é amplamente utilizado para o alívio da dor em processos agudos ou crônicos. Para isso, o TENS utiliza uma corrente despolarizada. Hoje é possível encontrar no mercado aparelhos de TENS com dois tipos de eletrodos: autoadesivos, que não necessitam de materiais extras para a adesão na pele do paciente, têm maior fixação e também podem ser reutilizados; de silicone, que apresentam uma duração média de 6 meses, precisam ser limpos com álcool 70% e necessitam de materiais adicionais para sua aplicação, como gel e fita adesiva. Ambos os eletrodos apresentam resultados semelhantes, sendo que escolher entre um ou outro dependerá das preferências do fisioterapeuta e também do conforto do paciente. Os eletrodos autoadesivos apresentam vantagens como: fácil fixação e remoção e ainda não necessita de materiais extras na sua aplicação. Além do tipo, outro ponto que influencia no tratamento é o tamanho do eletrodo, que deve estar de acordo com a área a ser tratada, garantindo a eficácia do aparelho. Também é importante ficar atento ao posicionamento dos eletrodos, que influenciam diretamente nos resultados obtidos. Alguns posicionamentos mais usados são: bilateral: dois eletrodos de um mesmo canal são colocados em um único lado da região a ser tratada; unilateral: um eletrodo é colocado em um dos lados de uma articulação; proximal: os eletrodos ficam localizados na parte superior da lesão, sendo uma forma eficaz para o tratamento de lesões de nervos periféricos e lesões medulares; distal: pelo menos um eletrodo é colocado na região de dor, oferecendo parestesia em toda a área afetada. O TENS é indicado para reduzir as dores em diversos casos, como pacientes com dores crônicas, dores pós-operatórias, dores lombares e cervicalgias, bursites, entre outros.
Porém, sua aplicação deve ser evitada em pessoas que fazem uso de marca-passo, grávidas, nas regiões das carótidas e das pálpebras, em crianças, epilépticos e também nos casos de dores sem diagnóstico. Ondas Curtas (Diatermia) Os aparelhos de ondas curtas são aqueles capazes de emitir ondas elétricas de alta frequência que geram calor profundo, o que leva ao aquecimento dos tecidos. Como resposta a esse aquecimento, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo, que por sua vez leva à redução dos processos inflamatórios e o alívio da dor. É possível optar por um aquecimento moderado, para tratar doenças crônicas, ou um aquecimento mais brando, no caso de processos agudos. Vale lembrar, contudo, que não existe relação entre mais calor e melhores resultados terapêuticos. Na verdade, se o calor não for pensado de acordo com a sensibilidade e as necessidades do paciente, é possível causar ainda mais problemas, como lesões teciduais e queimaduras. A diatermia é recomendada no tratamento de contraturas, entorses, contusões, rigidez pós-gesso, hipotrofia muscular, anquilose fibrosa, artrite, bursite, espondilite, epicondilite, mialgias, lombalgias, miogelose etc. Contudo, as ondas curtas não devem ser usadas em: grávidas; mulheres no período menstrual; pessoas com câncer; pacientes com trombose venosa; feridas abertas; pacientes com marca-passo; pacientes com próteses metálicas; pessoas com alterações na sensibilidade térmica; tecidos isquêmicos. Além disso, o uso da diatermia requer alguns cuidados como: os cabos não devem cruzar entre si;
estimulação elétrica, o que gera uma resposta na unidade motora do músculo, levando a uma contração eficiente. Normalmente, as frequências de pulsos usadas na corrente FES estão entre 30 a 80 MHz e com duração de pulso que varia entre 200 e 600 microssegundos. Embora esses sejam os parâmetros mais usados, eles podem variar dependendo do tratamento a ser usado. Para que a contração aconteça é necessária a aplicação de uma sequência de estímulos programada com determinada duração (de repetição e de frequência apropriadas). Essa série de estímulos é conhecida como trem de pulso. O fisioterapeuta deverá observar o tempo entre dois trens de pulso e o período de repouso, permitindo, assim, um controle maior sobre as contrações musculares, evitando a fadiga. Alguns cuidados também precisam ser tomados no uso do FES, como: não aplicar sobre a pele irritada; manter contato dos eletrodos com a pele; analisar corretamente o tamanho do eletrodo — que varia de acordo com a técnica usada, a resposta que se deseja obter, o local em que será aplicado e o tamanho do músculo a ser trabalhado; condução uniforme da corrente em todos os pontos. A corrente FES é indicada no tratamento de traumas, paralisia cerebral, AVC, lesão medular, espasmos, imobilização de membros por longos períodos etc. Porém, ela não deve ser usada em pessoas com câncer, na área da faringe ou em regiões com a sensibilidade alterada, em grávidas e em pessoas com trombose arterial ou venosa. Corrente Russa Nesse tipo de tratamento, os impulsos elétricos estão associados a movimentos musculares, sendo usados para enrijecer e tonificar determinada musculatura, aumentando a capacidade muscular. Justamente por isso, a corrente russa ficou muito famosa na área da estética.
Contudo, vale salientar que o aparelho sozinho não consegue substituir o exercício físico e ambos devem ser usados juntos para melhores resultados. Geralmente, a corrente russa é usada para a reabilitação de atletas, para auxiliar o ganho e a recuperação da força muscular, para melhoria do sistema circulatório e também na fisioterapia dermatofuncional, ajudando no combate à flacidez. Corrente Galvânica A corrente galvânica é um aparelho que trabalha com uma corrente contínua (que sempre mantém a mesma intensidade), em qualquer uma das direções. Para funcionar, o aparelho utiliza dois eletrodos, sendo um negativo e outro positivo, que ficam em contato com a pele do paciente. Pela pele ainda podem ser associados o uso de cosméticos ou de íons medicamentosos, aumentando a ação do tratamento. Hoje, a corrente galvânica é muito mais usada na área da estética, já que permite a penetração de ativos cosméticos na pele com muito mais facilidade, favorecendo a limpeza profunda, as desincrustações e também tratamentos como o eletrolifting ou a ionização (que promove uma hidratação profunda na pele). Nos processos terapêuticos, seu uso varia de acordo com o polo usado. Assim temos: polo negativo: contusão, distensão, fibrose, artrose e enfermidade de Raynaud; polo positivo: distensão, bursite, lombalgia, neuralgia, mialgia, atrite, neurite e artralgia. Eletroestimulação Neuromuscular (ENM) O termo eletroestimulação neuromuscular se refere a aparelhos que geram corrente elétrica para a estimulação ao nível motor, gerando contrações musculares. Assim, ao contrário dos equipamentos que visam a analgesia, como o TENS, o ENM passa pelo limiar sensitivo, atuando
Vale lembrar, contudo, que a maior parte dos aparelhos de eletroterapia não consegue curar a causa dos problemas, apenas trazer mais conforto aos pacientes, reduzindo as dores e os edemas, por exemplo. Por isso, é sempre fundamental que o fisioterapeuta alie o uso dos aparelhos com outras técnicas fisioterápicas, como a mecanoterapia, o uso de exercícios controlados e até de outros aparelhos. Dessa forma, a eletroterapia pode funcionar como um ponto de partida, ajudando a restabelecer inicialmente o paciente e auxiliando para que ele consiga realizar as demais propostas de maneira mais adequada e sem dor, reduzindo, assim, o tempo total de tratamento. O que é Eletroterapia e para que serve Eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas para a realização de um tratamento fisioterápico. Para que seja feita, o fisioterapeuta coloca eletrodos na superfície da pele, por onde passam correntes de baixa intensidade, que não trazem risco para a saúde, e são úteis para o tratamento de condições como inchaço, dor, espasmos ou para fortalecimento muscular, por exemplo. Durante uma sessão de fisioterapia é comum o uso de, pelo menos, um equipamento de eletroterapia para ajudar no controle da dor, espasmo, melhorar a irrigação sanguínea, acelerar a cicatrização da pele e a regeneração de outros tecidos. Cada pessoa precisa de um tipo de aparelho específico, que pode ser regulado de acordo com sua necessidade durante cada fase do tratamento.
Existem variadas técnicas de aplicação da eletroterapia, com o uso de aparelhos específicos, que podem contribuir de maneiras diferentes durante o tratamento de reabilitação. As principais são:
Consiste na emissão de correntes elétricas pulsadas que estimulam nervos e músculos através da pele, o que bloqueia os sinais de dor e aumenta a produção de substâncias fisiológicas do organismo que têm efeito analgésico, como as endorfinas. Para a aplicação, os eletrodos são colocados diretamente na pele, e a intensidade da corrente elétrica é ajustada para cada pessoa. Geralmente, o tratamento é realizado em dias alternados, e o número de sessões de individualizada de acordo com as necessidades de cada pessoa, geralmente durante 20 minutos. (^) Para que serve : costuma ser feita para tratamento a dor no pós-operatório, fratura, e em caso de dores crônicas, como lombalgia, cervicalgia, no nervo ciático, na bursite, por exemplo. Embora não seja muito usado para este fim, também pode ser usado para combater o enjôo no pós-operatório. (^) Contraindicações: em caso de epilepsia porque pode desencadear uma crise, não deve ser colocado sobre o útero durante a gravidez, sobre a pele ferida, na boca e sobre a carótida.
(^) Contraindicações: sobre os olhos, câncer, sobre o útero durante a gravidez, hemorragia no local de aplicação, pessoa com deficiência mental, que não colabora com as indicações do terapeuta.
tuberculose, trombose venosa profunda recente, em caso de febre, em crianças e adolescentes para não comprometer o crescimento ósseo.