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Recomendações para a detecção, avaliação e tratamento de crises hipertensivas em crianças, publicado pelo departamento de nefrologia da sociedade de pediatria de são paulo. O texto aborda a definição de hipertensão arterial na infância, os sintomas associados à emergência hipertensiva, os exames essenciais para a investigação e o tratamento adequado, incluindo medicações e contra-indicações.
O que você vai aprender
Tipologia: Trabalhos
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Alameda Santos, 211, 5º andar 01419-000 São Paulo, SP (11) 3284-
Atualização de Condutas em Pediatria
Departamentos Científicos SPSP - gestão 2013- nº 69 Julho 2014
Departamento de Nefrologia
Departamento de Nutrição
Departamento de Cuidados Paliativos
Departamento de Nefrologia
Emergência hipertensiva
em crianças
crise hipertensiva na infância é definida como a elevação sú- bita da pressão arterial (PA) basal a níveis potencialmen- te prejudiciais. A maioria dos episódios corresponde à hipertensão arterial sistêmi- ca (HAS) estágio 2 (Tabela 1). Importante salientar que crianças previamente hígidas apresentam menor tolerân- cia ao aumento agudo da PA. A crise hipertensiva é classificada, de acordo com a presença ou não de lesões em órgãos-alvo (coração, cé-
rebro e rins), em emergência e urgência hipertensivas, res- pectivamente. As situações clínicas associadas à emer- gência hipertensiva (EH) estão resumidas na Tabela 2 (página 4). É importante que o pediatra saiba detec- tar prontamente a urgência hipertensiva (UH), pois esta pode se tornar uma EH se não for diagnosticada e tra- tada adequadamente. Os exames essenciais iniciais na avaliação da crise hipertensiva estão resumidos na Tabela 3 (página 5).
Autora: Luciana dos Santos Henriques DEPARTAMENTO DE NEFROLOGIA Gestão 2013- Presidente: Maria Helena Vaisbich Vice-presidente: Natalia Andréa da Cruz Secretário: Maria Luiza Dautro do Val Membros: Adeli R. Albaladejo, Ana Paula Brecheret, Anelise Del Vecchio Gessulo, Benita Galassi S. Schvartsman, Eliana Biondi Medeiros Guidoni, Célia S. de Macedo, Graziela Lopes Del Bem, Heloisa Cattini, Herculano Dias Bastos, João Tomás de Abreu Carvalhaes, Julio Toporovski, Marcia Camegaçava Riyuzo, Marcia Melo Campos Pahl, Maria Cristina de Andrade, Olberes Vitor Braga de Andrade, Paula Ronsse Nussenzveig, Paulo Cesar Koch Nogueira, Rubens Wolf Lipinski, Tais Helena Mastrocinque, Vanda Benini, Vera Hermina K. Koch, Vera Maria S. Belangero, Zélia Maria de Andrade.
Tabela 1. Definição de HAS em crianças
Pressão arterial normal
Pré-HAS
HAS
HAS – estágio 1
HAS – estágio 2
P – percentil; PAS - pressão arterial sistólica; PAD - pressão arterial diastólica;
PAS e PAD < P 90*
PAS e/ou PAD ≥ P 90 e < P 95*
PAS e/ou PAD ≥ P 95*
PAS e/ou PAD entre P 95 e < P 99* + 5 mmHg
PAS e/ou PAD > P 99* + 5 mmHg
Departamento de Nefrologia
vez que hipervolemia é uma causa frequente de crise hi- pertensiva, principalmente nos pacientes com doença renal crônica em terapia de substituição renal. Nesse caso, o tratamento com me- dicação hipotensora requer o auxílio da otimização do método dialítico. Alguns pontos são de ex- trema importância na abor- dagem da emergência hiper- tensiva (Tabela 4 - página 6). As principais medicações estão resumidas na Tabela 5 (página 7).
Prognóstico O prognóstico da crise hipertensiva depende basica- mente dos seguintes fatores:
Tabela 3. Exames laboratoriais utilizados na investigação da crise hipertensiva
Função renal (ureia e creatinina séricas) Eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro, ácido úrico) Urinálise e Urocultura Hemograma completo Radiografia simples de tórax Eletrocardiograma Ecocardiograma Tomografia computadorizada de crânio (indicada na presença de sintomas neurológicos) Ultrassonografia de rins e vias urinárias comDoppler de vasos renais Exame de fundo de olho
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Conclusões O pediatra no serviço de emergência deve estar cien- te da diferença entre UH e EH; o diagnóstico e início de tratamento adequados devem ser prontamente es-
tabelecidos para evitar maio- res danos agudos e sequelas. Este documento habilita o pediatra a classificar a gravi- dade da HAS, orienta na in- vestigação inicial das causas e a escolha do melhor me- dicamento considerando in- dicações, contraindicações, efeitos benéficos e adversos.
Tabela 4. Tratamento da emergência hipertensiva
Escolha correta do anti-hipertensivo Æ Utilizar anti-hipertensivo por via parenteral (melhor absorção) Æ Infusão contínua (melhor titulação) Æ Início de ação rápido e curta duração (meia-vida curta) Æ Poucos efeitos colaterais (toxicidade) Æ Conhecer suas contraindicações específicas Æ Investigar presença de insuficiência renal e/ou hepática Æ Considerar a etiologia, se conhecida Æ Considerar a experiência pessoal do profissional Æ Considerar a disponibilidade da medicação no serviço ICC- insuficiência cardíaca congestiva; UTI – unidade de terapia intensiva
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