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CONSELHO NACIONAL DE PESQUISAS INSTITUTO BRASILEIRO DE BIBLIOGRAFIA E DOCUMENTAÇÃO ' COMISSÃO BRASILEIRA DA CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL (IBBD/CDU) | BIBLIOTECA u DO IBICT ! A CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL (CDU) DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS DAS REGRAS EM USO por ' E. JACQUEMIN, E.O.S.T, 1 Chefs: do Serviço Técnico da ! Orgonizoção Poul Planus, Paris. ! Traduzido do Revue de la Documentation 264% 102114, now 1959 por LAURA MAIA DE FIGUEIREDO » EDSON NERY DA FONSECA, membros da Comissão Brasileira da C. D. U VU luis der. pet? RIO DE JANEIRO 1959 [SU = [4 314 MSTTOTO BRASMERO DE TAFORMAÇÃO FM CRIA E TECROLOGIA Do [a 10TTS q FORNECEDOS: : me toe FORMA Aaip ação | o ita DOAÇÃO N ACD º > . DATA: PAL 0292]h am BIBLIOTECA DO IBICT O. INTRODUÇÃO Para ser eficaz, a ação deve basear-se em informações exatas, completas, recentes e fâcilmente accessíveis. Eis a razão de ser da documentação. Dissemos “facilmente accessíveis”. Mas, como alcançar isto? Ordenando a massa. documental de modo a encontrar com facilidade o documento desejado. Se procuramos o documento pelo título ou pelo nome do autor, utilizamos os repertórios alfabéticos. A sua técnica é relativamente simples. Mas se nossa pesquisa é por assunto, defrontamos então com o grande problema das elassifica- ções ideológicas. Nenhuma é completamente satisfatória; nenhumo, aliás, pode sê-lo. Isso decorre da multiplicidade dos pontos de vista dos pesquisadores, dos aspectos “tão diversos de cada noção, da dificuldade de representar as idéias pelas palavras, da evolução incessante dos conceitos e dos têrmos correspondentes. Dos esforços de pesquisa chega-se muitas vêzes a resultados négativos, muitas vêzes a positivos e de grande ênvergedura, A. realização atual mais importante é, certamente, a Classificação Decimal Universal (C.D.U.), mantida e difundida pela: Federação Internacional de Do- cumentação (F.L.D., cuja sede é em Haia. Foi baseada, inicialmente, nos trabalhos do americano Dewey, o primeiro à aplicar a nótação decimal na classificação dos livros. das grandes bibliotecas. Esta notação permite passar sômente do geral ao particular, do gênero à espécie, Os trabalhos de Otlet e La Fontaine acrescentaram possibilidades novas de notação “pluridimensional”: subdivisões comuns, divisões analíticas, relação direta entre dois assuntos (sistema de 2 pontos). A CDU. pretende ser uma classificação fácil e sem equívoco, de todos os conhecimentos humanos. Conseguirá isto? As opiniões se. dividem neste par- ticular. Em todo caso, sua extensão, o valor dos seus especialistas, o devotamento dos seus deferisores merecem estima e consideração. A C.D.U. tem um objetivo particularmente interessante: a unidade de visão dos documentalistas tanto no plano internacional como nacional, Na medida do possível, os redatores de revistas e os editores de livros podem, por exemplo, indexar seus artigos e obras sob o símbolo C.D.U. conveniente. Todos os documentalistas do mundo podem, então, sem mesmo conhecer o idioma em que está escrito o documento, classificá-lo em lugar conveniente e encontrá-lo quando: for de interêsse do pesquisador especializado no assunto. Conseguente- mente, o documento será localizado, graças ao símbolo C.D.U. que o caracteriza. Guiados por estas considerações dos documentalistas franceses que se ocupam Em -seguida, o Sr DUBUC apresentou: o texto ao C.C.C., que se dignou de manifestar. seu interêsse, Uma trintena de- sugestões foram em séguida, pro- postas pelos membros da C.€.C. para melhorar a exatidão e à clarcza do estudo. Foram. tódas aproveitadas neste texto o eu agradeio a seus autores, Srs. Lasso de La Vegs, Lloyd, Lorphêvre e Schuchman bem como no Dr. Frark. Agredito que êle representa o estado atual do sistema. O Sr, Donker-Duyvis, Secretário Geral da F.LD;, em nome da C.C.C., autorizou a divulgação, que tomou o número “F.1.D. publ. 812”. Devo, entretanto, reportár-me ao seguinte comentário de M. Donker-Duyvis: “Nosso consontimênto não quer dizer que a C.C.C. ou a F.LD. aprovam o trabalhó; e sim que o considersim um estudo do valor” Para melhor conhecer a C.D.U, é necessário apresentar a sua: histór) mentar c ostado atual de. suas principais súbdivisões, a extensão de-suas aplic e seus outros aspectos. O Sr. DUBUC prepara uma exposição. neste sentido, cuja publicação, aguardamos com impaciência, julgando que ela nós fornecerá os desejados esclarecimentos. 1. NOTAÇÃO 1.0 — Generalidades a) As noções mais importantes são representadas por índices pr Exemplo: 2 Teplogia, religião 51 Matemática 785.7 Música de câmara b) Desde que uma série de noções são susceptíveis de serem subdivididas, cada uma da mcsma maneira, a subdivisão é realizada por meio de “aivi- sões analíticas”, Na notação, elas se distinguem dos índices principais por serem precedidas por um. hífen - ou por um ponto seguido de zero O Exemplos: 1º; com um hífen ee mecânica geral e eleirotécnica 621-6 — combustíveis característicos das máquinas t21.43 motores de explosão 621.45-6 combustíveis para motores de explosão 2º) com .O 336.2 regime fiscal, impôsto em goral 388.2.027.8 isenção e redução 336.224 taxa de luxo 536.224 027.8 isenção da taxa de luxo Yôda série de divisões analíticas se refere a uma determinada seção da classi- ficução. Ela é intercalada na tabela dos índices principais, logo depois do índice principal que cobre tôda a seção à qual se refere a série de divisões analíticas. —7— c) Por outro Iado, existem características que podem se aplicar a tôdas as noções principais ou à maior delas, por exemplo, para o idioma do documen- to, sua forma, lugar, tempo, ete... Estas características são chamadas “Subdivisões comuns” e compreendem: 1º) um ou-mais sinais de pontuação que indicam a categoria da característica, salvo para os pontos de vista representados por :00 (ponto; duple: zero). 2.º) um número identificador de cada característica particular. Exemplos: - Hngua 22 bíblia =20 inglês 22-20 biblia traduzida em inglês d) duas ou mais noções principais que podem ser compreendidas num do- cumento. Se existe uma simples justaposição de dois assuntos no documento, são êles representados, simplesmente, pelos dois índices, um debaixo do outro. Exemplo: 385.5 propriedade agrícola 335.8 propricdade de minas 325.8 285.5 Existem outras maneiras de representar as justaposições que serão examinadas mais adiante. e) se as duas noções se influenciam mútuamente, indicam-se ambas, ligadas pelo sinal : que significa “nas suas relações com” Exemplos: NY moral í arte propriedade agrícola e propriedade de minas. 17:7 a moral nas suas relações com a erte £) um “índice composto” é aguêle que compreende, pelo menos, um índice principal e um ou mais dos seguintes elementos; — divisão analítica — subdivisão comum —. outro índice principal justaposto ou “em relação com” g) as noções indicadas abaixo representam a baze de todo o sistemá. Mas, numerosas outras nações serão conhecidas no capítulo seguinte, 1.1 — Indices Principais 7.1.1 — Subdisisão O Eis a parto principal da regra 221 do documento 283: “A subdivisão O de um índice deve ser reservada para os aspectos gerais importantes, aplicáveis habitual- mente (mas nem sempre) às outras divisões 1 a 9, Podem ser consideradas inicia!- mente como protótipos de uma subdivisão paralela num determinado setor...” Aqui é preciso evitar cuidadosamente a confusão com as divisões analíticas de Ru Com efeito, a regra 221 continua com um exemplo mau escolhido, que é, por descuido, uma divisão analítica. Bo 4º) pode-se ir, assim, de a 91 à a 98; se desejarmos ir mais longe utilizaremos o principio “do oitavo”; depois de a 98, toma-se a 99t à a 998, o que dá 8 novos números, depois a $991 até à a 9998, etc.